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Revista M&T - Ed.226 - Agosto 2018
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Escavação em Rocha

Uma nova cultura na perfuração

Agora equipadas com motores eletrônicos, as perfuratrizes hidráulicas são cada vez mais utilizadas em trabalhos de escavação de rocha, no Brasil e no mundo

A migração de uso do sistema de perfuração pneumática para a perfuração hidráulica faz parte de uma tendência global, já difundida em mercados mais desenvolvidos na atividade de escavação de rocha. E a inserção dessa nova cultura tem sido bem-vista pelas mineradoras brasileiras, que passam a se basear em planilhas e números, contrastando o custo do metro perfurado por meio da antiga metodologia com os novos equipamentos e sua maior produtividade tecnológica.

Nessa linha, José Luis Ibañez, diretor da Wolf, confirma que há uma demanda crescente por parte dos clientes em relação ao uso de equipamentos hidráulicos, de operação mais rápida, enxuta e precisa, em detrimento aos modelos pneumáticos com compressores de ar. Nos modelos hidráulicos, a unidade compressora fica instalada no equipamento. “Quando o equipamento não está sendo operado, o motor eletrônico dos modelos hidráulicos entra em módulo stand by, dando a impressão de que a máquina está desligada, sem apresentar giro nem consumo”, explica Ibañez. “Uma vez que qualquer função seja acionada, o motor retoma a operação.”

Além disso, o motor eletrônico se sobressai, diz o especialista, por não emitir poluentes na mesma quantidade do motor mecânico. Isso é uma vantagem em relação aos motores mecânicos convencionais dos compressores, aliados do conjunto pneumático nos trabalhos de perfuração. Contudo, o sistema pneumático tem uma vantagem competitiva importante sobre o hidráulico em trabalhos de abertura de frentes, que tornam acessíveis os locais de perfuração. “O compressor pode ficar posicionado em ponto distante, enquanto se estende uma mangueira até o local onde será feita a perfuração para o acerto das bancadas”, diz o especialista.

PRECISÃO

Atualmente, a confiabilidade e a precisão de escavação estão entre as principais características consideradas pelo cliente, para se alcançar a melhor relação de custo operacional e eficiência nos trabalhos com rocha. Ou seja, o melhor custo por metr


A migração de uso do sistema de perfuração pneumática para a perfuração hidráulica faz parte de uma tendência global, já difundida em mercados mais desenvolvidos na atividade de escavação de rocha. E a inserção dessa nova cultura tem sido bem-vista pelas mineradoras brasileiras, que passam a se basear em planilhas e números, contrastando o custo do metro perfurado por meio da antiga metodologia com os novos equipamentos e sua maior produtividade tecnológica.

Nessa linha, José Luis Ibañez, diretor da Wolf, confirma que há uma demanda crescente por parte dos clientes em relação ao uso de equipamentos hidráulicos, de operação mais rápida, enxuta e precisa, em detrimento aos modelos pneumáticos com compressores de ar. Nos modelos hidráulicos, a unidade compressora fica instalada no equipamento. “Quando o equipamento não está sendo operado, o motor eletrônico dos modelos hidráulicos entra em módulo stand by, dando a impressão de que a máquina está desligada, sem apresentar giro nem consumo”, explica Ibañez. “Uma vez que qualquer função seja acionada, o motor retoma a operação.”

Além disso, o motor eletrônico se sobressai, diz o especialista, por não emitir poluentes na mesma quantidade do motor mecânico. Isso é uma vantagem em relação aos motores mecânicos convencionais dos compressores, aliados do conjunto pneumático nos trabalhos de perfuração. Contudo, o sistema pneumático tem uma vantagem competitiva importante sobre o hidráulico em trabalhos de abertura de frentes, que tornam acessíveis os locais de perfuração. “O compressor pode ficar posicionado em ponto distante, enquanto se estende uma mangueira até o local onde será feita a perfuração para o acerto das bancadas”, diz o especialista.

Contrapondo-se aos pneumáticos, demanda de equipamentos hidráulicos cresce no país

PRECISÃO

Atualmente, a confiabilidade e a precisão de escavação estão entre as principais características consideradas pelo cliente, para se alcançar a melhor relação de custo operacional e eficiência nos trabalhos com rocha. Ou seja, o melhor custo por metro escavado.

