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Revista M&T - Ed.141 - Novembro 2010
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Classificação de Materiais

Tecnologia sob medida

Sistemas avançam para atender demandas específicas em construção e mineração

Os processos tradicionais para classificação de materiais em atividades de mineração, agregados e construção civil não foram deixados de lado, mas o mercado ganha opções, caso dos equipamentos instalados em máquinas móveis, como pás-carregadeiras. Na mineração tradicional, de grande ou médio porte, os classificadores aerodinâmicos, especialmente desenvolvidos para classificar materiais com malha inferior a 200, considerados de baixa granulometria, também ganham espaço.

A Metso é um exemplo de alinhamento de novos equipamentos ao que o mercado demanda. A empresa já está disponibilizando aos seus clientes brasileiros os classificadores aerodinâmicos. Segundo Dionísio Covolo, diretor Comercial da fabricante, os equipamentos da antiga marca Buell, recém incorporados à multinacional européia e agora nomeados Metso Air Classifiers, são aeroclassificadores que ampliam a capacidade dos usuários para separar eficientemente materiais com granulometria abaixo de um milímetro. Segundo o especialista, em sistemas convencionais, produtos muito finos (malha abaixo de 200) podem causar o entupimento das peneiras, prejudicando a eficiência dos sistemas de classificação.

A capacidade de trabalhar com a classificação de materiais cada vez mais finos não é a única novidade, segundo Covolo. Ele avalia que a mobilidade dos equipamentos também acompanha a dinâmica na área de construção civil e mineração. As linhas autopropelidas, por exemplo, permitem que plantas completas de classificação sejam ativadas rapidamente.

Uma das aplicações típicas deste tipo de equipamento é na produção de areia natural, separando-a do seixo rolado. “O material dragado é recolhido por uma escavadeira, na frente de trabalho, e classificado pelos Lokotracks, que são equipamentos móveis sobre esteira”, explica. São máquinas que podem acompanhar o deslocamento da escavadeira, otimizando a operação. “Nesse caso, ele é montado sob esteiras, mas a incorporação da linha de produtos de aeroclassificadores trouxe a novidade de termos sistemas de classificação móveis também sobre pneus”, explica Covolo.

A Sandvik também confirma o potencial dos equipamentos autopropelidos. Tiag


Os processos tradicionais para classificação de materiais em atividades de mineração, agregados e construção civil não foram deixados de lado, mas o mercado ganha opções, caso dos equipamentos instalados em máquinas móveis, como pás-carregadeiras. Na mineração tradicional, de grande ou médio porte, os classificadores aerodinâmicos, especialmente desenvolvidos para classificar materiais com malha inferior a 200, considerados de baixa granulometria, também ganham espaço.

A Metso é um exemplo de alinhamento de novos equipamentos ao que o mercado demanda. A empresa já está disponibilizando aos seus clientes brasileiros os classificadores aerodinâmicos. Segundo Dionísio Covolo, diretor Comercial da fabricante, os equipamentos da antiga marca Buell, recém incorporados à multinacional européia e agora nomeados Metso Air Classifiers, são aeroclassificadores que ampliam a capacidade dos usuários para separar eficientemente materiais com granulometria abaixo de um milímetro. Segundo o especialista, em sistemas convencionais, produtos muito finos (malha abaixo de 200) podem causar o entupimento das peneiras, prejudicando a eficiência dos sistemas de classificação.

A capacidade de trabalhar com a classificação de materiais cada vez mais finos não é a única novidade, segundo Covolo. Ele avalia que a mobilidade dos equipamentos também acompanha a dinâmica na área de construção civil e mineração. As linhas autopropelidas, por exemplo, permitem que plantas completas de classificação sejam ativadas rapidamente.

Uma das aplicações típicas deste tipo de equipamento é na produção de areia natural, separando-a do seixo rolado. “O material dragado é recolhido por uma escavadeira, na frente de trabalho, e classificado pelos Lokotracks, que são equipamentos móveis sobre esteira”, explica. São máquinas que podem acompanhar o deslocamento da escavadeira, otimizando a operação. “Nesse caso, ele é montado sob esteiras, mas a incorporação da linha de produtos de aeroclassificadores trouxe a novidade de termos sistemas de classificação móveis também sobre pneus”, explica Covolo.

A Sandvik também confirma o potencial dos equipamentos autopropelidos. Tiago Carvalho, especialista da empresa, destaca que a multinacional aposta fortemente na demanda do mercado por unidades de britagem e peneiramento sobre esteiras. Para o especialista, as principais vantagens dos autopropelidos são a mobilidade, facilidade de operação e versatilidade. “Em menos de 30 minutos é possível iniciar a operação de uma planta completa de britagem, composta por unidade primária, secundária e peneiramento”, detalha. Pelo fato de não necessitarem de energia elétrica para operar, pois possuem grupo gerador próprio, e não ser preciso nenhum tipo de obra civil, elas estão sendo cada vez mais aplicadas em obras localizadas em áreas remotas ou onde há carência de energia elétrica.

A mobilidade dos equipamentos de classificação vai além. Covolo avalia que há uma demanda crescente por plantas de britagem móvel sob pneus para obras de curta duração. São equipamentos de pequeno ou médio porte, que não apresentam limitação de movimentação em grandes rodovias e cuja alimentação elétrica pode ser feita tanto por sistemas de energia tradicionais como por geradores.

