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Revista M&T - Ed.268 - Outubro 2022
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ENTREVISTA – Marco Antonio Sousa

“O mercado está ansioso pelos elétricos”

Em entrevista exclusiva, o gerente de expansão do Grupo AIZ, Marco Antonio Sousa, discorre sobre as estratégias que têm impulsionado os negócios da empresa

Com foco em fabricação, customização, locação e vendas de equipamentos da Linha Amarela e de caminhões implementados, em pouco mais de três anos de atividades o Grupo AIZ já registra resultados extremamente positivos no mercado brasileiro de bens de capital, com estimativas de crescimento para os próximos anos.

Em entrevista concedida à Revista M&T, o gerente de expansão do Grupo, Marco Antonio Sousa, discorre sobre as estratégias que têm impulsionado a empresa neste momento de expansão contínua, especialmente em relação à aposta em equipamentos elétricos – aliás, um dos destaques do portfólio do grupo na M&T Expo 2022 e que puxa o aumento do faturamento da empresa, que cresceu 18 vezes entre 2019 e 2022 –, além da customização e automatização de máquinas, tendências que vieram para ficar ao, segundo a AIZ, atenderem a um anseio crescente do mercado.

“Se consideramos todos os produtos, já ultrapassamos a marca de 500 unidades customizadas”, diz ele.

Formado em economia pela PUC-MG com pós-graduação na FGV, Sousa tem ampla experiência na administração de empresas, acumulando mais de 38 anos em empresas como Volkswagen Financial Services – braço do Grupo Volkswagen que agrega serviço bancários, consórcio, seguros e leasing.

Desde março de 2019, o executivo atua na administração do Grupo AIZ, baseado diretamente na matriz da empresa, em São José dos Pinhais (PR). “O resultado comercial de 2021 foi animador, quase quatro vezes maior que o alcançado em 2020, que já havia sido o dobro de 2019, no primeiro ano de operação da empresa”, ressalta.
Acompanhe.

  • Qual é a estrutura atual do grupo em termos de filiais e abrangência comercial?

O Grupo AIZ está estruturado em diferentes segmentos de negócios, incluindo venda e locaç&atild


Com foco em fabricação, customização, locação e vendas de equipamentos da Linha Amarela e de caminhões implementados, em pouco mais de três anos de atividades o Grupo AIZ já registra resultados extremamente positivos no mercado brasileiro de bens de capital, com estimativas de crescimento para os próximos anos.

Em entrevista concedida à Revista M&T, o gerente de expansão do Grupo, Marco Antonio Sousa, discorre sobre as estratégias que têm impulsionado a empresa neste momento de expansão contínua, especialmente em relação à aposta em equipamentos elétricos – aliás, um dos destaques do portfólio do grupo na M&T Expo 2022 e que puxa o aumento do faturamento da empresa, que cresceu 18 vezes entre 2019 e 2022 –, além da customização e automatização de máquinas, tendências que vieram para ficar ao, segundo a AIZ, atenderem a um anseio crescente do mercado.

“Se consideramos todos os produtos, já ultrapassamos a marca de 500 unidades customizadas”, diz ele.

Formado em economia pela PUC-MG com pós-graduação na FGV, Sousa tem ampla experiência na administração de empresas, acumulando mais de 38 anos em empresas como Volkswagen Financial Services – braço do Grupo Volkswagen que agrega serviço bancários, consórcio, seguros e leasing.

Desde março de 2019, o executivo atua na administração do Grupo AIZ, baseado diretamente na matriz da empresa, em São José dos Pinhais (PR). “O resultado comercial de 2021 foi animador, quase quatro vezes maior que o alcançado em 2020, que já havia sido o dobro de 2019, no primeiro ano de operação da empresa”, ressalta.
Acompanhe.

  • Qual é a estrutura atual do grupo em termos de filiais e abrangência comercial?

