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Revista M&T - Ed.222 - Abril 2018
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Entrevista

SILVIO FURTADO

“A tecnologia permite saltos de produtividade”

O desenvolvimento de novas tecnologias de eixos para máquinas e equipamentos fora de estrada vem sendo continuamente aperfeiçoado pela ZF Friedrichshafen AG, tradicional fabricante alemã de sistemas de transmissão e chassis para diversos segmentos.

É o que garante Silvio Furtado, diretor de vendas da divisão de negócios para veículos comerciais e tecnologia industrial da ZF para a América do Sul, que – dentre outros assuntos – cita o ZF Innovation Tractor (um trator semiautônomo montado em 2016 na Alemanha) como a mais recente dessas inspiradas inovações destinadas ao segmento pesado.

No cargo desde setembro de 2017, Furtado atuou anteriormente como gerente de vendas e serviços de pós-venda da divisão industrial da ZF do Brasil, mais exatamente entre março de 2004 e dezembro de 2013. Depois, o executivo também atuaria como diretor da divisão industrial da ZF para a América do Sul, sempre ligado ao desenvolvimento de soluções de alta tecnologia para o mercado brasileiro e latino-americano, como os eixos que atendem aos segmentos pesados da indústria automobilística.

Formado em engenharia mecânica industrial pela Universidade Santa Cecília, de Santos (SP), com MBA em administração de negócios estratégicos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Furtado falou com exclusividade à Revista M&T sobre o atual posicionamento da empresa no continente sul-americano, enfatizando o crescimento e a consolidação dos produtos ZF para a linha de máquinas pesadas na região. Acompanhe.

Unidade da ZF em Sorocaba (SP) iniciou a produção de eixos para máquinas off-road em 1985

Qual é a proposta tecnológica da ZF para o segmento de equipamentos pesados no mercado sul-americano?

No Brasil, a ZF iniciou a produção de eixos para máquinas off-road em 1985, em Sorocaba (SP). Nesses 33 anos, nossa proposta sempre foi de fornecer produtos de alta qualidade, robustos e tecnológicos, entregando soluções que se adaptam às características de severidade do mercado brasileiro e latino-americano, sempre trabalhando para aumentar a eficiência no campo de trabalho, reduzindo o c


O desenvolvimento de novas tecnologias de eixos para máquinas e equipamentos fora de estrada vem sendo continuamente aperfeiçoado pela ZF Friedrichshafen AG, tradicional fabricante alemã de sistemas de transmissão e chassis para diversos segmentos.

É o que garante Silvio Furtado, diretor de vendas da divisão de negócios para veículos comerciais e tecnologia industrial da ZF para a América do Sul, que – dentre outros assuntos – cita o ZF Innovation Tractor (um trator semiautônomo montado em 2016 na Alemanha) como a mais recente dessas inspiradas inovações destinadas ao segmento pesado.

No cargo desde setembro de 2017, Furtado atuou anteriormente como gerente de vendas e serviços de pós-venda da divisão industrial da ZF do Brasil, mais exatamente entre março de 2004 e dezembro de 2013. Depois, o executivo também atuaria como diretor da divisão industrial da ZF para a América do Sul, sempre ligado ao desenvolvimento de soluções de alta tecnologia para o mercado brasileiro e latino-americano, como os eixos que atendem aos segmentos pesados da indústria automobilística.

Formado em engenharia mecânica industrial pela Universidade Santa Cecília, de Santos (SP), com MBA em administração de negócios estratégicos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Furtado falou com exclusividade à Revista M&T sobre o atual posicionamento da empresa no continente sul-americano, enfatizando o crescimento e a consolidação dos produtos ZF para a linha de máquinas pesadas na região. Acompanhe.

Unidade da ZF em Sorocaba (SP) iniciou a produção de eixos para máquinas off-road em 1985

Qual é a proposta tecnológica da ZF para o segmento de equipamentos pesados no mercado sul-americano?

No Brasil, a ZF iniciou a produção de eixos para máquinas off-road em 1985, em Sorocaba (SP). Nesses 33 anos, nossa proposta sempre foi de fornecer produtos de alta qualidade, robustos e tecnológicos, entregando soluções que se adaptam às características de severidade do mercado brasileiro e latino-americano, sempre trabalhando para aumentar a eficiência no campo de trabalho, reduzindo o consumo de combustível e operando de maneira ecologicamente correta.

Quais inovações desenvolvidas para o segmento automotivo têm sido aplicadas na indústria de máquinas pesadas?

Na verdade, essas inovações já chegaram ao setor de máquinas inspiradas em desenvolvimentos destinados aos setores de automóveis e caminhões. Na Alemanha, já desenvolvemos um “trator conceito” semiautônomo. O protótipo mostra claramente como o setor agrícola pode se valer das tendências de veículos de passeio nas áreas de conectividade, eletrificação, automação e inteligência artificial. Equipado com uma linha de câmeras e sensores, que são monitorados pelo supercomputador ZF ProAI, o trator é capaz de se locomover sozinho até o campo para realizar trabalhos agrícolas em terras extensas. Outro exemplo de inovação está no eTrac, que garante uma tração adicional ao trator, facilitando o trabalho em condições adversas. A força adicional fornecida pela eTrac propicia que um trator de menor potência consiga puxar um implemento maior – o que é bom para terrenos irregulares, com aclives e declives, pois o trator não irá “patinar” devido à perda de torque nas rodas.

Atualmente, a tecnologia de ponta vem sendo amplamente utilizada em outros países. Quanto dessa tecnologia é aplicado no Brasil?

