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Revista M&T - Ed.229 - Novembro 2018
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Motoniveladoras

Escolha nos detalhes

A despeito da crescente padronização tecnológica, fabricantes apresentam diferenciais construtivos e conceituais capazes de influenciar decisivamente na escolha do equipamento
Por Antonio Santomauro

Equipamentos clássicos da construção, as motoniveladoras têm presença garantida (e imprescindível) em canteiros de grandes obras, nos quais cortam, escavam, nivelam superfícies e movimentam materiais, dentre outras tarefas pesadas, porém cada vez mais precisas. Até por isso, também são cada vez mais usadas em atividades do agronegócio, que se vale dessas máquinas – em seus mais diferentes portes e modelos – em um amplo leque de atividades produtivas no campo (confira Box na pág. 46).

De saída, potência e peso mantêm-se como os critérios mais básicos para a seleção entre um modelo e outro. No amplo leque oferecido comercialmente pelas fabricantes no país, a linha multimarcas parte de 15, 17 e 19 toneladas e segue acima disso, em potências nas faixas entre 130 hp e 280 hp. Essas variações elementares, é bom destacar, desdobram-se em diversas outras configurações, definidas por tipo de transmissão, motor, largura e alcance da lâmina, escarificador, eletrônica embarcada, sistema hidráulico, tração, posicionamento da cabine, dentre outros subitens, sobre os quais é indicado consultar o manual do fabricante.

De todo modo, alguns princípios são passíveis de observação. Por exemplo, os especialistas são unânimes em apontar que inicialmente a escolha deve considerar a rotina que a máquina enfrentará – como corte, movimentação e acabamento –, assim como o material com o qual lidará, conhecendo sua composição e grau de compactação. A análise prévia requer ainda uma avaliação das características do terreno sobre o qual o equipamento trabalhará, sendo que topografias inclinadas ou com elevada incidência de chuva, por exemplo, podem exigir uma versão com tração nas seis rodas.

É apenas um exemplo. A despeito da padronização crescente dos projetos, com a qualidade nivelada por cima, as diferentes marcas de motoniveladoras ainda apresentam alguns diferenciais capazes de influenciar na escolha por um ou outro modelo, como é o caso do sistema de transmissão, que pode ser direto ou dotado


Equipamentos clássicos da construção, as motoniveladoras têm presença garantida (e imprescindível) em canteiros de grandes obras, nos quais cortam, escavam, nivelam superfícies e movimentam materiais, dentre outras tarefas pesadas, porém cada vez mais precisas. Até por isso, também são cada vez mais usadas em atividades do agronegócio, que se vale dessas máquinas – em seus mais diferentes portes e modelos – em um amplo leque de atividades produtivas no campo (confira Box na pág. 46).

De saída, potência e peso mantêm-se como os critérios mais básicos para a seleção entre um modelo e outro. No amplo leque oferecido comercialmente pelas fabricantes no país, a linha multimarcas parte de 15, 17 e 19 toneladas e segue acima disso, em potências nas faixas entre 130 hp e 280 hp. Essas variações elementares, é bom destacar, desdobram-se em diversas outras configurações, definidas por tipo de transmissão, motor, largura e alcance da lâmina, escarificador, eletrônica embarcada, sistema hidráulico, tração, posicionamento da cabine, dentre outros subitens, sobre os quais é indicado consultar o manual do fabricante.

Conversor mantém índices elevados do torque de saída mesmo em baixas rotações

De todo modo, alguns princípios são passíveis de observação. Por exemplo, os especialistas são unânimes em apontar que inicialmente a escolha deve considerar a rotina que a máquina enfrentará – como corte, movimentação e acabamento –, assim como o material com o qual lidará, conhecendo sua composição e grau de compactação. A análise prévia requer ainda uma avaliação das características do terreno sobre o qual o equipamento trabalhará, sendo que topografias inclinadas ou com elevada incidência de chuva, por exemplo, podem exigir uma versão com tração nas seis rodas.

É apenas um exemplo. A despeito da padronização crescente dos projetos, com a qualidade nivelada por cima, as diferentes marcas de motoniveladoras ainda apresentam alguns diferenciais capazes de influenciar na escolha por um ou outro modelo, como é o caso do sistema de transmissão, que pode ser direto ou dotado de conversor de torque. Ou seja, a escolha também é definida nos detalhes.

USUÁRIOS

E isso nem sempre é tão simples de se fazer, tendo em vista a ampla oferta do mercado brasileiro. Segundo o Guia de Equipamentos da Sobratema, o mercado brasileiro de equipamentos atualmente disponibiliza nada menos que 27 diferentes modelos de motoniveladoras, de nove fabricantes – e esse número pode ser ainda maior na próxima atualização do programa.

