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Revista M&T - Ed.186 - Dez/Jan 2015
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A Era das Máquinas

O desenvolvimento das esteiras

Por Norwil Veloso

Na década de 30, começaram a ser desenvolvidos os tratores e carregadeiras de esteiras, nos quais a elevação e descarga das caçambas eram feitas por guinchos e cabos, com estruturas de aparência muito estranha para os padrões atuais. Mas o sucesso da inovação foi muito rápido.

Nessa mesma época, a Eimco criou uma carregadeira de descarga pela traseira, que foi produzida e copiada por vários outros fabricantes até a década de 50. Aliás, os tratores de esteiras surgiram como uma solução bastante prática, uma vez que suas esteiras substituíam (com vantagens) os trilhos até então utilizados.

Em 1931, foi produzido o primeiro trator Caterpillar Sixty, que usava um motor bastante “exótico” para a época. Mas não demorou muito para que o motor a Diesel deixasse de algo ser fora do comum para se tornar a opção mais usada, nitidamente superior aos motores Otto em trabalhos pesados ou em locais muito frios ou muito quentes. De fato, sua eficiência e baixo consumo de combustível foram extremamente significativos no contexto da época, como relatou a revista “Die Bauindustrie”, em 1938: “Atualmente, o motor diesel serviu, quase sem exceção, como fonte de potência para tratores de esteiras. Comparado com os motores a gasolina, tem um consumo de combustível 75% mais econômico”.

PIONEIROS

Nessa época, surgiram diversos fabricantes de equipamentos de construção, que logo se tornariam famosos por seus tratores. Em 1932, o “TracTractor” da International Mc Cormick Deering daria origem à longa linha de tratores IHC. Os tratores inicialmente produzidos pela Monarch passaram a usar a marca Allis-Chalmers e foram equipados com lâminas de diversos fabricantes. Os tratores da Case foram equipados com esteiras Trackson, da mesma forma que os tratores Fordson.

Em 1935, surgiu o até então maior trator de esteiras do mercado, o Caterpillar RD8, com 14,8 t e 110 hp, antecessor do que seria o mais famoso trator desse tipo, o Cat D8. No final daquela década, surgiram os Cat D4, D6 e D7, enquanto a International introduziu a série TD e a Allis-Chalmers lançou a série HD.

E novos implementos foram sendo introduzidos. Em 1931,


Na década de 30, começaram a ser desenvolvidos os tratores e carregadeiras de esteiras, nos quais a elevação e descarga das caçambas eram feitas por guinchos e cabos, com estruturas de aparência muito estranha para os padrões atuais. Mas o sucesso da inovação foi muito rápido.

Nessa mesma época, a Eimco criou uma carregadeira de descarga pela traseira, que foi produzida e copiada por vários outros fabricantes até a década de 50. Aliás, os tratores de esteiras surgiram como uma solução bastante prática, uma vez que suas esteiras substituíam (com vantagens) os trilhos até então utilizados.

Em 1931, foi produzido o primeiro trator Caterpillar Sixty, que usava um motor bastante “exótico” para a época. Mas não demorou muito para que o motor a Diesel deixasse de algo ser fora do comum para se tornar a opção mais usada, nitidamente superior aos motores Otto em trabalhos pesados ou em locais muito frios ou muito quentes. De fato, sua eficiência e baixo consumo de combustível foram extremamente significativos no contexto da época, como relatou a revista “Die Bauindustrie”, em 1938: “Atualmente, o motor diesel serviu, quase sem exceção, como fonte de potência para tratores de esteiras. Comparado com os motores a gasolina, tem um consumo de combustível 75% mais econômico”.

PIONEIROS

Nessa época, surgiram diversos fabricantes de equipamentos de construção, que logo se tornariam famosos por seus tratores. Em 1932, o “TracTractor” da International Mc Cormick Deering daria origem à longa linha de tratores IHC. Os tratores inicialmente produzidos pela Monarch passaram a usar a marca Allis-Chalmers e foram equipados com lâminas de diversos fabricantes. Os tratores da Case foram equipados com esteiras Trackson, da mesma forma que os tratores Fordson.

