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Revista M&T - Ed.269 - Novembro 2022
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CAMINHÕES-BETONEIRA

Reflexos da retomada

Com avanço da construção, mercado brasileiro mostra boa demanda para as montadoras que atuam com caminhões voltados para a operação com betoneiras

O mercado de construção vem registrando resultados positivos e puxando a demanda de maquinários. De acordo com a pesquisa divulgada em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB da construção civil cresceu 9,5% no 1º semestre, em relação ao mesmo período do ano passado.

No 2° trimestre, o PIB do setor cresceu 2,7% sobre o trimestre anterior, enquanto na comparação ano a ano a elevação no trimestre foi de 9,9%. Com base nesses dados, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) revisou as projeções para o PIB do setor, de +3,5% para + 5%.

Para a Mercedes-Benz, esse movimento tem permitido um avanço de aproximadamente 50% na demanda de caminhões vocacionados para betoneira em relação ao ano passado. Segundo Jefferson Ferrarez, diretor de vendas e marketing para caminhões da montadora, a melhora se deve à mitigação da pandemia e, em parte, à antecipação de compras com a mudança da legislação de emissões no Brasil, com a entrada em vigor da norma Proconve P8 (Euro 6) para veículos pesados em 2023.

“A compra de caminhões novos para a construção civil ocorre alguns meses depois do aquecimento do setor”, ressalta. “Ou seja, as entregas atuais são reflexo da retomada do setor ainda no ano passado.”

De acordo com Gian Romano, gerente comercial divisional de Tecnologia do Concreto da Liebherr, o grande crescimento registrado nos últimos dois anos veio após um longo período de retração, de modo que “a velocidade desse crescimento tende a se reduzir à medida que a renovação e adequação da frota sigam atingindo a demanda do mercado”.

Segundo o Estudo de Mercado da Sobratema, estima-se retração de -2% no segmento para 2022, com um total de 1.555 unidades vendidas no país. “De qualquer forma, ainda esperamos um crescimento sútil no


O mercado de construção vem registrando resultados positivos e puxando a demanda de maquinários. De acordo com a pesquisa divulgada em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB da construção civil cresceu 9,5% no 1º semestre, em relação ao mesmo período do ano passado.

No 2° trimestre, o PIB do setor cresceu 2,7% sobre o trimestre anterior, enquanto na comparação ano a ano a elevação no trimestre foi de 9,9%. Com base nesses dados, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) revisou as projeções para o PIB do setor, de +3,5% para + 5%.

Para a Mercedes-Benz, esse movimento tem permitido um avanço de aproximadamente 50% na demanda de caminhões vocacionados para betoneira em relação ao ano passado. Segundo Jefferson Ferrarez, diretor de vendas e marketing para caminhões da montadora, a melhora se deve à mitigação da pandemia e, em parte, à antecipação de compras com a mudança da legislação de emissões no Brasil, com a entrada em vigor da norma Proconve P8 (Euro 6) para veículos pesados em 2023.

“A compra de caminhões novos para a construção civil ocorre alguns meses depois do aquecimento do setor”, ressalta. “Ou seja, as entregas atuais são reflexo da retomada do setor ainda no ano passado.”

De acordo com Gian Romano, gerente comercial divisional de Tecnologia do Concreto da Liebherr, o grande crescimento registrado nos últimos dois anos veio após um longo período de retração, de modo que “a velocidade desse crescimento tende a se reduzir à medida que a renovação e adequação da frota sigam atingindo a demanda do mercado”.

Segundo o Estudo de Mercado da Sobratema, estima-se retração de -2% no segmento para 2022, com um total de 1.555 unidades vendidas no país. “De qualquer forma, ainda esperamos um crescimento sútil no volume de vendas em relação ao ano passado”, reitera Romano, admitindo que a entrega e o emplacamento de betoneiras estão comprometidos pela falta de caminhões no mercado.

