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Revista M&T - Ed.248 - Outubro 2020
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Transporte Pesado

Reativação dos negócios

Setor de implementos rodoviários deve registrar redução no volume de negócios neste ano, mas agribusiness e mineração mais uma vez amenizaram o tombo e a recuperação já começou

Inteiramente atrelada ao transporte de cargas e materiais, também a indústria brasileira de implementos rodoviários deve registrar redução no volume de negócios em 2020, embora menos profunda do que o imaginado no início da pandemia. “A queda não deve chegar a 5%”, prevê Norberto Fabris, presidente da Anfir (Associação Nacional Fabricantes de Implementos Rodoviários), destacando que cerca de 120 mil unidades foram comercializadas no ano passado, de modo que o volume deve chegar assim a cerca de 114 mil neste ano.

Nos primeiros sete meses deste ano, informa a Anfir, essa queda foi ligeiramente superior a 6% na comparação com o mesmo período de 2019 (cf. Quadro na pág. 28). Entre os modelos de implementos mais demandados no Brasil no decorrer deste ano no segmento dos pesados, Fabris cita basculantes, canavieiros, silos, tanques inox e os chamados modelos ‘carrega tudo’, enquanto no mercado de implementos leves a procura foi maior por baús lonados, basculantes, betoneiras e tanques.

No ano passado, relata o dirigente, os fabricantes de reboques e semirreboques conseguiram repor as perdas registradas entre 2014 a 2018, preparando-se para voltar a crescer neste ano. Já o segmento das carrocerias sobre chassis esperava concluir a recuperação dos volumes de negócios no decorrer de 2020. “Mas a paralisação da economia pela pandemia alterou nossas previsões”, observa o presidente da Anfir.

Assim como o segmento de caminhões pesados e semipesados, essa indústria também depende bastante do agronegócio, setor que – pelas estimativas de Fabris – responde por cerca de 40% de sua carteira de pedidos, seguido pela construção civil.

O segmento dos implementos destinados à distribuição urbana de mercadorias – incluindo baús, implementos para carga seca e tanques menores, entre outros –, ainda é o que mantém o processo mais moroso de reativação dos negócios. “Mas temos


Inteiramente atrelada ao transporte de cargas e materiais, também a indústria brasileira de implementos rodoviários deve registrar redução no volume de negócios em 2020, embora menos profunda do que o imaginado no início da pandemia. “A queda não deve chegar a 5%”, prevê Norberto Fabris, presidente da Anfir (Associação Nacional Fabricantes de Implementos Rodoviários), destacando que cerca de 120 mil unidades foram comercializadas no ano passado, de modo que o volume deve chegar assim a cerca de 114 mil neste ano.

Nos primeiros sete meses deste ano, informa a Anfir, essa queda foi ligeiramente superior a 6% na comparação com o mesmo período de 2019 (cf. Quadro na pág. 28). Entre os modelos de implementos mais demandados no Brasil no decorrer deste ano no segmento dos pesados, Fabris cita basculantes, canavieiros, silos, tanques inox e os chamados modelos ‘carrega tudo’, enquanto no mercado de implementos leves a procura foi maior por baús lonados, basculantes, betoneiras e tanques.

No ano passado, relata o dirigente, os fabricantes de reboques e semirreboques conseguiram repor as perdas registradas entre 2014 a 2018, preparando-se para voltar a crescer neste ano. Já o segmento das carrocerias sobre chassis esperava concluir a recuperação dos volumes de negócios no decorrer de 2020. “Mas a paralisação da economia pela pandemia alterou nossas previsões”, observa o presidente da Anfir.

Assim como o segmento de caminhões pesados e semipesados, essa indústria também depende bastante do agronegócio, setor que – pelas estimativas de Fabris – responde por cerca de 40% de sua carteira de pedidos, seguido pela construção civil.

O segmento dos implementos destinados à distribuição urbana de mercadorias – incluindo baús, implementos para carga seca e tanques menores, entre outros –, ainda é o que mantém o processo mais moroso de reativação dos negócios. “Mas temos muitas fábricas de implementos que já venderam toda a sua produção deste ano, inclusive já negociando entregas para 2021”, ele informa.

PERSPECTIVAS

Com participação mais expressiva no segmento dos basculantes – especialmente sobre chassis e semirreboques –, a Rossetti é um exemplo de fabricante de implementos que, de acordo com o diretor superintendente Daniel Rossetti, já comercializou quase toda a produção deste ano. “As vendas do primeiro semestre não foram boas, mas já em agosto e setembro nossos volumes de produção estavam muito similares aos dos mesmos meses de 2019”, ele relata.

