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Revista M&T - Ed.175 - Dez/Jan 2014
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Investimentos em infraestrutura contabilizam R$ 1,19 trilhão até 2018

Setor com maior participação é o de transportes, com montante estimado de R$ 369,6 bilhões, ao passo que o Sudeste responde por 49,36% do total de recursos previstos

Considerada fator principal para a elevação da competitividade brasileira, a área de infraestrutura vem passando por um período de definições estratégicas nos últimos anos. Por um lado, os governos federal, estadual e municipal vêm anunciando programas e aportes bilionários nesse segmento. Por outro lado, o percentual de investimento dos principais setores que compõem a infraestrutura energia, saneamento e transportes em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) apresenta uma ínfima variação desde 2008. A previsão é que, este ano, esse índice alcance 1,97%, considerando a soma dos três segmentos. Individualmente, a estimativa é que a área de transportes obtenha 0,96%, enquanto energia registre 0,81% e saneamento, 0,2% (cf. gráfico na pág. 73).

A análise de tal paradoxo provém da pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2018, que aponta 8.300 obras em andamento e em projeto e intenção, cujo montante estimado chega a expressivo R$ 1,19 trilhão para o período entre 2013 e 2018. Encomendado pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração às empresas CriActive e e8 Inteligência, o levantamento compilou informações de cerca de 1.200 fontes primárias e secundárias para apresentar as perspectivas de oito setores da economia, seus principais projetos e aportes financeiros disponíveis.

ÍNDICES

A pesquisa mostra que, em termos de investimentos, o setor com maior participação é transportes, com um montante estimado de R$ 369,6 bilhões, que equivalem a 30,94% do total calculado. Na sequência, aparece a área de óleo & gás, com aportes de R$ 346,6 bilhões, o que corresponde a 29,02%. Em terceiro, está o setor de energia, com 16,41%. Os demais segmentos contemplados na pesquisa, por ordem de participação, são indústria, saneamento, infraestrutura de habitação e infraestrutura esportiva.

De acordo com Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, a pesquisa contempla os aportes financeiros previstos no Plano de Investimento em Logística (PIL), que somam R$ 242 bilhões, bem como outros investimentos do próprio governo federal em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, além de aportes dos governos estaduais e municipais para melhoria e ampliação da ma


Considerada fator principal para a elevação da competitividade brasileira, a área de infraestrutura vem passando por um período de definições estratégicas nos últimos anos. Por um lado, os governos federal, estadual e municipal vêm anunciando programas e aportes bilionários nesse segmento. Por outro lado, o percentual de investimento dos principais setores que compõem a infraestrutura energia, saneamento e transportes em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) apresenta uma ínfima variação desde 2008. A previsão é que, este ano, esse índice alcance 1,97%, considerando a soma dos três segmentos. Individualmente, a estimativa é que a área de transportes obtenha 0,96%, enquanto energia registre 0,81% e saneamento, 0,2% (cf. gráfico na pág. 73).

A análise de tal paradoxo provém da pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2018, que aponta 8.300 obras em andamento e em projeto e intenção, cujo montante estimado chega a expressivo R$ 1,19 trilhão para o período entre 2013 e 2018. Encomendado pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração às empresas CriActive e e8 Inteligência, o levantamento compilou informações de cerca de 1.200 fontes primárias e secundárias para apresentar as perspectivas de oito setores da economia, seus principais projetos e aportes financeiros disponíveis.

ÍNDICES

A pesquisa mostra que, em termos de investimentos, o setor com maior participação é transportes, com um montante estimado de R$ 369,6 bilhões, que equivalem a 30,94% do total calculado. Na sequência, aparece a área de óleo & gás, com aportes de R$ 346,6 bilhões, o que corresponde a 29,02%. Em terceiro, está o setor de energia, com 16,41%. Os demais segmentos contemplados na pesquisa, por ordem de participação, são indústria, saneamento, infraestrutura de habitação e infraestrutura esportiva.

De acordo com Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, a pesquisa contempla os aportes financeiros previstos no Plano de Investimento em Logística (PIL), que somam R$ 242 bilhões, bem como outros investimentos do próprio governo federal em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, além de aportes dos governos estaduais e municipais para melhoria e ampliação da malha rodoviária e mobilidade urbana.

Em termos regionais, com 49,36% dos recursos o Sudeste responde pela maior fatia, seguido pelo Nordeste, com 23,33%. “O que impulsiona a região Sudeste são os aportes financeiros ligados ao pré-sal, além de investimentos em rodovias, ferrovias e mobilidade urbana”, avalia Daniel. “Já o Nordeste absorve uma grande parte dos valores destinada às malhas ferroviária e rodoviária, fora os recursos direcionados à Refinaria Abreu e Lima (PE) e para a transposição do rio São Francisco.”

PROJEÇÕES

Outro aspecto revelador apontado pela pesquisa diz respeito às expectativas e projeções das principais empreiteiras sobre a área de infraestrutura no Brasil. Em 2013, 78% dos entrevistados afirmaram ter registrado crescimento, principalmente com a demanda proveniente de setores como mineração, infraestrutura esportiva (arenas), mobilidade urbana e indústria. Na opinião dos executivos, a mineração – por não estar atrelada ao setor público – registrou crescimento sem impactos diretos das ações do governo. No caso da infraestrutura esportiva, até por conta da recente realização da Copa das Confederações e da aproximação da Copa do Mundo, as obras já foram encerradas ou estão aceleradas para serem entregues no prazo previsto.

Em relação aos principais gargalos no setor, 89% dos entrevistados avaliam que a burocracia continua como o principal entrave para as obras de infraestrutura. Nesse contexto, existem vários aspectos que devem ser considerados, como o peso das agências reguladoras, a quantidade de ministérios envolvidos para a liberação de uma obra (acima da média mundial), o grau de exigência e a estrutura necessária para avaliação e atendimento da demanda em relação às questões ambientais. “Esses fatores se convergem e criam uma série de empecilhos, atrasando o início das obras”, conclui Daniel.

 

 

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