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Venda externa aumenta produção de máquinas para construção

As vendas externas de máquinas e equipamentos para terraplenagem, pavimentação e construção subiram 59,4% de janeiro a novembro, em dólar

Valor Econômico

06/12/2017 10h48 | Atualizada em 13/12/2017 12h13

Após forte queda em 2015 e 2016, a produção de bens de capital destinada à construção tem crescido de forma expressiva ao longo de 2017.

Em relação ao ano passado houve alta de 25,7% no primeiro trimestre, 21,8% no segundo e de 50,2% no terceiro. Em outubro, saltou 65% sobre o mesmo mês em 2016.

Uma explicação é a base de comparação muito baixa. Outra são as exportações do setor.

As vendas externas de máquinas e equipamentos para terraplenagem, pavimentação e construção subiram 59,4% de janeiro a novembro, em dólar.

"Bens de capital na área de construção cresceram em função das exportações", sobretudo para a Argentina, diz André Macedo, gerente da pesquisa industrial do IBGE.

A construção deve fechar o ano com números negativos, mas se percebe uma reação, disse Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, que representa fabricantes do setor.

A estimativa da entidade para as vendas neste ano (queda de 9%) deve ser revista para recuo de 7%.

Em 2013, antes da crise, a comercialização da chamada Linha Amarela (pás, retroescavadeiras, gruas etc.) girava em torno de 30 mil máquinas. Neste ano, serão vendidas pouco mais de 7,7 mil. Em 2018, a expectativa

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Após forte queda em 2015 e 2016, a produção de bens de capital destinada à construção tem crescido de forma expressiva ao longo de 2017.

Em relação ao ano passado houve alta de 25,7% no primeiro trimestre, 21,8% no segundo e de 50,2% no terceiro. Em outubro, saltou 65% sobre o mesmo mês em 2016.

Uma explicação é a base de comparação muito baixa. Outra são as exportações do setor.

As vendas externas de máquinas e equipamentos para terraplenagem, pavimentação e construção subiram 59,4% de janeiro a novembro, em dólar.

"Bens de capital na área de construção cresceram em função das exportações", sobretudo para a Argentina, diz André Macedo, gerente da pesquisa industrial do IBGE.

A construção deve fechar o ano com números negativos, mas se percebe uma reação, disse Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, que representa fabricantes do setor.

A estimativa da entidade para as vendas neste ano (queda de 9%) deve ser revista para recuo de 7%.

Em 2013, antes da crise, a comercialização da chamada Linha Amarela (pás, retroescavadeiras, gruas etc.) girava em torno de 30 mil máquinas. Neste ano, serão vendidas pouco mais de 7,7 mil. Em 2018, a expectativa é de alta de 8%.

“A indústria registra melhora em novembro e dezembro. Há um viés de retomada", afirma Daniel. Pesquisa realizada em 2016 pela Sobratema, entre associados, mostrava que 80% estavam pessimistas para este ano. Na pesquisa feita agora no fim do ano para 2018, 53% estão otimistas. "Há grande expectativa quanto às concessões, em especial de rodovias", diz.

O aumento na produção de bens de capital em geral é o resultado de fatores como as exportações e também tem a ver com margens de lucro deprimidas, afirma Leonardo Carvalho, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

"A indústria, desde antes da crise, vinha sofrendo muito com a compressão das margens. O que temos visto é uma necessidade de investir não para aumentar capacidade, mas para reduzir custos, elevar produtividade. Isso explica parte do aumento."

Outro dado não relacionado à produção, mas que corrobora o movimento das fábricas em modernizar equipamentos já existentes, é o aumento de 15% na importação de peças e equipamentos para bens de capital, de janeiro a outubro deste ano, ante o mesmo período do ano passado, segundo a Abimei, associação dos importadores.

As importações de bens de capital em si caíram 15%.

"Isso mostra que não se está fazendo investimento em maquinário novo, mas sim 'retrofit'", afirma Paulo Castelo Branco, presidente da entidade.

Ele lembra que, quando voltaram a operar após a longa recessão, algumas linhas precisaram ser modernizadas, especialmente quando o produto se dirige ao mercado externo.

Em 2017, a importação de máquinas e equipamentos deve cair 12,8%. Castelo Branco estima aumento de 10% no ano que vem.

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