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Revista M&T - Ed.68 - Dez/Jan 2002
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Treinamento

Personal Trainer para operadores

Antes mesmo de completar um ano do seu lançamento, em 5 de fevereiro último, o instituto Opus,com seu programa de capacitação de mão-de-obra especializada em equipamentos pesados, sua operação e gestão operacional, consolida no Brasil seu perfil de progra

Quem ainda teima em duvidar da importância de um opeJrador bem formado e mantido atualizado através do trei namento continuado (bandeira do Instituto Opus) deveriater acompanhado, durante a última M&TEXPO, o ardor da disputa deflagrada entre empresas da área de transporte pesado e movi mentação de cargas especiais, na disputa pelos melhores alunos da primeira turma de operadores iniciantes que se formaria, em breve, pelo Instituto Opus. A escolha, decidida na base do sorteio, não foi feita "no escuro", como tal método pode, em princípio, sugerir. Todos tiveram acesso, com suficiente antecedência, ao currículo escolar e profissional de cada um dos motoristas de caminhões pesados, candidatos a operadores de guindas tes móveis, seus possíveis apadrinhados e futuros empregados.

É bom que se diga que as empresas que participaram dessa concorrência estão entre as maiores do ramo, no país, e são filiadas ao principal sindicato do setor o Sindipesa. Ou seja, sabem exatamente qual o perfil do profissional de que precisam em suas operações. É o caso da Tomé Engenharia, Transdata, Ideal, Guindastec, IVTrans portes, Locar, Transremoção, Primaxe ideal. Foram elasque patrocinaram o curso, que contou, ainda, com TDB (Tadano do Brasil) e a Construtora Norberto Odebrecht (CNO).

Tamanho entusiasmo com a entrada dessa nova geração de profissionais no mercado se justifica não só pela carência de bons operadores para equipamentos especiais. O episódio também revela que já há uma disputa, entre as empresas, pelos "melhores entre os melhores", tal a necessidade, a cada dia mais premente, de se "criar" um novo operador, em condiçoes de assimilar, continuadamente, as novas tecnologias incorporadas nas fabulosas máquinas dos nossos dias (e dos dias a vir).

O Instituto Opus, produto dos mais legítimos da vocação letiva da Sobratema, tem o m&


Quem ainda teima em duvidar da importância de um opeJrador bem formado e mantido atualizado através do trei namento continuado (bandeira do Instituto Opus) deveriater acompanhado, durante a última M&TEXPO, o ardor da disputa deflagrada entre empresas da área de transporte pesado e movi mentação de cargas especiais, na disputa pelos melhores alunos da primeira turma de operadores iniciantes que se formaria, em breve, pelo Instituto Opus. A escolha, decidida na base do sorteio, não foi feita "no escuro", como tal método pode, em princípio, sugerir. Todos tiveram acesso, com suficiente antecedência, ao currículo escolar e profissional de cada um dos motoristas de caminhões pesados, candidatos a operadores de guindas tes móveis, seus possíveis apadrinhados e futuros empregados.

É bom que se diga que as empresas que participaram dessa concorrência estão entre as maiores do ramo, no país, e são filiadas ao principal sindicato do setor o Sindipesa. Ou seja, sabem exatamente qual o perfil do profissional de que precisam em suas operações. É o caso da Tomé Engenharia, Transdata, Ideal, Guindastec, IVTrans portes, Locar, Transremoção, Primaxe ideal. Foram elasque patrocinaram o curso, que contou, ainda, com TDB (Tadano do Brasil) e a Construtora Norberto Odebrecht (CNO).

Tamanho entusiasmo com a entrada dessa nova geração de profissionais no mercado se justifica não só pela carência de bons operadores para equipamentos especiais. O episódio também revela que já há uma disputa, entre as empresas, pelos "melhores entre os melhores", tal a necessidade, a cada dia mais premente, de se "criar" um novo operador, em condiçoes de assimilar, continuadamente, as novas tecnologias incorporadas nas fabulosas máquinas dos nossos dias (e dos dias a vir).

O Instituto Opus, produto dos mais legítimos da vocação letiva da Sobratema, tem o mérito de suprir essa lacuna do mercado ao reunir a experiência da comunidade de equipamentos que, legitimamente, representa e o knowhow resultante da sua parceria, concluída em outubro de 2000, após dois de buscas e negociações internacionais, com o O (Operating EngineersTraining Institute of Ontario), do ana dá, referência mundial em treinamento de operadores. Somente em 2001, o Opus formou e atualizou 1 51 profissionais emcursos específicos para operadores e supervisores.

