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Revista M&T - Ed.170 - Julho 2013
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Coluna do Yoshio

O país do futuro já é realidade?

Recentemente, uma reportagem da revista japonesa President chamou a atenção de seus sofisticados leitores. Sob um título auspicioso – “o crescente mercado doméstico como oportunidade de negócios”, a publicação especializada em negócios apresenta uma visão bastante otimista do mercado brasileiro para incitar empresas japonesas a investir no país, conhecido internacionalmente como o “país do futuro” desde a publicação do livro homônimo de Stefan Zweig, no já longínquo ano de 1941.

A lógica utilizada para instigar novos investimentos no Brasil está baseada no crescimento do mercado doméstico. Explicado pelo impacto das importações, o “pibinho” do Brasil nos últimos anos é minimizado diante da demanda interna, que cresceu aproximadamente 2,7 vezes nos últimos 10 anos. O maior produtor no mundo de soja, café, laranja, minério de ferro e etanol também é reconhecido pela renda per capita de mais de 12 mil dólares em 2011 e uma classe média de mais de 100 milhões de pessoas.

A limitada presença dos investimentos japoneses no país é contrastada com o fato de o Brasil figurar entre os três países mais importantes por faturamento/lucro para diversas empresas multinacionais, como Fiat, GM, VW, Carrefour, Samsung, Google e Facebook. O fato de 14 das 25 maiores empresas por faturamento no Brasil em 2012 serem players globais também é destacado como indicativo para classificar o Brasil como “paraíso das multinacionais”.

Para embasar a afirmação de que o futuro do Brasil está apenas começando, a publicação aponta para o crescimento da população, que poderá atingir 270 milhões de habitantes em 2050. Como 60% da composição do seu PIB são representados pela demanda interna, as perspectivas evidentemente são muito positivas e promissoras.

É claro que abordagens deste tipo vêm sendo veiculadas no exterior com alguma frequência nos últimos anos. Então, onde está a novidade? Diria que em dois aspectos no mínimo reveladores. O primeiro é o fato de a análise ser feita por uma revista japonesa, em idioma japonês e de circulação quase restrita ao país de origem. Assim, a mensagem é claramente um chamado às empresas japonesas para que invistam no Brasil com maior determinação, sob o risco de “perderem o bonde” mais uma vez. O segundo é o f


Recentemente, uma reportagem da revista japonesa President chamou a atenção de seus sofisticados leitores. Sob um título auspicioso – “o crescente mercado doméstico como oportunidade de negócios”, a publicação especializada em negócios apresenta uma visão bastante otimista do mercado brasileiro para incitar empresas japonesas a investir no país, conhecido internacionalmente como o “país do futuro” desde a publicação do livro homônimo de Stefan Zweig, no já longínquo ano de 1941.

A lógica utilizada para instigar novos investimentos no Brasil está baseada no crescimento do mercado doméstico. Explicado pelo impacto das importações, o “pibinho” do Brasil nos últimos anos é minimizado diante da demanda interna, que cresceu aproximadamente 2,7 vezes nos últimos 10 anos. O maior produtor no mundo de soja, café, laranja, minério de ferro e etanol também é reconhecido pela renda per capita de mais de 12 mil dólares em 2011 e uma classe média de mais de 100 milhões de pessoas.

A limitada presença dos investimentos japoneses no país é contrastada com o fato de o Brasil figurar entre os três países mais importantes por faturamento/lucro para diversas empresas multinacionais, como Fiat, GM, VW, Carrefour, Samsung, Google e Facebook. O fato de 14 das 25 maiores empresas por faturamento no Brasil em 2012 serem players globais também é destacado como indicativo para classificar o Brasil como “paraíso das multinacionais”.

Para embasar a afirmação de que o futuro do Brasil está apenas começando, a publicação aponta para o crescimento da população, que poderá atingir 270 milhões de habitantes em 2050. Como 60% da composição do seu PIB são representados pela demanda interna, as perspectivas evidentemente são muito positivas e promissoras.

É claro que abordagens deste tipo vêm sendo veiculadas no exterior com alguma frequência nos últimos anos. Então, onde está a novidade? Diria que em dois aspectos no mínimo reveladores. O primeiro é o fato de a análise ser feita por uma revista japonesa, em idioma japonês e de circulação quase restrita ao país de origem. Assim, a mensagem é claramente um chamado às empresas japonesas para que invistam no Brasil com maior determinação, sob o risco de “perderem o bonde” mais uma vez. O segundo é o fato de a matéria ter sido patrocinada pela Construtora Toda do Brasil, tradicional construtora japonesa que atua no Brasil há mais de 40 anos e que, com a ação, comemora este importante marco.

Trata-se de uma empresa privada que investe para divulgar o Brasil em seu país de origem, com o intuito de promover novos investimentos. É claro que muitas obras contratadas no Brasil por empresas e organizações de origem japonesa passam pelas mãos desta construtora. Ainda assim, se construtoras de outros países também divulgassem as oportunidades do mercado doméstico brasileiro para atrair novos investimentos, certamente teríamos mais construções industriais e comerciais, estimulando uma maior estabilidade das atividades do setor em nosso país.

*Yoshio Kawakami é ex-presidente da Volvo CE América e consultor da Raiz Consultoria

 

 

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