Para aprofundar a questão, a Revista M&T foi a campo ouvir alguns usuários e fabricantes dessa classe de máquina. A transmissão direta, por exemplo, é a opção preferencial de Anderson de Oliveira Ferreira, sócio-gerente da Moviterra, locadora sediada na cidade de Belo Horizonte (MG), cuja frota conta atualmente com dez motoniveladoras da marca Caterpillar. “A transmissão direta confere a potência desejada sem perda de combustível”, ele justifica. “Além disso, tenho máquinas que operam há 12 mil horas sem nenhuma necessidade de manutenção na transmissão.”

Já o conversor de torque é mais valorizado por Eurimilson Daniel, diretor da Escad Rental, que mantém 35 motoniveladoras das marcas Case e New Holland para locação. “O conversor de torque é um alinhamento da rotação do motor com a transmissão, que potencializa a operação através dessa sintonia de rotação”, explica. “Assim, caso determinada etapa de um trabalho exija mais torque em rotações mais baixas, o conversor consegue disponibilizá-la.”

No entanto, esse não é o único ponto a ser considerado. Para Daniel, o mais importante é haver opções ao mercado, com diferentes graus de tecnologia. “No setor de locação, valorizam-se itens como a potência de motor, que deve ser adequada à necessidade, o sistema de operação, com respostas mais rápidas, e a escarificação traseira”, descreve. “Esses são pontos que contribuem decisivamente na hora da escolha do investimento.”

Outro ponto destacado pelo especialista refere-se ao posto de trabalho. “As cabinas fechadas vêm ao encontro de uma evolução tecnológica que conquistou a preferência do mercado ao oferecer mais conforto e segurança”, diz Daniel, que também é vice-presidente da Sobratema. “Por experiência, também prefiro a cabina no chassi traseiro, pois assim propicia melhor visão para o operador, além de estrutura ROPS/FOPS e ar condicionado, para garantir segurança e bem-estar ao operador.”

Já o sócio-diretor da Satélite Terraplenagem, José Antonio Spinassé, vê a motoniveladora como um equipamento dedicado principalmente ao acabamento, uma etapa que, dependendo da condição da obra e do espaço disponível, pode desenvolver-se em maior ou menor velocidade. “Por isso, são interessantes opções com número maior de marchas, que dão mais condições às transmissões de, somando as potências dos motores, multiplicar força e velocidade”, destaca, informando ainda que a maior parte das motoniveladoras disponíveis no Brasil possui entre 9 e 14 marchas, contando ré.

FABRICANTES

Com isso, já é possível ter uma ideia, mas há ainda o ponto de vista de quem produz a máquina. Reforçando o comentário de Daniel, a New Holland Construction reitera que a presença do conversor de torque nos sistemas de transmissão realmente confere vantagem significativa às suas motoniveladoras.

Projetadas para alto rendimento, transmissões diretas evitam perda de energia

Além de câmbio powershift – ademais, presente em equipamentos da concorrência –, as transmissões das motoniveladoras da marca contam com conversor de torque capaz de “multiplicar em até 2,4 vezes o torque de saída”, mantendo esse parâmetro em índices elevados mesmo em baixas rotações. “Elas também incluem a função automática lock-up, capaz de anular a multiplicação do torque, resultando em um comportamento mais suave da máquina”, acrescenta Fernando Neto, especialista de marketing de produto da New Holland Construction.

Atualmente, a fabricante disponibiliza três modelos de motoniveladoras com potências entre 160 hp e 219 hp e cabina montada no chassi traseiro, propiciando ganhos na visibilidade da lâmina. Já os motores são de 6,7 litros, enquanto os concorrentes trabalham com motores de 8,8 litros ou mais. “Teoricamente, motores maiores proporcionam mais potência e torque maior”, ressalta Neto. “Mas essas motoniveladoras possuem motores elétricos, que se ajustam automaticamente a cada necessidade de torque e potência, de modo que a eficiência se dá pela relação entre produtividade e consumo.”

Sensores e softwares opcionais geram informações em tempo real sobre a operação

A Caterpillar, por sua vez, agrupa suas motoniveladoras nas séries K e M, compostas por nove modelos com potências que variam entre 103 e 399 kW. Com motores diferentes, os equipamentos da série M também contam com mais recursos tecnológicos, inclusive comandos por joysticks. Mas todos trazem transmissão direta. “São transmissões projetadas para alto rendimento, que geram maior transmissão de potência sem perda de energia, com alta durabilidade”, afirma Pablo Santos, especialista em aplicação de produtos da fabricante.

A marca, não obstante, também disponibiliza transmissão com conversor de torque no modelo 919, que em novembro se tornará a primeira motoniveladora com a marca SEM comercializada oficialmente no Brasil. “O sistema de acionamento direto entrega mais potência livre no solo”, destaca Santos. “Mas independentemente do tipo de transmissão, ambas as máquinas entregam a potência ideal para cada aplicação.”

