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Revista M&T - Ed.229 - Novembro 2018
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Coluna do Yoshio

O teste da crise

Atualmente, ainda vivemos um ambiente de grandes desafios para as empresas e os negócios. A crise econômica afeta a quase todos, desde pequenas empresas familiares a grandes corporações com capital aberto. Algumas já não conseguem sobreviver e desaparecem, enquanto outras se ajustam à situação como podem.

Já estamos vivendo um período relativamente longo de situação de crise, pelo menos desde o segundo semestre de 2014, período este marcado pela destruição da ilusão que se formou em torno da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. Aliás, para os que se recordam mais de fatos corriqueiros, o fracasso da Seleção Brasileira na Copa de 2014 ficou marcado como a causa deste período desfavorável.

Mas o que de fato foi aprendido ao longo destes quatro anos de provações? A maioria das empresas está sobrevivendo à crise, aprendendo a lidar com as dificuldades e ajustando-se às condições no dia-a-dia do mercado. E tem de ser assim. Afinal, temos a obrigação de, no mínimo, colher aprendizados importantes para o nosso futuro.

Nesse sentido, um dos aspectos que mais saltam aos nossos olhos é que muitas empresas que crescem e prosperam em tempos mais favoráveis simplesmente desaparecem ou sofrem muito nas crises. Então, é de se perguntar se teriam construído um sucesso autêntico ou apenas tiveram um lampejo momentâneo de sorte.

Costumamos creditar os sucessos ao nosso esforço pessoal, justificando os insucessos por motivos extemporâneos. Mas a experiência nos ensina que mesmo as empresas que nasceram de oportunidades e ideias inovadoras devem desenvolver uma estratégia sustentável com o tempo. Empresas maiores e com mais tempo de existência não sobrevivem melhor apenas porque são maiores. Elas sobrevivem porque valorizam o aprendizado e acumulam reservas para os “tempos bicudos”.

Outro aspecto interessante é que existem negócios e setores – que antes não eram tão atrativos ou interessantes – sobrevivem e até mesmo crescem durante as crises. Os setores básicos continuam atendendo a uma demanda que cresce com a população e evolui lentamente com as mudanças de hábitos. Talvez não tenham o “sex-appeal”, o encanto das inovações e a sedução da modernidade, mas são consistentes.

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Atualmente, ainda vivemos um ambiente de grandes desafios para as empresas e os negócios. A crise econômica afeta a quase todos, desde pequenas empresas familiares a grandes corporações com capital aberto. Algumas já não conseguem sobreviver e desaparecem, enquanto outras se ajustam à situação como podem.

Já estamos vivendo um período relativamente longo de situação de crise, pelo menos desde o segundo semestre de 2014, período este marcado pela destruição da ilusão que se formou em torno da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. Aliás, para os que se recordam mais de fatos corriqueiros, o fracasso da Seleção Brasileira na Copa de 2014 ficou marcado como a causa deste período desfavorável.

Mas o que de fato foi aprendido ao longo destes quatro anos de provações? A maioria das empresas está sobrevivendo à crise, aprendendo a lidar com as dificuldades e ajustando-se às condições no dia-a-dia do mercado. E tem de ser assim. Afinal, temos a obrigação de, no mínimo, colher aprendizados importantes para o nosso futuro.

Nesse sentido, um dos aspectos que mais saltam aos nossos olhos é que muitas empresas que crescem e prosperam em tempos mais favoráveis simplesmente desaparecem ou sofrem muito nas crises. Então, é de se perguntar se teriam construído um sucesso autêntico ou apenas tiveram um lampejo momentâneo de sorte.

Costumamos creditar os sucessos ao nosso esforço pessoal, justificando os insucessos por motivos extemporâneos. Mas a experiência nos ensina que mesmo as empresas que nasceram de oportunidades e ideias inovadoras devem desenvolver uma estratégia sustentável com o tempo. Empresas maiores e com mais tempo de existência não sobrevivem melhor apenas porque são maiores. Elas sobrevivem porque valorizam o aprendizado e acumulam reservas para os “tempos bicudos”.

Outro aspecto interessante é que existem negócios e setores – que antes não eram tão atrativos ou interessantes – sobrevivem e até mesmo crescem durante as crises. Os setores básicos continuam atendendo a uma demanda que cresce com a população e evolui lentamente com as mudanças de hábitos. Talvez não tenham o “sex-appeal”, o encanto das inovações e a sedução da modernidade, mas são consistentes.

Um estudo sobre as 20 empresas familiares mais longevas de diversos países do mundo indica que um dos fatores fundamentais para a sua prolongada existência está no fato de atuarem em setores básicos da sociedade. Muitas vezes, não têm uma presença empresarial glamorosa, mas são naturalmente resistentes às crises.

No futuro, certamente todos enfrentarão novas crises e dificuldades, pois a vida das empresas obedece ao ciclo do mundo. Em tal contexto, o aprendizado de hoje pode tornar-se o bem mais valioso de todos, desde que não caia no esquecimento.

*Yoshio Kawakami

é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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