P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista M&T - Ed.120 - Dez/Jan 2009
Voltar
Opinião do usuário

Novas aplicações para um equipamento versátil

Com o uso de minicarregadeiras, a concessionária da rodovia Régis Bittencourt (BR-116) otimiza o trabalho de remoção de cargas que tombaram na pista em função de acidentes de trânsito

Quem imagina conhecer todas as aplicações possíveis para uma minicarregadeira acaba se surpreendendo com a versatilidade desse equipamento, o que permite seu uso nas mais variadas tarefas. Com a quantidade de implementos disponível, elas podem ser mobilizadas em diversas atividades, desde o transporte de betoneira e a abertura de valas, até a perfuração de solos, a limpeza de pátios e serviços de apoio em geral.

“Essas máquinas começaram a se popularizar no Brasil há cerca de três anos, atendendo, principalmente, o setor de construção civil e o carregamento de materiais, mas a cada dia a sua flexibilidade permite que os usuários encontrem funções que nem mesmo nós, fabricantes, poderíamos imaginar”, afirma Durval Victor, especialista em minicarregadeiras da Case Construction Equipment.

Victor acompanhou de perto a introdução de minicarregadeiras numa aplicação que ele acredita ser inédita no Brasil: o apoio à operação de rodovias. Há cerca de seis meses, três unidades do modelo Case 410 fazem parte da equipe de socorro aos usuários da BR-116 (ligação São Paulo-Curitiba), cuja operação está sob responsabilidade da concessionária Autopista Régis Bittencourt, pertencente ao grupo OHL Brasil.

Com 57 hp de potência e 681 kg de capacidade de carga, elas foram pintadas de amarelo – cor padrão da OHL – e trabalham em cerca de 400 km da rodovia, entre os estados de São Paulo e Paraná, fazendo a limpeza e desobstrução de pistas em caso de acidentes. Nas horas vagas, as máquinas trabalham na conservação da rodovia, na remoção de matas que encobrem sinalizações e demais tarefas de apoio.

De acordo com Luiz Fernando Romano Devico, gerente de tráfego da concessionária, as minis desobstruem a pista com maior rapidez, retirando o material que tombou dos caminhões e limpando a pista com o uso vassouras. “Dessa forma, diminuímos o risco de novos acidentes causados pela interdição da rodovia e reduzimos o desconforto para os usuários.”

Segundo ele, um equipamento faz o trabalho de oito a dez pessoas na limpeza da pista e permite liberar o tráfego na metade do tempo que seria necessário sem a mecanização do trabalho, dependendo do tipo de acidente e de carga. “Já tivemos ocorrências em que a pista foi liberada em 40 minutos, enquanto todo o processo de remoção e limpeza da via demandari


Quem imagina conhecer todas as aplicações possíveis para uma minicarregadeira acaba se surpreendendo com a versatilidade desse equipamento, o que permite seu uso nas mais variadas tarefas. Com a quantidade de implementos disponível, elas podem ser mobilizadas em diversas atividades, desde o transporte de betoneira e a abertura de valas, até a perfuração de solos, a limpeza de pátios e serviços de apoio em geral.

“Essas máquinas começaram a se popularizar no Brasil há cerca de três anos, atendendo, principalmente, o setor de construção civil e o carregamento de materiais, mas a cada dia a sua flexibilidade permite que os usuários encontrem funções que nem mesmo nós, fabricantes, poderíamos imaginar”, afirma Durval Victor, especialista em minicarregadeiras da Case Construction Equipment.

Victor acompanhou de perto a introdução de minicarregadeiras numa aplicação que ele acredita ser inédita no Brasil: o apoio à operação de rodovias. Há cerca de seis meses, três unidades do modelo Case 410 fazem parte da equipe de socorro aos usuários da BR-116 (ligação São Paulo-Curitiba), cuja operação está sob responsabilidade da concessionária Autopista Régis Bittencourt, pertencente ao grupo OHL Brasil.

Com 57 hp de potência e 681 kg de capacidade de carga, elas foram pintadas de amarelo – cor padrão da OHL – e trabalham em cerca de 400 km da rodovia, entre os estados de São Paulo e Paraná, fazendo a limpeza e desobstrução de pistas em caso de acidentes. Nas horas vagas, as máquinas trabalham na conservação da rodovia, na remoção de matas que encobrem sinalizações e demais tarefas de apoio.

De acordo com Luiz Fernando Romano Devico, gerente de tráfego da concessionária, as minis desobstruem a pista com maior rapidez, retirando o material que tombou dos caminhões e limpando a pista com o uso vassouras. “Dessa forma, diminuímos o risco de novos acidentes causados pela interdição da rodovia e reduzimos o desconforto para os usuários.”

Segundo ele, um equipamento faz o trabalho de oito a dez pessoas na limpeza da pista e permite liberar o tráfego na metade do tempo que seria necessário sem a mecanização do trabalho, dependendo do tipo de acidente e de carga. “Já tivemos ocorrências em que a pista foi liberada em 40 minutos, enquanto todo o processo de remoção e limpeza da via demandaria de 3 a 4 horas.”

