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Revista M&T - Ed.237 - Setembro 2019
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Concrete Show

Perspectiva de recuperação

Com foco em economia e aumento de capacidade produtiva, a 12ª edição do evento mantém a tradição de atualizar o mercado sobre as novidades do setor de concreto

Neste ano, a Concrete Show foi realizada em um momento de recuperação ainda tímida no setor da construção, combalida após anos de retração, especialmente no segmento de cimento. Nos últimos quatro anos, para o leitor ter uma ideia, essa indústria registrou uma redução de 27% nas vendas, levando ao fechamento de 22 fábricas e a uma ociosidade de 47% das unidades instaladas no país. “A perda da capacidade de investimento público e privado levou o setor a uma recessão profunda, com brutal retração no consumo de cimento”, lamenta-se Paulo Camilo Pena, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). “Os caminhos a serem percorridos são desafiadores, mas é no período de maior adversidade que construímos o futuro.”

Como se vê, aparentemente o pior já passou. De acordo com o SNIC, no acumulado de agosto de 2018 a julho de 2019 foram comercializados no país 53,5 milhões de toneladas de cimento, em um leve acréscimo de 1,3% sobre período equivalente anterior. Neste ano, todavia, a indústria já apresenta sinais mais positivos de recuperação. De janeiro a julho, o mercado movimentou 30,8 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 2,8% sobre o mesmo período do ano passado.

Na comparação mês a mês, é possível constatar que aos poucos as vendas vêm se acelerando. Em julho, totalizaram 5 milhões de toneladas, em um crescimento mais promissor de 8,1% em relação ao mesmo mês de 2018. “Existem gargalos que precisam ser enfrentados e vencidos, o que exige esforços de integração”, afirma o presidente da ABCP.


Neste ano, a Concrete Show foi realizada em um momento de recuperação ainda tímida no setor da construção, combalida após anos de retração, especialmente no segmento de cimento. Nos últimos quatro anos, para o leitor ter uma ideia, essa indústria registrou uma redução de 27% nas vendas, levando ao fechamento de 22 fábricas e a uma ociosidade de 47% das unidades instaladas no país. “A perda da capacidade de investimento público e privado levou o setor a uma recessão profunda, com brutal retração no consumo de cimento”, lamenta-se Paulo Camilo Pena, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). “Os caminhos a serem percorridos são desafiadores, mas é no período de maior adversidade que construímos o futuro.”

Com capacidade de 8 m3, protótipo de caminhão-betoneira da Convicta traz balão de aço inoxidável

Como se vê, aparentemente o pior já passou. De acordo com o SNIC, no acumulado de agosto de 2018 a julho de 2019 foram comercializados no país 53,5 milhões de toneladas de cimento, em um leve acréscimo de 1,3% sobre período equivalente anterior. Neste ano, todavia, a indústria já apresenta sinais mais positivos de recuperação. De janeiro a julho, o mercado movimentou 30,8 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 2,8% sobre o mesmo período do ano passado.

Na comparação mês a mês, é possível constatar que aos poucos as vendas vêm se acelerando. Em julho, totalizaram 5 milhões de toneladas, em um crescimento mais promissor de 8,1% em relação ao mesmo mês de 2018. “Existem gargalos que precisam ser enfrentados e vencidos, o que exige esforços de integração”, afirma o presidente da ABCP. “Nesse momento, é preciso ter em perspectiva a recuperação da indústria, com ações promovidas pelas três esferas governamentais em parceria com a iniciativa privada.”

Neste cenário, a indústria mais uma vez apresentou suas estratégias, equipamentos e tecnologias para o mercado nacional. Realizada em agosto, a 12ª edição do Concrete Show contou com a participação de cerca de 350 expositores, nacionais e internacionais.

De acordo com Marco Basso, presidente da Informa Markets Brazil, organizadora do evento, o setor da construção apresenta uma demanda latente, o que permite manter-se otimista quanto ao seu crescimento futuro. “A feira é uma plataforma setorial de desenvolvimento, negócios e capacitação profissional, com a presença marcante de fabricantes para apresentação de suas novidades, soluções e tecnologias construtivas”, comenta. Confira a seguir alguns destaques da edição.

TRANSPORTE

Neste ano, um dos destaques foi a presença de caminhões-betoneira que possibilitam encher o balão com a carga máxima de concreto permitida, sem exceder o Peso Bruto Total Combinado (PBTC).

Uso de novos materiais e modificações no design permitiram reduzir em 20% o peso do equipamento da Liebherr

Fruto de uma parceria entre a Convicta e a Volkswagen, com a participação da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc) e da Aperam South America – produtora de aços inoxidáveis, aços elétricos e aço carbono –, um protótipo de caminhão-betoneira mais leve, equipado com balão de aço inoxidável, ganhou os holofotes no evento.

