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Revista M&T - Ed.146 - Maio 2011
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Empresa

XCMG investe em fábrica no Brasil

Em visita ao Brasil, presidente da multinacional chinesa anuncia investimentos de US$ 200 milhões para a produção local de cinco famílias de equipamentos

A fabricante chinesa XCMG (Xuzhou Construction Machinery Group) anunciou investimentos de US$ 200 milhões na instalação de uma fábrica em Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, para a produção de guindastes sobre caminhão, rolos compactadores, escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras e motoniveladoras. Em visita ao Brasil, juntamente com uma delegação de empresários chineses, o presidente da companhia, Wang Min, assinou um protocolo de intenções com o governo mineiro, pelo qual se compromete a iniciar a operação da nova unidade ainda no próximo ano.

O projeto representa o maior investimento da companhia fora da China, bem como o maior aporte de capital chinês no segmento de máquinas pesadas, juntamente com o projeto de sua principal concorrente, a Sany, que também está instalando uma unidade industrial no Brasil (veja matéria na pg. 72). Vale ressaltar que a China já figura como principal parceiro comercial do Brasil, onde contabiliza investimentos globais de US$ 8 bilhões. Com a chegada de seus dois maiores fabricantes de equipamentos para construção, a indústria chinesa começa a estabelecer bases mais sólidas para a disputa desse mercado com os concorrentes europeus e norte-americanos.

Segundo Wang Min, presidente da XCMG, a meta da empresa é que a nova fábrica atenda não apenas o mercado brasileiro, mas também a América Latina e África. “Após consolidarmos essa operação, todas as nossas exportações para a África serão realizadas por meio dessa unidade”, diz ele. A fábrica brasileira não é a primeira fora da China, mas será a primeira fora da Ásia e a maior em comparação com as outras unidades que ela já tem em operação nos demais países.

Projeções de expansão
Wang Min evita falar em volumes de produção, mas espera que a fábrica viabilize um faturamento anual de US$ 500 milhões, a partir de 2013, e de US$ 1 bilhão, a partir de 2014. “Apenas com a importação de equipamentos, nossos negócios no Brasil já se situam na faixa de US$ 200 milhões/ano e, com a nova unidade, pretendemos dar um salto de competitividade no mercado”, ele afirma. Por esse motivo, o executivo diz que a empresa planeja a instalação de centros de distribuição de p


A fabricante chinesa XCMG (Xuzhou Construction Machinery Group) anunciou investimentos de US$ 200 milhões na instalação de uma fábrica em Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, para a produção de guindastes sobre caminhão, rolos compactadores, escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras e motoniveladoras. Em visita ao Brasil, juntamente com uma delegação de empresários chineses, o presidente da companhia, Wang Min, assinou um protocolo de intenções com o governo mineiro, pelo qual se compromete a iniciar a operação da nova unidade ainda no próximo ano.

O projeto representa o maior investimento da companhia fora da China, bem como o maior aporte de capital chinês no segmento de máquinas pesadas, juntamente com o projeto de sua principal concorrente, a Sany, que também está instalando uma unidade industrial no Brasil (veja matéria na pg. 72). Vale ressaltar que a China já figura como principal parceiro comercial do Brasil, onde contabiliza investimentos globais de US$ 8 bilhões. Com a chegada de seus dois maiores fabricantes de equipamentos para construção, a indústria chinesa começa a estabelecer bases mais sólidas para a disputa desse mercado com os concorrentes europeus e norte-americanos.

Segundo Wang Min, presidente da XCMG, a meta da empresa é que a nova fábrica atenda não apenas o mercado brasileiro, mas também a América Latina e África. “Após consolidarmos essa operação, todas as nossas exportações para a África serão realizadas por meio dessa unidade”, diz ele. A fábrica brasileira não é a primeira fora da China, mas será a primeira fora da Ásia e a maior em comparação com as outras unidades que ela já tem em operação nos demais países.

Projeções de expansão
Wang Min evita falar em volumes de produção, mas espera que a fábrica viabilize um faturamento anual de US$ 500 milhões, a partir de 2013, e de US$ 1 bilhão, a partir de 2014. “Apenas com a importação de equipamentos, nossos negócios no Brasil já se situam na faixa de US$ 200 milhões/ano e, com a nova unidade, pretendemos dar um salto de competitividade no mercado”, ele afirma. Por esse motivo, o executivo diz que a empresa planeja a instalação de centros de distribuição de peças, para melhorar o suporte aos clientes, além de ampliar a rede de distribuidoras, atualmente composta pela GTM, Êxito e Brasil Máquinas.

