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Revista M&T - Ed.271 - Fev/Mar 2023
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IMPLEMENTOS HIDRÁULICOS

Força controlada para ciclos completos

Incrementadas com adaptadores e dispositivos, ferramentas hidráulicas agilizam processos de demolição, reciclagem de material e outras atividades no local da obra
Por Antonio Santomauro

Fazendo jus ao nome, as escavadeiras hidráulicas são mais conhecidas pela capacidade de escavar e movimentar grandes volumes de terras e outros materiais. Porém, equipadas com implementos – além da caçamba de escavação – também podem ser empregadas em aplicações como demolição, separação de sucata, compactação de solos, fresagem e muitas outras.

A princípio, qualquer escavadeira pode receber implementos, pontua José Alberto Moreira, diretor-geral da Machbert, que distribui no Brasil implementos de diversos fornecedores, como rompedores da Furukawa e pulverizadores e tesouras para demolição e corte de sucata da MBI, entre outros. Obviamente, é necessário que a máquina-portadora seja adequada para suportar o implemento.

Como lembra Moreira, isso implica não apenas o peso mínimo, mas também o peso máximo da escavadeira ao qual o acessório pode ser acoplado. “O peso máximo também é importante para alguns implementos”, reforça o especialista. “Talvez não para um pulverizador, mas um rompedor chega a levantar a frente da máquina e pode ser danificado se ela tiver peso excessivo.”

Além disso, a máquina deve ter comando livre para conexão das linhas hidráulicas que acionam os acessórios. Quando se trabalha com sistema de engate rápido, essa necessidade desaparece, pois a caçamba é retirada para a inserção da peça, que já conta com cilindro hidráulico próprio.

“Quando se monta um engate rápido é porque já existem as linhas hidráulicas para acionamento do acessório”, ressalta o profissional da Machbert. “Mas no sistema tradicional de engate, com pinos marretados, são necessárias duas linhas livres: uma de ida e outra de retorno do óleo.”



Engate rápido já conta com linhas


Fazendo jus ao nome, as escavadeiras hidráulicas são mais conhecidas pela capacidade de escavar e movimentar grandes volumes de terras e outros materiais. Porém, equipadas com implementos – além da caçamba de escavação – também podem ser empregadas em aplicações como demolição, separação de sucata, compactação de solos, fresagem e muitas outras.

A princípio, qualquer escavadeira pode receber implementos, pontua José Alberto Moreira, diretor-geral da Machbert, que distribui no Brasil implementos de diversos fornecedores, como rompedores da Furukawa e pulverizadores e tesouras para demolição e corte de sucata da MBI, entre outros. Obviamente, é necessário que a máquina-portadora seja adequada para suportar o implemento.

Como lembra Moreira, isso implica não apenas o peso mínimo, mas também o peso máximo da escavadeira ao qual o acessório pode ser acoplado. “O peso máximo também é importante para alguns implementos”, reforça o especialista. “Talvez não para um pulverizador, mas um rompedor chega a levantar a frente da máquina e pode ser danificado se ela tiver peso excessivo.”

Além disso, a máquina deve ter comando livre para conexão das linhas hidráulicas que acionam os acessórios. Quando se trabalha com sistema de engate rápido, essa necessidade desaparece, pois a caçamba é retirada para a inserção da peça, que já conta com cilindro hidráulico próprio.

“Quando se monta um engate rápido é porque já existem as linhas hidráulicas para acionamento do acessório”, ressalta o profissional da Machbert. “Mas no sistema tradicional de engate, com pinos marretados, são necessárias duas linhas livres: uma de ida e outra de retorno do óleo.”



Engate rápido já conta com linhas hidráulicas para acionamento do acessório

A maioria das escavadeiras atuais, ele prossegue, vem com esse bloco livre, sendo que algumas miniescavadeiras já trazem inclusive o sistema de engate rápido. “Nos casos, por exemplo, de giro em um pulverizador ou com tesoura de sucata, pode ser necessária uma terceira linha hidráulica”, acrescenta Moreira.

A possibilidade de utilização de implementos hidráulicos na ampla maioria das escavadeiras atuais é confirmada por Reginaldo Junior, gerente de produto TLD da Epiroc. “Não conheço escavadeiras que não aceitem nossos implementos”, diz.

Segundo ele, é possível inclusive utilizar uma fonte hidráulica independente para acionamento de implementos, como acontece em plantas de mineração e britagem.

“Nesses casos, é muito comum encontrar rompedores acionados por bombas hidráulicas em uma base estacionária fixa, para evitar a ocorrência de ‘matacos’ de grandes dimensões e ‘socorrer’ o britador caso eles apareçam”, destaca.

