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Revista M&T - Ed.170 - Julho 2013
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Mercado

Dragão chinês mostra suas garras

SDLG inicia fabricação de escavadeira brasileira em agosto, enquanto a XCMG confirma produção local até o final do ano; Já XCMA e SEM apostam em equipamentos simple tech para sanar déficit de mão de obra

Em agosto, a fabricante chinesa SDLG inicia a produção em sua unidade brasileira com capacidade instalada para fabricar até mil escavadeiras ao ano. O avanço da empresa resume a força da cadeia do construbusiness sino-brasileiro, em forte expansão na atualidade, como demonstraram os 61 estandes de companhias chinesas presentes à Construction Expo 2013. De acordo com Enrique Ramirez – que recentemente assumiu a diretoria de negócios da SDLG para a América Latina em substituição a Afrânio Chueire, que se tornou presidente da Volvo CE para a região –, a produção local visa à oferta de financiamento via Finame.

No Brasil desde 2009, a SDLG oferece sete modelos de equipamentos, entre escavadeiras e pás carregadeiras. Aliás, a empresa entrou no mercado com essa segunda classe de máquina, cuja aposta concentra-se no conceito simple tech – de máquinas mais simples, com pouca eletrônica embarcada. “Mas uma escavadeira custa quase o dobro de uma carregadeira, motivo pelo qual escolhemos nacionalizá-la primeiro”, revela Ramirez.

Sem adiantar planos para a nacionalização das carregadeiras, o executivo explica que as escavadeiras SDLG serão fabricadas na estrutura da Volvo, em Pederneiras, no interior de São Paulo. “Fabricar no Brasil é um diferencial no que tange à obtenção de taxas atrativas de financiamento para os clientes pelo Finame”, diz Ramirez. “Ainda mais agora, que o imposto de importação subiu de 14% para 25% no caso de equipamentos importados com similar nacional.”

O diretor afirma que o primeiro modelo de escavadeira da SDLG fabricado no Brasil será o LG6150E, de 13,8 t de peso operacional. “Nesta máquina, o índice de nacionalização ultrapassará os 60%, restando de importados apenas o motor e o comando hidráulico”, diz ele.

APELO

Com modelo de negócio semelhante ao da SDLG no que diz respeito ao controle majoritário fora da china (a SDLG é comandada pela Volvo e a SEM pela Caterpillar), a SEM (Shandong Engineering Machinery) ainda não tem planos de fabricar no Brasil. Mas, ao participar da Construction Expo, a empresa se mostra muito atenda às tendências do mercado nacional, buscando contato direto com usuários e comprado


Em agosto, a fabricante chinesa SDLG inicia a produção em sua unidade brasileira com capacidade instalada para fabricar até mil escavadeiras ao ano. O avanço da empresa resume a força da cadeia do construbusiness sino-brasileiro, em forte expansão na atualidade, como demonstraram os 61 estandes de companhias chinesas presentes à Construction Expo 2013. De acordo com Enrique Ramirez – que recentemente assumiu a diretoria de negócios da SDLG para a América Latina em substituição a Afrânio Chueire, que se tornou presidente da Volvo CE para a região –, a produção local visa à oferta de financiamento via Finame.

No Brasil desde 2009, a SDLG oferece sete modelos de equipamentos, entre escavadeiras e pás carregadeiras. Aliás, a empresa entrou no mercado com essa segunda classe de máquina, cuja aposta concentra-se no conceito simple tech – de máquinas mais simples, com pouca eletrônica embarcada. “Mas uma escavadeira custa quase o dobro de uma carregadeira, motivo pelo qual escolhemos nacionalizá-la primeiro”, revela Ramirez.

Sem adiantar planos para a nacionalização das carregadeiras, o executivo explica que as escavadeiras SDLG serão fabricadas na estrutura da Volvo, em Pederneiras, no interior de São Paulo. “Fabricar no Brasil é um diferencial no que tange à obtenção de taxas atrativas de financiamento para os clientes pelo Finame”, diz Ramirez. “Ainda mais agora, que o imposto de importação subiu de 14% para 25% no caso de equipamentos importados com similar nacional.”