De acordo com Armando Bernardes, gerente da linha de negócios de equipamentos da Sandvik, os equipamentos de perfuração subterrânea e de superfície contam atualmente com esses atributos por meio de diversas tecnologias. “Para escavação subterrânea, por exemplo, contamos com o TCAD+, um sistema de apoio operacional que garante a qualidade de perfuração e permite um ótimo controle de todo o processo de escavação por explosivo”, conta. “Já para perfuração de superfície, a empresa fornece o sistema TIM3D, que utiliza coordenadas GPS para localização de cada furo planejado, com sua respectiva profundidade.”

Adicionalmente, o executivo informa que a Série I de equipamentos de perfuração possibilita realizar o trabalho de forma autônoma, com definição de parâmetros operacionais pré-estabelecidos pelo cliente. “O resultado é um elevado aproveitamento do desempenho do equipamento”, afirma Bernardes.

O especialista explica que esses sistemas já estão disponíveis há alguns anos, mas somente agora o mercado brasileiro vem adotando algumas dessas tecnologias de automação. São soluções que facilitam a transformação de informações em uma operação de fato mais eficiente. Tudo isso com base em dados sobre a malha de perfuração, metas de produtividade e análise do explosivo utilizado, dentre outros pontos. “De maneira geral, a mineração subterrânea envolve locais de difícil acesso”, explica Bernardes. “Mas algumas situações específicas são ainda mais desafiadoras e, por isso, desenvolvemos soluções customizadas para essas aplicações, como os equipamentos de baixo perfil ou para mineração em veio estreito.”

Sistemas de apoio operacional como o TCAD+ garantem a qualidade da perfuração

CUSTO VS. BENEFÍCIO

Características como melhor custo x benefício são permanentes nas solicitações dos clientes, que passaram a valorizar modelos que tornem a operação menos onerosa e mais eficiente. A perfuratriz hidráulica Fox 8-20, por exemplo, é fabricada no Brasil pela Wolf, oferecendo tecnologia para proporcionar uma redução significativa nos gastos com óleo diesel e mão de obra, dois dos principais custos da operação. “Esse modelo possibilita uma redução de praticamente 50% no custo, quando comparado ao sistema de perfuração tradicional pneumático”, comenta Ibañez. “Para isso, o equipamento possui motores dimensionados à necessidade de operação, além de motor eletrônico Tier 3 com quatro cilindros, que faz a função essencial e extremamente necessária para a perfuração de rocha.”

De acordo com ele, o equipamento pode ser operado por uma única pessoa, dispensando equipes de apoio. Sozinho, o operador consegue trocar hastes, desengraxar e fazer a correção do nível de inclinação da haste e das minas, conforme o plano de perfuração de cada empresa.

Um trocador de haste automático, por exemplo, elimina a necessidade de uma segunda pessoa carregando e encaixando as hastes no martelo, para seguir com a perfuração. “Como esse equipamento consegue carregar até sete hastes, é capaz de perfurar até 29 metros, indo muito além das bancadas atuais de 12 e 15 metros, que normalmente se encontram nas pedreiras”, garante. “Ou seja, é a tecnologia facilitando a operação.”

Na linha de engraxamento automático, as hastes se encaixam umas nas outras sem a necessidade de interferência humana, tornando o processo mais rápido e seguro. A Fox 8-20 também possui um inclinômetro digital instalado no display, aperfeiçoando o que antes era feito apenas visualmente, por meio do sistema pneumático tradicional. “Os eixos X e Y dão ao operador o ângulo exato em que ele está fazendo a perfuração para seguir o plano de minas”, detalha Ibañez.

O especialista reforça que a tecnologia agrega e gera benefícios como redução de custos, redução de tempo e aumento de precisão. “Entendemos os recursos tecnológicos como aliados, não como sistemas que depõem contra a modernização dos negócios no processo de operação”, afirma. “Hoje, a tecnologia embarcada na linha Fox 8-20 é bem assimilável para fácil acesso das pessoas, de modo que não dificulte o trabalho nem implique a compreensão de especialistas ou engenheiros para fazer a manutenção.”

Segundo Ibañez, o plano de manutenção preventiva oferecido pela marca é um diferencial na disponibilidade do ativo. Dimensionado para 2 mil, 3 mil ou 5 mil horas, o plano prevê monitoramento dos equipamentos, realizado por meio de um corpo técnico em conjunto com o departamento de pós-venda da empresa. “Com isso, a disponibilidade para perfuração pode atingir níveis acima de 90%, o que é relevante nessa atividade, principalmente quando se considera que a máquina precisa passar por manutenções, limpeza e abastecimento”, ressalta.

