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Revista M&T - Ed.156 - Abril 2012
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Fabricante

Que venham os asiáticos

Com um programa recorde de investimentos e expansão do portfólio de produtos, a Caterpillar trabalha para manter a liderança em mercados emergentes como o Brasil
Por Marcelo Januário (Editor)

No mundo dos negócios, como mostra a experiência, é preciso estar sempre alerta aos ventos da mudança. Com mais de meio século de atividades no país, a Caterpillar comprova este axioma ao se antecipar a um desafio até então absolutamente inédito na indústria brasileira de equipamentos para construção: a acirrada concorrência aberta pelos competidores asiáticos, sobretudo chineses e coreanos.

Com a crescente demanda estimulada nos últimos anos pelas obras de infraestrutura do PAC, bem como os investimentos no pré-sal e grandes eventos esportivos, o país tem se tornado um destino cada vez mais atraente para empresas como Hyundai, Doosan, Sany, XCMG, SDLG e outras, que investem pesado em novas fábricas e distribuidoras em território nacional. O ingresso desses novos competidores mudou rapidamente o panorama do concorrido mercado de equipamentos.

Com um faturamento anual de R$ 2,2 bilhões e na condição de líder do setor, a Caterpillar não assiste de forma passiva à agressiva estratégia de expansão dos tigres asiáticos e já se mexe para manter-se à frente da concorrência. “A eficiência e, principalmente, a qualidade dos produtos asiáticos têm melhorado bastante, mas a realidade é que aqui eles ainda competem no segmento de máquinas usadas”, pondera Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar Brasil. “Sabemos que teremos cada vez mais competidores, que também devem respeitar os índices de nacionalização. De todo modo, a Caterpillar faz a parte dela e sua estratégia para manter a liderança é de longo prazo.”

O tom de tranquilidade decorre de uma liderança inconteste, mas não encobre o fato de que a empresa está atenta aos movimentos da concorrência e trabalha abertamente para preservar mercados onde há décadas é sinônimo de qualidade, tecnologia e diversidade de produtos. “Sabemos que atualmente 70% das oportunidades de investimentos estão fora dos Estados Unidos, nos países emergentes”, diz Calil. Por isso, como destaca o presidente, a empresa já conta com 17 fábricas na própria China, onde produz motores de grande porte, escavadeiras e outros equipamentos, além de manter um centro multifuncional de pesquisa e desenvolvimento de componentes e motores.

A experiência no mercado chinês vem ajudando a empresa a competir c


No mundo dos negócios, como mostra a experiência, é preciso estar sempre alerta aos ventos da mudança. Com mais de meio século de atividades no país, a Caterpillar comprova este axioma ao se antecipar a um desafio até então absolutamente inédito na indústria brasileira de equipamentos para construção: a acirrada concorrência aberta pelos competidores asiáticos, sobretudo chineses e coreanos.

Com a crescente demanda estimulada nos últimos anos pelas obras de infraestrutura do PAC, bem como os investimentos no pré-sal e grandes eventos esportivos, o país tem se tornado um destino cada vez mais atraente para empresas como Hyundai, Doosan, Sany, XCMG, SDLG e outras, que investem pesado em novas fábricas e distribuidoras em território nacional. O ingresso desses novos competidores mudou rapidamente o panorama do concorrido mercado de equipamentos.

Com um faturamento anual de R$ 2,2 bilhões e na condição de líder do setor, a Caterpillar não assiste de forma passiva à agressiva estratégia de expansão dos tigres asiáticos e já se mexe para manter-se à frente da concorrência. “A eficiência e, principalmente, a qualidade dos produtos asiáticos têm melhorado bastante, mas a realidade é que aqui eles ainda competem no segmento de máquinas usadas”, pondera Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar Brasil. “Sabemos que teremos cada vez mais competidores, que também devem respeitar os índices de nacionalização. De todo modo, a Caterpillar faz a parte dela e sua estratégia para manter a liderança é de longo prazo.”

