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Revista M&T - Ed.242 - Abril 2020
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Coluna do Yoshio

Retorno ao essencial com o Covid-19

"O impacto do Covid-19 ainda está por ser avaliado em sua real amplitude nos mais diversos setores, mas para a maioria dos negócios será bem mais do que uma mudança pontual ou um mero desvio de percurso."

O impacto do Covid-19 ainda está por ser avaliado em sua real amplitude nos mais diversos setores, mas para a maioria dos negócios será bem mais do que uma mudança pontual ou um mero desvio de percurso. Arrisco a dizer que será a prova mais veemente de que há coisas que simplesmente não podem ser evitadas nos negócios e na vida. O que percebo é que muita gente da geração dos chamados ‘babyboomers’ vem revisando silenciosamente a própria trajetória de vida já cumprida. Ser parte do grupo de risco de uma pandemia global não era parte do plano de vida de nenhum de nós.

Até então, essa geração que chegou ao mundo após a Segunda Guerra Mundial só viu ameaças localizadas e bem distantes do Brasil. É certo que enfrentou algumas crises e dificuldades pelas rápidas transformações que se sucederam, principalmente envolvendo a evolução da tecnologia. Mas delas se serviu para viver experiências inéditas e também desfrutou dos seus benefícios.

Um fato novo como o Covid-19 é uma ameaça inédita, que parece cobrar dos mais experientes uma inesperada conta de muitos anos ou algumas décadas de vida. Sim, muitos ainda têm planos a realizar, viagens a fazer, lugares a conhecer, familiares a conviver e amigos a encontrar. Ainda que a saúde não esteja mais perfeita, ainda que não tenhamos cuidado bem das relações e dos amigos, a possibilidade de uma interrupção ou de uma flagrante antecipação do fim não faz parte dos planos de ninguém.

Mas a oportunidade também é interessante na medida em que nos remete ao essencial. O que de fato é importante neste saldo de vida que temos adiante? O que deveríamos estar fazendo por outras pessoas? Perder a mobilidade é uma incapacitação terrível e nos impede de fazer muitas coisas que demandam a interação com outras pessoas. Felizmente, para a maioria de nós será uma fase passageir


O impacto do Covid-19 ainda está por ser avaliado em sua real amplitude nos mais diversos setores, mas para a maioria dos negócios será bem mais do que uma mudança pontual ou um mero desvio de percurso. Arrisco a dizer que será a prova mais veemente de que há coisas que simplesmente não podem ser evitadas nos negócios e na vida. O que percebo é que muita gente da geração dos chamados ‘babyboomers’ vem revisando silenciosamente a própria trajetória de vida já cumprida. Ser parte do grupo de risco de uma pandemia global não era parte do plano de vida de nenhum de nós.

Até então, essa geração que chegou ao mundo após a Segunda Guerra Mundial só viu ameaças localizadas e bem distantes do Brasil. É certo que enfrentou algumas crises e dificuldades pelas rápidas transformações que se sucederam, principalmente envolvendo a evolução da tecnologia. Mas delas se serviu para viver experiências inéditas e também desfrutou dos seus benefícios.

Um fato novo como o Covid-19 é uma ameaça inédita, que parece cobrar dos mais experientes uma inesperada conta de muitos anos ou algumas décadas de vida. Sim, muitos ainda têm planos a realizar, viagens a fazer, lugares a conhecer, familiares a conviver e amigos a encontrar. Ainda que a saúde não esteja mais perfeita, ainda que não tenhamos cuidado bem das relações e dos amigos, a possibilidade de uma interrupção ou de uma flagrante antecipação do fim não faz parte dos planos de ninguém.

Mas a oportunidade também é interessante na medida em que nos remete ao essencial. O que de fato é importante neste saldo de vida que temos adiante? O que deveríamos estar fazendo por outras pessoas? Perder a mobilidade é uma incapacitação terrível e nos impede de fazer muitas coisas que demandam a interação com outras pessoas. Felizmente, para a maioria de nós será uma fase passageira e logo estaremos de volta ao nosso cotidiano.

Quando isso ocorrer, teremos a oportunidade de mudar nossa percepção do que é essencial, de não consumirmos mais da mesma forma fútil, de não desperdiçarmos tempo sem propósitos e de ajudar a mudar as coisas para as gerações mais jovens. Ou podemos simplesmente esquecer o medo de um vírus altamente contagioso, sem vacina e sem medicação, e voltarmos à antiga rotina.

Alguns integrantes do grupo de risco com fatores agravantes – incluindo profissionais das empresas do setor – pagarão a conta da pior maneira, mas deixarão uma importante lição. Sua perda será o preço por sermos demasiadamente ousados com os riscos, pensando que nada do tipo jamais pudesse acontecer conosco.

*Yoshio Kawakami
é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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