Já a John Deere aposta em motoniveladoras com sistema de transmissão direta, concebido com a tecnologia EBS (Event Based Shifting) e que, de acordo como o gerente de vendas da fabricante, Thomás Spana, permite ao operador ir de uma marcha a outra, para frente ou em ré, sem a necessidade de passar por marchas intermediárias ou mesmo parar o equipamento para neutralizar a transmissão antes de inverter o sentido. “Isso facilita enormemente o trabalho do operador e, de quebra, faz a transmissão durar mais tempo”, destaca Spana.

Atualmente, a John Deere fornece ao mercado brasileiro quatro diferentes modelos de motoniveladoras, com potências entre 200 e 250 hp e peso operacional entre 17,5 t e 19,3 t. A manutenção tem um lugar especial na linha. Isso porque, de acordo com Spana, o projeto desses equipamentos permite acesso rápido aos filtros, possibilitando que o próprio operador troque rapidamente os calços dos círculos [componentes que movimentam as lâminas e que também requerem substituições periódicas]. “As máquinas contam ainda com sistema de bloqueio automático do diferencial, que precisa ser acionado para que os pneus traseiros girem juntos”, acrescenta Spana. “Mas nem sempre o operador se lembra de fazer esse bloqueio, ocasionando quebras nas correntes e no tandem da transmissão.”

OPCIONAIS

Acompanhando as tendências do setor, as motoniveladoras também embarcam cada vez mais a eletrônica em seus projetos, notadamente via sensores e softwares especializados que geram informações em tempo real sobre sua operação. Isso inclui dados sobre temperatura, pressão, consumo e outros, em um fluxo contínuo de informações que permitem corrigir de imediato ações potencialmente danosas aos equipamentos, além de programar paradas de manutenção preditiva e, em uma etapa ainda mais avançada, automatizar alguns processos ou mesmo toda a atividade da máquina.

Tecnologias de entrada otimizam o monitoramento das máquinas

Geralmente, esses sistemas ainda são comercializados como opcionais no país, exigindo investimentos adicionais. Em alguns casos, com sistemas completos de automação, os investimentos são tão significativos que podem equivaler ao valor investido na própria máquina ou em grande parte dela.

No momento, isso é algo fora de cogitação. Mas para uma locadora média, por exemplo, um sistema de rastreamento e monitoramento das informações da máquina pode ser interessante, por permitir identificar manuseio incorreto por parte dos operadores de seus clientes, como observa Ferreira, da Moviterra. “Ao se detectar rapidamente algo que acontece em algum componente, reduzem-se bastante as paradas, agilizando inclusive as ações de manutenção inesperadas [corretivas], pois indicam onde pode estar o problema”, ressalta o especialista.

Spinassé, da Satélite, reforça que a automatização dos equipamentos de fato permite ampliar os índices de acerto dos trabalhos, ajudando assim a reduzir seus custos. Nesse sentido, diz ele, já é possível até mesmo eliminar a necessidade do greidista – como é denominado o profissional que caminha à frente da motoniveladora fazendo as anotações para a distribuição uniforme dos materiais. “Mas esses sistemas exigem uma capacitação que, por sua vez, demanda tempo e investimento”, contrapõe. “E isso, na atual conjuntura da economia brasileira, também não está muito disponível.”

O especialista expande a consideração ao analisar a importância dos joysticks, que em alguns modelos já substituem as alavancas. “Esses componentes permitem obter um controle mais preciso, proporcionando maior rendimento à máquina”, assegura. “Mas, assim como os sistemas embarcados, também demandam operadores mais capacitados, pois o padrão brasileiro ainda é [usar] o comando com alavancas.”

Embora o controle por joysticks possa realmente constituir um diferencial para as motoniveladoras, as alavancas também vêm evoluindo, observa Daniel, da Escad. “Elas agora têm cursos mais curtos e bem-posicionados para operação, além do custo mais atrativo”, argumenta.

Segundo o locador, é preciso considerar que a evolução tecnológica das motoniveladoras nem sempre encontra uma contrapartida comercial no mercado brasileiro. Principalmente no mercado de locação, que segundo ele não acompanha pari passu o valor agregado às máquinas pela tecnologia. “Apesar de ser um propulsor de máquinas e tecnologias no mercado, nosso setor ainda sofre com a sustentabilidade econômica dos investimentos. No caso das motoniveladoras, ainda temos alguns passos a dar no sentido de equilibrar as melhores ofertas de tecnologia embarcada com as possibilidades e exigências de mercado”, afirma. “Todavia, temos de admitir que esses recursos – como, por exemplo, o bloqueio de tração, hoje presente nas principais marcas, assim como sensores e outras tecnologias que oferecem maior precisão na distribuição dos materiais –, têm permitido obter níveis mais elevados de produção, materializando uma nova realidade para o setor.”