A Epiroc, detalha Reginaldo Junior, disponibiliza ferramentas hidráulicas para escavadeiras de 700 kg a 140 t, pensadas para aplicação em operações de mineração, demolição, desconstrução e escavações de túneis e valas. Os rompedores da marca, por exemplo, são fornecidos em mais de 40 modelos, com pesos entre 60 kg e 10 t.

O portfólio inclui ainda tesouras hidráulicas, pulverizadores, peneiras rotativas, fresadoras, placas compactadoras e magnéticas, caçambas-britadoras e implementos multigarras, que permitem a seleção e o carregamento do material demolido. “Oferecemos uma ampla linha de adaptadores que permitem engates simples e rápidos em virtualmente todos os modelos de escavadeiras do mercado”, reitera.

INTEGRAÇÃO

A integração de um implemento à escavadeira constitui um verdadeiro “casamento”, que deve ser pensado em detalhes, como pondera Luca Silvi, CEO da Indeco Brasil.

Segundo ele, isso inclui até mesmo a análise do local onde o equipamento irá operar e os materiais que serão demolidos e/ou movimentados. “Uma execução em altura é totalmentediferente de outra no solo ou sob a água”, exemplifica.

“Os estudos indicam como o braço da escavadeira opera com determinado implemento, em aplicação específica.”


Utilização de acessórios hidráulicos já é possível na maioria das escavadeiras atuais

Multinacional de origem italiana, a Indeco mantém uma filial para serviços e assistência técnica no município paulista de Campinas. Entre outros implementos, a marca produz rompedores, tesouras para corte de aço, pulverizadores, compactadores para terraplanagem, trituradores florestais e um implemento que, dependendo da mandíbula que trouxer acoplada, pode atuar como tesoura de aço ou pulverizador.

“Na bauma 2022 lançamos uma tesoura específica para o corte de trilhos”, informa Silvi. “Mas nosso carro-chefe é mesmo o rompedor.”

De fato, os rompedores são os implementos mais demandadosno mercado, confirma Reginaldo Junior. Nesse ranking, aparecem a seguir as tesouras e, depois, os pulverizadores. Além de agilizarem os processos de demolição, os pulverizadores contribuem para a reciclagem do material demolido. “Esse implemento permite que, no próprio local da obra, o vergalhão seja recuperado e enviado para reciclagem”, explica o executivo da Epiroc.

Por aceitarem diferentes implementos, as escavadeiras podem ser pensadas como autênticas “centrais hidráulicas”, observa Moreira, da Machbert, pois são capazes de acionar ferramentas para a realização de diversas tarefas, além de escavar e movimentar rochas.

Em uma demolição, conta o especialista, elas podem ser empregadas já nas etapas iniciais de quebra, que são realizadas com rompedores. Caso haja restrições de ruídos, a quebra primária pode ser feita com um “crusher” (uma espécie de tesoura de grande porte).

Com o material já no chão, vem o trabalho do pulverizador e, eventualmente, das caçambas britadoras. “Isso permite reaproveitar todo o material na obra que será realizada no local da demolição, sem necessidade de caminhão para transporte”, ressalta Moreira.


Integração do conjunto exige análise do local de operação e dos materiais envolvidos

No Brasil, ele observa, a cultura de uso de escavadeira como central hidráulica ainda é relativamente nova, mas já está bem-difundida na Europa e avança rapidamente nos Estados Unidos.

“Isso otimiza bastante o uso do equipamento”, diz ele, destacando que essa cultura deve se fortalecer com a disseminação do uso de sistemas de engate rápido, que há pouco mais de um ano a Machbert passou a produzir com marca própria (anteriormente, a empresa já distribuía esses sistemas fabricados por terceiros).

ENGATE

O engate rápido reduz para cerca de 2 min o tempo de troca de um implemento, assegura Moreira, sendo que o sistema convencional exige de 30 a 60 min.

“A maioria das empresas ainda trabalha com o sistema convencional, que exige que se fique batendo com marreta para fixar os pinos”, comenta. “Mas já há boa demanda pelo engate rápido, que antes tinha custo elevado, mas hoje está bem mais acessível.”

Assim como a maioria dos equipamentos similares disponíveis, os sistemas de engate rápido da Machbert realizam apenas o desengate e o engate mecânicos dos implementos, havendo a necessidade de complementação com o acoplamento e o desacoplamento manuais das mangueiras hidráulicas.

Em alguns países, ressalta Moreira, já há também o que pode ser chamado de “engate rápido completo”, capaz de realizar as etapas mecânica e hidráulica do processo. “Mas esse sistema ainda tem custo elevado e, por isso, ainda é pouco utilizado mesmo fora do Brasil”, diz.