O carro-chefe da linha são os guindastes sobre caminhão, oferecidos no mercado brasileiro em modelos de 20 t a 90 t de capacidade de carga, mas Ming ressalta a competitividade da marca em produtos como rolos compactadores, escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras e motoniveladoras. “Nossa vocação é a fabricação de máquinas pesadas e queremos produzir no Brasil o que temos de melhor em nossa linha.” Essas cinco famílias de equipamentos da marca já são distribuídas no Brasil, sendo que a GTM se dedica ao segmento de guindastes, enquanto a Êxito distribui todas as linhas, com enfoque no Norte e Nordeste, e a Brasil Máquinas cobre as regiões Sul e Sudeste com os modelos de rolos compactadores e motoniveladoras.

No segmento de guindastes móveis, por exemplo, os modelos da XCMG operam no mercado brasileiro há quatro anos, quando começaram a ser comercializados pela distribuidora GTM. Desde então, a empresa contabiliza a venda de cerca de 600 unidades. Pelas suas avaliações, cerca de 80% dos mais de 800 guindastes móveis consumidos em 2010 na faixa de até 100 t são oriundos da China e a XCMG tem uma participação destacada nesse segmento.

Meta de nacionalização
Recentemente, uma portaria da Câmara de Comércio Exterior (Camex) sobretaxou a importação de guindastes cobre rodas, cuja tarifa passou de zero para 35%, devido à pressão de fabricantes nacionais. Mesmo assim, a distribuidora da XCMG ressalta que os equipamentos da marca mantêm sua competitividade, já que chegam aos portos brasileiros com um preço 50% inferior ao da concorrência. Vale ressaltar ainda que os equipamentos se enquadram na faixa de guindastes todo-terreno (AT), diferentemente dos produtos brasileiros, que são montados sobre chassi de caminhão a cobrem uma faixa máxima de capacidade de 50 t.

Segundo Min, a unidade industrial brasileira produzirá o guindaste por completo, incluindo o equipamento de elevação de cargas e o chassi. “Já temos acordos firmados com alguns fabricantes de peças e conjuntos para o nosso suprimento”, diz ele. Vale ressaltar que os equipamentos são dotados de motores Cummins e sistema de transmissão ZF. Inicialmente, os equipamentos serão apenas montados na fábrica mineira, mas a meta é atingir índices de nacionalização que permitam a venda dos produtos com financiamento via Finame.

Maior fabricante de equipamentos da China e sétima maior do mundo, com um faturamento de US$ 10 bilhões em 2010, a XCMG aposta na operação brasileira como mola propulsora para a expansão dos negócios. A meta é encerrar 2012 com uma receita global de US$ 15 bilhões. Segundo a fabricante, sua produção mundial se situa atualmente na faixa de 19 mil guindastes, 11 mil carregadeiras de rodas, 6 mil rolos compactadores e 5.600 escavadeiras hidráulicas, entre outros equipamentos.

Cidade espera atrair fornecedores
O presidente da XCMG, Wang Min, visitou o Brasil em companhia do prefeito da cidade chinesa de Xuzhou, Zhang Jing Hua, onde a companhia mantém sua sede. Eles integraram uma delegação de 60 empresários, que vieram ao país em retribuição à recente passagem da presidente Dilma Rousseff pela China, com o intuito de aumentar as relações comerciais entre os dois países.

 

A presença do prefeito de Xuzhou se justificou devido ao fato de que, além da construção da nova unidade industrial, o município chinês firmou um acordo de amizade com Pouso Alegre, pelo qual as cidades irmãs passam a contar com um canal de intercâmbio cultural, educacional, tecnológico e industrial. “Estamos felizes em firmar esse laço de amizade com uma cidade com 5.000 anos de tradição”, disse o prefeito de Pouso Alegre, Agnaldo Perugini. Considerada uma cidade de porte médio na China, com uma população de 10 milhões de habitantes, Xuzhou é um importante pólo industrial do país, tendo a XCMG como uma das principais indústrias em seu território.

Para Pouso Alegre, a instalação da XCMG representa a retomada do setor industrial no município. A expectativa do poder público local é a de atrair novas indústrias para a cidade, muitas delas atraídas pelo fato de integrar a cadeia de suprimento da fabricante chinesa.

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