P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista M&T - Ed.126 - Julho 2009
Voltar
Mineração

O pior já passou

Projetos postergados por conta da crise econômica internacional começam a retomar o cronograma normal e novas obras já movimentam o setor, como a ampliação do porto de São Luís, no Maranhão

Aos poucos os reflexos da crise financeira mundial no mercado de commodities minerais vão ficando para trás e o setor começa a retomar seu tradicional processo de investimentos em novos projetos. Apos anunciar medidas de contenção, no auge da desvalorização dos metais nas bolsas internacionais, como a redução de 35% em seu plano de investimentos, a mineradora Vale voltou ao ritmo nos negócios e reabriu algumas unidades de produção de minério de ferro então fechadas. Os sinais mais expressivos da retomada, entretanto, vem do anuncio de novos projetos. E o caso da construção do quarto píer do terminal marítimo de Ponta da Madeira, em São Luis (MA), que exigira investimentos de R$ 2 bilhões por parte da mineradora. Em julho, o projeto recebeu a licença de instalação (LI) dos órgãos ambientais maranhenses e a empresa informou que pretende iniciar sua construção ainda em outubro deste ano, para que o primeiro de seus berços de atracação entre em operação em 2012.

O novo píer vai ampliar em 100 milhões t/ano a capacidade de embarque de Ponta da Madeira, por onde a Vale escoa toda a produção das minas de Carajas. Para isso, ele terá dois equipamentos carregadores de navios de 16 mil t/h de capacidade cada um, que possibilitarão o embarque simultâneo de dois navios graneleiros de grande porte. Seu projeto contempla uma profundidade de calado de 25 m – 2 a mais que o píer I – o que permitira o acesso de embarcações de ate 365 mil toneladas, as maiores empregadas no transporte transoceânico de minério de ferro.

Com a queda nas vendas e nos lucros, grandes mineradoras como a Vale e a Anglo American mantiveram os principais projetos, mas postergaram seus cronogramas. Mesmo assim, ambas apostam na retomada do mercado a partir de 2010 e, para emergirem ainda mais solidas, acenam com uma carteira de ações de longo prazo. A primeira, por exemplo, anunciou a intenção de ampliar os investimentos em novas usinas siderúrgicas como uma solução para o fomento do mercado de minério de ferro, seu principal produto.

Grandes projetos

Alem disso, ela integra o Consorcio Novo Horizonte, juntamente com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o grupo Votorantim, que planeja investir R$ 6 bilhões na operação de um megaprojeto de minério de ferro no norte de Minas Gerais. Ele se encontra


Aos poucos os reflexos da crise financeira mundial no mercado de commodities minerais vão ficando para trás e o setor começa a retomar seu tradicional processo de investimentos em novos projetos. Apos anunciar medidas de contenção, no auge da desvalorização dos metais nas bolsas internacionais, como a redução de 35% em seu plano de investimentos, a mineradora Vale voltou ao ritmo nos negócios e reabriu algumas unidades de produção de minério de ferro então fechadas. Os sinais mais expressivos da retomada, entretanto, vem do anuncio de novos projetos. E o caso da construção do quarto píer do terminal marítimo de Ponta da Madeira, em São Luis (MA), que exigira investimentos de R$ 2 bilhões por parte da mineradora. Em julho, o projeto recebeu a licença de instalação (LI) dos órgãos ambientais maranhenses e a empresa informou que pretende iniciar sua construção ainda em outubro deste ano, para que o primeiro de seus berços de atracação entre em operação em 2012.

O novo píer vai ampliar em 100 milhões t/ano a capacidade de embarque de Ponta da Madeira, por onde a Vale escoa toda a produção das minas de Carajas. Para isso, ele terá dois equipamentos carregadores de navios de 16 mil t/h de capacidade cada um, que possibilitarão o embarque simultâneo de dois navios graneleiros de grande porte. Seu projeto contempla uma profundidade de calado de 25 m – 2 a mais que o píer I – o que permitira o acesso de embarcações de ate 365 mil toneladas, as maiores empregadas no transporte transoceânico de minério de ferro.

Com a queda nas vendas e nos lucros, grandes mineradoras como a Vale e a Anglo American mantiveram os principais projetos, mas postergaram seus cronogramas. Mesmo assim, ambas apostam na retomada do mercado a partir de 2010 e, para emergirem ainda mais solidas, acenam com uma carteira de ações de longo prazo. A primeira, por exemplo, anunciou a intenção de ampliar os investimentos em novas usinas siderúrgicas como uma solução para o fomento do mercado de minério de ferro, seu principal produto.

Grandes projetos

Alem disso, ela integra o Consorcio Novo Horizonte, juntamente com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o grupo Votorantim, que planeja investir R$ 6 bilhões na operação de um megaprojeto de minério de ferro no norte de Minas Gerais. Ele se encontra em fase de estudos, para a instalação da mina e da logística de escoamento de sua produção: uma estrada de ferro e porto. Com reservas avaliadas em 10 bilhões de toneladas, o que colocaria esse projeto entre as maiores províncias de minério de ferro do mundo, ele enfrenta o desafio de se viabilizar diante da peculiaridade de apresentar um minério de baixo teor (25% Fe), exigindo o desenvolvimento de novas tecnologias para o processamento e concentração do material.

A Anglo American, por sua vez, prossegue na implantação dos projetos Minas-Rio (minério de ferro) e Barro Alto (níquel). O primeiro envolve a construção de um complexo minerador em Minas Gerais – compreendendo a instalação de mina e usina de beneficiamento – e do terminal marítimo Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), interligados por um mineroduto de 525 km, o maior do mundo. Orçado em US$ 3,6 bilhões, o projeto terá capacidade para a produção de 26,5 milhões t/ano de minério de ferro, com o inicio das operações previsto para 2012.

Outro projeto estratégico para a Anglo American e o complexo Barro Alto que, assim como o sistema Minas-Rio, teve seu cronograma postergado em um ano. Localizado em Goias, ele esta consumindo investimentos de US$ 1,5 bilhão para a instalação de uma usina com capacidade para a produção de 36 mil t/ano de níquel contido em liga de ferro-niquel. Com mais de 90% das obras civis concluídas, a usina de Barro Alto se destaca pela adoção de uma solução inovadora em termos de sustentabilidade da operação: o reservatório de resfriamento e recirculação de água da fabrica, usado no processo de resfriamento dos fornos elétricos e da granulação do silicato de magnésio, será abastecido exclusivamente com água de chuva.

Alem dos grandes empreendimentos, uma infinidade de projetos de menor porte continua movimentando o mercado. Nessa área, as obras de recuperação ambiental ocupam um papel de destaque diante das peculiaridades do setor (veja quadro abaixo). Alem disso, segmentos como a mineração de ouro e de agregados para construção continuam com o ritmo acelerado, embora operem em escala de produção bem inferior a de minério de ferro.

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E