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Revista M&T - Ed.211 - Abril 2017
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Fresagem

Precisão Milimétrica

Tecnologias garantem alto desempenho na recuperação de pavimentos asfálticos, mas há princípios que devem ser seguidos para garantir a máxima qualidade e produtividade
Por Joás Ferreira

É tido como certo o fato de que a fresagem é uma operação necessária e de extrema importância na recuperação de pistas de rolagem, visto que ao longo dos anos todos os pavimentos asfálticos envelhecem naturalmente e trincam ao perderem a capacidade elástica de resistir às cargas do tráfego.

Segundo o especialista de produto e aplicação da Ciber Equipamentos Rodoviários, Juliano Gewehr, essa operação vital para a recuperação de pavimentos asfálticos atingiu seu estado-da-arte com as modernas fresadoras, que são projetadas para remover a camada deteriorada com largura e profundidade pré-definidas, cortando e triturando o material para que possa ser transportado em forma granular.

Reforçando a análise, Mariana Mochizuki, consultora de marketing da Cat Paving para a América do Sul, acrescenta que a aplicação do processo de fresagem a frio na remoção do pavimento desgastado apresenta elevada capacidade de produção e diversas outras vantagens, como controle mais preciso da profundidade de corte e possibilidade de trabalho com sistema de inclinação e nivelamento automático, além da utilização de diferentes tipos de referência de corte, versatilidade no uso de tambores e correção de irregularidades, deformações e desgastes. “Também podemos citar a maior aderência, corte por camada, seleção do tipo de mistura e, ainda, redução do material à granulometria correta para ser usado como RAP (Reclaimed Asphalt Pavement)”, diz ela.

Outro ponto importante dessas soluções é a capacidade de remover mecanicamente as camadas de asfalto, sem utilização de calor ou agentes químicos, transferindo o material diretamente para o caminhão. “Para o executor do trabalho, a eficiência no processo de fresagem traz baixo custo de operação e, para o usuário, maior qualidade de pavimento e segurança de rolagem”, corrobora Carlos Santos, especialista de produto e aplicação da Atlas Copco Brasil.

Mas, além do maquinário, há outras variáveis a considerar, como a aplicação. Para ilustrar, ele cita um exemplo. “Se o executor escolher uma fresadora não recomendada ou um bit de fresagem impróprio para o trabalho, ou mesmo se aplicar uma velocidade de corte inadequada para a operação, certamente não executará a obra adequadamente


É tido como certo o fato de que a fresagem é uma operação necessária e de extrema importância na recuperação de pistas de rolagem, visto que ao longo dos anos todos os pavimentos asfálticos envelhecem naturalmente e trincam ao perderem a capacidade elástica de resistir às cargas do tráfego.

Segundo o especialista de produto e aplicação da Ciber Equipamentos Rodoviários, Juliano Gewehr, essa operação vital para a recuperação de pavimentos asfálticos atingiu seu estado-da-arte com as modernas fresadoras, que são projetadas para remover a camada deteriorada com largura e profundidade pré-definidas, cortando e triturando o material para que possa ser transportado em forma granular.

Reforçando a análise, Mariana Mochizuki, consultora de marketing da Cat Paving para a América do Sul, acrescenta que a aplicação do processo de fresagem a frio na remoção do pavimento desgastado apresenta elevada capacidade de produção e diversas outras vantagens, como controle mais preciso da profundidade de corte e possibilidade de trabalho com sistema de inclinação e nivelamento automático, além da utilização de diferentes tipos de referência de corte, versatilidade no uso de tambores e correção de irregularidades, deformações e desgastes. “Também podemos citar a maior aderência, corte por camada, seleção do tipo de mistura e, ainda, redução do material à granulometria correta para ser usado como RAP (Reclaimed Asphalt Pavement)”, diz ela.

Outro ponto importante dessas soluções é a capacidade de remover mecanicamente as camadas de asfalto, sem utilização de calor ou agentes químicos, transferindo o material diretamente para o caminhão. “Para o executor do trabalho, a eficiência no processo de fresagem traz baixo custo de operação e, para o usuário, maior qualidade de pavimento e segurança de rolagem”, corrobora Carlos Santos, especialista de produto e aplicação da Atlas Copco Brasil.

