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Revista M&T - Ed.207 - Novembro 2016
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Componentes

Mercado promissor para reforma de pneus

Atuando diretamente com reforma de pneus, fabricantes querem reduzir o custo por quilômetro rodado para beneficiar fornecedores, consumidores e até mesmo o meio ambiente

Com a retração da demanda de importados no país, as fabricantes de pneus entraram com tudo no mercado de reforma, que ademais constitui uma ferramenta comprovadamente eficaz para a comercialização de componentes novos. Com isso, a atividade vem se tornando cada vez mais profissionalizada, mantendo números consistentes ano após ano.

Senão, vejamos. Com um volume de 8,8 milhões de pneus de carga reformados por ano, o Brasil é o segundo maior mercado mundial neste segmento, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo dados da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), o setor no país movimenta anualmente cerca de R$ 5 bilhões, possui 1.257 reformadoras, 18 fornecedores de matérias-primas e gera mais de 40.000 mil empregos diretos. “Com a recente alta do dólar, a presença dos pneus importados diminuiu e o mercado passou a buscar alternativas para garantir a recapabilidade das carcaças”, comenta Fernando Peruzzo, gerente nacional de vendas de produtos de recapagem da Continental Pneus. “Desta forma, o mercado de recapagem se sustenta, sendo menos suscetível às flutuações da economia.”

Evidentemente, a principal vantagem da reforma de pneus – e não só para caminhões e ônibus, como também para segmentos fora de estrada como construção, agricultura e mineração – é o prolongamento de sua vida útil. Mas há outros aspectos envolvidos, até mesmo em termos de sustentabilidade ambiental. “Além de maximizar o retorno realizado sobre o investimento em pneus, relacionado entre os maiores custos de uma frota, a reforma também retarda o descarte da carcaça, reduzindo os impactos ambientais”, diz o especialista. “Também é importante destacar que se trata de uma atividade não poluidora e que seus resíduos sólidos são reciclados por outros segmentos.”

COMPETITIVIDADE

O fato é que, com o consistente fortalecimento, diversos fabricantes passaram a atuar nessa indústria. Como a própria Continental, uma empresa alemã que – além de fabricar – também realiza a recapagem de pneus de carga para caminhões. Para esse tipo de reforma, a empresa trabalha com a chamada “reforma a frio”, que consiste na aplicação de uma banda de rodagem pré-curada. Denominada ContiTread, a banda tem o objetiv


Com a retração da demanda de importados no país, as fabricantes de pneus entraram com tudo no mercado de reforma, que ademais constitui uma ferramenta comprovadamente eficaz para a comercialização de componentes novos. Com isso, a atividade vem se tornando cada vez mais profissionalizada, mantendo números consistentes ano após ano.

Senão, vejamos. Com um volume de 8,8 milhões de pneus de carga reformados por ano, o Brasil é o segundo maior mercado mundial neste segmento, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo dados da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), o setor no país movimenta anualmente cerca de R$ 5 bilhões, possui 1.257 reformadoras, 18 fornecedores de matérias-primas e gera mais de 40.000 mil empregos diretos. “Com a recente alta do dólar, a presença dos pneus importados diminuiu e o mercado passou a buscar alternativas para garantir a recapabilidade das carcaças”, comenta Fernando Peruzzo, gerente nacional de vendas de produtos de recapagem da Continental Pneus. “Desta forma, o mercado de recapagem se sustenta, sendo menos suscetível às flutuações da economia.”

Evidentemente, a principal vantagem da reforma de pneus – e não só para caminhões e ônibus, como também para segmentos fora de estrada como construção, agricultura e mineração – é o prolongamento de sua vida útil. Mas há outros aspectos envolvidos, até mesmo em termos de sustentabilidade ambiental. “Além de maximizar o retorno realizado sobre o investimento em pneus, relacionado entre os maiores custos de uma frota, a reforma também retarda o descarte da carcaça, reduzindo os impactos ambientais”, diz o especialista. “Também é importante destacar que se trata de uma atividade não poluidora e que seus resíduos sólidos são reciclados por outros segmentos.”

