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Indústria revê investimentos

Fabricantes de máquinas e equipamentos mantêm foco em setores aquecidos, como a mineração, para superar falta de novos aportes na atualização do parque industrial brasileiro

Valor Econômico

22/05/2018 16h01 | Atualizada em 23/05/2018 12h36

Fabricantes de máquinas e equipamentos mantêm foco em setores aquecidos, como a mineração, para superar falta de novos aportes na atualização do parque industrial brasileiro.

Neste cenário, empresas devem manter o foco em mineração e papel e celulose, além de serviços, para superar o momento econômico do país.

“O desempenho foi frustrante no 1° trimestre,  dessa forma, não ocorreu um crescimento econômico robusto o bastante para configurar uma retomada e engrenar toda a cadeia”, avalia Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Ele aponta a capacidade ociosa da indústria, instabilidade política e dificuldade no crédito como principais fatores para o quadro atual.

“Está ocorrendo um investimento pequeno na indústria, mais voltado para modernização, substituição e eficiência. Isso não tem a mesma potência de grandes aportes em expansão, que é o que faz a economia girar.”

Segundo Marcelo Motti, vice-presidente da Metso Brasil, com a crise, a indústria acabou reduzindo seu índice de ocupação.

“Foram feitos muitos investimentos entre 2012 e 2014 e, com a recessão, sobrou capacidade produt

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Fabricantes de máquinas e equipamentos mantêm foco em setores aquecidos, como a mineração, para superar falta de novos aportes na atualização do parque industrial brasileiro.

Neste cenário, empresas devem manter o foco em mineração e papel e celulose, além de serviços, para superar o momento econômico do país.

“O desempenho foi frustrante no 1° trimestre,  dessa forma, não ocorreu um crescimento econômico robusto o bastante para configurar uma retomada e engrenar toda a cadeia”, avalia Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Ele aponta a capacidade ociosa da indústria, instabilidade política e dificuldade no crédito como principais fatores para o quadro atual.

“Está ocorrendo um investimento pequeno na indústria, mais voltado para modernização, substituição e eficiência. Isso não tem a mesma potência de grandes aportes em expansão, que é o que faz a economia girar.”

Segundo Marcelo Motti, vice-presidente da Metso Brasil, com a crise, a indústria acabou reduzindo seu índice de ocupação.

“Foram feitos muitos investimentos entre 2012 e 2014 e, com a recessão, sobrou capacidade produtiva. Com uma retomada da demanda, as empresas estão investindo em eficiência para produzir mais com menos.”

Multinacional finlandesa, a Metso possui uma planta em Sorocaba, SP e produz válvulas de controle de vazão para os setores de óleo e gás e papel e celulose, e máquinas de britagem e peneiramento para mineração e construção civil.

“Cada segmento tem suas especificidades. Construção civil e óleo e gás ainda estão muito parados. Celulose segue muito bem e mineração está tendo uma retomada. A demanda global por minério de ferro vem aumentando o preço das commodities e impactando toda a cadeia”, aponta Motti.

“Também atuamos no mercado de mineração nas Américas, especialmente Chile e Peru”, acrescenta. O executivo projeta crescimento global de 14% do faturamento, puxado não só pela venda de máquinas, mas de serviços. “Isso inclui treinamento de pessoal e revisão de peças. Corresponde a mais da metade do nosso negócio.”

Superando a crise

Biagio Pugliese, diretor comercial e de marketing da KSB Brasil, fabricante mundial de bombas e válvulas, prevê avanço do faturamento de 6% a 7% em 2018 no país.

“Pelas condições de mercado, é um patamar bom. O 2° semestre vai ser complicado por conta das eleições. Muitos projetos ficam em espera.”

O grupo alemão possui duas unidades no interior de São Paulo, em Jundiaí, onde fabrica bombas e válvulas, e uma fundição em Americana.

“Atuamos em diversos segmentos: construção civil, papel e celulose, açúcar e álcool, saneamento e petroquímica.”

Pugliese avalia que o mercado está melhor do que no ano passado. “O agronegócio está forte. A área de saneamento foi boa no 1º quadrimestre, mas por causa das eleições isso vai parar. Já o setor de óleo e gás segue paralisado”, explica.

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