Devido ao seu elevado grau de profissionalismo e competitividade, o Brasil é hoje um dos principais produtores e exportadores de alimentos do mundo. E esse nível alcançado deve-se aos investimentos em automação [aplicados] na agricultura do país. Com as soluções de conectividade e inteligência artificial, por exemplo, os grandes produtores têm conseguido dar novos saltos em termos de produtividade. Por enquanto, todavia, muitas dessas novas tecnologias ainda estão em testes na Europa e, portanto, são protótipos, não estando disponíveis em nenhum mercado ao redor do mundo. Mas sinalizam um futuro diferente, muito mais produtivo.

Ao longo dos anos no país, quais tecnologias de destaque da marca foram desenvolvidas localmente e não lá fora?

Diria que um bom exemplo disso é o eixo TSA23, criado na América do Sul para equipar tratores agrícolas com faixas de potência entre 160 e 240 hp. Uma das novidades deste modelo, incorporada em 2017, foi o sensor de esterçamento embutido na carcaça lateral. A tecnologia possui interface com o GPS das montadoras e atua para manter o trator no percurso correto. Em casos de desvio do trajeto, o sensor corrige o ângulo de esterçamento para que o trator volte para a rota estipulada, não prejudicando a cultura. Outro diferencial do TSA23 é que os cabos do sensor estão alocados no interior da carcaça do eixo, o que evita danos no cabeamento e em conexões, aumentando a confiabilidade no produto e reduzindo as paradas da máquina para manutenção por danos inerentes às aplicações mais severas no ambiente de trabalho agrícola. Além disso, o eixo oferece a possibilidade de trabalhar com implementos frontais devido à sua elevada capacidade de carga, otimizando a operação do trator, que pode utilizar o implemento simultaneamente.

E qual é o produto nacional para construção com maior saída?

Além do TSA23 para a área agrícola, também fabricamos no Brasil alguns eixos para máquinas de construção, como o dianteiro MS-B 3000, produto projetado para suportar cargas pesadas em retroescavadeiras. Mesmo em aplicações extremas, o MS-B 3000 possui um sistema de direção hidrostática que opera de forma confiável e precisa. A capacidade de carga dos eixos é outro diferencial. Em movimento, os eixos são capazes de suportar até 10 toneladas, podendo chegar a 22 toneladas em modo estático. Outro modelo de eixos bem-sucedido nos canteiros de obras do Brasil é o traseiro para retroescavadeiras modelo MT-B, desenvolvido para suportar altos carregamentos e equipados com freios multidiscos úmidos internos, com alto torque de frenagem. De fácil manutenção e longa durabilidade, a linha MT-B 3000 possui capacidade de carga dinâmica de até 9,5 toneladas e estática de até 13 toneladas.

Como foi a participação de mercado da ZF nessa linha para máquinas pesadas em 2017?

Consolidação da marca no país passa pela fabricação de eixos para equipamentos agrícolas e de construção, reitera executivo

O passado marcou o lançamento do eixo TSA 20/23, mas também a consolidação dos eixos pesados da família AS 3065/70, principalmente no mercado agrícola sucroalcooleiro. Outro fator importante foi o aumento na exportação de retroescavadeiras, que repercutiu em uma maior produção de eixos para o mercado de construção. Assim, é possível afirmar que foi um ano de crescimento e consolidação dos produtos ZF para a linha de máquinas pesadas.

Quais são as expectativas para o futuro, principalmente nos segmentos de aplicações industriais, máquinas de construção e agribusiness?

Torcemos para que o país siga em um caminho de estabilidade política. Ainda há muito que fazer na área de infraestrutura, o que nos impacta diretamente. Por outro lado, sabemos que o Brasil, que é um país continental, tem na agricultura sua principal fonte de recursos para a economia, o que sinaliza boas perspectivas para os próximos anos. Nas áreas em que atuamos diretamente, como construção e agricultura, vislumbramos no longo prazo um cenário mais estável, em linha com o recente balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Segundo esses dados, as vendas de máquinas off-road terminaram 2017 com 44,4 mil unidades negociadas, número superior em 1,5% sobre as 43,7 mil unidades movimentadas em 2016. Para 2018, a projeção para o setor de máquinas agrícolas e rodoviárias é de alta de 3,7% nas vendas internas, com 46 mil unidades, além de crescimento de 9,9% na exportação e de 11,8% na produção – totalizando 15,5 mil e 61,5 mil unidades, respectivamente.

Segundo Furtado, foco atual da marca está nas áreas de conectividade, eletrificação, automação e inteligência artificial

No momento, a ZF mantém planos de expansão no continente?

Na verdade, já tivemos uma expansão em número de unidades desde 2015, quando a ZF adquiriu a TRW, uma fabricante de peças para montadoras e para o mercado de reposição. Hoje, temos nove unidades na América do Sul, sendo oito no Brasil e uma na Argentina. E a fábrica de Sorocaba é a única que reúne a produção destinada ao segmento off-road.

A propósito, como a empresa atua no mercado de reposição?

Desde 2016, temos uma divisão dedicada exclusivamente ao setor de aftermarket sul-americano, que é a ZF Aftermarket. Baseada em Itu (SP), essa divisão conta com um moderno Centro de Distribuição, que também opera como Centro Administrativo e Centro de Treinamento. Esse último também atende aos países da América do Sul. Já o Centro de Treinamento para Concessionárias ZF, que atende veículos comerciais e equipamentos fora de estrada em toda a América do Sul, foi inaugurado em novembro de 2017. O espaço conta com oficina para treinamentos técnicos práticos e sala para aulas teóricas. Na oficina, há uma série de ferramentas especiais, equipamentos de diagnóstico e transmissões para montagem e desmontagem.

Saiba mais:

ZF: www.zf.com.br

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