Comércio Exterior
DCI
18/05/2016 00h00 | Atualizada em 18/05/2016 02h04
A receita das exportações brasileiras para as principais economias da América Central cresceu 7% nos quatro primeiros meses deste ano, chegando a US$ 447,594 milhões.
Houve aumento nos ganhos com embarques para Belize (+20%), Honduras (+3%), Nicarágua (+63%) e Costa Rica (+21%), enquanto o retorno das vendas para El Salvador (-5%) diminuiu.
As exportações para Guatemala e Panamá ficaram estáveis na comparação entre os primeiros quadrimestres de 2015 e 2016. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A Nicarágua, principal responsável pelo aumento das exportações para a região, ampliou em 248% o volume de suas importações do Brasil neste ano, que somaram US$ 41,858 milhões.
Os 72,925 milhões de quilos em compras foram divididos entre commodities, como arroz e café, e produtos manufaturados, como tubos e escavadeiras.
As vendas para os nicaraguenses e para outros países da região foram favorecidas pela desvalorização do real e pela boa relação entre os governos locais e o brasileiro, afirma Antônio Carlos Alves dos Santos, professor de economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).
Também chama atenção o crescimento econômico da região. O avanço do Produto Interno Bruto (PIB) estima
...A receita das exportações brasileiras para as principais economias da América Central cresceu 7% nos quatro primeiros meses deste ano, chegando a US$ 447,594 milhões.
Houve aumento nos ganhos com embarques para Belize (+20%), Honduras (+3%), Nicarágua (+63%) e Costa Rica (+21%), enquanto o retorno das vendas para El Salvador (-5%) diminuiu.
As exportações para Guatemala e Panamá ficaram estáveis na comparação entre os primeiros quadrimestres de 2015 e 2016. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A Nicarágua, principal responsável pelo aumento das exportações para a região, ampliou em 248% o volume de suas importações do Brasil neste ano, que somaram US$ 41,858 milhões.
Os 72,925 milhões de quilos em compras foram divididos entre commodities, como arroz e café, e produtos manufaturados, como tubos e escavadeiras.
As vendas para os nicaraguenses e para outros países da região foram favorecidas pela desvalorização do real e pela boa relação entre os governos locais e o brasileiro, afirma Antônio Carlos Alves dos Santos, professor de economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).
Também chama atenção o crescimento econômico da região. O avanço do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Nicarágua, por exemplo, é de 4,5%, em 2016, e 4,3%, em 2017.
A Costa Rica segue a mesma linha. Segundo o FMI, o PIB local deve crescer 4,2% neste e nos próximos anos. Já Honduras deve ter expansão de 3,5%, em 2016, e de 3,7%, no ano que vem.
Os dois países também ampliaram o volume de importações do Brasil. Os costarriquenhos compraram 103% a mais nos quatro primeiros meses deste ano, enquanto que os hondurenhos aumentaram suas importações em 50%.
Assim como acontece com a Nicarágua, a pauta de exportação brasileira para Costa Rica e Honduras tem participação de produtos básicos e industrializados. Entre as mercadorias comercializadas, aparecem milho e arroz, mas também tecidos, automóveis e tratores.
As negociações com Belize também ganharam força nos primeiros meses do ano. O volume das importações do Brasil - principalmente sementes e máquinas - aumentou 126% na comparação com igual período de 2015.
Para Santos, o avanço da região pode favorecer os embarques brasileiros nos próximos anos, ainda que as vendas para a América Central não tenham grande representatividade para o comércio exterior do País.
Em meio ao processo de abertura econômica, Cuba também ampliou suas compras do Brasil neste ano. Com leve alta (+1%), as importações geraram US$ 115,796 milhões para empresários e produtores brasileiros em 2016.
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