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Revista M&T - Ed.224 - Junho 2018
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AGRISHOW 2018

Potência agrícola

Motivada pelos bons resultados obtidos no ano passado, a principal feira do setor destaca tecnologias que visam a impulsionar ainda mais a produção agrícola no PAÍS

Com protagonismo indiscutível, o agronegócio é a “menina dos olhos” da economia brasileira. Segundo dados do IBGE, no ano passado o setor avançou 13%, obtendo uma safra recorde de grãos de 237,7 milhões de toneladas. Com isso, o setor contribuiu com 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2017, como apontam os dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Para 2018, segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa é de que a safra nacional alcance um volume de 226 milhões de toneladas, a segunda maior da série histórica, abaixo apenas à de 2017.

Nesse clima de otimismo foi realizada em Ribeirão Preto (SP) a 25ª edição da Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola, a principal feira do setor na América Latina e a terceira maior do mundo, que ademais registrou um crescimento na rodada de negócios em torno de 22%, em um resultado absoluto de R$ 2,7 bilhões. Além dessa cifra expressiva, a feira contou com a participação de 159 mil visitantes e mais de 800 marcas nacionais e internacionais, expostas durante os cinco dias do evento.

Segundo o presidente da feira, Francisco Matturro, a 25ª edição foi histórica também por outros motivos. “A Agrishow 2018 foi marcada pela participação de empresas que antecipam tendências para o agronegócio brasileiro, com destaque para máquinas com avançado nível tecnológico e soluções que garantem a eficiência do trabalho em campo”, comentou o dirigente, destacando ainda que a robustez crescente da produção agrícola brasileira vem contribuindo para a retomada da economia e, ao mesmo tempo, garantindo a oferta de alimentos no país e no mundo. “Precisamos apostar no nosso potencial cada vez mais, tanto na produção de alimentos, quanto no desenvolvimento de novas tecnologias.”


Com protagonismo indiscutível, o agronegócio é a “menina dos olhos” da economia brasileira. Segundo dados do IBGE, no ano passado o setor avançou 13%, obtendo uma safra recorde de grãos de 237,7 milhões de toneladas. Com isso, o setor contribuiu com 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2017, como apontam os dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Para 2018, segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa é de que a safra nacional alcance um volume de 226 milhões de toneladas, a segunda maior da série histórica, abaixo apenas à de 2017.

Nesse clima de otimismo foi realizada em Ribeirão Preto (SP) a 25ª edição da Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola, a principal feira do setor na América Latina e a terceira maior do mundo, que ademais registrou um crescimento na rodada de negócios em torno de 22%, em um resultado absoluto de R$ 2,7 bilhões. Além dessa cifra expressiva, a feira contou com a participação de 159 mil visitantes e mais de 800 marcas nacionais e internacionais, expostas durante os cinco dias do evento.

Segundo o presidente da feira, Francisco Matturro, a 25ª edição foi histórica também por outros motivos. “A Agrishow 2018 foi marcada pela participação de empresas que antecipam tendências para o agronegócio brasileiro, com destaque para máquinas com avançado nível tecnológico e soluções que garantem a eficiência do trabalho em campo”, comentou o dirigente, destacando ainda que a robustez crescente da produção agrícola brasileira vem contribuindo para a retomada da economia e, ao mesmo tempo, garantindo a oferta de alimentos no país e no mundo. “Precisamos apostar no nosso potencial cada vez mais, tanto na produção de alimentos, quanto no desenvolvimento de novas tecnologias.”

A John Deere mostrou a plataforma de gerenciamento on-line Operations Center, enquanto a Case IH levou seu conceito da intervenção remota, além de um drone (no detalhe)

 

 

 

O país, aliás, já é uma potência no segmento, como destaca Paulo Hermann, presidente da John Deere Brasil. Segundo o executivo, alguns estudos indicam que, em 2050, a China gerará uma riqueza anual de US$ 50 trilhões de dólares, enquanto a Índia terá um PIB de US$ 28 trilhões de dólares. Por outro lado, com populações de mais de dois bilhões de pessoas, ambos os países enfrentarão escassez de água e problemas ambientais e na estrutura fundiária, com dificuldades de expandir a produção agrícola. “Nesse contexto, o Brasil precisa se preparar para atender a esta demanda mundial, pois é um país situado no cinturão tropical, com duas ou três safras por ano e tecnologia desenvolvida”, disse ele. “Para tanto, é preciso investir em conectividade para garantir a eficiência, além de desenvolver novas formas de produzir, preservando a natureza e apostando na integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que é uma estratégia de produção que integra diferentes sistemas produtivos dentro de uma mesma área, sem agredir o meio ambiente e conservando as características do solo.”

