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Revista M&T - Ed.151 - Outubro 2011
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Manutenção

Cuidados que mantêm a vida útil de polias e correias

Do correto armazenamento às verificações periódicas de operação, esses componentes requerem práticas cuidadosas para manter os equipamentos fora-de-estrada operacionais por longos períodos

As polias utilizadas em máquinas podem ser do tipo planas ou trapezoidais. Esse último tipo, conhecido como polia em “V”, é o mais usual em sistemas de máquinas e exige cuidados específicos, assim como as correias que formam o seu conjunto. A primeira dica acerca da manutenção/operação das polias, é que dificilmente será possível recuperar os seus canais (assentamentos) de forma eficiente. Essa prática, conhecida no setor como ‘enchimento da polia’ não costuma ser bem executada pelo fato dos canais terem medidas milimétricas, nas quais a mais insignificante alteração prejudicará o assentamento da correia em “V”, o seu tensionamento e o funcionamento pleno do sistema. Se mesmo assim o responsável mecânico insistir em recuperar a polia, a atuação deve ser realizada por torneiros mecânicos com alto grau de conhecimento e de prática, de forma que ele seja capaz de reproduzir as medidas exatas do canal da polia e com material ferroso indicado pelo fabricante do componente.

A necessidade de recuperar polias ocorre devido ao desgaste dos canais de assentamento das correias. Essa é uma degradação natural, que acontece conforme a utilização do sistema com o passar dos anos. Para verificar quando o desgaste chegou ao limite estipulado pelo fabricante do sistema, é preciso avaliar se os dentes da correia assentam-se no meio dos canais. Caso a ponta dos dentes esteja tocando o fundo da polia ou esteja perto disso, é recomendável a troca da polia para evitar o desgaste prematuro da correia.

A troca da polia também é uma tarefa específica, na qual é necessário realizar, primeiramente, o correto alinhamento para encaixá-la nos eixos. Para isso, fixe a polia no cabeçote do torno pelo cubo e centralize-a com um relógio comparador através dos canais da polia, de modo que não ocorram defeitos durante a furação. A furação para encaixe das polias nos eixos, aliás, costuma exigir parafusamento com torque que vai de zero a 25 Nm, dependendo do sistema.

Com a broca de furação centralizada, realize o procedimento paulatinamente, dando duas voltas para frente (avançando a broca) e uma para trás (recuando-a) para retirar as rebarbas (“cavaco”) durante o processo. Vale a nota de que é recomendável utilizar vários diâmetros menores de br


As polias utilizadas em máquinas podem ser do tipo planas ou trapezoidais. Esse último tipo, conhecido como polia em “V”, é o mais usual em sistemas de máquinas e exige cuidados específicos, assim como as correias que formam o seu conjunto. A primeira dica acerca da manutenção/operação das polias, é que dificilmente será possível recuperar os seus canais (assentamentos) de forma eficiente. Essa prática, conhecida no setor como ‘enchimento da polia’ não costuma ser bem executada pelo fato dos canais terem medidas milimétricas, nas quais a mais insignificante alteração prejudicará o assentamento da correia em “V”, o seu tensionamento e o funcionamento pleno do sistema. Se mesmo assim o responsável mecânico insistir em recuperar a polia, a atuação deve ser realizada por torneiros mecânicos com alto grau de conhecimento e de prática, de forma que ele seja capaz de reproduzir as medidas exatas do canal da polia e com material ferroso indicado pelo fabricante do componente.

A necessidade de recuperar polias ocorre devido ao desgaste dos canais de assentamento das correias. Essa é uma degradação natural, que acontece conforme a utilização do sistema com o passar dos anos. Para verificar quando o desgaste chegou ao limite estipulado pelo fabricante do sistema, é preciso avaliar se os dentes da correia assentam-se no meio dos canais. Caso a ponta dos dentes esteja tocando o fundo da polia ou esteja perto disso, é recomendável a troca da polia para evitar o desgaste prematuro da correia.

A troca da polia também é uma tarefa específica, na qual é necessário realizar, primeiramente, o correto alinhamento para encaixá-la nos eixos. Para isso, fixe a polia no cabeçote do torno pelo cubo e centralize-a com um relógio comparador através dos canais da polia, de modo que não ocorram defeitos durante a furação. A furação para encaixe das polias nos eixos, aliás, costuma exigir parafusamento com torque que vai de zero a 25 Nm, dependendo do sistema.

