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Revista M&T - Ed.217 - Outubro 2017
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Manutenção

Usando o prontuário elétrico

Leitura e interpretação corretas do conjunto de símbolos gráficos permitem identificar, corrigir e mesmo evitar falhas no sistema elétrico de equipamentos pesados

Qualquer produto que utilize eletricidade em suas partes ou componentes, desde, por exemplo, aparelhos eletroeletrônicos e imóveis até máquinas pesadas aplicadas na construção civil, deve ter um projeto elétrico. Esse esquema é expresso num diagrama, que nada mais é do que um conjunto de símbolos gráficos que identificam uma instalação ou parte dela.

Trata-se de uma simbologia universal, capaz de ser lida e interpretada por eletricistas de qualquer país. Nesse sentido, é uma referência fundamental para o profissional identificar e evitar falhas no equipamento ou mesmo corrigi-las se for o caso, bem como realizar a manutenção periódica desses sistemas.

No caso dos equipamentos pesados usados em obras de construção civil, o engenheiro de aplicação da unidade de energia da Sotreq, Everton Belarmino, diz que os diagramas elétricos são como um mapa que orienta o profissional a encontrar cada componente do sistema e compreender como se compõe a máquina em questão. “Além disso, eles tornam possível a rastreabilidade de um defeito ou falha e uma correta intervenção no equipamento, seja preventiva, corretiva ou retrofit”, explica.

Em síntese, junto a outros documentos os diagramas compõem o prontuário das instalações elétricas, tanto de imóveis como de máquinas e outros equipamentos. De fato, esses esquemas tornam mais fácil (e segura) a realização da manutenção ou do conserto de avarias. Além disso, é fato comprovado que os acidentes com energia elétrica são menos frequentes em instalações que possuem esquemas corretos e atualizados, que também reduzem a ocorrência de falhas e retrabalhos.

DIAGRAMAS

Existem quatro tipos desses diagramas. O mais simples e fácil de ser entendido é o chamado funcional, que é usado para explicar o funcionamento dos sistemas, mas não o posicionamento dos componentes. Ou seja, nele são representados todos os condutores e componentes que serão ligados em um circuito elétrico, mas não a posição exata deles, nem medidas ou percurso real de cabos. Os fios são identificados por retas sem inclinação e, geralmente, sem cruzamentos.

Também de fácil entendimento e interpretação é o diagrama unifilar, um dos mais utilizados pelos eletricistas. O


Qualquer produto que utilize eletricidade em suas partes ou componentes, desde, por exemplo, aparelhos eletroeletrônicos e imóveis até máquinas pesadas aplicadas na construção civil, deve ter um projeto elétrico. Esse esquema é expresso num diagrama, que nada mais é do que um conjunto de símbolos gráficos que identificam uma instalação ou parte dela.

Trata-se de uma simbologia universal, capaz de ser lida e interpretada por eletricistas de qualquer país. Nesse sentido, é uma referência fundamental para o profissional identificar e evitar falhas no equipamento ou mesmo corrigi-las se for o caso, bem como realizar a manutenção periódica desses sistemas.

No caso dos equipamentos pesados usados em obras de construção civil, o engenheiro de aplicação da unidade de energia da Sotreq, Everton Belarmino, diz que os diagramas elétricos são como um mapa que orienta o profissional a encontrar cada componente do sistema e compreender como se compõe a máquina em questão. “Além disso, eles tornam possível a rastreabilidade de um defeito ou falha e uma correta intervenção no equipamento, seja preventiva, corretiva ou retrofit”, explica.

Em síntese, junto a outros documentos os diagramas compõem o prontuário das instalações elétricas, tanto de imóveis como de máquinas e outros equipamentos. De fato, esses esquemas tornam mais fácil (e segura) a realização da manutenção ou do conserto de avarias. Além disso, é fato comprovado que os acidentes com energia elétrica são menos frequentes em instalações que possuem esquemas corretos e atualizados, que também reduzem a ocorrência de falhas e retrabalhos.

DIAGRAMAS

Existem quatro tipos desses diagramas. O mais simples e fácil de ser entendido é o chamado funcional, que é usado para explicar o funcionamento dos sistemas, mas não o posicionamento dos componentes. Ou seja, nele são representados todos os condutores e componentes que serão ligados em um circuito elétrico, mas não a posição exata deles, nem medidas ou percurso real de cabos. Os fios são identificados por retas sem inclinação e, geralmente, sem cruzamentos.

Também de fácil entendimento e interpretação é o diagrama unifilar, um dos mais utilizados pelos eletricistas. O foco desse esquema é o trajeto dos componentes da rede elétrica, e não o funcionamento da instalação. Na construção imobiliária, ele é desenhando sobre a planta baixa (arquitetônica) e apresenta os dispositivos e trajetos dos condutores rigidamente em suas posições físicas, embora seja uma representação bidimensional dos circuitos. Esse tipo serve principalmente para se verificar, com rapidez, quantos condutores passarão em determinados eletrodutos e qual o caminho deles.

Muito usado em sistemas de comandos elétricos e máquinas trifásicas, o terceiro tipo, chamado de trifilar, representa cada uma das três fases de um sistema e suas respectivas derivações. Em outras palavras, ele é usado para identificar cada fase distinta de uma rede (com três delas) e todos os seus componentes. É muito parecido com o unifilar. Desenhando em plano tridimensional, o diagrama multifilar, por sua vez, é o mais complexo e o menos utilizado dos quatro. Ele representa minuciosamente todos os condutores e componentes da rede em sua posição correta.