Mas, além do maquinário, há outras variáveis a considerar, como a aplicação. Para ilustrar, ele cita um exemplo. “Se o executor escolher uma fresadora não recomendada ou um bit de fresagem impróprio para o trabalho, ou mesmo se aplicar uma velocidade de corte inadequada para a operação, certamente não executará a obra adequadamente e isso implicará maior custo final”, diz.

Os resultados dessa inadequação são evidenciados na medida em que a superfície fresada torne-se irregular ou o consumo de bits de fresagem seja mais alto que o normal, aumentando a quantidade de massa asfáltica necessária para corrigir as irregularidades presentes no pavimento. Além disso, a camada de pavimento que fica abaixo da parte superficial continuará com problemas estruturais, que serão transmitidos para a nova pista de rolagem, o que – por sua vez – pode acarretar trincas posteriores.

TIPOLOGIA

O fato é que o maquinário utilizado faz a diferença, pois a técnica, em si, é bem conhecida. Como explica Gewehr, da Ciber, há dois tipos distintos de fresagem. “Um é a fresagem convencional, cuja função é apenas a remoção do material deteriorado para a aplicação de uma nova camada asfáltica”, explica. “O outro é a fresagem fina, ou microfresagem, cuja função é a melhoria de aderência e de textura da capa de rolagem, sem a necessidade de se aplicar um novo material.”

Seja qual for a tipologia, as fresadoras de asfalto removem o material e o colocam diretamente em um caminhão, para o transporte às usinas. Entretanto, é recomendável a varrição da área após a fresagem, para a retirada de materiais finos que, normalmente, permanecem na pista. “Só então, deve-se proceder à aplicação da nova camada asfáltica”, destaca Gewehr. “Para isso, além da própria fresadora, são necessários ao menos um caminhão e uma máquina de varrição.”

E no mercado brasileiro há diversas opções de fresadoras, com diferentes larguras de trabalho. “Embora as mais comuns sejam as da classe de 1 m, também operam no país máquinas de grande porte, com 2 m de largura de trabalho, por exemplo”, afirma, acrescentando que, independentemente do porte, seus processos são similares. “Ou seja: há um cilindro dotado de ferramentas removíveis de corte com alta resistência, que executam o desbaste”, descreve. “Essas ferramentas devem ser inspecionadas com frequência diária, para constatar o desgaste e avaliar a necessidade de eventual troca.”

PARÂMETROS

Já Santos, da Atlas Copco, alerta que somente “a escolha adequada do equipamento para cada aplicação é capaz de proporcionar máxima produtividade e maior qualidade do serviço”. Segundo ele, quando iniciar um processo de fresagem o empreiteiro deve ter em mente os seguintes parâmetros: profundidade e largura de fresagem, tamanho da fresadora, tipo de pavimento (para seleção correta do bit de fresagem), velocidade de trabalho e tipo de fresagem (comum ou microfresagem).

Quanto às fresadoras e dispositivos de fresagem, especificamente, o especialista da Atlas Copco explica que as capacidades mecânicas se diferenciam pelo peso (de 2,5 a 33 t), largura (de 350 a 2.000 mm), profundidade (de 10 a 32 cm), velocidade (de 0 a 40 m/min), tipo de descarga (frontal ou traseira) e tipo de máquina (de esteira ou de rodas).

Aqui, ele faz um parêntesis. Para a tarefa de fresagem de pavimentos desgastados, Santos comenta que há fresadoras a frio e implementos de fresagem: “As fresadoras a frio, por serem equipamentos dedicados, oferecem melhor qualidade e maior produtividade de trabalho”, conta. “Já os implementos, muito utilizados em minicarregadeiras, são mais flexíveis e indicados para pequenos trabalhos, com menor volume de produção.”

Há ainda outras especificações no que tange aos tambores. Segundo Mochizuki, da Cat, atualmente são mais utilizadas fresadoras equipadas com tambores de 1 m, 2 m e 2,2 m de largura de corte. Entretanto, diz ela, “a escolha do tamanho do tambor depende diretamente da dimensão da obra, da produtividade desejada e da largura das faixas de rolagem”.