ENTRADA

Até porque já existem ferramentas eletrônicas capazes de agregar benefícios palpáveis à operação de motoniveladoras com custo mais acessível. No caso das máquinas da Caterpillar, como garante Santos, isso representa menos de 5% em investimento adicional.

Exemplos dessas “tecnologias de entrada”, diz ele, são o sistema de nivelação automática Cross Slope – com o qual o operador pode controlar apenas um lado da lâmina, enquanto o outro mantém automaticamente a inclinação – e os sistemas Auto Articulation e Stable Blade que, respectivamente, reduzem o raio de giro e harmonizam automaticamente a velocidade da máquina quando os sensores detectam saltos excessivos. Ambos ainda são opcionais nos equipamentos da série M da marca.

Já na Série K, conta o executivo, a recente atualização promovida pela fabricante incluiu opcionais como o Sensor Digital de Inclinação da Lâmina, além de outros recursos que passaram a ser padrão de fábrica. “Desde setembro as máquinas dessa série trazem de fábrica os sistemas ECO Mode e de Desligamento do Motor em Marcha Lenta, destinados a reduzir o consumo de combustível”, cita Santos.

Já a New Holland disponibiliza um sistema de telemetria e monitoramento remoto (FleetForce) e uma tecnologia de otimização e automatização do trabalho das máquinas (FleetGrade). O portfólio da marca também inclui o Datar, uma ferramenta de diagnóstico que rastreia e grava diversos parâmetros de funcionamento da máquina, como temperatura, pressão, corrente e tensão de componentes eletrohidráulicos e de motores. “O Datar identifica variações que indiquem sinais de avarias, otimizando o desempenho e as programações de intervenções, ajudando a minimizar o tempo de máquina parada e evitando a troca desnecessária de componentes”, diz Paulo Cassimiro, gerente de suporte de produto da New Holland Construction.

Também a John Deere inclui sistemas de telemetria e de produtividade em suas motoniveladoras. Denominado JDLink, há tempos seu conhecido sistema de telemetria já é padrão nos equipamentos da marca, enquanto os sistemas de automatização da produção, como acredita Spana, logo também se tornarão imprescindíveis, ao menos em determinadas aplicações. “O mercado já sabe do valor desses sistemas e, agora, o que se discute são basicamente seus aspectos financeiros”, finaliza.

NO AGRONEGÓCIO, CONFIGURAÇÃO DEPENDE DA CULTURA TRABALHADA

Segundo o gerente de vendas da John Deere, Thomás Spana, as motoniveladoras indicadas para atividades agropecuárias podem ser subdivididas em dois grupos: “intensas” e “utilitárias”. O primeiro inclui uso em lavouras de cana, nas quais preparam o solo para o plantio, nivelam terraços e realizam curvas de nível, todas elas atividades que demandam alta produtividade e, portanto, requerem equipamentos maiores. “Já nas atividades utilitárias, nas quais podemos elencar culturas de grãos e algodão, as motoniveladoras trabalham na maior parte do tempo na manutenção das estradas”, diz ele. “Trata-se de um serviço mais leve e que, portanto, pode ser executado satisfatoriamente por um equipamento de menor produtividade.”

Heavy Duty – Para atividades mais pesadas, a New Holland apresentou na Agrishow deste ano uma motoniveladora que incorpora como item de série a configuração Heavy Duty, antes oferecida apenas como opcional. Nessa configuração, os pneus são maiores e o peso da placa de empuxo sobe significativamente, de 492 kg para 800 kg. Obtém-se assim um aumento nas forças de tração e de penetração da lâmina. “Em breve, também haverá uma atualização no painel de instrumentos, que passará da coluna de direção para o para-brisa”, revela Fernando Neto, especialista de marketing de produto da New Holland.

All Wheel Drive – Também no agronegócio, a definição da melhor configuração do equipamento requer avaliação prévia do trabalho a ser realizado, assim como cálculo dos ciclos por horas de utilização, peso adequado para o solo em que a máquina rodará e tempo de retorno do investimento esperado pelo proprietário, entre outras informações. “É válido mencionar o uso de motoniveladoras com tração AWD (All Wheel Drive), que pode constituir uma opção para trabalhos em curva de nível, áreas muito chuvosas ou com material solto ou arenoso”, destaca o especialista em aplicação de produtos da Caterpillar, Pablo Santos.

De uso intensivo ou utilitário, as motoniveladoras também se destacam em atividades agropecuárias



Saiba mais:

Caterpillar: www.cat.com/pt_BR

Escad Rental: escad.com.br

John Deere: www.deere.com.br

Moviterra: moviterra.com.br

New Holland Construction: construction.newholland.com/lar/pt

Satélite Terraplenagem: www.sateliteterraplenagem.com.br

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