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Revista M&T - Ed.125 - Junho 2009
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Mineração

Tendências em tecnologia de britagem

A mobilidade proporcionada pelos conjuntos móveis de britagem e as novas tecnologias para a produção de finos figuram entre as tendências apresentadas pelos fabricantes na M&T Expo 2009

Apesar do impacto negativo que a crise econômica mundial provocou na produção de metais, nem todos os segmentos da mineração estão sujeitos às turbulências que vêm do mercado financeiro internacional. Em que pese à retração nos segmentos de minério de ferro e de níquel – cujo reflexo mais sintomático foi o recente anúncio da Vale de uma redução de 35% nos volume de investimentos – a produção de ouro e de agregados para construção continua em ritmo acelerado.

Com essa constatação, Victor Becattini, gerente de vendas da Sandvik, mostra-se otimista diante do atual cenário econômico. “O minerador está mais criterioso em seus investimentos e, consequentemente, os prazos para a concretização das vendas tornaram-se mais longos. Mesmo assim, este ano pretendemos repetir o mesmo patamar de vendas atingido em 2008, quando totalizamos R$ 220 milhões em negócios nas operações no Brasil”, ele afirma.

A empresa aposta suas fichas no segmento de britadores móveis, que o especialista avalia ser ainda pouco difundido no Brasil. Por esse motivo, ele acredita que esse tipo de equipamento perdeu espaço para os conjuntos de britagem semimóveis, que necessitam ser rebocados de um local para o outro nas mineradoras e canteiros de construção. “Os conjuntos autopropelidos ainda custam mais do que os semimóveis, motivo pelo qual são menos vendidos.”

Mesmo assim, Becattini ressalta a versatilidade dos conjuntos móveis de britagem, que dispensam outros recursos para o seu transporte e se revelam altamente produtivos em determinadas aplicações. “Na construção de uma hidrelétrica, por exemplo, o canteiro apresenta diferentes demandas
em cada local e o equipamento pode se deslocar para atender todas elas”.

Por controle remoto

Atenta a essa tendência, a Sandvik apresentou durante a M&T Expo 2009 a nova série de conjuntos móveis da linha “Q”, dotada de britador de mandíbulas com grelha vibratória, chute de desvio de peneira inferior da britagem e comando hidrostático. Segundo Becattini, os equipamentos podem ser aplicados na redução granulométrica de diversos tipos de minérios, desde calcário e betume até resíduos de construção. “Acreditamos no potencial de vendas dos conjuntos móveis, como o britador de mandíbulas QJ 330, por exemplo.”

O equipamento conta com um br


Apesar do impacto negativo que a crise econômica mundial provocou na produção de metais, nem todos os segmentos da mineração estão sujeitos às turbulências que vêm do mercado financeiro internacional. Em que pese à retração nos segmentos de minério de ferro e de níquel – cujo reflexo mais sintomático foi o recente anúncio da Vale de uma redução de 35% nos volume de investimentos – a produção de ouro e de agregados para construção continua em ritmo acelerado.

Com essa constatação, Victor Becattini, gerente de vendas da Sandvik, mostra-se otimista diante do atual cenário econômico. “O minerador está mais criterioso em seus investimentos e, consequentemente, os prazos para a concretização das vendas tornaram-se mais longos. Mesmo assim, este ano pretendemos repetir o mesmo patamar de vendas atingido em 2008, quando totalizamos R$ 220 milhões em negócios nas operações no Brasil”, ele afirma.

A empresa aposta suas fichas no segmento de britadores móveis, que o especialista avalia ser ainda pouco difundido no Brasil. Por esse motivo, ele acredita que esse tipo de equipamento perdeu espaço para os conjuntos de britagem semimóveis, que necessitam ser rebocados de um local para o outro nas mineradoras e canteiros de construção. “Os conjuntos autopropelidos ainda custam mais do que os semimóveis, motivo pelo qual são menos vendidos.”

Mesmo assim, Becattini ressalta a versatilidade dos conjuntos móveis de britagem, que dispensam outros recursos para o seu transporte e se revelam altamente produtivos em determinadas aplicações. “Na construção de uma hidrelétrica, por exemplo, o canteiro apresenta diferentes demandas
em cada local e o equipamento pode se deslocar para atender todas elas”.

Por controle remoto

Atenta a essa tendência, a Sandvik apresentou durante a M&T Expo 2009 a nova série de conjuntos móveis da linha “Q”, dotada de britador de mandíbulas com grelha vibratória, chute de desvio de peneira inferior da britagem e comando hidrostático. Segundo Becattini, os equipamentos podem ser aplicados na redução granulométrica de diversos tipos de minérios, desde calcário e betume até resíduos de construção. “Acreditamos no potencial de vendas dos conjuntos móveis, como o britador de mandíbulas QJ 330, por exemplo.”