Além disso, a aquisição do equipamento é feita a partir de um estudo bem-dimensionado pelos clientes, recebendo boa aceitação em pedreiras emergentes, que estão crescendo e, por isso, calculam constantemente como economizar em quantidade de diesel e mão de obra. “O fato de ser um equipamento 100% nacional e que se enquadra nas linhas de crédito do BNDES tem sido um atrativo para esse público”, afere. “Hoje, 60% das máquinas vendidas no Brasil são financiadas por meio do BNDES.”

MERCADO

Por falar em mercado, os especialistas destacam que atualmente a demanda para esses equipamentos segue uma tendência de crescimento. A mineração, por exemplo, apresenta um cenário mais favorável pela frente, uma perspectiva que já vem sendo apontada há alguns anos. “O que veremos com mais frequência é a adoção de tecnologias cada vez mais ligadas à digitalização e automação, seguindo um movimento mundial”, acredita Bernardes, da Sandvik. “O mercado de construção ainda está em fase de recuperação, mas acreditamos que também tenha um enorme potencial para esses equipamentos.”

De acordo com Ibañez, a Wolf também está atravessando um momento melhor na venda de equipamentos. “Talvez em função de o país estar se recuperando de um período totalmente recessivo, entramos em um ano surpreendente para as vendas no mercado brasileiro e internacional”, ele conta, destacando ainda que a Fox 820 é a campeã de vendas da marca, que ainda este ano promete lançar vários modelos hidráulicos, ainda em fase de testes.

Os novos equipamentos vão atender às áreas de mineração nas quais a empresa ainda não conseguia entrar por falta de equipamentos específicos. “Acreditamos que vamos entrar numa retomada de obras públicas e privadas da construção, que vão gerar demanda por novos equipamentos, modernização de frota e redução de custos”, arremata com otimismo.

Jumbos Boomer realizam perfuração de face em obras com seções transversais de até 205 m²

SOLUÇÕES PROMETEM MAIOR CONTROLE NA PERFURAÇÃO

Gerada de uma divisão da Atlas Copco, a Epiroc já nasceu com expertise no fornecimento de equipamentos para realização de furos de desmonte em mineração subterrânea e escavação de túneis e galerias. As perfuratrizes da marca são equipadas com até quatro lanças e abrangem seções transversais de 6 m2 a 206 m2. As máquinas possuem tecnologias como o Sistema de Controle Direto (DCS) e o Sistema de Controle de Perfuração (RCS) computadorizado, que permitem adicionar diferentes níveis de automação. “Esses equipamentos estão disponíveis em uma ampla variedade de modelos, que vão de 16 kW a 40 kW de potência de impacto”, diz a empresa. Os jumbos Boomer E3 e Boomer E4, por exemplo, são utilizados para perfuração de face em galerias e túneis médios ou grandes, com seções transversais de até 205 m². Segundo a fabricante, mesmo se as condições geológicas forem difíceis, “o desmonte pode ser facilitado com uso do braço BUT 45 para trabalho pesado”.

ELEVADORES SUBTERRÂNEOS

Instalados permanentemente em ambientes de trabalho agressivos, os elevadores industriais de pinhão e cremalheira são importantes para obter uma boa mobilidade em túneis e mineração. De acordo com Felipe Rollo, gerente de vendas da Alimak South America, esses equipamentos não dependem de casa de máquinas. “Utilizamos uma tecnologia que inclui soldagem robotizada, centros avançados de usinagem, sistemas de corte a laser e cortadores de roda dentada automática”, explica.

Elevadores industriais conectam níveis em sistemas de túneis

Produzido em países como Suécia e China, o elevador é utilizado em aplicações abaixo e acima do solo, nas indústrias de mineração, pelotização, fundições, concentradores e outras atividades de processamento de minérios. Como são utilizados para transportar materiais e pessoas e conectar diferentes níveis no sistema de túneis, a segurança desses elevadores é feita com portas com travamento eletromecânico, freio centrífugo, freio elétrico e outros dispositivos. “O equipamento também oferece um acesso vertical secundário e de emergência, exigido pelos regulamentos de segurança de minas”, informa a fabricante.

Saiba mais:

Alimak: alimakhek.com.br

Epiroc: www.epiroc.com.br/pt-br

Sandvik: rocktechnology.sandvik

Wolf: www.wolf.com.br

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