“No próximo ano, o segmento da construção civil vai continuar aquecido e a demanda por novos equipamentos vai continuar em alta, inclusive betoneiras, com um volume de vendas semelhante ao de 2022”, projeta. “A normalização no fornecimento de caminhões vai possibilitar a entrega e o emplacamento de mais caminhões-betoneira.”

À mesma conclusão chega Ferrarez, da Mercedes, que vê o mercado de construção, seja de infraestrutura ou moradias, com potencial de crescimento no próximo ano. “Na construção civil, as vendas de caminhões vocacionais devem se manter no patamar de 2022”, considera. “Isso mesmo com a introdução do Euro 6, que trará aumento de preço dos caminhões devido às novas tecnologias para atendimento à redução de emissões.”


Crescimento nos últimos dois anos veio após um longo período de retração

EQUIPAMENTOS

No segmento, a maioria das cimenteiras e transportadoras adquire caminhões com eixos 8x4, configuração considerada como ideal para se montar um balão com 8 m3 – volume comum nas operações mais rotineiras. Na Volvo, o principal veículo para esse mercado é o modelo VM 8x4, na versão VM LightMixer, com motor de 270 cv.

Lançado em 2020, o modelo traz redução da tara total do conjunto (caminhão + betoneira), que baixou quase 2.500 kg. Segundo William Junqueira, gerente comercial de caminhões vocacionais da Volvo Trucks, isso permite que o equipamento transporte até 1 metro cúbico a mais de concreto, obedecendo a Lei da Balança.

“O VM LightMixer é um caminhão mais leve, desenvolvido para aproveitamento total da capacidade da betoneira, o que permite aumentar a produtividade na operação”, explica o gerente Junqueira.

Dentre outros destaques, o chassi é feito de ligas especiais de aço LNE60, mais leves e resistentes. Com 4.550 mm, o entre-eixos mais curto oferece melhor distribuição de peso na betoneira, enquanto tanques de combustível de 200 litros e de Arla 32 de 50 litros permitem rodar o dia todo sem reabastecimento.

“Outra inovação é o 4º eixo direcional dianteiro, que diminui o arraste dos pneus e permite manobras em raios curtos, comuns em canteiros de obra”, acrescenta Junqueira.

Carro-chefe do portfólio há bastante tempo, as betoneiras de 8 m³ correspondem a 80% do volume de vendas da Liebherr no mercado brasileiro. Contudo, a implementação de betoneiras da marca em caminhões 8x4 vem crescendo substancialmente ao longo dos anos, motivada especialmente pelo atendimento às legislações de trânsito e limitações de peso no transporte de cargas em rodovias.

“Atualmente, pelo menos 50% de todas as betoneiras fabricadas são implementadas em caminhões 8x4”, posiciona o gerente comercial Romano. “Cinco anos atrás, esse número era de aproximadamente 20%.”


Modelos de 8 m³ dominam a preferência do mercado brasileiro no segmento

PERFIL

De acordo com o executivo, a atual líder de vendas da marca é a betoneira HTM 804, com capacidade de 8 m³. Ganhando espaço, a versão LighWeight deste modelo vem na sequência. Mais leve, a betoneira teve a capacidade de carga liquida aumentada, podendo transportar aproximadamente 1 m³ a mais de material, respeitando o volume nominal do equipamento.

“A betoneira HTM-804 LightWeight é aproximadamente 25% mais leve que um modelo convencional, possibilitando o aumento da carga liquida transportada”, comenta Romano. “Quando implementada em um caminhão igualmente leve, atinge uma redução de aproximadamente 2.500 kg na tara do conjunto.”

A opção da Liebherr também conta com o Sistema de controle EMC (Electronic Mixer Control), que – segundo Romano – controla a rotação do tambor de forma independente do caminhão, “com ganhos em eficiência operacional e redução do consumo de combustível e do desgaste da betoneira”.

Na Convicta, a gerente comercial Suelen Prudente explica que o perfil de clientes atual se encontra equilibrado entre modelos de chassis 6x4 ou 8x4, confirmando que a maioria opta por balões com 8 m³ de capacidade. Em termos de produto, a demanda está muito alta especificamente para instalações de Beton-bomba e Módulos de Bombeamento 1807.

