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Revista M&T - Ed.246 - Agosto 2020
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Agronegócio

A inclusão digital no campo

Agora uma associação, ConectarAgro renova a aposta na expansão da conectividade no agronegócio brasileiro, propondo-se a cobrir 13 milhões de hectares no país até 2021
Por Melina Fogaça

Em tempos de pandemia, a importância da tecnologia torna-se cada vez maior. Com o isolamento social, a conectividade mostrou-se fundamental para a continuidade das atividades, em especial no mercado agrícola, que ao longo dos anos vem se consolidando como o principal pilar da economia no Brasil, intensificando ainda mais sua centralidade estratégica.

De olho nesse cenário, empresas de diferentes setores – como AGCO, Climate FieldView, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble – se uniram no ano passado para acelerar a conectividade no campo, tornando-o ainda mais produtivo e competitivo.

Até dezembro de 2019, como já reportado nesta Revista M&T, o projeto ConectarAgro promoveu a conectividade em mais de 5,1 milhões de hectares de áreas rurais em todo o Brasil, representando 8% da área produtiva do país. “No Brasil, a conectividade avançou nas grandes cidades, mas ainda tem muito caminho para ser percorrido nas regiões agrícolas, que têm enorme representatividade no país”, pondera Gregory Riordan, diretor de tecnologias digitais da CNH Industrial para a América do Sul.

PLATAFORMA

Agora, o grupo de empresas quer ir além, em uma nova fase de propagação do projeto. Segundo Riordan, o ConectarAgro promove o acesso à internet para produtores de todos os portes, de forma aberta e simplificada. “É uma iniciativa que beneficia toda a cadeia que envolve o agronegócio, levando conectividade para mais de 24 mil km de estradas e rodovias”, posiciona.

Inclusive, o tipo de conectividade utilizado (banda larga 4G de 700 MHz) foi determinado por esse aspecto. “É uma rede aberta, disponível para todos os tipos de agricultores, além de ser uma plataforma capaz de conectar todo o ecossistema”, comenta Mateus Barros, líder de negócios de

Climate FieldView, plataforma de agricultura digital da Bayer para a América Latina. “Também é uma tecnologia global e acessível, o que facilita a entr


Em tempos de pandemia, a importância da tecnologia torna-se cada vez maior. Com o isolamento social, a conectividade mostrou-se fundamental para a continuidade das atividades, em especial no mercado agrícola, que ao longo dos anos vem se consolidando como o principal pilar da economia no Brasil, intensificando ainda mais sua centralidade estratégica.

De olho nesse cenário, empresas de diferentes setores – como AGCO, Climate FieldView, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble – se uniram no ano passado para acelerar a conectividade no campo, tornando-o ainda mais produtivo e competitivo.

Até dezembro de 2019, como já reportado nesta Revista M&T, o projeto ConectarAgro promoveu a conectividade em mais de 5,1 milhões de hectares de áreas rurais em todo o Brasil, representando 8% da área produtiva do país. “No Brasil, a conectividade avançou nas grandes cidades, mas ainda tem muito caminho para ser percorrido nas regiões agrícolas, que têm enorme representatividade no país”, pondera Gregory Riordan, diretor de tecnologias digitais da CNH Industrial para a América do Sul.

PLATAFORMA

Agora, o grupo de empresas quer ir além, em uma nova fase de propagação do projeto. Segundo Riordan, o ConectarAgro promove o acesso à internet para produtores de todos os portes, de forma aberta e simplificada. “É uma iniciativa que beneficia toda a cadeia que envolve o agronegócio, levando conectividade para mais de 24 mil km de estradas e rodovias”, posiciona.

Inclusive, o tipo de conectividade utilizado (banda larga 4G de 700 MHz) foi determinado por esse aspecto. “É uma rede aberta, disponível para todos os tipos de agricultores, além de ser uma plataforma capaz de conectar todo o ecossistema”, comenta Mateus Barros, líder de negócios de

Climate FieldView, plataforma de agricultura digital da Bayer para a América Latina. “Também é uma tecnologia global e acessível, o que facilita a entrada do agricultor – em especial do pequeno – na era da digitalização, auxiliando na inclusão digital no campo.”

