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Revista M&T - Ed.131 - Dez/Jan 2010
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Elevadores

O avanço da tecnologia de cremalheira

Equipamentos acionados por pinhão e cremalheira ganham espaço na construção civil e em obras industrias

A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) concentra o maior número de elevadores de cremalheira ativos no Brasil, distribuídos em obras de construção civil e industrial. Segundo os especialistas ouvidos pela revista M&T, cerca de 70% dos elevadores em operação na RMSP adotam essa tecnologia. Na cidade do Rio de Janeiro, metade dos equipamentos seriam de cremalheira. As outras capitais brasileiras e o interior de São Paulo são mercados crescentes para os modelos acionados a pinhão e cremalheira, de acordo com entrevistados. Nesses locais, a relação 70/30 ainda é a favor dos elevadores convencionais.

A necessidade de aumentar a produtividade das obras, principalmente na construção civil, tem sido o grande impulsionador da compra ou dalocação dos elevadores de cremalheira, de acordo com a Rack Elevadores de Cremalheira, um dos fabricantes do equipamento. Construtoras imobiliárias como Gafisa, Cyrella e Even tendem a levar a tecnologia para suas obras em outros Estados, o que favorece a sua difusão, de acordo com o diretor da Rack, Bruno Padovani Cantalice. Para o engenheiro, o sistema tem uma série de vantagens sobre o equipamento movido a cabo de aço e a palavra-chave para diferenciar as duas tecnologias é adequação.

“O elevador a cabo para obras está ultrapassado. Recentemente, sofreu várias tentativas de aperfeiçoamento com o advento da NR-18, mas ainda assim o equipamento está condenado por várias razões, entre elas a inadequada relação entre polias e cabos, a elevada interferência na fachada e a precária fixação do elevador à fachada”, avalia o especialista. “Essa inadequação pode ser corrigida, mas  ao se fazer o redimensionamento, estaríamos criando um equipamento que já existe: o elevador de cremalheira”, resume Cantalice.

De acordo com ele, o elevador de cremalheira já foi projetado desde o início para as atividades de campo, o que, entre outras vantagens, explica a facilidade no seu processo de montagem e desmontagem. Os equipamentos dessa modalidade são pré-montados, mecânica e eletricamente. Uma análise comparativa da Rack indica que um elevador de cremalheira para uso em construção civil exije um tempo de instalação de uma semana, enquanto o elevador a cabo demanda pelo menos o dobro. No cas


A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) concentra o maior número de elevadores de cremalheira ativos no Brasil, distribuídos em obras de construção civil e industrial. Segundo os especialistas ouvidos pela revista M&T, cerca de 70% dos elevadores em operação na RMSP adotam essa tecnologia. Na cidade do Rio de Janeiro, metade dos equipamentos seriam de cremalheira. As outras capitais brasileiras e o interior de São Paulo são mercados crescentes para os modelos acionados a pinhão e cremalheira, de acordo com entrevistados. Nesses locais, a relação 70/30 ainda é a favor dos elevadores convencionais.

A necessidade de aumentar a produtividade das obras, principalmente na construção civil, tem sido o grande impulsionador da compra ou dalocação dos elevadores de cremalheira, de acordo com a Rack Elevadores de Cremalheira, um dos fabricantes do equipamento. Construtoras imobiliárias como Gafisa, Cyrella e Even tendem a levar a tecnologia para suas obras em outros Estados, o que favorece a sua difusão, de acordo com o diretor da Rack, Bruno Padovani Cantalice. Para o engenheiro, o sistema tem uma série de vantagens sobre o equipamento movido a cabo de aço e a palavra-chave para diferenciar as duas tecnologias é adequação.

“O elevador a cabo para obras está ultrapassado. Recentemente, sofreu várias tentativas de aperfeiçoamento com o advento da NR-18, mas ainda assim o equipamento está condenado por várias razões, entre elas a inadequada relação entre polias e cabos, a elevada interferência na fachada e a precária fixação do elevador à fachada”, avalia o especialista. “Essa inadequação pode ser corrigida, mas  ao se fazer o redimensionamento, estaríamos criando um equipamento que já existe: o elevador de cremalheira”, resume Cantalice.