Fabris, da Anfir: queda não deve chegar a 5%

Atuando mais intensamente nos mercados de mineração e de transporte rodoviário – incluindo o transporte de produtos agropecuários –, a Rossetti, diz o diretor da empresa, após o auge da pandemia já consegue realizar negócios com clientes dos mais diversos portes, de profissionais autônomos a grandes empresas. “As perspectivas para 2021 são boas, inclusive para a retomada da construção civil”, diz Rossetti, referindo-se a um mercado que já foi mais importante para seus negócios. Segundo ele, a Rossetti atualmente realiza cerca de 7% de suas vendas com as exportações. Geralmente, são feitas em parceria com montadoras, pois nas vendas para o mercado externo prevalecem os implementos montados sobre chassis.

Como um todo, a indústria brasileira de implementos rodoviários obtém com a exportação entre 5% e 6% de seus negócios, informa Fabris. “Minha meta é elevar esse índice para 15%, mas dificilmente isso acontecerá neste ano, até porque exportamos muito para regiões que também sofreram muito com a pandemia, como a América Latina e a África”, ele pondera.

Projeto prevê mudançasna legislação de transporte de cargas

Atualmente aguardando apreciação pelo Senado Federal, a principal novidade do Projeto de Lei n° 3267/2019 no que diz respeito à movimentação de cargas por rodovias relaciona-se ao exame toxicológico, que deve ser realizado pelos motoristas com CNH das categorias C, D e E. A legislação já exige a realização desse exame, mas esse projeto, que altera o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), modifica a periodicidade e a multa, como informa a advogada Erica Avallone Lima, do escritório Avallone & Lima Advocacia. “O PL estipula multa gravíssima multiplicada por cinco, com suspensão por três meses do direito de dirigir”, diz a especialista em Direito do Transporte Rodoviário de Carga (TRC). “E os condutores precisão realizar os exames de dois em dois anos.”

Tais exigências, ela ressalva, só passariam a ter validade 180 dias após a sanção presidencial, que somente ocorrerá após a aprovação definitiva do projeto pelo Congresso Nacional. E, uma vez aprovado o projeto, a legislação seguirá penalizando o condutor do veículo de TRC pelas seguintes infrações: transposição de bloqueio viário, evasão de balança e não pagamento de pedágio. Esse tipo de infração é qualificado como grave pelo CTB, gerando multa no valor de R$ 195,23 e 5 (cinco) pontos na CNH (no caso de evasão de balança é também obrigatório o retorno, para pesagem, ao ponto de evasão). Há ainda a possibilidade de valores adicionais de multa para a empresa, proporcionais ao peso que ultrapassar os limites, além da retenção do veículo e transbordo da carga excedente.

A advogada Erica Avallone Lima: importância da fiscalização

Porém, ainda gera polêmica uma resolução baixada há mais de dez anos pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que fixa em R$ 5.000 a multa por evadir-se, obstruir ou dificultar de qualquer forma a fiscalização, havendo ainda o cancelamento do RNTRC (Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Carga). Recentes decisões judiciais, diz Erica Avallone Lima, determinam que prevaleçam os valores de multas e os procedimentos propostos pelo Código de Trânsito. “Cabe à ANTT apenas a fiscalização, a autuação e a aplicação de penalidades e de outras medidas relativas às infrações praticadas nas rodovias federais por ela administradas”, ela justifica.

De acordo com a advogada, quando uma balança constatar excesso de peso no veículo, a multa e a responsabilidade – bem como as penalidades previstas – podem ser atribuídas tanto à transportadora quanto ao embarcador das mercadorias, que estarão ainda sujeitos a eventuais processos cíveis ou mesmo criminais. “A fiscalização do excesso de carga é importante não apenas para evitar danos nas estradas e nos veículos, mas também para minimizar a possibilidade de acidentes, evitar transtornos a outros usuários das vias e reduzir a poluição atmosférica”, acentua a especialista.

Librelato vende 50 tritrensbasculantes para o Grupo Risa

A fabricante fechou acordo para fornecimento de 50 conjuntos de tritrens basculantes de 4ª geração para a Risa, com sede no Maranhão. Segundo comunicado, os conjuntos foram customizados conforme a logística operacional da Risa, integrando as unidades produtivas e operações portuárias. Assim, os tritrens serão aplicados na colheita, distribuição e logística entre unidades, transportando grãos, adubos, calcário e fertilizantes. Com basculamento lateral, os implementos devem percorrer de 5 a 6 mil km/mês, principalmente no estado do Maranhão.

Lote inclui 50 conjuntos de tritrens basculantes de 4ª geração com basculamento lateral

De acordo com a fabricante, a entrega do lote será finalizada até dezembro. “Mais do que nunca, o agro tem papel fundamental na recuperação da economia e, neste ano, as exportações estão batendo recordes”, afirma Rafael Bett, diretor comercial da Librelato. “Este grande negócio é a resposta positiva de que o setor está crescendo de forma sustentável e comprova também que os empresários buscam equipamentos que ofereçam maior segurança e produtividade para os seus negócios.”

Saiba mais:
Anfir: www.anfir.org.br
Avallone & Lima Advocacia: www.avallonelima.com.br
Librelato: www.librelato.com.br
Rossetti: www.rossetti.com.br

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