O diretor afirma que o primeiro modelo de escavadeira da SDLG fabricado no Brasil será o LG6150E, de 13,8 t de peso operacional. “Nesta máquina, o índice de nacionalização ultrapassará os 60%, restando de importados apenas o motor e o comando hidráulico”, diz ele.

APELO

Com modelo de negócio semelhante ao da SDLG no que diz respeito ao controle majoritário fora da china (a SDLG é comandada pela Volvo e a SEM pela Caterpillar), a SEM (Shandong Engineering Machinery) ainda não tem planos de fabricar no Brasil. Mas, ao participar da Construction Expo, a empresa se mostra muito atenda às tendências do mercado nacional, buscando contato direto com usuários e compradores de tecnologia para os canteiros de obras. “O momento no qual ocorre a feira é interessante e, por isso, estamos expondo nela”, avalia Ivan Pezzoto, gerente de território da SEM para a América Latina.

O executivo afirma não ter sofrido com o aumento da alíquota de importação mencionado por Ramirez, mas admite que o mercado realmente estagnou nos últimos meses. “Entretanto, em relação ao mesmo período do ano anterior a SEM obteve resultados um pouco melhores neste primeiro semestre”, revela. O resultado pode ser considerado ainda mais positivo se for comparado aos concorrentes chineses, cujas importações caíram nesse período. “A razão do sucesso da SEM tem sido o foco nas pás carregadeiras com tecnologia simplificada para atender a usuários que antes compravam máquinas usadas”, sublinha. “Também focamos na oferta de rolos compactadores, com modelos em estoque para pronta entrega, além de modelos maiores sob encomenda.”

TENDÊNCIA

A simplicidade das carregadeiras também foi uma aposta da XGMA durante a Construction Expo. De acordo com o diretor da distribuidora Tractorbel Equipamentos, Rafael Ribeiro, os novos modelos da XGMA possuem pouca eletrônica embarcada, facilitando o aprendizado do operador com o funcionamento e a manutenção do equipamento. “É uma máquina simples e que dificilmente apresenta problemas, o que a torna vantajosa quando há um déficit de mão de obra qualificada como temos no Brasil”, diz ele.

Nessa linha, a fabricante apresentou a nova série H de pás carregadeiras, que é equipada com caçambas de até 5 m³ de capacidade  e motores Cummins Tier II, de 58 hp a 260 hp de potência. Segundo Ribeiro, outra novidade desses equipamentos está nos eixos banhados a óleo, com freios integrados para impedir a impregnação de sujeira em ambientes severos.

Além da linha de pás carregadeiras, a empresa também disponibiliza ao mercado brasileiro máquinas como escavadeiras, retroescavadeiras, motoniveladoras, tratores de esteira, rolos compactadores e skid-steers. “Independentemente do tamanho do projeto, atuamos desde a primeira fase de terraplanagem até o acabamento das obras, como a pavimentação de asfalto”, salienta Ribeiro.

PRODUÇÃO

Entre os gigantes chineses, a XCMG se destacou na Construction Expo pela dimensão do seu estande de 4.070 m2 e pela oferta de máquinas via Finame até o final deste ano. Otimista, a empresa garante que inaugurará um novo espaço no condomínio fabril na cidade de Pouso Alegre (MG). “Estamos investindo na América Latina e, até o final do ano, esperamos expandir a nossa gama de 30 para 50 produtos, com opções nacionais para guindastes, retroescavadeiras e outros equipamentos da Linha Amarela”, afirma Rubens Azevedo, diretor da XCMG América Latina.

Os equipamentos produzidos no Brasil também devem ser exportados para outros países da América Latina, nos quais a fabricante asiática mantém distribuidores oficiais. Para administrar a rede e oferecer suporte de pós-vendas, Azevedo conta que tudo será centralizado na unidade de Guarulhos (SP), em uma estrutura com 50 mil m² de área que inclui escritórios, suporte técnico, estoque de peças e áreas de treinamento.

