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Revista M&T - Ed.188 - Março 2015
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Guindastes

Soluções à altura

Projetados para operar em condições fora de estrada, guindastes Rough Terrain oferecem alta produtividade aliada à ampla mobilidade nos canteiros de obras de infraestrutura
Por Camila Waddington

Os guindastes Rough Terrain (RT) são equipamentos especialmente projetados para oferecer soluções de içamento em terrenos acidentados, onde a mobilidade do equipamento faz toda a diferença. No Brasil, os modelos de maior capacidade têm recebido um destaque cada vez maior para trabalhos em grandes obras, em um avanço alavancado por novas tecnologias de segurança e de manobrabilidade.

De acordo com alguns players do setor, no mercado brasileiro são oferecidos modelos RT nas faixas de 13,6 t a 145 t. Contudo, muitos fabricantes oferecem o RT somente nas faixas acima de 30 t, com maior demanda na construção civil. De fato, na avaliação de Luciano Dias, vice-presidente de vendas da Manitowoc Brasil, atualmente a maior procura tem sido por modelos nas faixas de 35 a 60 t, líderes de venda da marca dos últimos três anos.

O executivo afirma que, desde 2014, também tem havido uma demanda maior por equipamentos de 80 t, o que não indica necessariamente uma predileção do mercado pelos modelos de grande porte. “É preciso avaliar vários fatores, inclusive o acesso a financiamento pelo Finame”, diz ele. “No caso da Manitowoc, o modelo de 80 t começou a ser fabricado no Brasil e, por isso, pode ser adquirido por Finame. Mas ainda não identificamos se as vendas são decorrentes de uma preferência pelo modelo ou da facilidade de aquisição.”

Para Renê Porto, diretor comercial da Sany do Brasil, a preferência do mercado nacional é por modelos de 75 t, como o SRC750, um dos destaques da marca chinesa. Segundo ele, isso estaria ocorrendo devido a uma mudança de perfil nas obras, que estariam demandando equipamentos maiores para o içamento de grandes peças pré-fabricadas. Junto a isso, o especialista afirma que a alta capacidade produtiva e as características de mobilidade dos guindastes RT oferecem uma combinação perfeita para canteiros com espaços limitados.

Com opinião semelhante, o diretor de suporte ao cliente e vendas da Tadano, Yasuaki Kishimoto, explica que nos últimos anos a procura por guindastes de maior produtividade foi alimentada pelo crescimento das obras em diversos setores, principalmente o de geração de energia. “As grandes obras de hidrelétricas estão em locais ermos e necessitam de equipamen


Os guindastes Rough Terrain (RT) são equipamentos especialmente projetados para oferecer soluções de içamento em terrenos acidentados, onde a mobilidade do equipamento faz toda a diferença. No Brasil, os modelos de maior capacidade têm recebido um destaque cada vez maior para trabalhos em grandes obras, em um avanço alavancado por novas tecnologias de segurança e de manobrabilidade.

De acordo com alguns players do setor, no mercado brasileiro são oferecidos modelos RT nas faixas de 13,6 t a 145 t. Contudo, muitos fabricantes oferecem o RT somente nas faixas acima de 30 t, com maior demanda na construção civil. De fato, na avaliação de Luciano Dias, vice-presidente de vendas da Manitowoc Brasil, atualmente a maior procura tem sido por modelos nas faixas de 35 a 60 t, líderes de venda da marca dos últimos três anos.

O executivo afirma que, desde 2014, também tem havido uma demanda maior por equipamentos de 80 t, o que não indica necessariamente uma predileção do mercado pelos modelos de grande porte. “É preciso avaliar vários fatores, inclusive o acesso a financiamento pelo Finame”, diz ele. “No caso da Manitowoc, o modelo de 80 t começou a ser fabricado no Brasil e, por isso, pode ser adquirido por Finame. Mas ainda não identificamos se as vendas são decorrentes de uma preferência pelo modelo ou da facilidade de aquisição.”

Para Renê Porto, diretor comercial da Sany do Brasil, a preferência do mercado nacional é por modelos de 75 t, como o SRC750, um dos destaques da marca chinesa. Segundo ele, isso estaria ocorrendo devido a uma mudança de perfil nas obras, que estariam demandando equipamentos maiores para o içamento de grandes peças pré-fabricadas. Junto a isso, o especialista afirma que a alta capacidade produtiva e as características de mobilidade dos guindastes RT oferecem uma combinação perfeita para canteiros com espaços limitados.

Com opinião semelhante, o diretor de suporte ao cliente e vendas da Tadano, Yasuaki Kishimoto, explica que nos últimos anos a procura por guindastes de maior produtividade foi alimentada pelo crescimento das obras em diversos setores, principalmente o de geração de energia. “As grandes obras de hidrelétricas estão em locais ermos e necessitam de equipamentos fora de estrada para terrenos irregulares, sem perdas de mobilidade e com a produtividade exigida nos megaprojetos”, diz ele. Na avaliação de Kishimoto, setores como o de óleo e gás, assim como o sucroalcooleiro e a mineração, também estão crescendo no país, exigindo guindastes cada vez maiores nas operações.

No entanto, o especialista reconhece que no último ano a venda de guindastes registrou queda acima do mercado de equipamentos, chegando a -46,3% em comparação a 2013, de acordo com o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção. Neste ano, os dados não devem ser melhores, devido ao baixo crescimento econômico esperado e à redução de benefícios do Finame.

