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Revista M&T - Ed.174 - Novembro 2013
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Fenatran

Demanda alta estimula lançamentos

Com foco no transporte de cargas, Fenatran apresenta as novidades e tendências para o mercado de caminhões, que retoma crescimento no país

Com a forte expansão da safra agrícola e o início dos programas de infraestrutura, o setor de transporte de carga mostra recuperação consistente após a acentuada queda provocada pela introdução do Euro V. De fato, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o ano de 2013 já registra o segundo maior volume de fabricação e vendas de veículos pesados da história.

Segundo Luiz Moan, presidente da Anfavea, de janeiro-setembro o Brasil produziu cerca de 150 mil caminhões, sendo licenciados exatos 112.549 veículos pesados no período. “Isso representa um aumento de 13,6% de licenciamentos ante o mesmo período de 2012”, afirma o executivo. Neste cenário promissor, diversas empresas aproveitaram a participação no recém-finalizado 19º Salão Internacional do Transporte (Fenatran) para apresentar suas novidades nos segmentos de caminhões, implementos e pneus.

FORA DE ESTRADA

Para suprir uma presumível carência do mercado de veículos fora de estrada com capacidade superior a 31 t de Peso Bruto Total (PBT), a Iveco apresenta a nova versão do modelo Trakker, com opção de motor FPT Cursor 9 com 360 cv de potência e transmissão mecânica de 10 marchas. De acordo com Christian Gonzalez, diretor de marketing da empresa, a versão pode ser utilizada em um série de aplicações off-road, com destaque para o segmento de construção, tanto com implemento basculante quanto mixer, além de ser indicado para usinas canavieiras e mineração. “A nova versão do Trakker está disponível com distâncias entre-eixos de 3.500, 4.500 e 4.800 mm”, detalha Gonzalez.

Ainda na linha com capacidade acima de 31 t, a Mercedes-Benz amplia a linha Axor com a introdução do caminhão Axor 3131 6x4, nas versões basculante, betoneira e plataforma. Como explica Maria Brito, gerente de desenvolvimento da Mercedes-Benz, a nova versão sucede o modelo 2831 e foi desenvolvida para trabalhos na construção civil, obras de infraestrutura, mineração, agroindústria e madeireiras. “Graças à elevação do PBT para 31 t, o modelo ganhou maior capacidade de carga, aumentando a produtividade”, afirma. Brito explica que o Axor 3131 é equipado com câmbio sem


Com a forte expansão da safra agrícola e o início dos programas de infraestrutura, o setor de transporte de carga mostra recuperação consistente após a acentuada queda provocada pela introdução do Euro V. De fato, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o ano de 2013 já registra o segundo maior volume de fabricação e vendas de veículos pesados da história.

Segundo Luiz Moan, presidente da Anfavea, de janeiro-setembro o Brasil produziu cerca de 150 mil caminhões, sendo licenciados exatos 112.549 veículos pesados no período. “Isso representa um aumento de 13,6% de licenciamentos ante o mesmo período de 2012”, afirma o executivo. Neste cenário promissor, diversas empresas aproveitaram a participação no recém-finalizado 19º Salão Internacional do Transporte (Fenatran) para apresentar suas novidades nos segmentos de caminhões, implementos e pneus.

FORA DE ESTRADA

Para suprir uma presumível carência do mercado de veículos fora de estrada com capacidade superior a 31 t de Peso Bruto Total (PBT), a Iveco apresenta a nova versão do modelo Trakker, com opção de motor FPT Cursor 9 com 360 cv de potência e transmissão mecânica de 10 marchas. De acordo com Christian Gonzalez, diretor de marketing da empresa, a versão pode ser utilizada em um série de aplicações off-road, com destaque para o segmento de construção, tanto com implemento basculante quanto mixer, além de ser indicado para usinas canavieiras e mineração. “A nova versão do Trakker está disponível com distâncias entre-eixos de 3.500, 4.500 e 4.800 mm”, detalha Gonzalez.

Ainda na linha com capacidade acima de 31 t, a Mercedes-Benz amplia a linha Axor com a introdução do caminhão Axor 3131 6x4, nas versões basculante, betoneira e plataforma. Como explica Maria Brito, gerente de desenvolvimento da Mercedes-Benz, a nova versão sucede o modelo 2831 e foi desenvolvida para trabalhos na construção civil, obras de infraestrutura, mineração, agroindústria e madeireiras. “Graças à elevação do PBT para 31 t, o modelo ganhou maior capacidade de carga, aumentando a produtividade”, afirma. Brito explica que o Axor 3131 é equipado com câmbio semiautomático ComfortShift G-211, de 16 marchas. “O acionamento para troca de marchas é feito por um conjunto de válvulas eletropneumáticas, sem ligação mecânica entre a alavanca seletora de marchas e o câmbio”, explica.

