P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista M&T - Ed.168 - Maio 2013
Voltar
Segurança

Foco no planejamento

Com o aumento exponencial da frota nacional de equipamentos de acesso, segurança operacional torna-se uma das principais preocupações no setor da construção

Atualmente um dos principais hot spots mundiais para os equipamentos de acesso, o Brasil também vem debatendo como aumentar a segurança na operação desses produtos nos canteiros de obras.

O mercado de plataformas de trabalho aéreo (PTAs) um dos principais produtos do segmento está em franca ascensão no país, chegando a movimentar cerca de US$ 300 milhões por ano. Segundo Raphael Cardoso, diretor do segmento de plataformas aéreas e telehandlers para a América Latina da Terex, nos últimos cinco anos o número de máquinas que entram anualmente no mercado brasileiro mais que dobrou. “Passamos de 2.950 unidades em 2008 para 6.035 novos equipamentos em 2012”, afirma.

Sintomaticamente, a evolução do mercado nacional de plataformas, como lembra o executivo, começou com a publicação da Norma Regulamentadora 18 (NR 18), em 2007. “A partir de então, começamos a ver um crescimento mais forte no mercado”, afirma. Para 2013, a expectativa é que mais 6.500 plataformas entrem no mercado brasileiro. “Somente nos dois primeiros meses do ano entraram no país 1.600 equipamentos”, diz Cardoso. Atualmente, o Brasil conta com quase 20 mil plataformas em atuação, sendo que o principal canal para os fabricantes desse tipo de equipamento é o setor de rental.

IMPACTO

Com essa robustez de mercado, somada à baixa qualificação de pessoal, o impacto nos canteiros tem sido grande. Para Paulo Oscar Auler Neto, vice-presidente da Sobratema, os profissionais (operadores, gerentes e encarregados) ainda não estão preparados para a correta utilização das PTAs. “Junto à crescente aplicação dos equipamentos, precisamos avaliar também a capacitação dos operadores e do engenheiro da obra, assim como critérios para escolha do melhor equipamento em cada trabalho”, diz ele.

Para isso, é necessário dimensionar o problema. Segundo Antônio Pereira, auditor fiscal do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/SP e coordenador do Programa Estadual da Construção de São Paulo, atualmente metade dos acidentes em atividades de trabalho em altura está relacionada a quedas, seja de pessoas ou de objetos, principalmente na construção leve. Destaque-se que o infame campeão de mortes, como ele revela, ainda são os andaimes.


Atualmente um dos principais hot spots mundiais para os equipamentos de acesso, o Brasil também vem debatendo como aumentar a segurança na operação desses produtos nos canteiros de obras.

O mercado de plataformas de trabalho aéreo (PTAs) um dos principais produtos do segmento está em franca ascensão no país, chegando a movimentar cerca de US$ 300 milhões por ano. Segundo Raphael Cardoso, diretor do segmento de plataformas aéreas e telehandlers para a América Latina da Terex, nos últimos cinco anos o número de máquinas que entram anualmente no mercado brasileiro mais que dobrou. “Passamos de 2.950 unidades em 2008 para 6.035 novos equipamentos em 2012”, afirma.

Sintomaticamente, a evolução do mercado nacional de plataformas, como lembra o executivo, começou com a publicação da Norma Regulamentadora 18 (NR 18), em 2007. “A partir de então, começamos a ver um crescimento mais forte no mercado”, afirma. Para 2013, a expectativa é que mais 6.500 plataformas entrem no mercado brasileiro. “Somente nos dois primeiros meses do ano entraram no país 1.600 equipamentos”, diz Cardoso. Atualmente, o Brasil conta com quase 20 mil plataformas em atuação, sendo que o principal canal para os fabricantes desse tipo de equipamento é o setor de rental.

IMPACTO

Com essa robustez de mercado, somada à baixa qualificação de pessoal, o impacto nos canteiros tem sido grande. Para Paulo Oscar Auler Neto, vice-presidente da Sobratema, os profissionais (operadores, gerentes e encarregados) ainda não estão preparados para a correta utilização das PTAs. “Junto à crescente aplicação dos equipamentos, precisamos avaliar também a capacitação dos operadores e do engenheiro da obra, assim como critérios para escolha do melhor equipamento em cada trabalho”, diz ele.

Para isso, é necessário dimensionar o problema. Segundo Antônio Pereira, auditor fiscal do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/SP e coordenador do Programa Estadual da Construção de São Paulo, atualmente metade dos acidentes em atividades de trabalho em altura está relacionada a quedas, seja de pessoas ou de objetos, principalmente na construção leve. Destaque-se que o infame campeão de mortes, como ele revela, ainda são os andaimes.

Outro fator agravante, como pontua Pereira, é o excesso de horas-extras realizadas pelos trabalhadores. Muitas vezes, os profissionais atuam entre 60 a 80 horas em trabalhos contínuos, um fator que evidentemente contribui para acidentes e outros problemas nas obras. “Essa jornada excessiva dos funcionários mostra que alguma coisa errada aconteceu, especialmente no planejamento”, comenta o auditor.