Em sentido horário: a colhedora de cana Case IH A8810DA, o protótipo do trator movido a biometano T6 da New Holland Agriculture, a plataforma Massey Ferguson 9255 Dynaflex e a colhedora de mudas de cana Valtra BE1035

TECNOLOGIA

Atualmente, já é impossível não atrelar a eficiência do plantio e da colheita aos avanços tecnológicos aplicados em campo. Durante a Agrishow 2018 isso ficou patente, com diversas fabricantes destacando soluções embarcadas que garantem bons resultados na agricultura.

A John Deere, por exemplo, introduziu o Conectividade Rural, uma iniciativa para levar o acesso à internet aos agricultores brasileiros. Criada em parceria com a Trópico, empresa voltada para o desenvolvimento de equipamentos de telecomunicações, a solução consiste na instalação de torres de transmissão tendo como base o perfil dos produtores, permitindo que se mantenham conectados à internet mesmo em locais que as operadoras móveis não alcançam de forma efetiva.

O projeto prevê a instalação das primeiras torres até o final do ano, começando pelo estado do Mato Grosso. “No Brasil, a conectividade está presente nas cidades, mas não no campo”, disse Hermann. “Por isso, é fundamental levar a internet 4G para o campo, conectando máquinas e sistemas para gerar aumento da eficiência.”

Durante a feira, a empresa também anunciou o lançamento do Operations Center, uma plataforma de gerenciamento de dados on-line que integra informações agronômicas aos dados das máquinas e da produção. Como explicou Alex Sayago, diretor de vendas da John Deere para a América Latina, o agricultor pode acessar dados gerados pelas máquinas durante o plantio, permitindo obter redução de custos e otimizar a operação das máquinas, tudo de forma segura e à distância. “Para que esse processo funcione de forma eficiente é fundamental uma estrutura de conectividade, fazendo com que o agricultor não precise esperar por dias ou até mesmo pelo final da colheita para tomar uma decisão”, afirmou Sayago.

Apostando na manutenção preditiva, a Case IH mostrou seu conceito da intervenção remota, realizada por meio de um óculo de realidade virtual. Segundo Auri Orlando, gerente de serviços da fabricante, essa tecnologia facilita a gestão dos equipamentos localizados em fazendas distantes dos pontos de suporte. “Com essa tecnologia, não é mais necessário deslocar o técnico até o local, sendo que o próprio cliente pode fazer o diagnóstico do problema e, até mesmo, sua correção, sob a orientação da central ou de concessionários treinados”, comentou.

Em sentido horário: o estande da Komatsu, que mostrou máquinas usadas no campo, a pá carregadeira LW300KV, da XCMG, o trator de esteiras D6K2, da Caterpillar, e a pá carregadeira 618D-1, da SEM

A empresa também lançou na Agrishow o seu próprio drone, desenvolvido em parceria com a empresa Drone Deploy, que preparou uma versão exclusiva de software para a Case IH. De acordo com Silvio Campos, diretor de marketing de produto da Case IH, o drone tem a finalidade de – por meio das tecnologias de mapeamento e processamento de imagens – analisar áreas extensas e/ou de difícil acesso, assim como monitorar a saúde da vegetação e identificar pragas e doenças, gerando mais agilidade e assertividade na tomada de decisões. “O equipamento pode ser usado em todos os tipos de culturas, como na produção de cana-de-açúcar e de grãos, agregando valor à máquina agrícola”, disse ele. No segmento de máquinas, a marca mostrou a colhedora de cana A8810DA, com espaçamento de 0,9 m x 1,5 m e novo tanque de combustível, feito com material plástico desacoplado do chassi.