A Scania também reforçou seu portfólio fora de estrada com o modelo P 310 6x4, equipado com motor de 310 cv e redutor nos cubos dos eixos traseiros, permitindo tracionar até 100 t. Segundo Roberto Mancini, diretor da Scania do Brasil, o caminhão oferece a caixa automatizada Opticruise e a solução Driver Support, equipamentos que auxiliam o motorista a conduzir em operações severas.

A MAN Latin America apresenta o caminhão Constellation 26.280 8x4 Constructor. Indicado para o segmento de autobetoneiras, o veículo tem motor D08 de 7 litros. “A versão conta com quarto eixo, aumentando a capacidade de carga em seis toneladas”, aponta Ricardo Yada, supervisor de marketing do produto caminhões, vendas e pós-vendas da fabricante. Também voltada para o segmento de autobetoneiras, a Ford Caminhões estreia o novo Cargo 2629 6x4, equipado com escapamento vertical e câmara de freio do tipo pistão. De acordo com Pedro Aquino, gerente de marketing da empresa, o modelo tem potência de 290 cv, torque de 951 Nm, PBT de 23 t e capacidade de tração de 42 t.

TRANSPORTE

A categoria dos extrapesados também vem sendo reforçada no mercado brasileiro. Nesse segmento, a Iveco apresenta como destaque o caminhão Hi-Way para transporte rodoviário de longa distância. O modelo chega ao Brasil em três faixas de potência (440, 480 e 560 cv), o que – segundo a empresa – garante  melhor desempenho. O veículo está disponível em três versões de tração (4x2, 6x2 e 6x4) e três entre-eixos (3.500, 3.200 e 3.000). “O motor é o destaque deste caminhão no quesito consumo, chegando a alcançar 10% de redução”, garante Gonzalez.

A Ford entra no segmento dos extrapesados com os lançamentos do Cargo 2842 6x2, com capacidade de 56 t, e do Cargo 2042 4x2, de 49 t. “Desenvolvidos para aplicações severas, os caminhões contam com motor FPT de 420 cv e transmissão automatizada ZF de 12 marchas, com controle automático de tração”, ressalta Guy Rodriguez, diretor de operações para a América Latina.

Na linha de caminhões mais potentes, a Scania apresenta o R Highline 620 8x4 V8, com motor de 620 cv de potência. Segundo Celso Mendonça, gerente de engenharia de vendas da Scania no Brasil, o veículo é específico para esse tipo transporte, que tem como principal característica o fato de rodar em baixíssima velocidade. “A potência do motor é secundária, o mais importante é ter o controle do trem de força”, diz ele. “Por isso, nós preparamos o trem de força com capacidade máxima de tração de 250 t e um poderoso poder de arranque.”

PNEUS

Essenciais para a produtividade em operações off-road, pneus com tecnologia embarcada vêm se consolidando rapidamente no segmento, possibilitando uma melhor relação de custo x hora trabalhada aos usuários. É o caso dos recentes lançamentos da Goodyear, por exemplo. Segundo Marco Cabeças, coordenador de produtos e projetos para os segmentos OTR e industriais, os pneus da empresa contam com a tecnologia Hi-Stability, um recurso que garante maior estabilidade, resistência e uniformidade ao veículo, além de reduzir a movimentação e proporcionar maior segurança à carga transportada. “Comparado ao convencional, o pneu radial apresenta uma diferença importante que é a construção da carcaça, uma tecnologia que reduz a movimentação lateral”, diz ele. “E, com menor movimentação da carga, o produto ganha sensivelmente em desempenho, traduzindo em melhor custo-hora para as empresas.”

A Pirelli também concebeu uma nova geração de pneus radiais para caminhões e ônibus nos mercados da América Latina. A 01 Séries atende a diversos tipos de veículos, tanto de carga, como mistos e urbanos. Para o segmento off-road, como explica Flavio Bettiol Jr., diretor de marketing para os produtos de agricultura e caminhão da Pirelli na América do Sul, o destaque é a linha TQ:01, de uso exclusivo para fora de estrada. O pneu é direcionado para transporte em terrenos irregulares, como em mineradoras, obras de construção civil e pedreiras.