O equipamento conta com um britador de mandíbulas dimensionado para grandes aberturas de alimentação, de 48x30 polegadas, e dispõe de sistema de fluxo inverso para a remoção de eventuais obstruções na câmara de britagem. “Além disso, seu suporte hidráulico proporciona maior estabilidade e facilidade de manutenção”, complementa o especialista.

Os conjuntos móveis também podem operar com rebritadores de impacto ou do tipo cônico, nesse último caso equipados com controle remoto, via rádio, para proporcionar uma alimentação contínua e monitorada. Eles também podem ser adquiridos com transportador de correia como opcional, para operações em circuito fechado. “A série QH vem ainda com detector de metais e sistema de ajuste hidráulico da abertura do britador.”

Configuração variável

O lançamento de conjuntos móveis com novos modelos de rebritadores também foi o foco da Metso na M&T Expo 2009, onde ela apresentou modelos da linha Lokotrack equipados com britadores de cone Nordberg da série NW. Instalados em chassi modular sobre rodas, os equipamentos permitem três configurações de britagem para o estágio secundário e a produção de finos. Além disso, cada um dos britadores pode ser fornecido em três tamanhos diferentes, o que possibilita a oferta de 18 configurações, conforme explica Dionísio Covolo, vicepresidente da linha de construção da Metso para a América do Sul.

Segundo ele, a empresa produz 25 modelos de conjuntos móveis, com capacidades de processamento entre 150 t/h e 2.000 t/h. “Esses equipamentos oferecem plena mobilidade e facilidade de transporte e instalação, o que flexibiliza a operação e reduz custos de mobilização”, diz o executivo. Interligados pelo sistema de correias Lokolink, os conjuntos podem atender todas as etapas de redução granulométrica e classificação numa planta de britagem.

Outro fabricante que aposta nessa linha é a Terex Latin America, que expôs em seu estande os conjuntos móveis das famílias Pegson (britagem) e Powerscreen (classificação). “Desde que lançamos esses equipamentos no Brasil, no início de 2008, a população de máquinas de britagem da nossa marca cresceu rapidamente no país, o que demonstra que o mercado incorporou essa mentalidade da mobilidade na britagem e classificação”, afirma André Freire, presidente da empresa.

A empresa apresentou aos visitantes da M&T Expo dois conjuntos móveis sobre esteiras, sendo um equipado com britador de mandíbula de 1.100x700 mm de abertura e outro com um modelo de cone integrado com peneiramento. Além disso, ela destacou a linha de conjuntos móveis para peneiramento e os equipamentos de britagem estacionários, como o britador de mandíbulas Terex Jaques (1.220x915 mm) e o rebritador de cone Terex Cedarapids.

Areia de brita

A atenção dos fabricantes aos equipamentos de rebritagem, mesmo no caso dos modelos estacionários, tem uma boa justificativa: os investimentos das pedreiras na produção de areia de brita. Com a escassez das reservas de areia natural nas regiões próximas aos grandes centros urbanos e o encarecimento de seu transporte, elas vislumbram oportunidades de negócios com a oferta desse agregado para construção, que é gerado como subproduto na produção de brita.

Para isso, entretanto, as pedreiras precisam investir em inovações tecnológicas nos equipamentos de britagem, especialmente nos estágios secundário e terciário, para obter um material dentro da faixa granulométrica desejada e reduzir o impacto da carga circulante na produção. Entre os que estão trilhando esse caminho está a Pedreira Anhanguera, cuja produção será ampliada de 70 mil m3/mês para 100 mil m3/mês, incorporando a oferta de areia de brita a seu portfólio de produtos.

Para isso, entretanto, as pedreiras precisam investir em inovações tecnológicas nos equipamentos de britagem, especialmente nos estágios secundário e terciário, para obter um material dentro da faixa granulométrica desejada e reduzir o impacto da carga circulante na produção. Entre os que estão trilhando esse caminho está a Pedreira Anhanguera, cuja produção será ampliada de 70 mil m3/mês para 100 mil m3/mês, incorporando a oferta de areia de brita a seu portfólio de produtos.

Durante a M&T Expo 2009, o empresário Thomaz Cruz, proprietário da mineradora, percorreu os estandes da feira disposto a fechar negócio para a aquisição dos equipamentos necessários, como britadores, correias transportadoras e sistemas de classificação. “A demanda por areia de brita está alta e, além de atendermos a obra do Rodoanel, temos que nos preparar para o aumento no consumo impulsionado pelas obras nas rodovias concedidas pelo governo”, diz ele ao se referir aos projetos previstos em estradas como a Fernão Dias, Régis Bittencourt e outras.

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