O Grupo AIZ está estruturado em diferentes segmentos de negócios, incluindo venda e locação de caminhões implementados, customização de equipamentos da Linha Amarela (também sob a modalidade de venda e locação), equipamentos customizados da Linha Amarela, caminhões e máquinas elétricas remotamente controladas, fabricação de implementos rodoviários e transportadora. Além da matriz em São José dos Pinhais (PR), onde também está situada a fábrica, nossa estrutura compreende filiais em Campinas (SP), Goiânia (GO), Betim e Nova Lima (MG). As filiais são unidades de negócios apenas para atuação comercial.

  • Quais foram os resultados comerciais em 2021 e as projeções para este ano?

O resultado comercial de 2021 foi animador, quase quatro vezes maior que o alcançado em 2020, que já havia sido o dobro de 2019, no primeiro ano de operação da empresa. Desse modo, a estimativa para 2022 é que o faturamento anual do grupo ultrapasse R$ 1,5 bilhão. Em linhas gerais, entre 2019 e 2022 o faturamento do grupo cresceu 18 vezes.

  • Considerando a diversidade da oferta, quais são as atividades que vêm puxando mais esse avanço?

Especialmente com a chegada dos equipamentos elétricos, associada à operação remotamente controlada, observamos mudanças nítidas na curva de faturamento da empresa. No geral, a previsão é chegar ao final de 2022 com o setor de rental representando 30% do faturamento do grupo, com expectativa de crescimento no portfólio.

  • Aliás, como avalia o dinamismo do setor brasileiro de rental no momento?

Enquanto os mercados mais desenvolvidos têm um percentual médio de locação acima de 40% (com base em 2021) sobre a frota total – tendo à frente países como Holanda (58,3%), Reino Unido (46,9%), EUA (45%), Espanha (37,4%) e França (24,5%) –, no Brasil a locação representa apenas 10,5% no segmento de equipamentos pesados, com uma forte tendência de crescimento. Contudo, no caso da AIZ, especificamente, nosso planejamento de locação está sustentado exclusivamente por equipamentos rádio controlados, seja para máquinas a diesel ou elétricas. Isso claramente nos posiciona de forma diferenciada no mercado de rental.


Segundo o executivo, setor de rental já representa 30% do faturamento do grupo

  • Ainda no rental, qual é o tamanho atual da frota e a expectativa para os próximos anos?

Atualmente, temos 126 ativos locados, mas planejamos atingir pelo menos 500 unidades até meados de 2023. Inclusive, a recente aquisição de mais de 600 equipamentos (incluindo caminhões off-road e máquinas elétricas, a serem entregues nos próximos 12 meses) nos impulsionará para atingirmos esse objetivo. Além disso, o mercado brasileiro aguarda ansiosamente a disponibilização de produtos elétricos, que além de representarem uma economia fantástica de combustível e manutenção, vão ao encontro da necessidade mundial de redução nas emissões de CO2.

  • Qual é estratégia para atender à demanda de caminhões implementados?

Nesse segmento, focamos nossa produção na fabricação de caçamba, graneleiro, carrega tudo, comboio, baú, tanque e munck. Para apoiar a operação, acabamos de concluir uma nova planta com 30 mil m2, que no momento está sendo mobiliada. E, até outubro, concluiremos mais um barracão com mais 30 mil m2. Com isso, no início de 2023 teremos uma área total construída de 125 mil m2 em uma área total de 375 m2 dedicada a essas atividades, nas quais não temos concorrentes no mercado. Portanto, contaremos com uma fábrica extremamente moderna e eficiente.

  • Por que a customização de máquinas é uma tendência que veio para ficar? Como decidem sobre as atividades e máquinas que serão customizadas?

A customização veio para ficar pois atende um anseio de mercado. O cliente apresenta a necessidade e a equipe de engenharia desenvolve um produto sob medida e que atenda às suas expectativas. Além disso, nas operações em que atuamos, nossos funcionários estão sempre atentos às melhorias que podem ser apresentadas aos clientes. Nesse sentido, contamos com um quadro de 45 engenheiros alinhados ao que de mais moderno acontece no mundo. Sempre visitamos as principais feiras internacionais de equipamentos e, principalmente, estamos atentos às mudanças tecnológicas. Essa atividade de prospecção de mercado esteve restrita durante a pandemia, mas retornou agora em 2022.