O tom de tranquilidade decorre de uma liderança inconteste, mas não encobre o fato de que a empresa está atenta aos movimentos da concorrência e trabalha abertamente para preservar mercados onde há décadas é sinônimo de qualidade, tecnologia e diversidade de produtos. “Sabemos que atualmente 70% das oportunidades de investimentos estão fora dos Estados Unidos, nos países emergentes”, diz Calil. Por isso, como destaca o presidente, a empresa já conta com 17 fábricas na própria China, onde produz motores de grande porte, escavadeiras e outros equipamentos, além de manter um centro multifuncional de pesquisa e desenvolvimento de componentes e motores.

A experiência no mercado chinês vem ajudando a empresa a competir com os concorrentes asiáticos também em outras partes do mundo, como já ocorre na América Latina e África. “Uma de nossas estratégias foi estabelecer uma presença dentro da China”, explana Doug Oberhelman, presidente global da Caterpillar. “Nossa ideia é compreender a China dentro da China e competir com os fabricantes chineses em seu próprio território.”

Investimentos no Brasil

Se a estratégia é atacar os concorrentes em seu próprio quintal, no Brasil que integra com a China o clube de países emergentes do Bric isso não tem sido muito diferente. Com o aquecimento do consumo, um programa de investimentos de R$ 350 milhões tem permitido que a Caterpillar engate no país uma de suas mais importantes etapas de crescimento, tanto em capacidade produtiva como na incorporação de mercados promissores, como o de energia, transporte ferroviário e mineração.

No final do ano passado, por exemplo, a empresa inaugurou uma nova unidade industrial na cidade de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (PR). A fábrica iniciou suas operações recebendo as linhas de produção da retroescavadeira 416E e da carregadeira 924H, equipamentos da divisão de produtos de construção leve que até então eram fabricados em Piracicaba (SP).

A matriz da empresa, aliás, também vem recebendo recursos vultosos que a alçam a um novo patamar produtivo na área de geração de energia. Para fabricar uma nova linha de geradores, lançada em março, a unidade no interior paulista já recebeu investimentos de R$ 180 milhões e deve receber mais R$ 200 milhões até o final do ano.

Com 64% de conteúdo nacional, a nova série 3.500 de grupos geradores é equipada com motores de 12 ou 16 cilindros (ambos em V e com quatro tempos), com potências que variam de 1.824 a 3.017 HP. Para atender à crescente demanda no pré-sal, incluindo a fabricação de rebocadores, embarcações de carga e plataformas petrolíferas offshore, a unidade opera com capacidade para produzir 250 unidades por ano, em turno único. “Somos a primeira empresa do setor a ter um produto desse tipo com índice de nacionalização elevado. Com isso, saímos na frente da concorrência”, comemora Calil.

Novos nichos

Ainda no segmento de geração de energia, até 2014 a Caterpillar pretende introduzir no mercado brasileiro as novas tecnologias de motor a gás da recém-adquirida MWM. Para incorporar os motores movidos por fontes renováveis da fabricante alemã, a empresa investiu cerca de US$ 808 milhões no final de 2010. “Trata-se de um complemento natural aos atuais negócios de geração de energia a gás e diesel da Caterpillar”, disse a empresa em comunicado.

No segmento ferroviário, outra frente priorizada pelos investimentos, a empresa começará em maio a fabricar locomotivas na fábrica de Sete Lagoas (MG). Voltada para a demanda de escoamento estratégico de minério, aço e grãos, a unidade terá capacidade para produzir aproximadamente 70 máquinas de 4.000 HP de potência por ano. A empresa, inclusive, já busca alternativas para desenvolver uma cadeia de fornecedores locais que atendam à demanda da fábrica, que inicialmente operará majoritariamente com componentes importados. “Em 2013 a produção será intensificada e, até 2014, já estará em um patamar de maturidade plena”, informa o presidente da Caterpillar Brasil.

Na área de mineração, em meados de 2011 a Caterpillar adquiriu a também norte-americana Bucyrus, fabricante de caminhões fora de estrada e escavadeiras de grande porte, em um negócio de mais de US$ 7,6 bilhões. Entretanto, segundo a empresa, os equipamentos devem demorar para chegar ao país sob a marca Caterpillar. “A incorporação ainda é muito recente, mas já existem estudos para levar a produção a outras fronteiras além dos Estados Unidos”, revela Calil.

 

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