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Revista M&T - Ed.194 - Setembro 2015
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Grupos Geradores

Mercado em ascensão

Deficiências do sistema elétrico nacional abrem oportunidades para os equipamentos, principalmente em aplicações de emergência e em horários de pico de consumo
Por Joás Ferreira

O receio de racionamento, cortes ou falhas no fornecimento e a tendência de majorações das tarifas têm provocado reações diversas entre os consumidores de energia elétrica no país, desde a população em geral até estabelecimentos comerciais, industriais, hospitalares, de entretenimento e em canteiros de obras.

Tanto que, segundo Sérgio Padovan, gerente de vendas da Sotreq, o cliente que necessite reduzir custos com energia elétrica e aumentar a confiabilidade no fornecimento de energia deve se preparar. “Indústrias em geral, data centers, empresas de TI e hospitais, para citar apenas alguns exemplos, são segmentos em que a ocorrência de qualquer interrupção no abastecimento de energia pode gerar problemas operacionais potencialmente graves”, diz ele. “Essas organizações são as que devem ter maior preocupação ainda em relação à aquisição de alternativas eficazes para atender às suas demandas.”

Nessa linha, uma das reações imediatas provocadas por esta situação diz respeito ao mercado de fabricação, comercialização e locação de grupos geradores que, a priori, vivencia um significativo aumento na demanda desses equipamentos. Para Rodrigo Vidal, gerente de marketing e produto da Atlas Copco Construction Technique, a crise energética realmente representa estímulo para este nicho, “já que o sistema elétrico nacional vem se mostrando deficiente há alguns anos, sendo que isso se tornou mais grave, por exemplo, com os desdobramentos da crise hídrica ocorrida em São Paulo”.

Segundo ele, os geradores portáteis vêm sendo cada vez mais usados em inúmeros mercados, da construção civil a espaços para eventos, passando por instituições de saúde e até mesmo escritórios. “Os negócios não podem parar sempre que houver interrupções no fornecimento de energia das concessionárias”, comenta.

INCREMENTO

Ainda na percepção de Padovan, “a utilização de grupos geradores, a diesel ou a gás, tem apresentado crescimento nos últimos anos e isso tende a aumentar, especialmente para aplicações em situações de emergência, visando ao aumento da confiabilidade do sistema, ou mesmo em horários de pico de consumo”. Além disso, como ele ressalta, “a utilização desses equipamentos passou a ser atrativa em muitas regiões, até mesmo


O receio de racionamento, cortes ou falhas no fornecimento e a tendência de majorações das tarifas têm provocado reações diversas entre os consumidores de energia elétrica no país, desde a população em geral até estabelecimentos comerciais, industriais, hospitalares, de entretenimento e em canteiros de obras.

Tanto que, segundo Sérgio Padovan, gerente de vendas da Sotreq, o cliente que necessite reduzir custos com energia elétrica e aumentar a confiabilidade no fornecimento de energia deve se preparar. “Indústrias em geral, data centers, empresas de TI e hospitais, para citar apenas alguns exemplos, são segmentos em que a ocorrência de qualquer interrupção no abastecimento de energia pode gerar problemas operacionais potencialmente graves”, diz ele. “Essas organizações são as que devem ter maior preocupação ainda em relação à aquisição de alternativas eficazes para atender às suas demandas.”

Nessa linha, uma das reações imediatas provocadas por esta situação diz respeito ao mercado de fabricação, comercialização e locação de grupos geradores que, a priori, vivencia um significativo aumento na demanda desses equipamentos. Para Rodrigo Vidal, gerente de marketing e produto da Atlas Copco Construction Technique, a crise energética realmente representa estímulo para este nicho, “já que o sistema elétrico nacional vem se mostrando deficiente há alguns anos, sendo que isso se tornou mais grave, por exemplo, com os desdobramentos da crise hídrica ocorrida em São Paulo”.

Segundo ele, os geradores portáteis vêm sendo cada vez mais usados em inúmeros mercados, da construção civil a espaços para eventos, passando por instituições de saúde e até mesmo escritórios. “Os negócios não podem parar sempre que houver interrupções no fornecimento de energia das concessionárias”, comenta.

INCREMENTO

Ainda na percepção de Padovan, “a utilização de grupos geradores, a diesel ou a gás, tem apresentado crescimento nos últimos anos e isso tende a aumentar, especialmente para aplicações em situações de emergência, visando ao aumento da confiabilidade do sistema, ou mesmo em horários de pico de consumo”. Além disso, como ele ressalta, “a utilização desses equipamentos passou a ser atrativa em muitas regiões, até mesmo em função dos últimos aumentos de tarifa energética”.

O diretor comercial da divisão rental da Montarte, Anderson Rossi, admite que a crise no setor elétrico exige da indústria e dos comerciantes a busca por alternativas que evitem os problemas de abastecimento. Segundo ele, a demanda pelos equipamentos realmente aumentou consideravelmente em relação ao primeiro trimestre do ano passado: “O número de consultas para grupos geradores cresceu em 40%, enquanto as vendas sofreram incremento de 12%, se comparadas com o primeiro trimestre do ano passado”, detalha, acrescentando que os geradores são a melhor solução para enfrentar o desafio energético no médio e curto prazo.