Como geralmente o implemento e a escavadeira são provenientes de diferentes fabricantes, sempre que possível é indicado utilizar outros elementos para facilitar a comunicação entre ambos. Isso inclui, por exemplo, sondas ou limitadores de movimentos do braço da escavadeira que, dependendo do tipo de aplicação, podem incrementar a produtividade e, ao mesmo tempo, garantir a segurança de equipes e máquinas.

“Um limitador de fechamento do braço evita movimentos errados de serramento e eventuais danos à cabine em operações de corte de materiais na terra – como tubos de aço, por exemplo”, orienta Silvi, da Indeco. “Já o limitador de abertura minimiza desperdícios de tempo para reposicionamento do braço.”

SISTEMAS

Silvi cita ainda sistemas que permitem o monitoramento remoto dos implementos, que a Indeco disponibiliza sob a marca IndeConnect, capazes de fornecer diversas informações, desde a localização do equipamento até a necessidade de manutenção.

“Isso proporcionamaior segurança aos operadores, preservando o conjunto composto por máquina e equipamento”, destaca o CEO.

A Epiroc também disponibiliza – por enquanto como opcional – uma tecnologia de monitoramento remoto de seus implementos. Denominada Hatcon, a solução é integrada à plataforma baseada em nuvem MyEpiroc, que fornece notificações sobre serviços, cria listas de tarefas e permite uma visão geral da frota, inclusive com localização por satélite.

“Como os dados são compartilhados, podemos oferecer um serviço ainda melhor, incluindo o envio de peças de reposição parauma parada programada”, destaca Reginaldo Junior.

Na linha de rompedores, a Epiroc disponibiliza outras funcionalidades que ajudam a preservar a ferramenta, a escavadeira e a saúde do operador.


Rompedores mantêm-se como os implementos mais demandados no mercado

A família de rompedores HB, por exemplo, conta com dispositivos e sistemas como DustProtector (para proteção dos mecanismos internos contra exposição a pó abrasivo), AutoControl (que otimiza o desempenho do rompedor ajustando automaticamente o comprimento do curso do pistão), StartSelect (que oferece alternância manual entre os modos AutoStart – para fácil posicionamento no início do ciclo de quebra – e AutoStop – para desligar automaticamente o rompedor no final do ciclo), além do sistema IPS (Intelligent Protection System), que contribui para que a ferramenta entregue sempre a energia correta, sem golpes erráticos, interrompendo automaticamente o acionamento no final do ciclo.

Na linha de fresadoras acopladas, a Epiroc recentemente apresentou o modelo VC 2000, com design em V. De acordo com Reginaldo Junior, o produto torna a operação de abertura de canaletas muito mais eficiente.

“Comparativamente a outros modelos de fresadora hidráulica, é um modelo mais simples de usar e que exige menos do braço da máquina portadora, pois não requer movimento em zigue-zague para remoção do material residual entre os tambores – algo comum nos modelos-padrão –, além de consumir menos energia e agilizar a conclusão da obra”, arremata o especialista.


EQUIPAMENTO
Pinça funciona como uma “mão” em obra de demolição na Itália

Na Itália, a Effe Emme Edilizia escolheu uma pinça-processadora MB-G900 acoplada a uma máquina da Kobelco para demolir uma casa em uma fazenda da década de 40.

O implemento da MB Crusher literalmente desmontou a estrutura peça por peça, conseguindo separar os materiais – como pisos e vigas – para descarte, além de recuperar pedras calcárias para reutilização na construção de um novo prédio.

“Devido à elevada força de abertura e fechamento das garras, o implemento foi capaz de recuperar materiais sem quebrá-los, preservando os que poderiam ser reutilizados”, afirma a empresa.


Pinça-processadora permite a recuperação demateriais sem quebras, mesmo utilizando força elevada

Por padrão, o acessório conta com válvula de segurança (que mantém a pinça fechada em caso de perda no circuito hidráulico) e alguns modelos trazem o recurso “Silent Block”, que permite a utilização em áreas com controle de ruído.

“Como uma ‘mão’ humana, o implemento foi muito preciso na desmontagem da estrutura, permitindo trabalhar com agilidade”, disse Michele Foglia, proprietário da Effe Emme. “Ficamos até surpresos de termos conseguido demolir uma casa inteira com a pinça-processadora”.

Saiba mais:
Epiroc: www.epiroc.com/pt-br
Indeco: www.indeco.com.br
Machbert: www.machbert.com.br
MB Crusher: www.mbcrusher.com.br

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