  • Quantas máquinas já foram customizadas e em quais linhas?

Se consideramos todos os produtos do portfólio, já ultrapassamos de 500 unidades customizadas no mercado brasileiro, com destaque para modelos anfíbios e de alta flutuação, lanças de longo alcance e tratores de esteiras com caçamba.


Engenharia desenvolve produtos sob medida e que atendam às expectativas dos clientes, diz Sousa

  • Qual é a estratégia para a inserção de equipamentos elétricos no portfólio?

Temos apresentado as novidades aos nossos clientes, oferecendo um período de testes para que possam ser homologadas. Vários de nossos clientes têm na geração de energia sua atividade primária, o que certamente irá facilitar a operação. É preciso considerar ainda que os planos para a matriz brasileira de energia renovável são ambiciosos e, em menos de uma década, teremos uma geração suficiente para abastecer o mercado.

  • Em relação aos autônomos, qual é a tecnologia que o grupo utiliza em suas soluções? Há parcerias de P&D nesse sentido?

Temos projetos em andamento para atuar nos segmentos de mineração e canavieiro. A escala de automação para operação dos produtos vai de 1 a 5 e nossos equipamentos já estão no nível 3. Esperamos que, dentro de oito meses, já possamos apresentar ao mercado novos caminhões e máquinas autônomas e elétricas.

  • Temos visto como a estratégia de M&As reforça a atuação do grupo. Quais são as metas para o médio prazo no âmbito corporativo?

De fato, adquirimos oito empresas ao longo dos últimos quatro anos, o que possibilitou um crescimento acelerado para o Grupo, pois ganhou-se tempo em desenvolvimento de projetos e disponibilidade de profissionais. Atualmente, cinco empresas e oito marcas são associadas ao Grupo. Como temos um forte viés tecnológico, com olhar focado nas necessidades do cliente em campo, estamos abertos a avaliar propostas que possam agregar valor aos equipamentos. Contamos com uma área específica para isso, que permanece atenta na detecção dessas oportunidades.


Para a AIZ, chegada dos elétricos está entre as tendências que vão mudar o setor

  • Quais são os desafios de gestão que a atuação em áreas tão distintas apresenta para o Grupo?

Crescemos de uma forma muito rápida e isso acaba gerando uma deficiência organizacional. Atualmente, estamos corrigindo alguns pontos. Nosso balanço de 2021 foi auditado, gerando maior confiança ao mercado, e agora estamos estabelecendo políticas de governança e compliance.

  • Nesse rol, já há estratégias de internacionalização das atividades?

No momento, o Grupo AIZ está voltado exclusivamente para o mercado interno, onde existe uma grande necessidade por parte dos clientes. Futuramente, todavia, a possibilidade de exportação pode ser avaliada [Nota do editor: a empresa já exporta para países como Argentina e Chile].

  • Como projeta os próximos anos para o setor em termos tecnológicos e comerciais?

Do ponto de vista tecnológico, temos a chegada dos modelos rádio controlados, elétricos e autônomos (ainda em desenvolvimento), mas também home operator (tecnologia voltada para operação remota a partir de grandes centros), simuladores para treinamento dos operadores em máquinas rádio controladas e pesquisa com tecnologia 5G aplicada às nossas operações, tornando os equipamentos rádios controlados mais inteligentes. Cito ainda os sistemas de gestão de máquinas e operações com telemetria, além de diversas melhorias nos produtos já existentes. Do ponto de vista comercial, temos um bussines plan que, como disse acima, tem como meta dobrar o faturamento em 2023, quando devemos atingir uma receita anual superior a R$ 3 bilhões. A partir daí, a perspectiva é de um crescimento de 10% ao ano pelos próximos cinco anos.

Saiba mais:
Grupo AIZ:
grupoaiz.com.br

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