Em 1935, surgiu o até então maior trator de esteiras do mercado, o Caterpillar RD8, com 14,8 t e 110 hp, antecessor do que seria o mais famoso trator desse tipo, o Cat D8. No final daquela década, surgiram os Cat D4, D6 e D7, enquanto a International introduziu a série TD e a Allis-Chalmers lançou a série HD.

E novos implementos foram sendo introduzidos. Em 1931, a LeTourneau passou a usar escarificadores puxados por tratores na construção da rodovia de acesso a Hoover Dam. Derivados de arados e escarificadores de solo, tais implementos pesavam de 3 a 4 t e foram bastante utilizados também em outras obras.

Os tratores “Cletrac” (posteriormente denominados Oliver) tinham recursos bastante diferenciados, tais como um sistema de direção com duplo diferencial, que tornava desnecessária a frenagem de uma esteira para fazer as curvas e permitia que a máquina continuasse a se mover com potência total. Também apresentava os eixos de apoio das armações das esteiras montados na dianteira, o que reduzia as cargas de impacto e protegia a transmissão.

Em 1931, começaram a ser produzidos tratores agrícolas de esteiras pela Komatsu. Em 1936, o trator G40 recebeu uma lâmina hidráulica. Na Europa, surgiram fabricantes como Ateliers de Bondy, Fowler, Track-Marshall, Ransomes (que produziu o primeiro mini-trator do mundo, baseado num trator Hanomag), Menck, Lanz e outros.

AVANÇOS

No período entre 1935 e 1960, os avanços foram enormes. A disponibilidade de motores de maior potência e o uso de controles hidráulicos possibilitaram a evolução de todos os tipos de máquinas para limpeza de terrenos. Os novos implementos incluíram destocadores que podiam derrubar árvores, equipamentos para manuseio de pilhas de madeira, removedores de raízes e outros.

Nessa época, também foi popularizado o uso de uma corrente presa a dois tratores, com comprimento de até 30 metros, para desmatamento inicial de áreas de obra. Ainda nos Estados Unidos, R. G. LeTourneau vendeu sua construtora para se concentrar na fabricação de um conjunto de grandes máquinas de desmatamento e limpeza, que seriam lançadas até a década de 60.

A partir de então, o desenvolvimento das máquinas foi espetacular. A colocação da lâmina, a evolução das esteiras e dos sistemas de transmissão foram alguns dos aspectos marcantes, mas principalmente a evolução tecnológica levou a um crescimento cada vez maior dessas máquinas. Em 1930, o Cat 60 tinha 60 hp. Já em 1935, o trator mais possante estava na faixa de 100 hp (Cletrac). Em 1947, a International Harvester lançou o TD 24 (com 180 hp), seguido pelo o D9 (com 270 hp) em 1954 e, um ano depois, pelo TC-12, da Euclid (com 390 hp).

Inicialmente feito através de cabos e guinchos instalados na frente ou na traseira da máquina, o controle da lâmina deu lugar a sistemas hidráulicos cada vez mais confiáveis a partir do início da década de 50. Também foram desenvolvidas lâminas especiais para diversos tipos de serviço.

PÓS-GUERRA

Com o final da Segunda Guerra Mundial, a produção de máquinas foi retomada na Europa e Japão. Fabricantes antigos como a Fowler, Track Marshall e Garrett retornaram ao mercado, juntamente com máquinas produzidas na fábrica britânica da International. Neste rol, destaca-se o trator Vickers VR180, acionado por um motor Rolls Royce de 180 hp, com esteiras especiais de alta velocidade.

Outros fabricantes lançaram seus produtos no período, como Aveling Barford, Kaelble, Lanz e Hanomag, além da Renault e de alguns outros fabricantes franceses. Na Itália, a Fiat e fabricantes como Lombardini, Lamborghini e Ansaldo também lançaram seus modelos iniciais.

Leia na próxima edição: Topografia: da corda ao GPS

 

 

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