Por isso, para o diretor da Montarte, o aumento de demanda está sendo encarado de uma forma bastante positiva. “Algumas empresas já iniciaram o processo de aquisição de mais equipamentos e o incremento de suas frotas para poder atender à procura dos clientes”, explica. Já Padovan, da Sotreq, entende que o mercado de venda e de locação de geradores está maduro e preparado para qualquer aumento de demanda: “Há fornecedores habilitados em toda a cadeia de produção, sendo que eles acompanham o cenário e se planejam para atender a seus clientes”, afirma.

Na opinião de Rossi, os maiores beneficiários no atual momento são os grandes fabricantes e seus stakeholders do segmento de grupos geradores. “Pela crescente demanda de compra pelos locadores e por alguns clientes finais, esse item já teve acréscimo no seu valor de venda”, comenta. “Já os segmentos mais propícios a consumir esses equipamentos são os setores industrial e comercial, pois, além de correrem o risco de ficar sem energia, ainda podem sofrer com os reajustes do valor tarifário de energia.”

No entanto, para Eder Rodrigues, diretor comercial da Himoinsa do Brasil, o avanço do mercado de geradores deveria ser acompanhado de maior facilidade de acesso às linhas de crédito e da cadeia produtiva. Segundo ele, o Brasil somente não enfrenta uma crise no fornecimento de energia devido à retração do mercado em geral, sofrida por diversos setores da economia. “Está claro para todos que os investimentos em infraestrutura, nos últimos anos, têm sido quase inexistentes”, diz.

De fato, Vidal afirma que, mesmo com o mercado em ascensão, as obras da construção civil, por exemplo, oscilam muito e apresentam números negativos, ainda que representem uma grande fatia da demanda. “Mesmo assim, já fornecemos geradores para obras importantes, como o Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro”, pontua.

PROJETOS

Atualmente, como aponta Rossi, da Montarte, as mais atualizadas e adequadas alternativas disponíveis de grupos geradores são os projetos destinados ao desenvolvimento ou aprimoramento de tecnologias ou sistemas de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis e/ou alternativas, como energia eólica, solar, maré-motriz, hidráulica, biomassa, resíduos sólidos e demais fontes alternativas ainda não consagradas. Para ele, “as aplicações tecnológicas incluem, mas não se limitam a sistemas fotovoltaicos, geração térmica solar, turbinas eólicas e sistemas de conversão de biomassa em energia elétrica, incluindo, neste último caso, o processamento de matéria prima, de resíduos e lixo”.

Padovan, por sua vez, também destaca que há várias soluções disponíveis no mercado, de geração a diesel e a gás ou dos chamados kits bi-fuel (com proporção de até 70% de gás e 30% de diesel) ou na parte eletrônica, com possibilidades de paralelismo entre geradores, paralelismo com a concessionária que atende à região e também quanto a proteções e automação. “A solução varia conforme a atividade e a necessidade de cada cliente”, enfatiza, ressaltando que a Sotreq comercializa grupos geradores entre 50 e 6.650 kVA, aptos a atender aos mais variados segmentos e portes de clientes, informa o gerente de vendas da empresa. “Com a realização das devidas manutenções de acordo com o manual do fabricante, os equipamentos têm vida útil que pode chegar a mais de 30 anos, dependendo da aplicação”, destaca.

A opinião é corroborada por Rossi, para quem o bom funcionamento e a vida útil dos equipamentos são diretamente impactados pela correta realização das manutenções periódicas recomendadas pelo fabricante e pelo emprego de equipes técnicas especializadas. A manutenção, segundo ele, objetiva garantir a operacionalidade do grupo gerador em condições apropriadas, o que, além de proporcionar um melhor desempenho e rendimento, evita a incidência de falhas, prolongando a sua vida útil. “É necessário cumprir com o descrito nos manuais de operação e manutenção, que acompanham o produto”, reafirma o especialista.

Rodrigues, da Himoinsa, também enfatiza que a vida útil do equipamento depende em grande medida da qualidade de manutenção preventiva e corretiva, bem como da aplicação de peças genuínas, homologadas pelo fabricante. “Outro fator determinante da sua vida útil são as características do projeto, que devem priorizar a robustez e a facilidade de manutenção”, opina.

Himoinsa expande potência com novos motores

Presente em mais de 100 países e com fábricas distribuídas nos cinco continentes, a empresa incorporou ao portfólio 13 novos modelos de grupos geradores de 50 e 60 Hz equipados com motores Doosan, com opções até 750 kVA. Além dessa novidade, que amplia em 21% a faixa de potência, a linha inclui produtos equipados com motores Yanmar, Himoinsa, Iveco, Scania, Mtu, Hatz e Lombardini, informa a fabricante.

Com capacidade anual para 65 mil unidades, a fabricante apresenta possibilidade de expansão, já que suas vendas estão hoje em 38 mil unidades/ano em todo o mundo. Em geral, para o diretor da empresa, o momento favorece empresas que tenham know how diferenciado e que, sobretudo, sejam dotadas de gerenciamento de custo eficiente e logística organizada. “O cliente torna-se cada vez mais exigente em relação ao funcionamento e qualidade dos equipamentos”, sublinha. “Nesse aspecto, nossos grupos geradores têm um plus, que é o mais baixo nível de ruído do mercado.”

 

 

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