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Brasil busca convencer a União Europeia a liberar aço semielaborado

Em meio a um excesso de capacidade próximo a 550 milhões de toneladas no mundo e com o mercado americano virtualmente fechado pela seção 232 (que trata da Segurança Nacional nos Estados Unidos), o efeito dominó era previsto

Valor Econômico

03/07/2018 09h19 | Atualizada em 03/07/2018 18h25

As siderúrgicas vão usar na negociação com a União Europeia (UE), caso de fato haja restrições à importação de aço brasileiro, a mesma lógica que tentaram fazer valer nas conversas com os Estados Unidos. Segundo o Instituto Aço Brasil o bloco precisa dos semielaborados que são escoados para lá.

De acordo com Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Aço Brasil, já era mais que esperado que a Europa se protegesse.

Em meio a um excesso de capacidade próximo a 550 milhões de toneladas no mundo e com o mercado americano virtualmente fechado pela seção 232 (que trata da Segurança Nacional nos Estados Unidos), o efeito dominó era previsto.

“Isso nos leva a uma constatação importante, de que o mundo inteiro está se protegendo", declara.

"Enquanto isso, o Ministério da Fazenda e a Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo organizam um seminário para falar da abertura comercial do Brasil."

A UE é o segundo maior parceiro comercial de siderurgia do Brasil, depois dos EUA. No ano passado, foram vendidas 2,78 milhões de toneladas aos países pertencentes ao bloco europeu, ou 18,1% do total exportado pelas empresas brasileiras. Só à Aleman

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As siderúrgicas vão usar na negociação com a União Europeia (UE), caso de fato haja restrições à importação de aço brasileiro, a mesma lógica que tentaram fazer valer nas conversas com os Estados Unidos. Segundo o Instituto Aço Brasil o bloco precisa dos semielaborados que são escoados para lá.

De acordo com Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Aço Brasil, já era mais que esperado que a Europa se protegesse.

Em meio a um excesso de capacidade próximo a 550 milhões de toneladas no mundo e com o mercado americano virtualmente fechado pela seção 232 (que trata da Segurança Nacional nos Estados Unidos), o efeito dominó era previsto.

“Isso nos leva a uma constatação importante, de que o mundo inteiro está se protegendo", declara.

"Enquanto isso, o Ministério da Fazenda e a Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo organizam um seminário para falar da abertura comercial do Brasil."

A UE é o segundo maior parceiro comercial de siderurgia do Brasil, depois dos EUA. No ano passado, foram vendidas 2,78 milhões de toneladas aos países pertencentes ao bloco europeu, ou 18,1% do total exportado pelas empresas brasileiras. Só à Alemanha, foram destinados 1,12 milhão de toneladas.

Na semana passada, no início do pregão da B3, as ações das fabricantes de aço chegaram a cair na esteira dessa notícia, mas ao longo do dia se recuperaram.

Os papéis preferenciais classe A da Usiminas, por exemplo, figuraram entre os maiores ganhos do Ibovespa com alta de 3,92%, para R$ 7,43. Gerdau PN avançou 2,73%, para R$ 13,93, e os ativos ordinários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) tiveram alta de 0,93%, para R$ 7,59.

Mais cedo, analistas haviam alertado para o impacto apenas limitado de um potencial fechamento do mercado europeu ao aço brasileiro, pelo menos quando se leva em conta as empresas com capital aberto.

Itaú BBA e XP Investimentos ressaltaram que a Usiminas é a mais afetada, mas que apenas metade dos seus embarques, ou cerca de 8% do total de vendas. Além disso, se semiacabados forem isentos, o efeito seria ainda menor - são quase 50% das exportações à UE. "Dito isso, a medida gera incertezas e pode trazer um barulho para o setor", acrescenta a XP.

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