ESPECIFICIDADES

Embora os tipos de diagramas sejam os mesmos, há diferenças entre os esquemas produzidos para imóveis e os de máquinas pesadas. Grosso modo, os esquemas prediais são mais voltados à distribuição de energia. Neles, estarão representados todos os circuitos, chaves e disjuntores que compõem o sistema da edificação. Já os de equipamentos da Linha Amarela, por sua vez, são dirigidos mais ao aspecto funcional, contendo todos os circuitos e dispositivos necessários ao seu funcionamento.

Como foi dito acima, os diagramas elétricos são feitos com o uso de uma simbologia universal, baseada na norma internacional da IEC (International Electrotechnical Commission) e nas diretrizes da organização norte-americana ANSI (American National Standards Institute). Normalmente, os símbolos menos usuais estão descritos num dicionário específico no próprio esquema. O mais importante, contudo, é que nessa simbologia universal cada desenho esquemático representa um determinado componente ou circuito, como, por exemplo, um relé, diodo, fusível, módulo eletrônico, dentre outros. “Fazendo uma analogia com o corpo humano, é como o médico lendo o resultado dos exames de um paciente, procurando dar o diagnóstico a partir da comparação a parâmetros de outro paciente considerado como normal, plenamente saudável”, compara Francisco Andrade, responsável pelo suporte ao produto da Case Construction Equipment.

Nessa linha, o especialista ressalta que os diagramas são realmente muito importantes para o gestor de manutenção, pois representam, esquematicamente, todos os componentes e instalações elétricas que compõem uma máquina. “Eles servem de orientação para a instalação de todos os componentes elétricos, como chicotes, módulos eletrônicos e outros”, diz. “Atualmente, isso ganha relevância, já que cada vez mais utilizamos tecnologia eletroeletrônica embarcada nos equipamentos, tornando-os cada vez mais automatizados.”

Não obstante, para melhor usá-los é importante saber do que trata o diagrama, qual equipamento ou instalação estão representados no desenho, qual a empresa, revisão e data das atualizações, por exemplo. Todos esses dados devem estar na legenda que, quando bem formulada, contém informações imprescindíveis ao esquema e orienta o profissional na sua correta leitura e interpretação. “Mas se estiver desatualizado pode acarretar em diagnóstico errado de uma falha ou defeito”, alerta Belarmino.

O engenheiro eletricista Reinaldo Queiroz, especialista técnico de produto da New Holland Construction, lembra mais um cuidado que se deve ter em relação aos diagramas. “É importante saber em qual norma o projeto da máquina foi desenvolvido, pois se deve seguir uma padronização nos esquemas elétricos para que qualquer técnico, independentemente de seu país ou região, seja capaz de interpretá-los”, explica. “No Brasil, são seguidas as diretrizes da Associação Brasileira Normas Técnicas (ABNT), baseadas na norma ISO, reconhecida internacionalmente em outros países do mundo.”

Além destas, elas também devem estar de acordo com a Norma Regulamentadora 10 (NR-10), do Ministério do Trabalho e Emprego, que trata da Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.

DIAGNÓSTICO

Segundo Andrade, da Case CE, a correta utilização dos diagramas e manuais elétricos requer mão de obra especializada, como de engenheiros e técnicos treinados, tanto para projetar os equipamentos, como para realizar sua manutenção e diagnosticar as possíveis falhas. “Desde que os envolvidos sejam treinados e conhecedores das simbologias utilizadas, que são universais, segundo as normas técnicas, os esquemas não são difíceis de serem usados e decifrados”, garante o especiliasta.

Apesar disso, é necessário prestar atenção especial em alguns pontos. O principal deles é que o usuário seja um conhecedor de circuitos eletrônicos e das simbologias, para evitar um diagnóstico errado, já que são justamente eles que irão realizar a leitura do diagrama e verificar fisicamente no equipamento o que cada símbolo representa. “Em caso de diagnóstico de falha, deve-se realizar os testes indicados, evitando danos maiores aos equipamentos e assegurando rápida solução do problema”, recomenda Andrade.

Expandindo a explicação, Belarmino, da Sotreq, distribuidora no Brasil dos produtos da Caterpillar, observa que equipamentos pesados podem possuir uma infinidade de manuais, cada um deles dedicado a uma função ou periférico do equipamento. “A melhor maneira de se utilizar um manual ou diagrama é consultar a literatura específica do que se pretende analisar. Para isso, é importante sempre consultar o fabricante e solicitar a documentação correta”, diz ele.

No geral, como frisa o engenheiro, as máquinas pesadas possuem dois tipos de manual: um de operação, voltado ao operador, com linguagem simples e de fácil compreensão, e outro de manutenção e conservação, dirigido aos profissionais da área, com texto extremamente técnico, que exige alto grau de especialização do profissional.

Em relação aos códigos de falhas, Queiroz, da New Holland, assegura que sua leitura é simples, pois são escritos por meio de símbolos, números e letras. “A junção entre eles informa para o operador a ocorrência de um problema no equipamento”, explica. “A sua descodificação é feita por meio da tradução do significado, que fica disponível normalmente no manual de serviço.”

Nesse ponto, todavia, Belarmino recomenda cautela. “Para obter a interpretação correta de uma falha é preciso tomar nota do código dela e consultar o dicionário de eventos no manual do equipamento”, instrui. “Além da descrição de cada código de falha, o manual contém, ainda, sugestões para resolução do problema.”

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