Está claro que, num país que aboliu a repetência escolarpara melhorar as estatísticas sobre o "grau de escolaridade nacional, esse grupo de profissionais qualificados pode não significar muita coisa. Acontece que, neste país, o Opus segue o caminho mais sério e, neste, se impõe rigor na seleção dos seus instrutores e, com muita ênfase, na seleção dos candidatos a treinandos, além de uma fidelidade absoluta ao conteúdo de cada tópico, de cada aula, sempre com o apoio de material didático específico atualizado.

O processo de avaliação (exames finais) também é severo e, antes que alguém pergunte,também há reprovação. Em 2001, 21 alunos foram reprovados pelo Opus por motivos nadasingelos: falta de habilitação, imperícia, deficiência de conhecimentos (prova escrita), e problemas constatados em exames médicos e psicotécnicos realizados por profissionais reconhecidos pelo Instituto. "Não somos uma fábrica de carteirinhas", ressalta Roberto Ferreira, diretor executivo do Instituto Opus. "Os nosso cursos visam a formação e atualização de verdadeiros profissionais, que só serão certificados depois de aprovados em testes práticos e teóricos, além dos exames de saúde física e mental, conduzidos com a intensidade requerida para cada especialidade escolhida pelo candidato".

Pós-graduação em guindastes

O processo já mencionado deformação da primeira turma de operadores iniciantes de guindastes móveis demonstra bem a seriedade e o rigor com que o Opus vem atuando. Os alunos para essecurso foram selecionados dentre os formandos da FundaçãoAdolpho Bósio de Educação no Transporte (Fabet), entidade sediadaem Concórdia, no meiooeste catarinense, reconhecida, entre osespecialistas em transporte rodoviário de cargas, pela excelênciados motoristas (operadores) que forma. Para essa, como a defineRoberto Ferreira, "pós graduação" em guindastes móveis, foramescolhidos motoristas de caminhão recémformados pela Fabet..Cada candidato teve currículo e desempenho escolar analisadospelo Instituto Opus e pelos interessados em patrocinálos e passoupor exames médicos e psicotécnicos. "Descobrimos na Fabet, pelonível de ensino por ela proporcionado, que seus alunos estavamaptos para, como intuíramos, exercer a atividade com maior qualidade que outros grupos de estudantes", diz Ferreira.

O curso levado a efeito em Concórdia, com um total de 240 horaVaula (120 teóricas e 120 práticas) foi ministrado peloengenheiro mecânico Carlos Gabus, instrutor de treinamento do Opus, nas instalações da própria Fabet,entre 01 de outubro e 09 de novembro passados, emregime de 5 dias úteis por semana e 8 horas por dia.

O resultado não poderia ser melhor: todos os alunos foram aprovados e, depois de um período comprovado como operadores em formação, voltarão para as salas de aula do Opus. A permanência como treinando dependerá do desenvolvimento individual. "Ao completarem 3 anos, ou 5.000 horas comprovadasde operação, eles serão atualizados tecnicamente eserão submetidos a novas provas e, só então, se aprovados, receberão uma carteira de operador pleno",explica Luiz Carlos Rocha, presidente da Guindastece vicepresidente do Sindipesa, um dos maioresincentivadores do programa.

Minerando talentos na Vale

Os cursos produzidos pelo Opus chegaram ao conhecimento da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce),a maior mineradora do país, através de seu supervisorda área de guindastes, Jorge Geraldo Costa. Depoisde "experimentar" pessoalmente o curso de Supervisão de Guindastes, recomendou o Instituto para asuperintendência da companhia em Itabira (MG).

Em decorrência dos entendimentos mantidos entre as partes, foi concluída com êxito total, em 21 de dezembro, a formação da primeira turma, exclusiva da Vale, de operadores iniciantes de guindastes móveis, que contou com a mãodeobra especial de profissionais previamente selecionados, para a função, pela área de Recursos Flumanos da Vale. "Tratouse de um pessoal de excelente nível, com escolaridade mínima de segundo grau e em busca de novas oportunidades profissionais dentro da companhia", diz Carlos Gabus, que ministrou o curso nas próprias instalações da mineradora, em Itabira.

Opus chega à mineração

Flexibilidade e cursos sob medida

O Opus foi também descoberto na Bacia de Campos, no Estado do Rio. Imagine a responsabilidade de uma empresa contratada pela Petrobrás para a movimentação de carga no pierde Macaé (RJ), onde se desenvolve toda a operação logística para o abastecimento das plataformas de exploração de petróleo localizadas na Bacia de Campos. Para dizer o mínimo, essa empresa precisaria estar com o seu quadro de operadores em processo de treinamento constante.