De acordo com ele, o elevador de cremalheira já foi projetado desde o início para as atividades de campo, o que, entre outras vantagens, explica a facilidade no seu processo de montagem e desmontagem. Os equipamentos dessa modalidade são pré-montados, mecânica e eletricamente. Uma análise comparativa da Rack indica que um elevador de cremalheira para uso em construção civil exije um tempo de instalação de uma semana, enquanto o elevador a cabo demanda pelo menos o dobro. No caso de obras industriais, o tempo é mais alongado: de 3 a 4 semanas para o mecanismo de cremalheira, contra de 10 a 12 semanas para o dispositivo convencional.

A fixação é outro ponto que conta a favor da tecnologia criada na Suécia: com gravatas metálicas, o elevador de cremalheira permite uma fixação mais segura do elevador. Já os elevadores a cabo são fixados com cabos de aço.

Por ser “engenheirado”, o elevador de cremalheira também trabalha com velocidade constante. O equipamento a cabo tem velocidades variáveis, pois se inicia com um determinado número de voltas no tambor de enrolamento e termina com várias outras voltas, o que representa mais velocidade. Assim, ela vai aumentando ou diminuindo ao longo do percurso, enquanto o cremalheria tem um engrenamento que lhe confere uma velocidade linear e um dispositivo de frenagem que o condiciona a agir ao notar uma velocidade 20% acima da especificada. Na frenagem do elevador a cabo, a variação das velocidades exige mais supervisão, uma vez que o equipamento normalmente está desregulado, pois as velocidades variam muito. “Outro aspecto é a proximidade dos cabos de freio e das guias do elevador e a consequente lubrificação inadequada dos cabos de freio que pode provocar sua falha”, explica Cantalice.

Frenagem eficiente
De acordo com o especialista da Rack, o sistema de frenagem do elevador de cremalheira é de alta precisão mecânica, da ordem de décimos de milímetro, realmente calibrado e sem folgas. “Há uma carcaça, com um cone macho em seu interior. A distância entre eles é de exatos 1,5 mm, de forma que se permite um monitoramento da velocidade. Se ela é ultrapassada, a sapata se desloca e engasta num dente. Trata-se de um mecanismo de engastamento do cone macho contra a carcaça que, auxiliado por um sistema de mola, freia progressivamente o elevador até pará-lo, desligando o freio motor”, informa.

Ainda na avaliação de Cantalice, os elevadores de cremalheira podem ser classificados como de alto padrão de segurança, em função inicialmente da cremalheira e do pinhão, que são elementos de transmissão mecânica; dos materias aplicados a esses elementos de aços especiais; do sistema preciso de frenagem, e também das menores interferências na fachada. “Em contrapartida, o elevador a cabo de aço exige alta interferência na fachada e apresenta um deficiente sistema de frenagem. Além disso, precisa ter áreas maiores na base, algo que o elevador de cremalheira não necessita”, complementa o engenheiro.

Para o gerente Comercial da Mecan, Renison Canesso Moreira, as velocidades no elevador a cabo podem variar entre 33 m/min até 65 m/min e o sistema de frenagem tende a ser menos rápido na detecção de mudanças de velocidade, acionando bruscamente a parada. O amortecimento gradual, por outro lado, é a característica do sistema de cremalheira, que mantém, em média, uma velocidade de 36 m/min.

Moreira, por outro lado, lembra que a diferença entre os modelos a cabo e de cremalheira não se resumem à velocidade. “Ambos são seguros desde que operados convenientemente”, pondera. Porém, ele avalia que, além das maiores capacidades de carga e de volume ( 800 kg a 1 tonelada para os equipamentos convencionais a cabo, e entre 1,5 a 2 toneladas para os de cremalheira), o elevador de cremalheira permite que duas cabines sejam operadas numa mesma torre, ao contrário do elevador a cabo, que é padronizado em termos de volume e capacidade de carga e tem a limitação de operação de uma só cabine por instalação. Essa limitação se estende também à altura da torre do equipamento: os elevores a cabo não operam a alturas maiores do que 140 m.