Apesar disso, Porto afirma que a participação da Sany no mercado de RT vem crescendo, principalmente em razão das locadoras e de clientes finais da indústria sucroalcooleira. Outras fabricantes, como a Link-Belt Cranes e a Terex, admitem esperar um ano difícil por conta da economia instável, porém, ambas ressaltam que o mercado mantém um interesse crescente em guindastes de grande porte, especialmente para atender às obras atualmente em andamento.

RECURSOS

Os guindastes RT de maior porte (acima de 100 t) vêm recebendo tecnologias para aumentar sua manobrabilidade nas operações, atualizando diferentes soluções de dirigibilidade, inclusive o modo “caranguejo”, que permite ao guindaste movimentar-se lateralmente.

O modelo Tadano GR-1600XL-2, por exemplo, foi apresentado em 2013 como o maior da marca para terrenos acidentados no Brasil. Com três eixos direcionáveis, o equipamento de 145 t/m e altura máxima de 78,4 m (com jib dobrável em duas seções) pode ser transportado em rodovias, e instalado em um transportador compacto, ocupando menos espaço.

Outro equipamento que também utiliza a tecnologia de três eixos é o modelo RTC 80150XP-II, da Link-Belt Cranes. Com 135 t e 59,5 m de alcance máximo, o guindaste tem pneus menores adaptados para facilitar sua montagem e desmontagem. “Isso é feito em menos de uma hora e sem remover os pneus ou a lança”, afirma Corey Rogers, gerente de vendas da Link-Belt Cranes Latin America.

O avançado nível tecnológico dos RT também pode ser medido pelos sistemas de segurança incorporados. De acordo com a Manitowoc, o principal componente de seus produtos é o Indicador de Momento de Carga (LMI). Com ele, é possível definir a área de trabalho e obter uma referência visual do funcionamento do guindaste, incluindo parâmetros como a abertura da lança, ângulo de inclinação, peso da carga e até mesmo velocidade do vento. Esse sistema funciona por meio de diferentes sensores instalados em pontos estratégicos do guindaste, transmitindo as informações a uma tela de display gráfico dentro da cabine do operador.

Segundo Kishimoto, da Tadano, ao alcançar os limites seguros de operação do guindaste, o operador é advertido por recursos audiovisuais que indicam sobrecarga de peso, movimentação irregular, instabilidade do solo e mesmo força do vento. “Além dos recursos antitombamento, os guindastes também podem contar com travas e redutores operacionais, impedindo a operação automática nos casos mais graves de falha humana”, explica o especialista.

Ainda no que tange ao risco de tombamento, uma das medidas mais eficazes é o cuidado com os estabilizadores do guindaste, utilizados para nivelamento correto do equipamento em relação ao solo. Por meio de sensores, o painel indica se as patolas foram totalmente estendidas e a máquina se encontra estável. Em alguns casos, como nos equipamentos da Tadano, o nivelamento é feito de forma automática, mitigando as falhas que poderiam ocorrer na programação manual.

Já no controle do moitão, utilizado para posicionar o gancho, algumas fabricantes apresentam um sistema anticolisão. Antes de iniciar a operação, o operador deve definir e programar a área segura de trabalho, de acordo com as especificidades do local. Em caso de aproximação dos limites estabelecidos, alertas são emitidos para evitar as obstruções. A maioria dos guindastes também possui um sistema “anti-2-block”, desativando a operação quando o guincho se aproxima da ponta da lança. Isso evita que chegue ao fim do curso e seja “engolido” quando a lança estiver estendida.

Com o mesmo intuito de evitar falhas humanas, também há funções de redução automática de velocidade da lança, empregadas nos trabalhos de elevação e giro. Como prevenção, o sistema obriga o guindaste a diminuir a velocidade de forma gradual, evitando a parada brusca, o que poderia causar o tombamento do equipamento e outros acidentes em consequência do balanço da carga.

A Tabela de Carga Dinâmica também é um item essencial, usado para monitorar o comprimento de extensão de cada patola e adaptar a operação às condições de estabilidade da máquina. Segundo Rodrigo Borges, executivo de vendas de guindastes da Terex no Brasil, quando as patolas se estendem de forma assimétrica, a tabela de carga adapta-se de maneira dinâmica durante o giro da lança, distribuindo a capacidade de trabalho de acordo com a posição das patolas. “Isso traz maior segurança e otimiza a eficiência do equipamento, operando na máxima capacidade em cada configuração de abertura das patolas”, diz.

AMBIENTE

De acordo com Kishimoto, da Tadano, os clientes de guindastes RT também buscam equipamentos mais “verdes”, que apresentem reduções na emissão de poluentes, ruídos e consumo de combustível. No caso da fabricante japonesa, os guindastes apresentam um controle de rotação máxima do motor no momento de operação, reduzindo os picos de velocidade quando o equipamento é acelerado em excesso. “Assim, no modo ECO 1, conseguimos reduções de até 22% nas emissões de CO2 e consumo de combustível, podendo alcançar até 30% no modo ECO 2”, afirma.

Outra tecnologia disponível é o controle de vazão da bomba hidráulica durante a operação, utilizando apenas o necessário e mantendo o nível mínimo com o equipamento em espera. Isso resulta em uma redução de 20% na emissão de CO2 e no consumo de diesel do guindaste. “Os dados são exibidos na tela de informações da cabine, mostrando o consumo atual e médio durante a operação ou durante o tempo em stand-by”, conclui Kishimoto.

 

 

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