É o caso da BSM Engenharia, que encomendou ao Opus um curso de atualização e certificação de operadores experientes. Mais do que isso, ela queria um curso específico para operadores de guindastes móveis treliçados utilizados em carga e descarga de embarcações.

Os técnicos do Opus, aceitando o desafio, trataram, em primeiro lugar, de se familiarizar com a operação, esmiuçaram os manuais do OETIO, ouviram profissionais da área e montaram um curso sob medida para operadores experientes da BSM. "Não há dois cursos iguais. Existe, isso sim, de nossa parte, a flexibilidade para adequar o curso a uma necessidade específica, sem prejuízo da qualidade da aplicação", diz Roberto Ferreira. Formatado o curso, sob medida para as condições operacionais e otipo de equipamentos utilizados no pier, 38 profissionais da BSM Engenharia passaram pelo curso montado especialmente (até então) pelo Opus, habilitandose como "guindasteiros" plenos, aprendizes e supervisores. Os resultados já chamam a atenção da área de Recursos Flumanos da Petrobrás, que estuda a adoção dos parâmetros do Instituto Opus como benchmark para futuros processos de seleção de prestadores de serviço na Bacia de Campos. De qualquer modo, com o desenvolvimento do curso para guindastes portuários na Petrobrás, o Instituto Opus ampliou o alcance do programa para novos segmentos da área de equipamentos, Novo desafio foi lançado por José Luiz Saes, presidente da ABEF (Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Fundações). Ele solicitou ao Instituto um curso de aperfeiçoamento para operadores de equipamentos (leiase guindastes móveis sem lança) equipados com hélices contínuas para trabalhos de fundações (estacas) e geotecnia. O Opus então, com apoio do departamento técnico da entidade, montou um curso sob medida, concluído, também, em dezembro.

Formação e atualização de Profissionais

Um longo caminho pela frente

Apesar das importantes conquistas em menos de um ano de atividades do Instituto Opus, Roberto Ferreira vê pela frente um longo caminho a ser trilhado. Primeiro, porque o processode seleção e formação de operadores com exceção, talvez, dos casos citados acima revelou uma realidade mais dramática do que se poderia supor. Cursos com operadores mais experientes, onde o nível de reprovação chegou a 25%, confirmaram o baixo nível de escolaridade e a falta de conhecimento geral básico de grande parte dos profissionais do setor. Muitos não sabiam sequer preencher uma ficha de inscrição e, em várias oportunidades, o nosso instrutor teve que dar aula de (operação) de calculadora (i.e., quatro operações)".

Outra dificuldade, segundo Ferreira, tem sido a falta de interesse no treinamento de pessoal demonstrada por executivos e empresários responsáveis por frotas de equipamentos convencionais (tratores, carregadeiras, escavadeiras, etc). "Não há, ainda, uma conscientização maior a respeito da importância do treinamento e seu impacto positivo na produtividade, na qualidade dos serviços e na própria segurança de ambos, homem e máquina".

Material didático específico

Ferreira estima que o quadro de operadores no Brasil, hoje, esteja em torno de 38.000 pessoas (apenas 2.000 na área de guindastes e o restante nos demais equipamentos). Se considerado um índice de reprovação de 20%, média registrada atualmente pelo Instituto Opus, 7.600 deles teriam que ser substituídos (ou passarem por intensa reciclagem) imediatamente, mesmo porque, repetentes irrecuperáveis, estão ocupando o lugar de profissionais mais capacitados.

Esse número é mais alarmante, se considerado o aumento inevitável dessa população de operadores nos próximos anos. Uma projeção do Opus, considerando um crescimento vegetativo da economia de 18% nos próximos 4 anos, indica que esse número poderá saltar para 45 000 operadores. Descontandose, os que seriam reprovados (20% ao nível de hoje), os que não terão condições de acompanhar as novas tecnologias (20%) e os que se aposentarão (1 5%), o desafio no período será o de formar 17.300 novos operadores (para reposição e crescimento) e manter atualizados 27.700 dos atuais operadores.

Para o diretor do Instituto Opus, essa meta só será alcançada quando toda a rede de parceiros qualificados, prevista na criação do Instituto Opus, estiver estabelecida. Ela inclui institutos similares, órgãos governamentais, grandes frotistas, fabricantes, distribuidores, associações e sindicatos. "Todos poderão se beneficiar diretamente e têm responsabilidade no desenvolvimento e sucesso dessa iniciativa da Sobratema".

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