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Perspectivas para o mercado de equipamentos

Leia análise da AEM sobre o momento atual do mercado global de máquinas para construção

AEM

08/03/2022 11h00 | Atualizada em 08/03/2022 12h46

Enquanto a economia global continua no caminho certo para se expandir em 2022, uma série de desafios pode trazer obstáculos para a indústria de equipamentos agrícolas e de construção. De acordo com dados recentes da AEM (Association of Equipment Manufacturers), a economia global expandiu em 5,1% em 2021. Agora, quando se prevê um crescimento de cerca de 3,9% para 2022, um ritmo mais lento parece ser a conclusão inevitável.

Fatores de curto prazo como a persistência da pandemia, taxas de juros mais altas, problemas na cadeia de abastecimento e escassez de mão de obra, assim como fatores de longo prazo como a “desglobalização” e a inflação galopante, surgiram para amortecer um pouco o entusiasmo do que tem sido um forte ressurgimento econômico em todo o mundo.

“A última recessão que vivemos encerrou o mais longo período de expansão econômica, durando de fevereiro a abril de 2020”, disse o diretor de inteligência de mercado da AEM, Benjamin Duyck. “Foram dois meses que, em termos econômicos tradicionais, não podem nem mesmo ser descritos como recessão. No entanto,

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Enquanto a economia global continua no caminho certo para se expandir em 2022, uma série de desafios pode trazer obstáculos para a indústria de equipamentos agrícolas e de construção. De acordo com dados recentes da AEM (Association of Equipment Manufacturers), a economia global expandiu em 5,1% em 2021. Agora, quando se prevê um crescimento de cerca de 3,9% para 2022, um ritmo mais lento parece ser a conclusão inevitável.

Fatores de curto prazo como a persistência da pandemia, taxas de juros mais altas, problemas na cadeia de abastecimento e escassez de mão de obra, assim como fatores de longo prazo como a “desglobalização” e a inflação galopante, surgiram para amortecer um pouco o entusiasmo do que tem sido um forte ressurgimento econômico em todo o mundo.

“A última recessão que vivemos encerrou o mais longo período de expansão econômica, durando de fevereiro a abril de 2020”, disse o diretor de inteligência de mercado da AEM, Benjamin Duyck. “Foram dois meses que, em termos econômicos tradicionais, não podem nem mesmo ser descritos como recessão. No entanto, a perturbação econômica teve um grande impacto sobre a indústria.”

Crescimento no horizonte

Quando virá a próxima recessão econômica é uma questão fácil de se colocar, mas que não é tão facilmente respondida. A recente volatilidade do mercado de ações pouco tem feito para acalmar as preocupações. No entanto, o mercado ainda está em alta de 20% quando comparado ao ano anterior, chegando a 30% na comparação com dois anos atrás (pouco antes do início da pandemia).

“Podemos prever com precisão a próxima recessão?”, indagou Duyck. “A resposta é não, e existe até uma piada comum que diz que os economistas previram 15 das últimas 10 recessões. Em outras palavras, eles estão frequentemente errados e pessimistas. No entanto, será interessante ver o que acontece, especialmente com a alta inflação.”

Nos últimos dois anos, a AEM tem consultado seus membros trimestralmente para avaliar como esperam retornar aos níveis pré-Covid-19. Durante algum tempo, as respostas geralmente foram bastante positivas, de acordo com Duyck.

“Mas os dados do último trimestre estão indo novamente em outra direção, em grande parte devido aos ventos contrários que estamos enfrentando com a inflação, problemas de força de trabalho e rupturas na cadeia de fornecimento”, disse ele.

Fatores atenuantes

Quando se trata de equipamentos agrícolas, o impacto da inflação não pode ser subestimado. Houve um aumento de 11,7% em relação ao ano anterior nos preços das máquinas agrícolas. No lado da construção, a inflação é um pouco menor, mas vem aumentando gradualmente, chegando a 9,7% no último trimestre.

A aquisição de talentos também é um fator significativo – e problemático – para os fabricantes de equipamentos agrícolas e de construção. De acordo com os resultados da mais recente pesquisa trimestral com os membros da AEM, a contratação no chão de fábrica continua sendo uma questão importante – 84% dos entrevistados tiveram problemas na área, enquanto 90% dos membros da AEM consultados afirmam já ter lidado com a questão.

Os entrevistados apontaram uma ampla gama de estratégias e táticas potenciais para enfrentar os desafios de contratação – incluindo estágios, parcerias educacionais, salários mais altos, bônus, esforços de marketing e recrutamento, horários flexíveis e terceirização, dentre os mais comuns –, mas é evidente que a força de trabalho continuará a ser uma questão predominante para os fabricantes de equipamentos no futuro próximo. Igualmente claros são os fatores que levaram aos problemas na cadeia de suprimentos, que atualmente afligem os fabricantes.

“A Covid-19, seguida por um número crescente de funcionários deixando a força de trabalho, levou a paralisações e escassez de produtos”, acrescentou Duyck. Como resultado, a cadeia de fornecimento inicialmente pretendeu ajustar a produção para baixo, esperando uma menor demanda. Além disso, as empresas de transporte reduziram os horários, esperando uma queda na demanda de remessas. E, mesmo que a demanda em alguns setores da economia de fato tenha caído, essa queda não foi distribuída uniformemente por todas as indústrias e trabalhadores.

Perspectivas da AEM

De acordo com a mais recente pesquisa trimestral da AEM, mais de 95% dos fabricantes de equipamentos agrícolas e de construção disseram estar enfrentando problemas na cadeia de fornecimento. Entretanto, ou a demanda está começando a normalizar ou a sinalização da cadeia de fornecimento está melhorando, pois 44% dos entrevistados observaram que a situação está começando a se inverter.

“Para a maioria dessas pessoas, as questões são tanto domésticas quanto globais”, disse Duyck. “A opinião consensual entre os membros é que as questões residem particularmente nos preços, transporte, disponibilidade de matérias-primas e, posteriormente, de insumos e componentes.”

Além disso, o problema não está necessariamente no ponto final ou no recebimento da remessa, mas sim na fonte do fornecedor – especialmente em remessas internacionais. Entretanto, apesar de todos os desafios que afetam as indústrias de equipamentos agrícolas e de construção, ainda é esperado um ano de crescimento, embora a um ritmo mais lento do que nos últimos meses.

Perspectivas de mercado

Para o mercado de equipamentos de construção, espera-se que o valor da indústria da construção cresça 4,5% este ano, impulsionado em grande parte pelo setor residencial. As percepções dos membros da AEM mostram uma demanda forte (83%), sendo razoável esperar um crescimento de 6 a 10% nos próximos 12 meses, com um crescimento de 6 a 10% mais forte do que o esperado em 2021.

Os gastos com infraestrutura devem ganhar um impulso significativo nos próximos anos. Mas as incertezas relacionadas à pandemia, aos altos custos materiais e à política monetária continuam preocupantes. Para o mercado de equipamentos agrícolas, especificamente, a AEM aponta que a renda agrícola vem aumentando, independentemente do declínio do apoio governamental e do aumento dos custos de produção.

“Neste segmento, as expectativas dos membros permanecem fortes, com 81% dos entrevistados prevendo crescimento anual à frente e 91% esperando que o crescimento se mantenha”, destacou a associação comercial norte-americana, que representa mais de 1.000 fabricantes e fornecedores internacionais de equipamentos off-road.

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