Segundo Geraldo Bernardi Junior, consultor comercial da Volkswagen Caminhões e Ônibus, o projeto busca resolver um problema recorrente nas operações com caminhões-betoneira, que vem recebendo multas por excesso de peso do equipamento, somando-se a carga de concreto. “Para justificar a produtividade na entrega de concreto, um caminhão tem de transportar um balão de 8 m³ de capacidade”, ele explica. “Mas o que acontece é que, na tração 6x4, eles não conseguem rodar mais do que 4 m³ e, na configuração 8x4, nada mais do que 6,5 a 7 m³.”

Sendo assim, o segmento sentiu a necessidade da realizar um trabalho com os implementadores de caminhões-betoneira, no sentido de reduzir o peso do conjunto, tanto do balão quanto do próprio caminhão, ao invés de tentar obter licenças especiais para transportar mais. Para tanto, o projeto utilizou aço inox da Aperam, enquanto a Convicta reduziu o peso da betoneira em 1,1 t (mantendo a mesma vida útil) e a Volkswagen conseguiu diminuir o peso do caminhão (modelo VW 26260) em 1,3 t. “Ou seja, o peso do caminhão-betoneira foi reduzido em 2,4 t, o que corresponde a 1 m3 de concreto, aproximadamente”, conta Bernardi.

Segundo o executivo, o equipamento será lançado oficialmente em novembro, com o início das vendas previsto para março de 2020.
Também atenta a essa necessidade de mercado, a Liebherr levou ao evento um caminhão-betoneira igualmente mais leve, denominado Lightweight Neo. De acordo com João Bosco Corrêa, engenheiro de desenvolvimento de produtos da fabricante, a combinação de novos materiais com modificações no design dos acessórios permitiu reduzir em cerca de 20% o peso total do equipamento. “Devido à necessidade de carregar mais volume de concreto, reduzimos o peso de diversas partes do equipamento, como tambor, redutor, carga sobressalente e para-choque”, ele detalha. “Olhamos o produto como um todo, e onde podíamos retirar peso, nós o fizemos”, comenta.

Outro destaque da marca foi o sistema de comando EMC-BR, que promete aumentar a eficiência do equipamento por meio de funcionalidades como o controle de rotação do tambor, que se torna independente da aceleração do caminhão. “No modo tráfego, essa função permite acelerar o caminhão sem que o tambor gire”, explica Corrêa. “Dessa forma, é possível fixar o número de rotações do tambor, sem consumir potência adicional do veículo.”

COMPACTOS

Fabricantes como a Caterpillar também apresentaram novidades. Os lançamentos da marca no evento incluem a pá carregadeira de rodas compacta 920K, que chega para completar o portfólio da empresa com equipamentos voltados para concreteiras e obras de construção leve.

Segundo Renata Farina, gerente comercial dos segmentos de construção leve e agricultura da Caterpillar, o equipamento traz motor mecânico C4.4 de 4 cilindros, com 75 kW de potência líquida e nível de emissões equivalente ao Tier III dos EUA e Stage IIIA da EU. Prometendo uma manutenção simplificada, a carregadeira foi projetada para cargas elevadas de tombamento, aumentando a estabilidade durante o manuseio. “A concepção desta carregadeira exigiu em torno de um ano e meio de estudos, de modo a criar uma máquina mais leve, curta e que, por isso, permite a manobrabilidade em lugares com pouco espaço”, comenta a executiva.

Destaque no evento, a miniescavadeira Cat 303.5E CR passa a ser produzida no Brasil. No detalhe, a nova versão da miniescavadeira Vi020

Outro equipamento mostrado pela fabricante foi a miniescavadeira 303.5E CR, que passa a ser produzida no Brasil. Seguindo a tendência global de equipamentos compactos com alto desempenho, o maquinário será produzido com quatro diferentes combinações, incluindo opções de esteira de borracha ou aço e cabine aberta ou fechada, além de contar com martelo hidráulico compatível com o porte. “Superior a 200 graus, a rotação da caçamba permite ao operador manter o controle do equipamento nas pontas dos dedos,”, comenta Renata Farina. “Além disso, a máquina também conta com sistema para detecção de carga.”

Ainda no segmento de miniequipamentos, a Yanmar levou à feira a nova série de seu conhecido modelo de miniescavadeira ViO20. Segundo Anderson Oliveira, subgerente da linha de construção civil da Yanmar, a máquina traz algumas mudanças que a tornaram mais eficiente, com maior economia de combustível, segurança e facilidade de manutenção.

A versão de série, diz o executivo, oferece potência de 19,6 hp a 2.400 rpm, profundidade de escavação de 2.410 mm e capacidade na caçamba de 60 l, além de trazer o sistema de gerenciamento SmartAssist Remote (SA-R), um software de telemetria capaz de monitorar a atividade da máquina em tempo real, o que inclui localização geográfica, bloqueio a distância, gestão de custos operacionais e alerta de falhas. “A nova versão também apresenta características como giro zero, acelerador por potenciômetro, monitor LCD, função modo eco e desaceleração automática, para uma operação com baixo consumo de combustível”, descreve Oliveira.

Saiba mais:
Concrete Show: www.concreteshow.com.br

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