De acordo com Bettiol, a tecnologia apresenta estrutura com maior espessura de borracha sobre as cinturas, garantindo maior proteção ao pneu, além de contar com novos compostos na banda de rodagem, proporcionando maior rendimento por quilômetro rodado. “O desenho exclusivo e a área maior de contato com o solo melhoram a capacidade de tração”, diz. “Além disso, o composto possui alta resistência a lacerações e impactos.”

Segundo Giovanni Pomati, diretor mundial da unidade de negócios de pneus para caminhões da fabricante, a nova 01 Series foi desenvolvida no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Santo André (SP), tendo em vista as necessidades das condições sul-americanas. “As principais alterações nesta nova linha incluem redução de temperatura durante a rodagem, maior durabilidade e diminuição da resistência ao rolamento, quesitos que contribuem para a redução de aproximadamente 2% do consumo de combustível”, afirma.

A Continental, por sua vez, apresenta pneus para caminhões pesados que rodam em percurso misto. Segundo a empresa, o modelo HSC1 para aplicação em construção conta com cabos do pacote de cintas especialmente trançados, o que resulta em maior proteção à carcaça, evitando penetração de corpos estranhos e garantindo maior vida útil ao pneu, que tem ainda talão reforçado para suportar condições severas de aplicação.

Já o modelo HDC1, um pneu para eixos de tração, apresenta ângulos das laterais dos blocos que ajudam na autolimpeza da rodagem, reduzindo a retenção de pedras e evitando danos à carcaça. Produzido com novos compostos, o pneu também possui alta capacidade de carga, resistência a impactos e quilometragem prolongada, devido ao desenho da banda de rodagem.

IMPLEMENTOS

Investindo em materiais mais leves na concepção de caminhões para o segmento de transporte de cargas, a Noma desenvolveu o projeto de uma carroceria aberta 100% produzida de alumínio. Denominado Projeto Carga Seca de Alumínio, o produto é capaz de transportar 23 t de PBT, sendo indicado para o transporte de cargas secas, fracionadas, paletizadas, vergalhões e madeiras. Desenvolvido em conjunto com a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o uso do material reduz significativamente o peso do implemento, além de consumir menos combustível; diminuir as emissões de CO2 e garantir aumento da capacidade de carga sem exceder a Lei da Balança. “Isso proporciona custos operacionais menores e, portanto, maior lucratividade, com retorno mais rápido do investimento”, diz Marcos Noma, presidente da Noma.

Segundo estudos da ABAL em parceria com a Associação Nacional de Transporte de Carga e Logística (NTC&Logística), em condições normais de uso um caminhão com carroceria de alumínio pode gerar um lucro de R$ 65,8 milhões em oito anos. “Esse montante representa quase três vezes mais que o obtido pelo implemento de aço”, informa Marcelo Gonçalves, coordenador da ABAL e responsável pelo projeto.

A Noma também apresentou a Linha Basculante de Alumínio, com Peso Bruto Total Combinado (PBTC) de 54,5 t e configuração 8x2. Outra empresa que também tem investido em produtos de alumínio é a RodoLinea, que produz o Rodotrem Basculante de Alumínio com PBTC de 74 t e desenvolvido em parceria com a italiana Menci.

Agribusiness puxa crescimento do setor

O segmento de caminhões pesados voltou a ser um dos mais promissores da indústria de equipamentos no Brasil, especialmente em função dos investimentos em infraestrutura e na produção agrícola. Segundo a Anfavea, as expectativas são de que as vendas em 2013 avancem entre 7% e 10% sobre o último ano. Em 2012, o setor faturou R$ 8 bilhões e gerou mais de 71 mil empregos diretos e indiretos.

Como revela Antônio Carlos Bento de Souza, conselheiro do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos (Sindipeças), atualmente o segmento representa 33% do faturamento das empresas associadas ao Sindicato. Já dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) mostram que o segmento de reboques e semirreboques apresentou crescimento de 34,67% nas vendas de janeiro a setembro deste ano. No total, foram comercializadas 51.774 unidades no período, ante aproximadamente 38 mil de janeiro a setembro de 2012.

Nichos – Segundo a Anfavea, os segmentos que mais adquirem implementos rodoviários são agronegócio, construção civil, infraestrutura e transporte de líquidos combustíveis e produtos perecíveis. Mas o principal propulsor do setor é mesmo o agribusiness, que também impulsiona a venda de máquinas e implementos agrícolas. “De fato, o transporte rodoviário vem suprindo a deficiência dos outros modais para garantir o escoamento da safra que o Brasil vem produzindo”, confirma Flávio Benatti, presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Carga e Logística (NTC&Logística).

 

 

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