O sistema movido a cremalheira é uma escolha importante para o aumento de produtividade na construção civil. Ele pode transportar, em média, 20 pessoas por cabine, contra 10 do elevador a cabo. “Sendo assim, com duas cabines, um sistema de cremalheira quadruplica a capacidade de transporte de pessoas”, complementa  Moreira. Em contrapartida, os elevadores de cremalheira ainda apresentam custos em média 150% acima dos custos dos convencionais, e custo também é um fator que define a escolha do tipo elevador a ser utilizado pelos construtores.

Moreira salienta que após a alteração da NR-18, ocorrida em 1995, houve modificação no sistema de frenagem do elevador convencional, incorporando a esse equipamento a tecnologia utilizada nos elevadores sociais. Portanto, o elevador convencional é um equipamento também altamente seguro.

Segundo ele, é preciso considerar a importância e a forte atuação dos elevadores a cabo que estão no mercado brasileiro há mais ou menos 60 anos atendendo a vários tipos de obra, sejam industriais, edificações, pequeno e grande portes. “São equipamentos que atendem satisfatoriamente às necessidades das obras brasileiras, fato justificado pela relação 70/30 dos elevadores convencionais em relação aos de cremalheira”, avalia ele.

Elevadores nas obras
Moreira lembra que os elevadores de cremalheira ainda não são uma realidade no mercado brasileiro. A limitação ocorre por conta dos valores desse sistema em relação à tecnologia convencional. “A adoção desse tipo de dispositivo deve constar no planejamento da obra, uma vez que eles exigem um sistema de fixação especial à estrutura da construção”. Segundo ele, outro fator que restringe o uso desse tipo de equipamento é a arquitetura proposta para as fachadas.

O gerente comercial da Fast Engenharia, Fábio Monforte Lino, concorda com Moreira, ao avaliar que os elevadores de cremalheira são dispositivos com pouco uso no Brasil. Mas, na visão dele, o cenário deve mudar, motivo que levou a empresa a iniciar a fabricação dos equipamentos no Brasil há um ano, inaugurando uma divisão de transportes verticais.

Especializada em andaimes implantados com sistemas tubulares, a Fast subcontratava outros players do mercado quando necessitava de elevadores de cremalheira para complementar os projetos em que atuava. Com o aquecimento da demanda, a estratégia assumida foi fornecer ela mesma os dispositivos.

A entrada no novo mercado não significa deixar as estruturas tubulares de lado. Pelo contrário. Segundo Monforte, esse segmento nunca esteve tão aquecido como agora e deve permanecer altamente demandante pelos próximos anos. Um exemplo do aquecimento acontece em grandes plantas industriais do setor petroquímico, onde os andaimes devem ser montados, por exemplo, no começo da obra das instalações de tubos e dutos. Eles permanecem dos primeiros passos até os testes hidrostáticos, que comprovam que o conjunto de tubulações funciona adequadamente.

Mercado promissor para 2010
Moreira, da Mecan, acredita que a tendência do mercado para 2010 é de crescimento tanto para o elevador de cremalheira quanto para o a cabo. A empresa já se prepara para dobrar o lote atual de elevadores de cremalheira para atender a locação no próximo ano e manter o volume de produção de elevadores a cabo para 2010, quando a demanda desse item deverá ser ainda maior que em 2009.

A Rack possui atualmente cerca de 60 elevadores de cremalheira alugados e deve dobrar esse número em 2010. Os dados não incluem a venda de equipamentos. Atualmente, a empresa produz 10 elevadores desse tipo por mês e avalia que haverá um crescimento da compra. A Fast tem 43 elevadores alugados no Estado de São Paulo, onde concentra as operações para esse tipo de equipamento e também aposta na venda, principalmente em 2010, com a percepção do aquecimento dessa demanda. Mesmo em operações onde as estruturas tubulares são a alternativa tradicional, a empresa avalia que os elevadores cremalheira e as plataformas de trabalho aéreo também possam ser aplicados.

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