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Revista M&T - Ed.16 - Mar/Abr 1993
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MONOGRAFIA

Manutenção, Qualidade & Produtividade

Este foi o 2a Lugar do I Concurso SOBRATEMA de Monografias Técnicas. O autor é o engenheiro Silvimar Fernandes Reis, do Setor de Manutenção de Obra da Construtora Queiroz Galvão S.A. *
I - Introdução:
Temos visto, ultimamente, uma crescente preocupação e, até mesmo, grandes investimentos - apesar da crise econômica - em produtividade e qualidade. Este trabalho sugere o desenvolvimento de um “Sistema de Auditagem Técnica de Manutenção”, onde teríamos alarmes para solicitação de justificativas dos índices não atingidos.
II - Desenvolvimento:
Durante bom tempo, notou-se uma grande inversão de valores nos processos produtivos. Incertezas, instabilidade econômica do País etc., deixaram relegadas a segundo plano a preocupação com redução de custos, desperdícios e setores “menos importantes” como a manutenção.
Hoje, com programas de qualidade e produtividade, é quase que geral a preocupação em melhorar índices, reduzir custos, minimizar desperdícios. Sendo o custo um dos componentes principais no resultado de um projeto, nada impede que se trabalhe para reduzi-lo e que, com isso, o lucro seja maior. Não deveria ter mérito nenhum, em nosso País, lucrar com incertezas (por ironia, começa-se a reverter a inversão de valores com a conclusão de que difícil é reduzir custos).
Nesta difícil tarefa de se reduzir custos e melhorar índices de desempenho, a equipe desta monografia trabalha no desempenho de um algoritmo para implementação de um sistema informatizado de auditagem técnica de manutenção.
A maioria das auditorias de manutenção é normativa e/ou física (movimentação de ativos, baterias, pneus etc.). A que está sendo desenvolvida sugere um controle de aplicação de peças com alarmes, caso estas não tenham atingido o que foi estimado. Em resumo, tentamos sintetizar, abaixo, o trabalho.
Tudo começa com o levantame


Este foi o 2a Lugar do I Concurso SOBRATEMA de Monografias Técnicas. O autor é o engenheiro Silvimar Fernandes Reis, do Setor de Manutenção de Obra da Construtora Queiroz Galvão S.A. *
I - Introdução:
Temos visto, ultimamente, uma crescente preocupação e, até mesmo, grandes investimentos - apesar da crise econômica - em produtividade e qualidade. Este trabalho sugere o desenvolvimento de um “Sistema de Auditagem Técnica de Manutenção”, onde teríamos alarmes para solicitação de justificativas dos índices não atingidos.
II - Desenvolvimento:
Durante bom tempo, notou-se uma grande inversão de valores nos processos produtivos. Incertezas, instabilidade econômica do País etc., deixaram relegadas a segundo plano a preocupação com redução de custos, desperdícios e setores “menos importantes” como a manutenção.
Hoje, com programas de qualidade e produtividade, é quase que geral a preocupação em melhorar índices, reduzir custos, minimizar desperdícios. Sendo o custo um dos componentes principais no resultado de um projeto, nada impede que se trabalhe para reduzi-lo e que, com isso, o lucro seja maior. Não deveria ter mérito nenhum, em nosso País, lucrar com incertezas (por ironia, começa-se a reverter a inversão de valores com a conclusão de que difícil é reduzir custos).
Nesta difícil tarefa de se reduzir custos e melhorar índices de desempenho, a equipe desta monografia trabalha no desempenho de um algoritmo para implementação de um sistema informatizado de auditagem técnica de manutenção.
A maioria das auditorias de manutenção é normativa e/ou física (movimentação de ativos, baterias, pneus etc.). A que está sendo desenvolvida sugere um controle de aplicação de peças com alarmes, caso estas não tenham atingido o que foi estimado. Em resumo, tentamos sintetizar, abaixo, o trabalho.
Tudo começa com o levantamento, junto às pastas dos equipamentos, das movimentações de peças com as horas das trocas, referências, quantidades etc. Toda essa massa de informações de cada modelo é lançada em estrutura de banco de dados em microcomputador.
Terminadas as fases de coleta de dados, digitação, conferência e correção, tem início o levantamento dos índices atuais de conjuntos por ativo. Com isso, consegue- se ter os índices de hoje para comparação no futuro, saber qual o pior equipamento, o pior conjunto, qual o pior conjunto no pior equipamento etc. Apenas para ilustração, temos:
Modelo: D8H/K
Quantidade: 59 equipamentos
Hora total pesquisada: 253.488 h
Quantidade de registros no banco de dados: 9.245 intervenções
Confiabilidade mecânica do modelo: 112,23 h
Confiabilidade mecânica do motor: 243,50 h.
Confiabilidade mecânica do sistema elétrico: 289,37 h etc.
Após a obtenção dos índices de confiabilidade mecânica, passamos a conseguir a estatística de vida de peças que servirão de base para montagem do plano de manutenção estatístico-preditivo. Obtido o comprometimento das equipes de manutenção como o novo plano, as intervenções, fora do que foi programado, irão gerar alarme e se procurará a explicação (auditagem).
Em manutenção, com alguma frequência, existindo a condição de “liberdade para errar”, a equipe é medida pela velocidade de atendimento (se um equipamento quebra, a pergunta é: quando sai?; e a equipe é tão boa quanto mais rápido puder atuar). O rendimento mecânico, largamente utilizado, mede esta velocidade. Numa frente com dez moto-scraper consegue-se, com alguma facilidade, manter um rendimento de 80% às custas de um ou dois equipamentos sempre parados. O rendimento é aceitável, enquanto a confiabilidade pode estar péssima. Um exemplo é o sistema elétrico (c.c.) onde não se sente muito este problema, pois quase sempre existe um "almoxarifado” próximo. A confiabilidade, conforme ilustrado no exemplo, mostra que é muito crítico o seu desempenho.
As intervenções, então, fora do período estipulado, serão auditadas. A frequência destas auditorias seria um bom parâmetro para avaliação qualitativa das equipes de manutenção. Um exemplo seria a pouca durabilidade dos cabos de embreagem das camionetes Chevrolet D-20, fabricadas até 1988. Acostuma-se a conviver com o erro. A solução de muitos é ter um cabo reserva, às vezes, até atrás do banco. Com a auditagem será cobrada a identificação do erro, a análise do problema, a solução, enfim, uma participação efetiva da equipe.

*Colaboradores: Wilson da Silva Lara e Raimundo Elenilson Maia

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