Com a broca de furação centralizada, realize o procedimento paulatinamente, dando duas voltas para frente (avançando a broca) e uma para trás (recuando-a) para retirar as rebarbas (“cavaco”) durante o processo. Vale a nota de que é recomendável utilizar vários diâmetros menores de broca até chegar ao diâmetro indicado pelo fabricante.

Depois de retirar as rebarbas das furações, fixe a polia no eixo, verificando novamente o alinhamento dela em relação ao eixo. Esse alinhamento que exige o uso de relógio comparador, conforme descrito anteriormente, também pode ser feito com o uso de uma régua na posição paralela, que deve ser tocada na superfície lateral das polias de maneira uniforme.

Uma vez que as polias estejam instaladas e devidamente alinhadas, a instalação das correias em “V” compreende a outra etapa de eficiência para o processo. É com esse componente, aliás, que são necessários os maiores cuidados, conforme explicam os especialistas. Primeiramente eles identificam que a maioria das correias utilizadas em máquinas e equipamentos é constituída de borracha revestida de lona. Elas apresentam cordonéis vulcanizados em seu anterior para que suportem as forças de tração. No caso de equipamentos, há cinco tipos de correias em “V” mais comuns, cujos dentes podem ter perfis que vão de 8 a 25 mm e dimensões que vão de 13 a 38 mm.

Para colocar a correia vinculando uma polia à outra, deve-se recuar a polia móvel, aproximando-a da fixa. Não é recomendado colocar correias forçando-as contra a lateral da polia ou usar qualquer tipo de ferramenta como chave de fenda, cabos de martelo ou outro tipo de alavanca. Retire dos canais das polias qualquer tipo de detritos como parafusos, restos de antigas correias, cavacos, etc. Após inserir os dentes da correia nos respectivos canais das polias, deve-se girá-las manualmente antes do tensionamento, para que seus lados frouxos fiquem totalmente para cima ou totalmente para baixo. Se a frouxidão estiver dividida pelos lados opostos,o tensionamento posterior pode não ser uniforme.

Ainda antes de iniciar o tensionamento, é importante saber que, se ele for abaixo do ideal, pode haver deslizamento da correia, produzindo calor excessivo no sistema e ocasionando o seu desgaste prematuro. A tensão excessiva também reduz a vida útil das correias e dos rolamentos dos eixos das polias.

Na prática, para verificar se a correia está devidamente tensionada, flexione-a com o polegar no centro do vão entre as polias de modo que a sua curvatura fique entre 10 e 20 mm.

No caso de polias tensoras, há procedimentos específicos de tensionamento e o primeiro deles é não utilizar polia tensora lisa no costado da correia (principalmente correias em “V)”. Nesse caso, utilize somente polia sincronizadora. O diâmetro da polia tensora nunca deve ser menor do que o da polia de acionamento e a polia interna deve ser do mesmo tipo das demais, como por exemplo, do tipo tensora sincronizadora no caso de correias sincronizadoras. Além disso, a polia tensora deve ficar no meio do acionamento, de preferência do lado mais frouxo da correia. Ela deve ser alinhada com o restante do acionamento e rodar livremente.

Manutenção das correias

A primeira recomendação de manutenção das correias em “V” é mantê-las limpas. Para isso, é preciso estabelecer prazos médios de verificação e limpeza. Nas máquinas que operam 24 horas por dia, as vistorias devem ser feitas a cada dois meses. Em máquinas que trabalham entre 20 e 16 horas diárias, a vistoria deve ser realizada a cada três meses e nos equipamentos que trabalham 12 horas por dia ou menos, o prazo de seis meses para verificação já é suficiente.

Nessas periodicidades, além da limpeza é preciso avaliar o tensionamento das correias e o alinhamento das polias, e verificar se há superaquecimento em mancais, eixo do motor ou na máquina, corrigindo o problema imediatamente caso ele seja identificado.

O aquecimento de máquinas merece uma atenção especial, pois fragiliza as correias. Por serem vulcanizadas, elas suportam temperaturas entre 60 e 70 °C sem que seus materiais de construção sejam afetados. Quando expostas a temperaturas maiores, o desgaste das correias pode ser verificado quando essas começam a apresentar aspecto pastoso e pegajoso, que pode ser sentido no tato.

Durante as verificações avalie também a lubrificação dos eixos e mancais. Se for necessário lubrificar, tome cuidado para que o lubrificante não atinja as correias. Ao identificar fiapos soltando das correias, remova-os e se identificar contaminação por óleo, “cavacos” ou outros resíduos, atue na fonte do problema primeiramente e depois limpe cuidadosamente as correias e as polias antes de recolocar o equipamento em operação.

 

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