De acordo com a especialista, a espessura máxima de corte também varia de acordo com o tipo de aplicação. Com espessura milimétrica, a microfresagem normalmente é utilizada em correções de desvios longitudinais, visando a atender às especificações do IRI (International Roughness Index, ou Índice de Irregularidade Internacional). “Também pode ser utilizada para remoção milimétrica do pavimento desgastado, permitindo a aplicação somente de tratamento superficial em vez de uma nova camada de CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), ou em pavimentos rígidos, com a finalidade de proporcionar maior aderência”, detalha Mochizuki.

Ela ressalta que o controle preciso da espessura de fresagem e da inclinação garantem alta produção e precisão na manutenção de rodovias, ruas e estradas, resultando em menor quantidade de CBUQ necessária para o recapeamento. “Isso acontece porque a precisão no corte reduz a necessidade de correção dos desníveis e da inclinação com a vibroacabadora, implicando redução de custo, economia de tempo e melhoria da qualidade do trabalho em geral”, explica, enfatizando que as máquinas da Cat saem de fábrica com o sistema 2D integrado (nivelação e inclinação) e estão prontas para instalação do sistema 3D, que proporciona  corte preciso e elimina o uso de estacas e cabo de referência, “reduzindo a possibilidade de falha humana e permitindo que o operador se concentre em outros fatores inerentes à qualidade do processo de fresagem”.

GROOVING

Um capítulo à parte impõe-se sobre a diferença entre fresagem e grooving. Mochizuki esclarece que, para cada uma dessas técnicas, são empregadas máquinas diferentes para aplicações distintas. “Na fresagem, o principal objetivo é remover o pavimento flexível ou rígido que está desgastado, a fim de aumentar a aderência, melhorar a drenagem ou substituir por uma nova camada de pavimento”, pontua. “No caso do grooving, o objetivo é manter os pneus em contato constante com a superfície e evitar o acúmulo de água. A máquina utilizada para grooving também possui discos diamantados, com diferente espaçamento e profundidade de corte.”

Essa técnica, segundo ela, é usada especificamente em aeroportos – cujo corte é transversal – e em rodovias, em que o corte pode ser transversal (em pontes) e longitudinal (ao longo da pista de rolagem). Segundo Gewehr, contudo, a técnica é mais aplicada no sentindo transversal. “Um equipamento especial penetra no pavimento e realiza um corte mais profundo, cuja linha de corte apresenta formato retangular, sendo utilizado em aplicações onde haja exigência de aumento da aderência, como as pistas de decolagem e pouso de aviões, por exemplo”, corrobora.

Já Santos, da Atlas Copco, pondera que o grooving refere-se a uma fresagem especial que visa à adequação da rugosidade e textura do pavimento a uma necessidade específica. “Em alguns casos, utiliza-se o procedimento de grooving para aumentar a rugosidade, melhorando o nível de atrito entre o pneu do veículo e o pavimento, a capacidade de frenagem do veículo e a segurança da pista”, conclui.

Cuidados com bits garantem desempenho de fresadoras

No que diz respeito à gestão das fresadoras, Mariana Mochizuki, consultora de marketing da Cat Paving para a América do Sul, diz que, em primeiro lugar, é extremamente importante estar seguro de que o sistema de resfriamento dos bits esteja funcionando em perfeitas condições. “Se houver falta de água no sistema, por exemplo, os bits terão superaquecimento e tenderão a se desgastar mais rapidamente, sendo necessário parar a máquina para fazer a reposição”, diz ela.

Para assegurar a máxima eficiência, também é importante escolher corretamente os bits de corte, respeitando o tipo de aplicação e material a ser fresado, a fim de que não se quebrem ou se desgastem precocemente. “Uma técnica usada para assegurar a máxima eficiência, tanto em obras grandes como nas que precisam ser executadas no menor tempo possível, é a utilização dos bits de diamante, que duram até 80 vezes mais que os de carbeto”.

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