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Revista M&T - Ed.212 - Maio 2017
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Novas ideias para o varejo

Marcada pelo otimismo com a retomada do setor, a 23ª edição da Feicon Batimat atraiu um público de 90 mil pessoas e apresentou novidades de mais de 1.400 marcas

De 4 a 8 de abril, cerca de 90 mil pessoas passaram pelo 23º Salão Internacional da Construção e Arquitetura (Feicon Batimat), considerado um dos maiores encontros de negócios e lançamentos de produtos do setor de varejo da construção civil na América Latina. Realizada no São Paulo Expo, a feira atraiu mais de 1.400 marcas nacionais e internacionais, que aproveitaram a oportunidade para apresentar novos produtos e serviços. Além disso, o evento teve cerca de 90 horas de palestras, debates e workshops.

A julgar pelos discursos oficiais, a 23ª Feicon Batimat pode ter marcado o início da recuperação do setor – ou pelo menos a esperança de que isso ocorra. Na abertura do evento, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou alguns projetos do Estado que, segundo ele, irão movimentar a construção civil no curto e médio prazos. O maior deles é uma parceria público-privada para a construção de aproximadamente 13 mil moradias, além de um complexo de indústria, comércio e equipamentos públicos, em uma área que engloba os municípios de Guarulhos, Arujá e Itaquaquecetuba.

Ainda no setor residencial, o governador anunciou um projeto de construção de conjuntos habitacionais no centro da capital, próximos de estações de trem e metrô. No setor de infraestrutura, Alckmin falou da concessão de rodovias e de cinco aeroportos, obras que “irão levar a construção civil a protagonista no PIB nacional”, nas palavras do governador.

DESEMPENHO

O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Conz, por sua vez, apresentou alguns números da “Pesquisa Tracking” mensal da entidade, que justificam o otimismo do setor em relação à volta do crescimento. De acordo com ele, as vendas de material de construção em março foram 10% maiores do que em fevereiro.

Parte desse bom desempenho se deve, no entanto, à sazonalidade. Por isso, o setor não espera que o crescimento em abril seja tão expressivo. Isso, no entanto, não abala a confiança do setor. “Os resultados nos primeiros meses do ano indicam que estamos iniciando uma recuperação, depois de dois anos difíceis”, disse Conz. “Isso nos dá a certeza de que estamos no caminho cer


De 4 a 8 de abril, cerca de 90 mil pessoas passaram pelo 23º Salão Internacional da Construção e Arquitetura (Feicon Batimat), considerado um dos maiores encontros de negócios e lançamentos de produtos do setor de varejo da construção civil na América Latina. Realizada no São Paulo Expo, a feira atraiu mais de 1.400 marcas nacionais e internacionais, que aproveitaram a oportunidade para apresentar novos produtos e serviços. Além disso, o evento teve cerca de 90 horas de palestras, debates e workshops.

A julgar pelos discursos oficiais, a 23ª Feicon Batimat pode ter marcado o início da recuperação do setor – ou pelo menos a esperança de que isso ocorra. Na abertura do evento, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou alguns projetos do Estado que, segundo ele, irão movimentar a construção civil no curto e médio prazos. O maior deles é uma parceria público-privada para a construção de aproximadamente 13 mil moradias, além de um complexo de indústria, comércio e equipamentos públicos, em uma área que engloba os municípios de Guarulhos, Arujá e Itaquaquecetuba.

Ainda no setor residencial, o governador anunciou um projeto de construção de conjuntos habitacionais no centro da capital, próximos de estações de trem e metrô. No setor de infraestrutura, Alckmin falou da concessão de rodovias e de cinco aeroportos, obras que “irão levar a construção civil a protagonista no PIB nacional”, nas palavras do governador.

DESEMPENHO

O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Conz, por sua vez, apresentou alguns números da “Pesquisa Tracking” mensal da entidade, que justificam o otimismo do setor em relação à volta do crescimento. De acordo com ele, as vendas de material de construção em março foram 10% maiores do que em fevereiro.

Parte desse bom desempenho se deve, no entanto, à sazonalidade. Por isso, o setor não espera que o crescimento em abril seja tão expressivo. Isso, no entanto, não abala a confiança do setor. “Os resultados nos primeiros meses do ano indicam que estamos iniciando uma recuperação, depois de dois anos difíceis”, disse Conz. “Isso nos dá a certeza de que estamos no caminho certo para retomar o crescimento.”

A própria Feicon Batimat ajudou a alimentar esta convicção. Mais de 60 mil lojistas de todo o país visitaram o evento, que é a principal vitrine do segmento, com mais de 2 mil lançamentos anualmente. “Neste ano, a antecipação de negócios gerada na feira superou os R$ 500 milhões, ajudando a movimentar ainda mais a nossa cadeia produtiva”, declarou o presidente da Anamaco.

Outro motivo a embalar o setor é a expectativa em relação ao primeiro edital do “Cartão Reforma”, de R$ 100 milhões, cuja distribuição estava prevista para iniciar em maio em Caruaru (PE). Trata-se de um programa do Ministério das Cidades para fomentar a melhoria no setor de habitação. Por meio dele, famílias de baixa renda que recebem até três salários-mínimos (o equivalente a R$ 2,8 mil) terão acesso ao crédito para reforma, ampliação, promoção da acessibilidade ou conclusão de obras.

