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Revista M&T - Ed.168 - Maio 2013
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Rodovias

Equipamentos não faltam

Para fazer frente à aguardada demanda no segmento de pavimentação e manutenção de rodovias, fabricantes ampliam a oferta de equipamentos como vibroacabadoras, compactadores, recicladoras, usinas e outros

Como relata a reportagem que começa na pág. 56, o país ainda padece com a falta de “massa crítica”, um fator crucial que em parte explica o gargalo logístico existente no país. Mas, pelo menos na área de equipamentos, o Brasil vem sendo cada vez mais bem abastecido pelos fabricantes.

De fato, o gargalo nas rodovias brasileiras é um problema notório e incontornável. Segundo o governo, a malha rodoviária brasileira conta com 1,7 milhão de quilômetros, incluindo estradas federais, estaduais, municipais e concessionadas. Mas, tenha ou não tal extensão, essa malha apresenta muitos problemas.

Pesquisa realizada pela CNT de Rodovias em 2012 mostra que 62,7% de uma extensão mapeada de 95.707 km de rodovias apresentam algum tipo de deficiência. Em relação a problemas de pavimento e sinalização, os números são 43.981 km (45,9%) e 63.410 km (66,2%), respectivamente.

Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 30% dos trechos em amostragem estão em estado precário e necessitam de manutenção urgente. Entre os principais problemas apontados aparecem buracos, erosões, quedas de pontes e de barreiras.

Em um país em que, de acordo com dados da Confederação Nacional do Transporte, as estradas respondem por 96,2% da locomoção total de passageiros e aproximadamente 62% da movimentação de cargas, essas deficiências se transformam em prejuízo certo.

OPORTUNIDADES

Mas o quadro apresenta facetas distintas. Para Daniel Siebrecht, presidente industrial da Ciber, empresa do Grupo Wirtgen que atua na área de pavimentação, a infraestrutura brasileira é defasada, sim, mas é exatamente isso que – na visão dos players de equipamentos – configura oportunidades de negócios nas quais vale a pena investir, pois há muito por fazer.

“Segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a média brasileira de estradas pavimentadas é de apenas 15%, sendo que no Rio Grande do Sul, o quarto estado mais rico do Brasil, apenas 7,5% das estradas são pavimentadas”, diz ele. “Quando comparamos esses números com países como os EUA, que contam com 85% de estradas asfaltadas, ou mesmo a África do Sul, com 80%, constatamos que ainda falta muito por fazer, o que evidentemente abre oportunidades


Como relata a reportagem que começa na pág. 56, o país ainda padece com a falta de “massa crítica”, um fator crucial que em parte explica o gargalo logístico existente no país. Mas, pelo menos na área de equipamentos, o Brasil vem sendo cada vez mais bem abastecido pelos fabricantes.

De fato, o gargalo nas rodovias brasileiras é um problema notório e incontornável. Segundo o governo, a malha rodoviária brasileira conta com 1,7 milhão de quilômetros, incluindo estradas federais, estaduais, municipais e concessionadas. Mas, tenha ou não tal extensão, essa malha apresenta muitos problemas.

Pesquisa realizada pela CNT de Rodovias em 2012 mostra que 62,7% de uma extensão mapeada de 95.707 km de rodovias apresentam algum tipo de deficiência. Em relação a problemas de pavimento e sinalização, os números são 43.981 km (45,9%) e 63.410 km (66,2%), respectivamente.

Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 30% dos trechos em amostragem estão em estado precário e necessitam de manutenção urgente. Entre os principais problemas apontados aparecem buracos, erosões, quedas de pontes e de barreiras.

Em um país em que, de acordo com dados da Confederação Nacional do Transporte, as estradas respondem por 96,2% da locomoção total de passageiros e aproximadamente 62% da movimentação de cargas, essas deficiências se transformam em prejuízo certo.