SOLUÇÕES

Por falar em máquinas, outro conceito presente na Agrishow diz respeito à independência energética, com a possibilidade de o produtor rural produzir seu próprio combustível. Exemplo disso foi o protótipo do trator movido a biometano da New Holland Agriculture. “Com esse trator, a fazenda pode se tornar completamente autônoma em energia, produzindo a biomassa necessária para gerar a energia usada em suas operações e no acionamento de suas máquinas”, disse Rafael Miotto, vice-presidente da New Holland Agriculture para a América Latina.

O novo trator-conceito, como explica o executivo, utiliza motor da FPT Industrial de 6 cilindros, que entrega 180 cv de potência e 740 Nm de torque, garantindo um desempenho equivalente ao modelo a diesel, mas com 30% de redução nos custos e 80% nas emissões.

A Massey Ferguson, por sua vez, aproveitou o evento para lançar seus novos tratores das séries MF 4700 (de 75, 85 e 95 cv) e MF 5700 (de 95 e 102 cv), todos com motor de três cilindros. Para o plantio e colheita, a empresa mostrou soluções como as plantadeiras MF 500 (indicada para grãos grossos em propriedades de médio a grande porte) e MF 700 CFS (que conta com caixa central de sementes CFS – Central Fill System), além da plataforma 9255 Dynaflex, de 13,7 m. “Projetada para a colheitadeira MF 9895, a nova plataforma trabalha com baixo índice de perda de grãos, além de aumentar o rendimento operacional em até 10% da área colhida”, afirmou Luís Fernando Sartini Felli, presidente da AGCO para a América do Sul.

Também integrante do grupo AGCO, a Valtra exibiu o trator BH184, com 180 cv e equipado com quatro cilindros, o que – segundo a empresa – diminui o consumo de combustível. Para o setor canavieiro, a Valtra destacou a colhedora de mudas de cana BE1035, que traz sistema de esteira de borracha, substituindo os rolos transportadores. Isso, segundo o gerente de marketing de produtos de cana-de-açúcar da AGCO, Marco Antônio Gobesso, reduz em 46% os pontos de atrito das mudas no equipamento. “O maquinário preserva a integridade das gemas das mudas, reduzindo assim a quantidade necessária para o plantio”, disse ele.

Destaques da Linha Amarela no evento: a escavadeira compacta 130G da John Deere e o estande da JCB, que divulgou seu novo conceito de British Innovation

LINHA AMARELA

A presença de fabricantes de equipamentos de construção já se tornou frequente na Agrishow. Nesta edição, aproveitando o bom desempenho do agronegócio brasileiro, essa participação foi ainda mais incisiva, fortalecendo a inserção de equipamentos da Linha Amarela no segmento.

Apresentando equipamentos que podem ser aplicados no campo, a Komatsu, por exemplo, marcou presença pela primeira vez do evento. Segundo Luciano Rocha, gerente de vendas e marketing da empresa no Brasil, o agribusiness tem representado um percentual cada vez mais relevante no consumo dessas máquinas no país. “Hoje, o agronegócio representa mais de 20% das nossas vendas, um volume significativo para um país que está saindo de uma crise”, destacou Rocha.

Para a Agrishow, a fabricante levou quatro máquinas, uma de cada linha e que atendem à necessidade do agronegócio, como a motoniveladora GD655-5 (aplicada no setor sucroalcooleiro), o trator de esteiras D51EX-22 (utilizado na abertura de áreas e manutenção de açudes de pequenas propriedades), a pá carregadeira de rodas WA200-6 (a menor da marca fabricada no Brasil) e a escavadeira hidráulica PC130-8 (de 13 t, utilizada na abertura de valas e curvas de nível, dentre outras atividades).

Presente pela segunda vez no evento, a XCMG mostrou seu portfólio de produtos que se adaptam ao segmento, principalmente os utilizados na movimentação de grãos. De acordo com Henrique Pereira, gerente comercial da fabricante no Brasil, a máquina que mais se adapta ao segmento é a LW300KV, uma carregadeira com peso operacional de 11 t. “Como o agro vem sendo bem representativo, a XCMG está se preparando para segmentar alguns produtos que atendam ao setor, que é uma das atividades econômicas mais equilibradas do Brasil”, comentou.