Depois do primeiro, a expectativa é que seja publicado um novo edital por mês, até atingir o teto de R$ 1 bilhão em 2017. “Isso deve ter um impacto muito positivo no setor, e a nossa previsão é de fechar o ano com crescimento de 5% sobre o ano passado, recuperando as perdas de 2016”, diz Conz.

SUSTENTABILIDADE

A 23ª edição da Feicon Batimat também serviu de plataforma para lançamentos de novos produtos e serviços, além da apresentação de novas ideias para o setor de varejo da construção civil. A própria entidade presidida por Conz levou para a feira a “Loja Conceito Anamaco”. Voltada para o pequeno e médio lojista, a ideia foi mostrar o que há de mais inovador e tecnológico em layout de casas de comércio.

No espaço, foram apresentadas as principais inovações em tecnologia para gôndolas, indicando a melhor disposição de produtos por categorias, com o objetivo de proporcionar aos consumidores um melhor atendimento e experiência em compras de materiais para construção ou reforma.

Outro destaque foi o “Canteiro de Obras do Futuro”, que reuniu experiências de construção e produtos sustentáveis de 36 empresas, em um único espaço de 800 m2. No local, o visitante teve a oportunidade de entrar em contato com novas técnicas e soluções para a redução do impacto ambiental nos canteiros. Foram apresentados materiais, equipamentos e processos que visam à sustentabilidade ambiental em todas as fases de execução da obra.

A Caterpillar, por exemplo, expôs a minicarregadeira Cat 242D e o grupo gerador GEP125. A primeira diminui o consumo de combustível e as emissões de gases do efeito estufa. Além disso, a máquina possui bomba de pistões sensível à carga, que permite que as tarefas sejam executadas com menor rotação do motor, resultando em maior economia de combustível. O grupo gerador GEP125, por sua vez, também é ambientalmente correto, atendendo às normas Estágio 2 e Tier 2 de emissões. Com potência de 125 kVA para o regime de operação em emergência, o equipamento – garante a empresa – oferece uma das melhores relações de eficiência energética da categoria.

LANÇAMENTOS

Como sempre, muitas empresas se valeram da 23ª Feicon Batimat para apresentar novos produtos. Foi o caso da Bosch que, entre outros itens, usou a feira para o lançamento mundial de uma broca para perfuração em concreto armado com redução de impacto. Chamada de GSH 5X, a ferramenta tem quatro arestas na ponta ao invés de duas, o que torna possível perfurar concreto estrutural com vergalhão, brita ou qualquer outro material. De acordo com Mark Schwartz, responsável pelo marketing da divisão de ferramentas elétricas da Bosch, “embora se diga que não se deva perfurar concreto estrutural com vergalhão, que é o osso da parede, isso às vezes é necessário”.

A teia inteligente da Smart Tie, por sua vez, é uma peça de polímero reciclado que auxilia na montagem de fôrmas para estruturas de concreto. “Trata-se de um produto revolucionário e facilmente montável, que transforma a estrutura em grandes esculturas”, assegura o fundador da empresa, Ericson Soares da Silva. “A Smart Tie possibilita a montagem de fôrmas praticamente impossíveis de se fazer com o método convencional, economizando insumos, tempo de execução e custo.”

Segundo Silva, o uso das teias inteligentes é a maneira mais fácil e prática de se produzir monoliticamente estruturas de concreto armado. “Elas auxiliam no agrupamento e fixação de placas de madeira de qualquer natureza e formato”, assegura.

A Cetec apresentou uma máquina de demarcação horizontal, a Tecline, indicada para pintura de faixas de ruas, rodovias, estacionamentos, parques industriais, campos e quadras poliesportivas. Um dos diferenciais em relação aos similares importados é o fato de ser híbrida, a gasolina ou energia elétrica. Além disso, a Tecline dispõe de suporte ajustável de tinta e roda dianteira giratória, o que garante bom desempenho em demarcações de curvas. “Com vazão máxima de 1,8 l/min de tinta e comprimento de mangueira de até 45 m, o equipamento ainda conta com botão de emergência, trava das rodas e sistema para a descarga de energia estática”, conta Camila Spann, responsável pela área de marketing da Cetec. “Esses componentes garantem maior segurança e conforto ao operador.”

Um relançamento foi o que a Air Liquide fez na Feicon. A empresa apresentou uma tecnologia patenteada para resfriamento de concreto, que já foi usada nas obras da usina nuclear de Angra dos Reis. Depois disso, a empresa deixou o oferecer o serviço, o que volta a fazer agora. Chamada de CryoCrete, o sistema usa nitrogênio líquido a 196°C negativos para resfriar concreto, processo necessário em grandes obras para evitar trincas e rachaduras. O gerente de produto da empresa, Demis Faria Santos, explica que a tecnologia injeta o nitrogênio diretamente na betoneira do caminhão, de forma automática. “Ou seja, um único operador faz o trabalho em vez dos dez necessários no método tradicional”, garante. “Isso reduz o tempo de serviço de 15% a 20%, além de não gerar alteração na composição do concreto.”

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