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Revista M&T - Ed.164 - Dez/Jan 2013
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Pórticos e Pontes Rolantes

Soluções para a movimentação de cargas

Com normalização específica e consolidada, indústria nacionalde pórticos e pontes rolantes já contempla elevados níveis de exigência tecnológica e segurança

Para quem atua diretamente com as máquinas, o seu princípio de funcionamento é relativamente simples. Mas não se deixe iludir por essa afirmação, pois se a simplicidade estrutural de pórticos e pontes rolantes levarem uma empresa a negligenciar seu correto dimensionamento e manutenção, a operação correrá sérios riscos de acidentes e o resultado será de prejuízo certo. É isso que os fabricantes desse tipo de equipamento ouvidos pela M&T ressaltam ao detalhar os principais cuidados a serem tomados na hora de escolher a máquina ideal para realizar a movimentação horizontal e vertical de cargas em espaços pré-definidos.

Segundo Ronaldo Coffone, gerente corporativo de vendas da Demag, a Norma Regulamentadora NBR 8400 rege o cálculo de equipamento para levantamento e movimentação de cargas, definindo as diretrizes básicas das partes estruturais e componentes desses produtos, além de determinar os critérios mínimos a serem considerados, assim como as condições de resistência mecânica e estabilidade.

“Trata-se de um documento essencial para o dimensionamento, mas entendemos que ele é bastante técnico e extenso, o que pode dificultar a consulta por quem não esteja devidamente acostumado a trabalhar com esse tipo de equipamento”, diz ele, advertindo que todos os cuidados de dimensionamento e manutenção citados nesta reportagem estão de acordo com os indicativos dessa normalização.

Dimensionamento

Antes de avançar na descrição técnica dos equipamentos, Coffone acentua que a NBR 8400 é muito similar às normas de entidades internacionais reconhecidas globalmente, como a norte-americana Crane Manufacturers Association of America (CMAA) e a francesa Fédération Européenne de la Manutention (FEM), o que permite a fabricantes internacionais de equipamentos como a Demag produzir equipamentos com relativa equivalência estrutural. “Com base nessas normas e analisando as diferentes soluções existentes no mercado, consideramos que o principal indicativo para a seleção correta do equipamento é o acompanhamento de um técnico capacitado”, diz ele, lembrando que cada projeto apresenta demandas diferentes em termos de ambiente de trabalho e frequência op


Para quem atua diretamente com as máquinas, o seu princípio de funcionamento é relativamente simples. Mas não se deixe iludir por essa afirmação, pois se a simplicidade estrutural de pórticos e pontes rolantes levarem uma empresa a negligenciar seu correto dimensionamento e manutenção, a operação correrá sérios riscos de acidentes e o resultado será de prejuízo certo. É isso que os fabricantes desse tipo de equipamento ouvidos pela M&T ressaltam ao detalhar os principais cuidados a serem tomados na hora de escolher a máquina ideal para realizar a movimentação horizontal e vertical de cargas em espaços pré-definidos.

Segundo Ronaldo Coffone, gerente corporativo de vendas da Demag, a Norma Regulamentadora NBR 8400 rege o cálculo de equipamento para levantamento e movimentação de cargas, definindo as diretrizes básicas das partes estruturais e componentes desses produtos, além de determinar os critérios mínimos a serem considerados, assim como as condições de resistência mecânica e estabilidade.

“Trata-se de um documento essencial para o dimensionamento, mas entendemos que ele é bastante técnico e extenso, o que pode dificultar a consulta por quem não esteja devidamente acostumado a trabalhar com esse tipo de equipamento”, diz ele, advertindo que todos os cuidados de dimensionamento e manutenção citados nesta reportagem estão de acordo com os indicativos dessa normalização.

Dimensionamento

Antes de avançar na descrição técnica dos equipamentos, Coffone acentua que a NBR 8400 é muito similar às normas de entidades internacionais reconhecidas globalmente, como a norte-americana Crane Manufacturers Association of America (CMAA) e a francesa Fédération Européenne de la Manutention (FEM), o que permite a fabricantes internacionais de equipamentos como a Demag produzir equipamentos com relativa equivalência estrutural. “Com base nessas normas e analisando as diferentes soluções existentes no mercado, consideramos que o principal indicativo para a seleção correta do equipamento é o acompanhamento de um técnico capacitado”, diz ele, lembrando que cada projeto apresenta demandas diferentes em termos de ambiente de trabalho e frequência operacional.