Respaldada por esse desempenho positivo do agronegócio na economia brasileira, a Caterpillar participou do evento ao lado de seu principal revendedor no país, a Sotreq. De acordo com Odair Renosto, presidente da empresa no Brasil, o setor de máquinas projeta um crescimento de 15% neste ano, em um resultado reforçado pelo setor agrícola. “A importância desse segmento é muito grande para a Caterpillar, que nasceu na agricultura”, disse. “Sendo assim, contamos com 58 maquinários fabricados no Brasil e que atuam como suporte no campo, além de outras opções importadas.”

Segundo Marcela Parena, gerente comercial da Caterpillar para Brasil, Paraguai e Uruguai, o setor agrícola está ficando cada vez mais profissional e, por isso, precisa se mecanizar. “Os proprietários estão sendo obrigados a arcar com suas próprias estruturas, dentro e fora da propriedade, o que faz com que os equipamentos de Linha Amarela se tornam cada vez mais importantes para o setor agrícola”, avaliou.

Além dos equipamentos Cat, a empresa também levou à feira produtos da marca SEM, com destaque para as pás carregadeiras SEM618D e SEM636D, lançadas neste ano no Brasil. Com capacidade de carga de 3 mil kg, as máquinas possuem motor Tier II, prometendo baixo nível de emissões de ruídos e gases. De acordo com Cristiano Trevizam, gerente comercial da SEM para a América Latina, as marcas não concorrem entre si, pois as máquinas da marca chinesa são aplicadas em atividades de suporte, enquanto as máquinas Cat estão sempre ligadas às atividades principais. “Produzidas na fábrica da Caterpillar na província de Qingdao, na China, as máquinas da SEM são distribuídas no Brasil pela Sematech, da Sotreq, dealer da Cat nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte, e Supertek, do Grupo Pesa, distribuidor da Cat na região Sul do país”, explicou o executivo.

Também presente na Agrishow, a John Deere Construção levou seus equipamentos da Linha Amarela, a maior parte fabricada no Brasil. De acordo com Roberto Marques, diretor de vendas da John Deere Construção e Florestal, a fabricante recentemente nacionalizou a escavadeira 130G, um equipamento de dimensões reduzidas utilizado em cafeicultura, com capacidade de tração adequada para trabalhar em terrenos com declive. “Outro equipamento de construção aplicado em campo é a pá carregadeira 624K-II, na versão para bagaço de cana, que conta com uma caçamba de 5,4 m³”, complementou Marques.

Já a inglesa JCB exibiu seu novo posicionamento global. Segundo Alisson Brandes, diretor de vendas e marketing da empresa no Brasil, o conceito British Innovation (ou Inovação Britânica em português) visa a consolidar e fortalecer a marca no território brasileiro. “O ‘British’ tem como objetivo mostrar a nossa origem, enquanto o ‘Innovation’ está atrelado à constante busca da empresa por inovação, investimento em tecnologia e desenvolvimento de novas soluções”, complementou.

Segundo ele, a empresa encerra neste ano o ciclo de investimentos de R$ 50 milhões aportados no Brasil nos últimos anos. “Os resultados são positivos, especialmente com o aumento de participação de mercado nas linhas de produtos que incluem retroescavadeiras e escavadeiras”, comemorou.

A Manitou divulgou as vantagens que os manipuladores telescópicos podem oferecer ao agricultor

FABRICANTE DESTACA AS VANTAGENS DE MANIPULADORES NO CAMPO

Com forte atuação no setor agrícola internacional, a Manitou ainda ensaia os primeiros passos neste segmento no Brasil. De acordo com Marcelo Bracco, diretor da Manitou para Brasil e América Latina, a estimativa é de que neste ano sejam comercializados mais de 15 mil equipamentos na Europa e nos Estados Unidos, sendo quase 6 mil destinados à agricultura, representando assim cerca de 40% da produção total. “Isso porque um manipulador pode fazer o trabalho de pás carregadeiras, empilhadeiras e, até mesmo, tratores”, afirmou Bracco.

Para avançar também no Brasil, a empresa divulgou na Agrishow as vantagens que os manipuladores telescópicos podem oferecer ao agricultor nacional, principalmente nos segmentos de manuseio de grãos e silagem. “Os equipamentos contam com baixo custo operacional e segurança no manuseio de cargas”, completou.

Saiba mais:

Agrishow: www.agrishow.com.br

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