Segundo ele, a conectividade é a mesma utilizada nas cidades, de modo que o agricultor não encontra dificuldades em operá-la. “Depois que é feita a instalação, todo o trabalho é realizado pela operadora”, completa Barros.

Cobertura também permite a conexão entre máquinas e sensores de IoT

Isso explica a rápida expansão do projeto. De acordo com Alexandre Del Forno, head de produtos corporativos da TIM, até o momento o sistema permitiu levar a conectividade para mais de 218 cidades em todo o território nacional, contemplando 575 mil pessoas em oito estados, em mais de 50 mil propriedades rurais, sendo que 90% delas têm menos de 100 hectares.

O executivo destaca que, além da cobertura 4G de 700 MHz, o ConectarAgro também oferece cobertura com a plataforma Narrow Band IoT (NB-IoT), tecnologia oferecida pela própria TIM e que já foi disponibilizada para mais de 11,5 milhões de hectares. De acordo com Del Forno, o NB-IoT tem capacidade de ampliar em mais de 40% a cobertura tradicional, em relação ao uso de smartphones. “Essa cobertura permite a conexão de máquinas e sensores de Internet das Coisas, passando a ser fundamental para o desenvolvimento do agronegócio”, diz ele.

POTENCIAL

Até 2021, retoma Riordan, o objetivo é ainda mais audacioso, levando o ConectarAgro a 13 milhões de hectares, ou o dobro do que foi realizado em 2019. No entanto, o executivo ressalta que o próximo passo do projeto não se dará apenas em dados quantitativos, mas também qualitativos, fazendo com que a conectividade possa ser usada da melhor forma possível, atingindo todo seu potencial. “Com uma visão colaborativa, queremos acelerar a conectividade no campo por meio de um acesso de qualidade na área do agronegócio, entregando soluções que favoreçam todo o ecossistema produtivo, econômico e social, com benefícios para toda a comunidade rural”, diz Riordan.

Para Barros, o ConectarAgro também busca garantir uma conectividade mais integrada, que – por meio de sensores no ar e no solo – inclui conexão entre os maquinários, assim como entre escolas rurais, estações meteorológicas e, até mesmo, dispositivos conectados, que avaliam a condição física dos rebanhos, por exemplo. “Ou seja, a conectividade vai ajudar o agricultor a produzir mais, gerenciar melhor seus custos e obter excelência operacional em sua propriedade”, completa.

Em relação ao custo para aderir ao projeto, Barros diz que, dependendo do tipo de topografia, o valor de implementação tem ficado em algo como ‘meio saco por hectare’. “À medida que o agricultor começa a adotar essa tecnologia, o retorno sobre o capital investido vem bastante rápido”, ele assegura.

ConectarAgro torna-se associação

Para obter maior representatividade e influência, o ConectarAgro mudou de status e tornou-se uma associação civil sem fins lucrativos. O especialista Gregory Riordan, da CNH Industrial, foi escolhido como o primeiro presidente da Associação, ficando no cargo por dois anos. Segundo ele, a mudança foi necessária para que o projeto possa crescer de forma mais rápida e organizada, atingindo todo o território nacional. “Por meio da associação haverá um crescimento dos dispositivos da conectividade, ganho de escala e uma padronização quase natural da tecnologia, pelo uso e não pela imposição”, afirma. “Além disso, é preciso se alinhar aos fóruns públicos e privados, tanto na linguagem como nas ações, para que todos os esforços que estão sendo feitos no Brasil possam melhorar a conectividade.”

Riordan, da CNHi e da ConectarAgro: padronização da tecnologia pelo uso

A partir da sua criação oficial como associação, outras empresas podem se associar ao ConectarAgro, que atualmente integra 35 companhias de diversos setores, do agribusiness às telecomunicações, passando pelo sistema financeiro. “Essa diversidade de novos membros mostra o potencial da conectividade no campo”, finaliza Riordan.

Saiba mais:
ConectarAgro: conectaragro.com.br

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