Segundo Fábio Endo de Araújo, gerente de engenharia da CSM, isso quer dizer que o principal cuidado a ser tomado está na classificação da estrutura e na determinação da classe de funcionamento de seus mecanismos. “Com base nesses preceitos, é possível determinar que o dimensionamento adequado deve levar em conta as solicitações de movimentos verticais e horizontais que o equipamento terá, a influência do vento na estrutura, a estabilidade da estrutura, a contra-flecha das vigas principais e a análise de tensões e fadiga, além do dimensionamento de cabos de aço, polias, tambores, rodas metálicas, rolamentos e elementos de fixação”, enumera o especialista.

Para Glauber Cordeiro, gerente de marketing da Ventowag, o correto dimensionamento das máquinas deve ser balizado não somente na NBR 8400 – que é, de fato, a normalização mais importante nesse caso e sob a qual, se qualquer ponto deixar de ser seguido, não é possível falar em confiabilidade –, mas também em todos os procedimentos de sondagem e de ensaios não-destrutivos indicados por outras normalizações competentes. “Além disso, a lista de normas nacionais e internacionais que são avaliadas para a fabricação de pórticos e pontes rolantes é bem significativa”, complementa (veja quadro na pág. 16).

Adequação

Nessa linha, Coffone explica que os pórticos e pontes rolantes são equipamentos projetados de acordo com tais normas para obter determinadas vida útil e aplicação, o que ainda é de pouco conhecimento geral. “É comum recebermos solicitações de equipamentos para içamento de determinada tonelagem sem que nos sejam informadas a aplicação e as condições de trabalho”, explica ele. “Está errado, é claro, pois as normas definem os parâmetros de cálculo que resultam em equipamentos mais ou menos robustos, para condições de trabalho brandas ou severas e leves ou pesadas, além da frequência de uso com alta ou baixa capacidade de carga.”

Como exemplo, ele cita que uma ponte rolante de grande capacidade com 200 toneladas para aplicação em operações de energia, por exemplo – terá critérios menos rígidos do que um equipamento menor de 15 t e que atua em uma fábrica de cimento, onde o processo muitas vezes é ininterrupto. “Com esse conceito, buscamos a melhor relação custo-benefício, adequando o produto à atividade, pois, afinal, não faz sentido projetar um equipamento megarrobusto para uma operação eventual, mesmo que se trate de grandes cargas”, diz Coffone, acrescentando que robustez não deve ser confundida com capacidade de carga.

Mecanismos

Como pontuam os especialistas, a normalização brasileira atual realmente é muito avançada em relação ao resto do mundo, dispondo de tabelas referenciais que auxiliam na classificação dos mecanismos e estruturas utilizados em pórticos e pontes rolantes. De modo geral, são avaliados dois fatores, sendo o primeiro a classe de funcionamento (que elenca as horas de trabalho diário do mecanismo) e o segundo, o estado de solicitação do mecanismo (que se refere ao esforço ao qual o componente será submetido durante a operação). Nesse caso, são considerados apenas três níveis de solicitação: (1) mecanismos que raramente sofrem solicitação máxima, (2) os que recebem o mesmo nível de solicitações reduzidas, médias e máximas e, por fim, (3) os que na maioria das vezes sofrem solicitação máxima.

A combinação dos dois fatores relatados classe de funcionamento e solicitação do mecanismo pode até parecer complexa, mas merece ser entendida em seus detalhes, que também são contemplados na própria NBR 8400. Afinal, essas informações possibilitam dimensionar com segurança a maioria dos mecanismos existentes em pórticos e pontes rolantes, tais como levantamento principal, levantamento auxiliar, direção, direção do guincho auxiliar, translação do equipamento, orientação (rotação), levantamento da lança, fechamento da caçamba e outros.

 

 

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