OPORTUNIDADES

Mas o quadro apresenta facetas distintas. Para Daniel Siebrecht, presidente industrial da Ciber, empresa do Grupo Wirtgen que atua na área de pavimentação, a infraestrutura brasileira é defasada, sim, mas é exatamente isso que – na visão dos players de equipamentos – configura oportunidades de negócios nas quais vale a pena investir, pois há muito por fazer.

“Segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a média brasileira de estradas pavimentadas é de apenas 15%, sendo que no Rio Grande do Sul, o quarto estado mais rico do Brasil, apenas 7,5% das estradas são pavimentadas”, diz ele. “Quando comparamos esses números com países como os EUA, que contam com 85% de estradas asfaltadas, ou mesmo a África do Sul, com 80%, constatamos que ainda falta muito por fazer, o que evidentemente abre oportunidades de crescimento e investimento aqui no Brasil.”

RECICLADORA

De olho nesse cenário, o Grupo Wirtgen apresentou durante a terceira edição da Brazil Road Expo alguns equipamentos para construção e manutenção das marcas que fabrica e distribui no Brasil: Wirtgen, Vögele, Hamm e Ciber.

O principal destaque é a nova recicladora Wirtgen WR240. Lançamento mundial, o equipamento é utilizado para a estabilização de solo de grandes áreas e reciclagem a frio de pavimentos asfálticos, com a possibilidade da aplicação da tecnologia de asfalto espumado.

O diretor comercial da Ciber, Clauci Mortari, explica que o equipamento conta com um motor mais potente, consume menos combustível e oferece maior alcance de profundidade de trabalho. Segundo Mortari, a recicladora tem ainda uma cabine com visão de 360º, além de um sistema de câmeras que facilita a operação.

“Outro diferencial importante desse equipamento é a possibilidade de se utilizar até nove velocidades do tambor de corte, o que garante versatilidade para trabalhar em diferentes condições”, acrescenta Juliano Gewehr, especialista em produtos da Ciber. “Também incorporamos uma nova caixa de reciclagem, que garante homogeneização e retenção do material trabalhado.”

Segundo a empresa, o equipamento vem sendo utilizado especialmente na estabilização de solos e na reciclagem dos pavimentos deteriorados, aumentando sua fatia de mercado no segmento. “Nos últimos três anos, o grupo registrou cerca de 80% de market share em reciclagem no Brasil, o que representa 25 máquinas vendidas por ano”, afirma Luiz Marcelo Tegon, presidente comercial da Ciber.

Outros produtos apresentados pelo Grupo Wirtgen incluem a vibroacabadora Super 700 da Vögele, introduzida no mercado brasileiro no ano passado, que pode ser utilizada em obras de pavimentação de ciclovias, calçadas, parques e estacionamentos, além de atuar como complemento da manutenção rodoviária, especialmente em acostamentos. “Para que o trabalho seja realizado de forma correta, é preciso aplicar equipamentos específicos para a obra, garantindo maior economia e praticidade”, afirma Mortari.

Também lançada no ano passado, a usina de asfalto Ciber iNova 1200 P1 merece destaque pela sua versatilidade De acordo com a empresa, o equipamento apresenta nível de emissão praticamente zero, com capacidade de processar até 50% de pavimento asfáltico reciclado e, por meio da instalação de opcionais, produzir o chamado asfalto morno. Outra inovação no equipamento é a possibilidade de monitoramento remoto da produção.

COMPACTADORES

Em pavimentação, a compactação de solos e asfalto serve para se obter densidade, o que é feito por meio de um processo mecânico via compactadores. Segundo Rafael Valentini, consultor para suporte e vendas de produtos da Caterpillar, a compactação é extremamente importante para prolongar a resistência e a vida útil do pavimento.

Por isso, ele sublinha que na hora de escolher o tipo correto de compactador é preciso atentar para alguns detalhes, como a composição e a temperatura da mistura, a estrutura da estrada e as condições climáticas, entre outros.