Facilitando a operação

O especialista diz que as minicarregadeiras facilitam a remoção de diferentes tipos de cargas passíveis de tombamento em acidentes de trânsito. No caso de escória siderúrgica, por exemplo, ele explica que a pavimento fica com menor aderência, mesmo após a retirada do material, comprometendo a segurança dos motoristas. “Por isso, usamos as minis equipadas com vassouras para limpar e esfregar o asfalto, ou seja, a cada dia descobrimos novas possibilidades de aplicação para essas máquinas.”

Nas ocorrências que envolvem o derramamento de óleo diesel na estrada, muito comuns, elas são mobilizadas para aplicar pó-de-serra nas áreas afetadas, que tem a função de absorver o combustível, e depois recolhem o material com o uso de caçambas. Devido ao grande volume de caminhões em circulação na ligação São Paulo-Curitiba, que representam cerca de 70% do tráfego da estrada, as minicarregadeiras atendem a média de uma ocorrência com derramamento de carga por dia.

Por esse motivo, elas ficam locadas nos pontos da Régis Bitencourt com maior incidência de acidentes com caminhões: os km 32, 344 e 485. No restante do tempo, elas atuam na limpeza e conservação da rodovia, bem como na remoção de tachões refletivos instalados nas pistas e no apoio a tarefas operacionais, como a movimentação de barreiras plásticas (que pesam até 300 kg), entre outras atividades.

José Carlos Navas Fernandes, diretor-adjunto da concessionária, ressalta que os benefícios proporcionados pelas máquinas à operação da rodovia já despertaram o interesse de outras empresas do setor. Ele também acredita que a Autopista Régis Bittencourt seja a primeira concessionária a usar minicarregadeiras no socorro a acidentes e na liberação da pista. “Fomos um laboratório”, conclui o executivo ao expressar sua satisfação com o trabalho das minis.

Outra pessoa satisfeita com o resultado da experiência bem-sucedida é José Renato C. Sierra, sócio-proprietário da empresa de guincho União Resgate, que presta serviços à Autopista e adquiriu os equipamentos especialmente para atendê-la. “Fizemos uma pesquisa de mercado e optamos pelo modelo que melhor se adequou a nossas necessidades em termos de peso, potência e capacidade de carga”, ele afirma.

Ágeis e econômicas

Segundo Sierra, um dos acessórios que mais despertou sua atenção foi a vassoura, que permite armazenar o material removido em um compartimento dentro da máquina. “Com isso, ela varre e já recolhe os resíduos, algo imprescindível quando lidamos com materiais cortantes, como o vidro, por exemplo.” Além desse implemento, as minis em operação na rodovia utilizam garfos e caçambas. Entre as vantagens do equipamento, o empresário aponta que eles não apresentam problemas de manutenção e operam com baixo consumo de combustível, na faixa de 3,5 l/h de diesel.

Completando a lista de vantagens, ele cita ainda a facilidade de transporte, o que permite acesso rápido ao local do acidente. “Basta um caminhão plataforma pequeno e levamos as máquinas até onde for preciso”, completa o sócio da União Resgate, que tem 60 funcionários trabalhando para a OHL. Na opinião de Durval Victor, especialista em minicarregadeiras da Case, o mercado brasileiro de minicarregadeiras tende a aumentar cada vez mais, até atingir o nível de maturidade que já possui na Europa e Estados Unidos. Contribuem para este cenário a versatilidade do equipamento em diferentes aplicações, assim como o aumento nos custos da mão-de-obra e a busca de maior produtividade por parte das empresas.

O consumo de minis saltou de 700 unidades, em 2007, para cerca de 1.400 no ano passado, mesmo patamar previsto para 2009. Com isto, elas já figuram entre os tipos de equipamentos com maior demanda no País, ao lado das tradicionais retroescavadeiras e escavadeiras hidráulicas. Para disputar esse mercado, onde avalia deter uma participação de 23%, a Case dispõe de quatro modelos de minis da série 3, todos importados dos Estados Unidos: a 410, 420, 430 e 465. Elas se situam na faixa de potência de 57 hp a 83 hp, operando com capacidade nominal de carga entre 681 kg e 1.362 kg, respectivamente. “Dependendo do tipo de aplicação, uma minicarregadeira substitui o trabalho manual de até 15 pessoas”, avalia Victor.

Segundo ele, os equipamentos são adequados às normas internacionais de controle de emissão de poluentes (Tier III), além de contar com cabines confortáveis, de operar com baixo nível de ruído e proporcionar fácil acesso aos sistemas para manutenção. Entre outras características, o especialista diz que as máquinas são equipadas com controles manuais ergonômicos e de baixo esforço, além de possibilitarem duas opções de cinematismo dos braços: radial e vertical. Suas bombas hidráulicas, acopladas diretamente ao motor, evitam a perda de potência e eliminam a necessidade de manutenção das correias.

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E