PLANEJAMENTO

Por isso, o especialista ressalta a necessidade de um planejamento meticuloso durante a fase de projeto, prevendo em detalhes as manutenções que serão necessárias nas obras, especialmente de shopping centers, pontes, viadutos, auditórios e demais construções que exigem trabalho em altura elevada após serem concluídas. Isso porque, segundo Pereira, os profissionais no Brasil ainda se preocupam apenas com a obra em si, esquecendo-se do pós-obra.

Para o especialista, apesar de ainda requerer alterações pontuais, a NR 35 traz inovações importantes para o setor, estabelecendo requisitos mínimos e medidas de proteção. O que falta, segundo ele, é que tais medidas sejam de fato implantadas nos canteiros do país. “Havia a necessidade de rever esse puxadinho que virou a NR 18 e transformá-la em uma coisa mais organizada”, afirma. “Mas, acima de tudo, precisamos parar com a gestão de papel e prestar mais atenção à qualidade real de nossas operações.”

Como avanços, o auditor destaca que a NR 35 prevê treinamentos e capacitação, avaliação detalhada do estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividade em altura, procedimentos operacionais de rotina, uso correto dos equipamentos e planos de emergência em caso de acidente.

RISCOS

Ponto pacífico é o fato de que as plataformas de trabalho aéreo estão em constante evolução e constituem um método seguro de acesso temporário para trabalhos em altura. “Desde que elas sejam usadas da forma correta”, contrapõe Antonio Barbosa, diretor do IPAF-Brasil (Federação Internacional de Plataformas Aéreas).

Segundo ele, mesmo sendo fáceis de controlar e operar, tais máquinas oferecem perigo nas mãos de profissionais não capacitados, exigindo treinamento adequado e profissional. E dentre os principais fatores de riscos está o tombamento da máquina.

“Isso pode ocorrer devido a fatores como operação em encostas ou terrenos irregulares, ausência de estabilizadores e parapeitos em torno do perímetro da plataforma, inserção indevida de escadas auxiliares para ganhar altura e outros”, diz Barbosa. “Mas também podem ocorrer quedas de objetos e pessoas, choques, impactos e encarceramento do operador contra objetos fixos ou móveis.”

A seleção da PTA mais adequada também é um ponto que merece atenção, sendo que o dimensionamento do terreno é um fator crucial nessa escolha. “É preciso verificar a capacidade relativa para dirigir em terreno variado e irregular”, diz Cardoso, da Terex. “Além disso, é preciso observar detalhes como o tipo de trabalho que será realizado, os acessos à zona de trabalho, número de pessoas e cargas por elevar, altura e alcance requerido, tipo de combustível e outros”, intervém o diretor do IPAF-Brasil.

ELEVADORES

Além das PTAs, os elevadores de cremalheira vêm despontando como alternativa para transporte de cargas e pessoas em alturas elevadas. Segundo orientações contidas na NR 18, em edifícios em construção com oito ou mais pavimentos é obrigatória a instalação de pelo menos um elevador de passageiros, devendo seu percurso alcançar toda a extensão vertical da obra.

Como critério de segurança, a Norma estabelece que esse tipo de equipamento seja dotado de amortecedores de impacto de velocidade nominal na base, para os casos em que ultrapasse os limites de parada final. “Além de ser seguro, o elevador de cremalheira constitui uma opção produtiva e eficiente para trabalhos em altura”, diz Caio Melo, diretor técnico da Montarte.

Evento debate segurança em trabalhos em altura

Sob o tema Movimentação Vertical e Trabalhos em Altura, o Sobratema Workshop 2013 foi realizado no dia 3 de abril, no Centro Britânico Brasileiro (SP). Com a presença de 172 profissionais, o evento analisou aspectos como desenvolvimento tecnológico, causas de acidentes, treinamentos disponíveis e impacto das novas normas técnicas adotadas no país. “Essas atividades devem ser planejadas e executadas por pessoas capacitadas, com empregadores e trabalhadores assumindo suas respectivas responsabilidades para a redução de acidentes”, afirmou Wilson de Mello Jr., diretor do Instituto Opus.

Livro aborda manutenção proativa

Editada pela Sobratema Editora, a obra “Conversando com a Máquina”, de Silvimar Fernandes Reis, vice-presidente da Sobratema e diretor de suprimentos e equipamentos da Galvão Engenharia, trata de temas relacionados à manutenção proativa, que exigem um amplo embasamento técnico e prático dos gestores de frotas. Dividido em cinco capítulos, o trabalho é resultado de 35 anos de experiência e convívio com especialistas na área de manutenção de diversos países. “O livro faz com que esse conhecimento acumulado chegue além das pessoas que me cercam”, diz o autor.

 

 

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E