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Fundo Brasil-China escolhe projetos para aportes de US$ 2,4 bi

No mercado, especula-se que empreendimentos como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o terminal portuário multicargas de São Luís (MA) devem estar na lista para esses investimentos

Valor Econômico

15/05/2018 17h53 | Atualizada em 16/05/2018 13h02

Depois de uma peneira inicial, autoridades brasileiras e chinesas selecionaram cinco projetos – quatro de infraestrutura e um na área industrial – para receber aportes de US$ 2,4 bilhões do Fundo Brasil-China de Cooperação para Expansão da Capacidade Produtiva.

O dinheiro poderá ser concedido como financiamento a taxas privilegiadas ou como "equity" com participação acionária de até 40% nos empreendimentos, diz Jorge Arbache, secretário de assuntos internacionais do Ministério do Planejamento.

Anunciado em maio de 2015, durante encontro do primeiro-ministro Li Keqiang com a então presidente Dilma Rousseff em Brasília, o fundo demorou quase três anos para ser estruturado e chegar à lista final de candidatos para receber os primeiros desembolsos.

Os nomes dos escolhidos são guardados em sigilo por causa das cláusulas de confidencialidade. No mercado, especula-se que empreendimentos como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o terminal portuário multicargas de São Luís (MA) devem estar na lista.

Arbache explica que os projetos estão sendo avaliados agora por instituições financeiras dos dois lados para um pente-fino em sua viabilidade.

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Depois de uma peneira inicial, autoridades brasileiras e chinesas selecionaram cinco projetos – quatro de infraestrutura e um na área industrial – para receber aportes de US$ 2,4 bilhões do Fundo Brasil-China de Cooperação para Expansão da Capacidade Produtiva.

O dinheiro poderá ser concedido como financiamento a taxas privilegiadas ou como "equity" com participação acionária de até 40% nos empreendimentos, diz Jorge Arbache, secretário de assuntos internacionais do Ministério do Planejamento.

Anunciado em maio de 2015, durante encontro do primeiro-ministro Li Keqiang com a então presidente Dilma Rousseff em Brasília, o fundo demorou quase três anos para ser estruturado e chegar à lista final de candidatos para receber os primeiros desembolsos.

Os nomes dos escolhidos são guardados em sigilo por causa das cláusulas de confidencialidade. No mercado, especula-se que empreendimentos como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o terminal portuário multicargas de São Luís (MA) devem estar na lista.

Arbache explica que os projetos estão sendo avaliados agora por instituições financeiras dos dois lados para um pente-fino em sua viabilidade.

Ele acredita que na próxima reunião do grupo técnico do fundo, marcada para agosto, já poderia haver a aprovação de aporte em pelo menos um dos empreendimentos.

"O fundo está perto de se transformar em um instrumento efetivo da nossa relação econômica com a China."

O governo chinês tem 16 fundos bilaterais espalhados pelo mundo, segundo Arbache, mas o mecanismo com o Brasil possui uma característica peculiar.

Trata-se do único com gestão paritária, no qual representantes dos dois lados têm o mesmo peso, o que é determinante para não haver exigências sensíveis – como fornecimento obrigatório de equipamentos ou mão de obra pelo gigante asiático.

"Não é preciso sequer que o projeto tenha participação dos chineses como acionistas", ressalta o secretário.

Além disso, no caso de financiamento, o crédito pode ser dado em reais. Isso tira o risco cambial das mãos do empreendedor e torna o crédito mais atrativo.

Os recursos do fundo, que podem chegar a US$ 20 bilhões, são divididos na proporção de três por um.

De um lado, o Fundo de Cooperação Chinês para Investimento na América Latina (Claifund) vai aportar até US$ 15 bilhões. O restante viria do lado brasileiro. BNDES e Caixa Econômica Federal são os operadores preferenciais, mas a participação é aberta para outras instituições.

A Fiol é o projeto de ferrovia que desperta maior interesse da China. Pequim está disposta ainda a financiar a construção do Porto Sul da Bahia, em Ilhéus, ponto de chegada dos trilhos.

No caso do terminal em São Luís, a gigante chinesa CCCC controla o negócio e lançou em março a pedra fundamental das obras, que devem consumir R$ 2 bilhões. A Ferrogrão, ligação ferroviária entre Sinop, MT e Itaituba, PA, é outra apontada como candidata.

Levantamentos anteriores indicavam uma concentração dos investimentos chineses em três setores da economia brasileira: energia, mineração e agronegócio. "Há claramente um movimento de diversificação", afirma Arbache.

No levantamento do ministério, a China acumula um estoque de US$ 55,4 bilhões de investimentos confirmados em 102 projetos no país.

Outros 160 projetos foram anunciados, somando US$ 71,3 bilhões, mas ainda não foi possível detectar registros de desembolsos efetivos.

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