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Produção de bens de capital sobe 37%

O ano de 2017 registrou nove altas mensais da produção de bens de capital, diz ele. No setor de máquinas para construção, foram dez altas mensais

Valor Econômico

07/02/2018 08h45 | Atualizada em 14/02/2018 14h56

A atividade dos fabricantes de bens de capital parece ter deixado a crise para trás e, finalmente, está em recuperação disseminada, o que reforça a perspectiva de reação mais consistente dos investimentos produtivos este ano.

Segundo análise da Tendências Consultoria, a produção de itens como máquinas, equipamentos e caminhões cresceu 37,2% em dezembro, na comparação com o pior momento do setor, que foi registrado entre o quarto trimestre de 2015 e o primeiro de 2016.

Na mesma ordem, a maior alta foi observada no segmento de bens de capital para construção civil, cuja produção deu um salto de 141,8% no período, variação influenciada pela base de comparação fraca do ano anterior.

Em seguida, os aumentos mais expressivos ocorreram nos segmentos de equipamentos de transporte (49,4%), bens de capital de uso misto (47,6%), peças agrícolas (43%) e bens de capital agrícolas (35,1%).

O setor de bens de capital para energia elétrica avançou 11,2%. Com expansão mais fraca, de 6,9%, o segmento de bens de capital para fins industriais foi o único que cresceu menos de dois dígitos nessa comparação.

Responsável pelos cálculos, o economista Felipe Beraldi destaca que o comportamento mais favorável não é pontual.

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A atividade dos fabricantes de bens de capital parece ter deixado a crise para trás e, finalmente, está em recuperação disseminada, o que reforça a perspectiva de reação mais consistente dos investimentos produtivos este ano.

Segundo análise da Tendências Consultoria, a produção de itens como máquinas, equipamentos e caminhões cresceu 37,2% em dezembro, na comparação com o pior momento do setor, que foi registrado entre o quarto trimestre de 2015 e o primeiro de 2016.

Na mesma ordem, a maior alta foi observada no segmento de bens de capital para construção civil, cuja produção deu um salto de 141,8% no período, variação influenciada pela base de comparação fraca do ano anterior.

Em seguida, os aumentos mais expressivos ocorreram nos segmentos de equipamentos de transporte (49,4%), bens de capital de uso misto (47,6%), peças agrícolas (43%) e bens de capital agrícolas (35,1%).

O setor de bens de capital para energia elétrica avançou 11,2%. Com expansão mais fraca, de 6,9%, o segmento de bens de capital para fins industriais foi o único que cresceu menos de dois dígitos nessa comparação.

Responsável pelos cálculos, o economista Felipe Beraldi destaca que o comportamento mais favorável não é pontual.

O ano de 2017 registrou nove altas mensais da produção de bens de capital, diz ele. No setor de máquinas para construção, foram dez altas mensais. O segmento que cresceu por menos meses no ano passado foi o de máquinas agrícolas, com cinco altas na comparação com ajuste sazonal.

Entre 2016 e 2017, a fabricação de bens de capital para fins industriais diminuiu 3,1%. Além desse segmento, o de bens de capital para o setor de energia elétrica foi o único com retração no período, de 7,1%. "Agora, a retomada é disseminada entre boa parte das aberturas", observa Beraldi, destacando que, no início da recuperação do setor, a alta e era concentrada principalmente na produção de máquinas agrícolas, devido às supersafras.

Para o analista, a melhora do cenário econômico no ano passado – com reação da atividade, redução da inflação e juros mais baixos – aumentou a demanda das empresas por bens de capital.

Apesar das incertezas relacionadas à eleição presidencial, essa tendência deve se reforçar em 2018, diz, impulsionada pela manutenção das taxas de juros mais baixas e da inflação sob controle, pela melhora da confiança do empresariado e, também, pela desalavancagem de grandes empresas.

Além da recuperação da atividade, outro fator que deve estimular as compras externas de máquinas e equipamentos é a decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de zerar a alíquota de importação para bens de capital não produzidos no Brasil, destaca Beraldi. O incentivo fiscal vale até junho do ano que vem.

Nas estimativas da Tendências, o consumo aparente de bens de capital vai aumentar 11,8%, após alta de 5,7% em 2017, crescimento acima do esperado anteriormente pela consultoria.

Já a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas, construção civil e pesquisa) deve crescer 6,2% este ano, primeira expansão anual desde 2013.

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