No que tange aos equipamentos, o destaque da XCMG ficou por conta do lançamento do guindaste RT de 70 t e alcance máximo de 43 m. Com transmissão 4x4, o modelo foi desenvolvido para operar em terrenos acidentados, tanto que possui um sistema de fixação especialmente desenvolvido para solos não nivelados. O equipamento começou a ser desenvolvido há três anos e chegou ao mercado no final de 2012, marcando sua primeira aparição no Brasil durante esta Construction Expo.

Com 75 t de capacidade e elevação de até 45 m, o guindaste sobre caminhão QY75KN também foi apresentado pela primeira vez no Brasil. É o único produto da linha média a possuir quatro eixos direcionáveis, uma tecnologia que possibilita ao caminhão mover-se de lado e até girar. Dessa forma, o equipamento pode se posicionar em pequenos espaços sem a necessidade de manobrar. Na opinião de Azevedo, a inovação deve viabilizar a mobilização do equipamento em obras urbanas com espaço restrito. “Financeiramente, ele entra com classificação fiscal especial para carros de quatro ou mais eixo direcionáveis, com taxa de importação reduzida, pois não há qualquer similar brasileiro”, pontua o executivo.

Esse evento vem marcar o calendário com o poder de movimentação de pessoas e de empresas, agregando serviço para o setor de construção. Em especial, ele valoriza o rental, que tem uma representatividade importante na construção, especialmente pela sua relevância na execução da obra”, Marco Aurélio da Cunha, presidente da Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis (Alec)

A Construction Expo mostra o que o Brasil tem feito no campo da engenharia, da ciência e tecnologia. É um momento para demonstrar que temos potencial muito grande, não só de engenheiros, mas também de empresas que estão aí para contribuir com nosso país”, José Tadeu da Silva, presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea)

Essa feira tem um significado importante de expor produtos e tecnologias confiáveis, principalmente em uma época com grande preocupação com o desenvolvimento de produtos que auxiliem na construção, tanto pela tecnologia embarcada quanto para a saúde do planeta”, João Carlos Duarte Paes, presidente da Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores de Produtos de Fibrocimento (Abfibro)

Nossas expectativas são no sentido de que os visitantes percebam que não é suficiente comprar uma solução pré-moldada, mas sim investir em soluções respaldadas pela boa engenharia estrutural”, Augusto Guimarães Pedreira de Freitas, vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece)

A parceria e a cooperação técnica permite a troca de informações, estudos de mercado e projeções, além do apoio mútuo a editoração de livros técnicos e gerenciais, revistas e informativos”, Silvio Ciampaglia, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sinicesp)

Tivemos acesso aos mais modernos equipamentos e acessórios para construção de infraestrutura, nos quais a utilização do MND obtém grande destaque como solução técnico/econômica para redes subterrâneas de energia, telecomunicações, gás & óleo, além de serviços de drenagens e outros”, Paulo Dequech, presidente da Associação Brasileira de Tecnologia Não-Destrutiva (Abratt)

Por meio da feira, é possível compartilhar informações que estimulem nossos associados, com exemplos de sobrevivência em tempos de crise. Já as palestras são importantes para obtenção de dicas sobre o processo de melhoria contínua em nosso setor”, Manuel da Cruz Alcaide, presidente da Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de Terraplanagem e Ar Comprimido (Apelmat)

Ao apresentar as novidades em soluções e materiais e reunir os diversos agentes envolvidos no processo, a feira entra em convergência com o setor de Arquitetura e Engenharia Consultiva (A&EC), que prioriza a economia de recursos, a melhor utilização de materiais e a qualidade final dos empreendimentos”, João Alberto Viol, presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco)

A expectativa é confirmar nossa inserção no mercado, de forma que o setor possa participar deste processo desejável de melhoria tecnológica e consequente aumento da competividade no âmbito das construções geotécnicas e obras de infraestrutura”, André Assis, presidente da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS)

 

 

 

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