Beton-bomba é um equipamento 2 em 1 com um módulo de bombeamento de concreto acoplado a betoneiras convencionais, que podem ser de qualquer marca e modelo. “É um equipamento que traz um custo-benefício excelente”, assegura Prudente. O projeto mais recente, ela informa, é a utilização de aços especiais na fabricação de betoneiras, “resultando em uma betoneira superleve, com alta performance e longevidade”.

Na carteira da Mercedes-Benz, Ferrarez comenta que cerca de 90% das encomendas concentram-se no modelo vocacional Atego 2730 6x4. Mas a fabricante também conta com o modelo Axor 3131 B 6x4 e 8x4 de fábrica, além do Atego 3330, lançado no início do ano.

“Nossos produtos são indicados para balões de até 8 m³, prontos para a instalação da betoneira”, destaca o especialista.


Perfil de clientes mostra equilíbrio entre modelos de chassis 6x4 ou 8x4

REFORMA

A reforma de betoneiras é uma prática comum de mercado, mas está atravessando um momento positivo diante da falta de caminhões novos no mercado. Segundo Prudente, a Convicta se posiciona como a maior reformadora de betoneiras do Brasil, reformando equipamentos multimarcas a um ritmo de 80 unidades/mês. Ela avalia o mercado como promissor, até pela tendência de alta nos preços para aquisição de ativos.

“Normalmente, as betoneiras são reformadas em um ciclo de cinco anos de uso ou 30 mil m³”, explica. “Já temos betoneiras indo para o 3º ciclo de reforma, lembrando que sempre mantemos a originalidade do equipamento.”

Na Liebherr, também há uma área dedicada à reforma de equipamentos, onde o cliente pode efetuar desde pequenos reparos até a reforma completa do equipamento. “Nossos processos de qualidade são rigorosos”, garante Romano.

“A utilização de componentes originais garante que a betoneira reformada tenha a mesma confiabilidade de uma nova, mas com investimento bem menor.”


Mudanças estruturais promovem melhorias de eficiência operacional

EQUIPAMENTO
Modelo é adaptado para atuar na mineração

Recentemente, a Liebherr apresentou uma nova betoneira especialmente projetada para operar em espaços confinados. Originalmente desenhada para transportar 6 m³ de concreto, o modelo HTM 604 foi reprojetado para atender às necessidades de um cliente, a Mineração Ero Brasil Caraíba, que solicitou uma solução com capacidade de 5 m³ em cada viagem, a uma altura máxima de 3.200 mm do conjunto caminhão-betoneira.

O desafio era entregar o maior volume de concreto na menor betoneira possível, melhorando a produtividade na construção de túneis para uma mineração de cobre na Bahia. Customizado para a operação, o equipamento teve a altura diminuída em cerca de 11%, uma vez que a betoneira convencional de 6 m³ (HTM 604) tem 3.620 mm, altura superior ao limite de operação dentro dos túneis.

Para atender ao limite máximo, a Liebherr readequou a instalação da betoneira no caminhão, eliminando o sobrequadro e, assim, tornando possível eliminar 160 mm. Já para garantir a estabilidade e a resistência dos componentes, também foi reduzida a área de contato da betoneira com o chassi.

“Em conjunto com o cliente, desenvolvemos uma betoneira de 6 m³ que, em vista da inclinação da área de trabalho, pode transportar o limite de 5 m³ por viagem”, acentua Gian Romano, gerente comercial divisional de tecnologia de concreto da Liebherr, destacando as melhorias na eficiência operacional. “Com o novo projeto, o que antes era feito com seis caminhões-betoneira, agora pode ser realizado com quatro”, finaliza.

Saiba mais:
Convicta
: www.convicta.com.br
Liebherr: www.liebherr.com.br
Mercedes-Benz Caminhões: www.mercedes-benz-trucks.com.br
Volvo Trucks: www.volvotrucks.com.br

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