“Para movimentar o agregado, as camadas mais grossas necessitam de uma força maior, alta amplitude e pneumática pesada”, afirma Valentini. “Já as camadas mais finas requerem menos força, sendo que o excesso pode danificar o tapete de asfalto, além de ser necessária uma baixa amplitude ou força estática.”

Para este segmento, a Sotreq fornecedora de equipamentos Caterpillar na América Latina – realizou na Brazil Road Expo o pré-lançamento dos novos rolos compactadores CP54B e CS54B (de solo ) e CB54B e CB44B (de asfalto). De acordo com Chrystian Garcia, gerente de desenvolvimento de mercados da Sotreq, a principal vantagem dos modelos é a maior potência de motor, com baixa emissão de poluentes.

Os compactadores de solo CP54B e CS54B contam com largura de compactação de 2.134 mm (84 pol) e potência bruta de 96.5 kW (129.4 hp). Em relação aos pesos operacionais, os equipamentos chegam a 11.135 kg (CP54B) e 10.555 kg (CS54B).

Já os compactadores de asfalto, como explica Garcia, apresentam características diferentes em relação a largura, peso operacional e potência bruta. O CB54B apresenta largura de compactação de 1.872 mm (72 pol), peso operacional de 10.120 kg e potência bruta de 98 kW (131 hp). Já o CB44B conta com largura de compactação de 1.500 mm (59 pol), peso operacional de 8.190 kg e potência bruta de 75 kW (100 hp).

Na linha dos compactadores pneumáticos, a Sotreq destaca o CW34, com largura de compactação de 2.090 mm (82 pol), contrapesos modulares e sistema de inflação dos pneus. Segundo Garcia, esse último recurso permite que o operador ajuste a pressão dos pneus para aumentar ou diminuir as cargas estáticas.

Para obter-se melhor resultado no trabalho realizado com compactadores pneumáticos, Valentini sugere um plano de operação: “Mantenha os pneus quentes, desenvolva um bom padrão de rolamento, nunca pare o rolamento e, se estiver aguardando caminhões, faça o rolamento em tapetes previamente compactados”.

OPÇÕES

Equipamentos como minicarregadeiras e torres de iluminação também têm seu lugar na construção e manutenção de obras rodoviárias. Nessa linha de produtos, a Tracbel distribuidora da Volvo CE oferece o modelo de minicarregadeira MC85C, com carga operacional de 794 kg. Apresentando sistema de braço único e uma ampliação da área de visibilidade, a máquina tem peso operacional de 3,01 t e potência máxima bruta do motor de 44,7 kW (59,9 hp). O supervisor de vendas da Tracbel, Sérgio José Reis, ressalta que o equipamento está disponível no Brasil desde o ano passado, mas que como todo o setor espera o produto tende a ser utilizado em maior escala agora em 2013.

Já a torre de Iluminação WT 4000 é o mais novo destaque do portfólio da Weber MT. Como explica Carlos Hexsel Jr., gerente de vendas da marca, o equipamento é utilizado para iluminação em canteiros de obras, concessionárias de rodovias, refinarias, siderúrgicas e outros casos.

O mais interessante desse produto, como afirma Hexsel, é a presença de um mastro telescópico vertical de 8 m de altura, o que resulta em maior durabilidade das lâmpadas e aumento da segurança na hora de acionar o equipamento. A potência dos holofotes é de 4.000 W, enquanto o motor diesel LDW 100 tem 19,5 hp. Como se vê, equipamentos não faltam ao país para vencer esse desafio.

Romanelli e TRXBuild anunciam parceria

Como a M&T noticiou em sua seção Painel da edição 167, a Romanelli anunciou oficialmente durante a Brazil Road Expo a parceria com a TRXBuild, marca global de equipamentos de construção e mineração da Singapore Technologies Kinetics (ST Kinetics). Segundo Ilson Romanelli, diretor industrial da empresa, a parceria é focada na distribuição de produtos para pavimentação como plantas de concreto e de asfalto para todo o país.

 

 

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