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Mineração tem desafio de melhorar reputação no Brasil

O setor ficou entre os setores mais mal avaliados, ao lado de telecomunicações e construção e engenharia

Notícias de Mineração

04/10/2017 08h48 | Atualizada em 11/10/2017 13h38

A mineração brasileira tem o desafio de melhorar a reputação para continuar crescendo e explorando novas fronteiras, como as jazidas na região Norte.

De acordo com Ana Luísa de Castro Almeida, diretora do Reputation Institute, em dez anos, a reputação da indústria mineral brasileira caiu 15 pontos e chegou a 55 pontos, com perda de respeito, confiança e admiração pelos entrevistados.

O setor ficou entre os setores mais mal avaliados, ao lado de telecomunicações e construção e engenharia.

Para ela, o setor é bastante fechado e ainda trabalha com a percepção de que, por não atuar diretamente com o consumidor final, não precisa ter um diálogo mais transparente com a sociedade.

"A internet tornou o mundo todo mais transparente, o setor tem um olhar de curto prazo com um viés operacional muito forte, sem dar ênfase ao capital social", declara.

Em vez de um discurso de mineradoras engajadas em produção com menor custo, é preciso ter empresas que se preocupem em dialogar com todas as partes interessadas para construir algo melhor.

"No Canadá e na Austrália, países com tradição mineral, as pessoas têm a percepção de que a indústria mineral é extrativa, mas que cria be

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A mineração brasileira tem o desafio de melhorar a reputação para continuar crescendo e explorando novas fronteiras, como as jazidas na região Norte.

De acordo com Ana Luísa de Castro Almeida, diretora do Reputation Institute, em dez anos, a reputação da indústria mineral brasileira caiu 15 pontos e chegou a 55 pontos, com perda de respeito, confiança e admiração pelos entrevistados.

O setor ficou entre os setores mais mal avaliados, ao lado de telecomunicações e construção e engenharia.

Para ela, o setor é bastante fechado e ainda trabalha com a percepção de que, por não atuar diretamente com o consumidor final, não precisa ter um diálogo mais transparente com a sociedade.

"A internet tornou o mundo todo mais transparente, o setor tem um olhar de curto prazo com um viés operacional muito forte, sem dar ênfase ao capital social", declara.

Em vez de um discurso de mineradoras engajadas em produção com menor custo, é preciso ter empresas que se preocupem em dialogar com todas as partes interessadas para construir algo melhor.

"No Canadá e na Austrália, países com tradição mineral, as pessoas têm a percepção de que a indústria mineral é extrativa, mas que cria benefícios sociais e ambientais; no Brasil a impressão das pessoas é de que ela causa estragos", afirma.

Para Wilson Nélio Brumer, presidente do Conselho Curador da Fundação Renova, a indústria precisa reforçar a parceria com a sociedade civil e todos os agentes que participam da cadeia necessitam de conhecimento na área.

A sócia da Brunswick no Reino Unido, Carole Cable destaca que experiências na África e no Chile mostram parcerias de sucesso entre as mineradoras e as comunidades daqueles países.

Em Moçambique, afetado pelo alto desemprego e pobreza, uma mineradora abriu 300 postos de trabalho e havia uma demanda várias vezes superior.

Segundo Alberto Nínio, diretor de Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa da Vale, a mineração está em regiões remotas em que há uma virtual ausência do Estado, o que exige que as parcerias sejam firmadas.

Ele afirma que, quanto mais próxima a empresa está da comunidade, mais fácil fica resolver eventuais problemas criados com a atividade mineral.

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