Mobilidade diferenciada
Um outro conceito de mobilidade pode ser obtido com o uso das caçambas processadoras Allu, marca representada no Brasil pela Getefer. Os equipamentos funcionam como implementos instalados em pás-carregadeiras, escavadeiras ou ainda minicarregadeiras e viabilizam operações de peneiramento, trituração, combinação ou mistura, além de transporte e alimentação.

José Luiz Trottenberg, diretor da Getefer, lembra que a caçamba tem uma gama de aplicação bastante vasta, desde a mistura de solo contaminado até a trituração de materiais como calcário e capa de asfalto. O uso em peneiramento de solos para enchimento de valas de gasodutos também faz parte do escopo e é uma das áreas de destaque do equipamento no Brasil.

A GDK, que atua em obras da Petrobras, é uma das usuárias. Eles adotaram a Allu D substituindo um grupo de equipamentos, que pela complexidade, andavam cerca de 100 m a 200 m no preenchimento dos dutos, que precisam ser feitos segundo uma norma estrita da Petrobras, com uso de materiais que não podem passar de 20 mm de granulometria. “Com a adoção da caçamba processadora, a produtividade passou para a ordem de quilômetros por dia, sem deixar de atender o que foi especificado pelo cliente final”, diz o executivo.

Nas áreas mineral e siderúrgica, o equipamento tem sido aplicado em diversas operações. É o caso da trituração de escória, que embora já moída, pode endurecer e deve ser triturada antes do envio para uso em cimenteiras como um dos aditivos de produção. Já na mineração, segundo a Getefer, uma grande mineradora brasileira adotou as caçambas processadoras para separar bauxita da terra, também otimizando seu trabalho de campo. “Nesse caso, estamos realizando um grande teste, que deve resultar na compra de outras caçambas”, explica Trottenberg.

A maior parte das caçambas tem sido implementada em pás-carregadeiras, segundo ele. No caso de escavadeiras, algumas adaptações em sistemas hidráulicos podem ser necessárias para que a máquina portadora seja eficiente. “Somente uma pequena parte das escavadeiras já vem de fábrica preparada para implementos, ou seja, com a inclusão de kit hidráulico terceira função”, explica o executivo da Getefer.

Embora viável na parte frontal das retro-escavadeiras, o uso do implemento deve ser direcionado aos outros tipos de equipamentos citados, de acordo com a Getefer. A empresa também recomenda que seja feita uma soldagem de reforço para os implementos que vão ser usados em materiais com alto desgaste, o que aumenta a resistência do material. Sem a solda, o desgaste começa com 300 ou 400 horas, mas pode ser retardado para até 1 mil horas com as recomendações estipuladas pela Getefer.

O desgaste dos materiais usados para classificação, aliás, é um dos pontos principais de atenção dos especialistas. Anderson Brini, gerente da Metso, destaca o desenvolvimento de novos materiais, que combinem alta durabilidade e maior resistência ao impacto. Enquanto que no passado o usual nos equipamentos de transferência de minérios era o uso de chapas de aço, hoje os produtos híbridos é quem ganham espaço. O aço sofre um desgaste acentuado em pouco tempo, dependendo da aplicação e do tipo de minério processado. “Híbridos como o Polycer, produzidos em borracha com insertos de cerâmica, podem ser mais interessantes”, explica.

O produto da Metso já tem sido aplicado no Brasil há alguns anos. A partir do ano passado, com maior ênfase, ele tem sido usado em processos minerais de ferro e cobre, onde a abrasividade é grande.

A redução da granulometria também acentua o desgaste, segundo Brini. Ele avalia que o Polycer pode aumentar a vida útil dos sistemas anti-desgaste de 5 a 15 vezes, quando comparado com sistemas convencionais de chapa a base de aço carbono, revestidas com solda de eletrodo duro.

Personalização na escolha de telas de peneiramento
A personalização é a alma da escolha dos materiais usados nas telas para peneiras de classificação, segundo Armando Vidal, diretor da Vimax. Ele destaca que o assunto é amplo e que a área mineral tem operações praticamente personalizadas, o que exige uma consultoria cuidadosa na especificação dos materiais. As telas, por exemplo, podem ser fabricadas em aço carbono, borracha e poliuretano. A evolução destas matérias primas está concentrada na sua composição e características físicas, o que implica maior durabilidade do meio de peneiramento utilizado. O “design” da tela e a matéria prima utilizada têm que atender às condições e objetivos particulares de cada processo de separação. No caso de granulometrias muito baixas, por exemplo, o uso de borrachas relativamente macias ajuda a evitar o entupimento das aberturas das malhas.

Para as telas metálicas, o aço  precisa equilibrar duas características aparentemente antagônicas: ductibilidade e dureza. Ou seja,  deve ser flexível e ao mesmo tempo duro para resistir à abrasão e vibração. As telas de poliuretano, por sua vez, são as mais adequadas para classificação de minérios, nos processos que usam água (via úmida). No peneiramento via seca, as telas de borracha oferecem melhor desempenho e maior vida útil.

Carvalho, da Sandvik, lembra que existem prós e contras para cada tipo de tela. As flexíveis (de borracha) possuem maior duração se comparadas às de aço. “Entretanto, é preciso ter mais cuidado com possíveis entupimentos”, diz. Ele destaca que para minimizar as obstruções, foram desenvolvidas telas em borracha flexível, que vibram juntamente com a peneira, de modo a forçar o material que poderia obstruir os orifícios da peneira, evitando, dessa forma, o entupimento.

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