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Governo pretende zerar imposto de importação para carretas e caminhões a gás

O objetivo é reduzir o custo de aquisição desses veículos, e oferecer uma alternativa de combustível mais barata que o diesel

O Globo

11/02/2020 11h00 | Atualizada em 11/02/2020 17h44

O governo pretende zerar o Imposto de Importação de caminhões e carretas movidos a gás natural – também conhecido como gás natural veicular (GNV).

A decisão será tomada na reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) marcada para essa semana.

Além de ser mais barato que o diesel, o gás natural para os veículos também polui menos.

O Ministério da Economia espera que, com a medida, seja possível aumentar a demanda e incentivar novos investimentos nesse tipo de combustível no país, em sintonia com o Novo Mercado de Gás, o “choque de energia barata” com o qual o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende reduzir o preço do insumo no país.

Atualmente, o imposto de 35% dificulta a importação desse tipo de veículo no Brasil. Com o imposto zerado, um caminhão 6×2 (ou seja, que possui seis pontos de apoio e dois eixos com tração), poderia ser adquirido por R$ 524 mil, preço parecido com os valores cobrados para veículos a diesel. Hoje, esse mesmo veículo não sai por menos de R$ 683 mil.

O g

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O governo pretende zerar o Imposto de Importação de caminhões e carretas movidos a gás natural – também conhecido como gás natural veicular (GNV).

A decisão será tomada na reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) marcada para essa semana.

Além de ser mais barato que o diesel, o gás natural para os veículos também polui menos.

O Ministério da Economia espera que, com a medida, seja possível aumentar a demanda e incentivar novos investimentos nesse tipo de combustível no país, em sintonia com o Novo Mercado de Gás, o “choque de energia barata” com o qual o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende reduzir o preço do insumo no país.

Atualmente, o imposto de 35% dificulta a importação desse tipo de veículo no Brasil. Com o imposto zerado, um caminhão 6×2 (ou seja, que possui seis pontos de apoio e dois eixos com tração), poderia ser adquirido por R$ 524 mil, preço parecido com os valores cobrados para veículos a diesel. Hoje, esse mesmo veículo não sai por menos de R$ 683 mil.

O governo já recebeu o compromisso de duas empresas para construir 45 unidades de abastecimento ao longo do que vem sendo chamado de “Corredor Azul”, trechos rodoviários de grande fluxo, entre o Sudeste e o Nordeste do país.

A logística da rede de abastecimento rodoviário de gás natural é um dos principais gargalos para o desenvolvimento desse combustível.

A redução de imposto valeria por dois anos, prazo necessário para a construção de uma montadora desse tipo no país, segundo fontes da pasta. Técnicos do Ministério da Economia consideram que é mais adequado permitir logo a entrada de caminhões importados.

A expectativa do governo é que o projeto de introdução de gás natural no transporte rodoviário e urbano no país gere demanda para o escoamento e monetização das reservas de gás e biogás – um tipo de gás produzido por meio da queima do lixo.

Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do litro de óleo diesel em todo o país foi de R$ 3,778 na semana passada. Já o preço do gás natural foi de R$ 3,195, no período.

A potência desse caminhão é muito similar à dos veículos movidos a óleo diesel, mas ele é muito menos barulhento. A autonomia dos caminhões a gás gira em torno de 500 quilômetros, dependendo do modelo.

Impacto no custo do frete
Aumentar o uso de gás natural pode ser uma alternativa para os caminhoneiros, que têm como uma das suas principais demandas a redução do preço do combustível.

A alternativa mais barata também pode ser uma saída para reduzir o custo do frete e diminuir os impactos das oscilações do mercado internacional no país, já que boa parte do diesel usado no Brasil é importado, segundo fontes do ministério.

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As estimativas de técnicos são que a substituição do diesel pelo gás reduza em cerca de 15% o custo do frete, diferença que pode ficar maior, com a esperada queda no preço do gás natural.

Segundo fontes do governo, empresas já demonstraram que têm interesse em usar esses caminhões para frete, em contratos que devem ser formalizados já em março, após a redução do imposto.

De acordo com os técnicos, para viabilizar os corredores azuis e caminhões a gás no país é necessário criar demanda por meio desse produto importado.

Segundo fontes a par das discussões, uma vez que os caminhões sejam aceitos pelo mercado e haja procura firme estabelecida, haveria demanda para a implementação de uma linha de montagem no país, iniciando a produção nacional com preços mais competitivos.

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