COMPETITIVIDADE

O fato é que, com o consistente fortalecimento, diversos fabricantes passaram a atuar nessa indústria. Como a própria Continental, uma empresa alemã que – além de fabricar – também realiza a recapagem de pneus de carga para caminhões. Para esse tipo de reforma, a empresa trabalha com a chamada “reforma a frio”, que consiste na aplicação de uma banda de rodagem pré-curada. Denominada ContiTread, a banda tem o objetivo de manter o mesmo desenho e compostos utilizados nos pneumáticos originais da marca, um processo que permite sucessivas recapagens em diversas medidas, tanto nos segmentos de longa distância, como para tráfego regional, urbano e de construção.

Outra fabricante que aposta na reforma é a Pirelli, que volta suas forças para o agronegócio e demais operações fora de estrada por meio do sistema Novateck. Segundo Murilo Fonseca, CEO da divisão de pneus industriais da Pirelli, o sistema recupera as caraterísticas originais da banda de rodagem, oferecendo um produto final com tecnologias similares às do pneu novo. “O pneu é submetido a uma rigorosa inspeção qualitativa e triagem, sendo posteriormente reformado por profissionais credenciados pela Pirelli no sistema Novateck”, afirma.

Evidenciando a competitividade crescente, a Bridgestone também despontou neste nicho ao desenvolver seu próprio sistema de reforma, buscando beliscar uma fatia desse mercado promissor. Utilizando um processo denominado Bandag, a empresa produz materiais e equipamentos para reforma, que são destinados à sua rede global.

Além da recapagem em si, a Bandag provê serviços como um sistema de gerenciamento para pneus de veículos de transporte. “A recapagem permite reaproveitar o pneu usado e com total segurança, adicionando a ele uma nova banda de rodagem”, garante Renato Baroli, diretor de vendas da Bridgestone. “Quando reformado por um revendedor credenciado e com suporte do fabricante, o pneu recapado pode rodar de forma igual ou até melhor que um novo, com apenas 1/3 do preço original.”

Contudo, nem todos os componentes pneumáticos são passíveis de reforma. Segundo o executivo da Bridgestone, para que possam ser reformados, é importante que a estrutura dos pneus não esteja comprometida, atentando-se a alguns detalhes. “Isso inclui sinais que apontem se o pneu rodou com baixa pressão ou com sobrecarga, desgaste excessivo na banda de rodagem, contaminação por produto químico, talão danificado por aquecimento ou reparos recentes”, diz Baroli, explicando que o recapador de pneus deve possuir uma equipe capacitada e instrumentos adequados a cada etapa do processo, além de registro no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). “Além disso, é necessário verificar a quantidade máxima de reparos permitidos pela norma ABNT NBR NM 225:2000, que estabelece as condições mínimas para a classificação e aceitação de pneus para reforma ou reparação.”

Raspadora nacional processa até 35 pneus por hora

Antes de as fabricantes globais aportarem no segmento, já havia algumas empresas nacionais especializadas na reforma de pneus. É ocaso da Vipal, que recentemente lançou – durante a feira PneuShow 2016 – a raspadora compacta VR01 Smart Duo, um equipamento especial para raspagem de pneus e que remove a parte remanescente da banda de rodagem, deixando o componente com as dimensões corretas para ser reformado. De fabricação nacional, a VR01 Smart Duo é equipada com duas posições de raspagem, sendo que o sistema de torre giratória é patenteado pela empresa e pode raspar até 35 pneus por hora. Voltado exclusivamente para a rede autorizada da marca, o produto pode realizar carga, descarga e acabamento de um pneu simultaneamente à raspagem de outro. “Este conjunto de tecnologias integrado à máquina também garante um baixo consumo de energia por pneu reformado”, pontua Guilherme Rizzotto, diretor comercial e de marketing da Vipal Borrachas.

 

 

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