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Revista M&T - Ed.211 - Abril 2017
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Entrevista

“Compromisso com a rentabilidade”

No dia 1° de junho de 2016, o executivo Roberto Barral tornou-se o novo diretor-geral das operações comerciais da Scania no Brasil. O executivo chegou para ocupar o posto de Mathias Carlbaum, que, após dois anos no país, assumiu no mesmo dia a vice-presidência das operações comerciais do grupo no mundo.

Formado em ciências econômicas pela Universidade de São Paulo (USP), Barral tem pós-graduação em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialização em controladoria pela mesma instituição. Sua ascensão coroa uma trajetória de dedicação. O executivo ingressou na Scania em 1995 e, desde então, acumulou sólida experiência nas áreas comercial e industrial da empresa.

Em 2006, assumiu a gerência financeira da Codema, uma das principais concessionárias da marca no Brasil, período em que aprimorou seus conhecimentos sobre as operações de transporte dos clientes. Quatro anos depois, foi nomeado CFO da Scania Ibérica e permaneceu na posição por cinco anos, até tornar-se diretor-geral do Consórcio Scania, em 1º de janeiro de 2016. Em março do ano passado, foi anunciado como novo diretor-geral da montadora no Brasil.

Agora líder das operações no país, o executivo deu uma pausa em sua apertada agenda para falar com exclusividade à M&T, revelando os desafios que tem pela frente em seu atual cargo. Acompanhe os principais trechos.

Como avalia o atual momento do mercado de caminhões no Brasil?

Continua sendo um período desafiador. Nestes três últimos anos, os volumes caíram a níveis muito abaixo do que a indústria imaginou. O mercado de veículos comerciais é exatamente um espelho da economia. E nosso país parou de crescer e entrou em profunda recessão. Assim, o reflexo é o mais fiel possível. Mas a Scania não ficou lamentando a queda de vendas. Arregaçamos as mangas e permanecemos ao lado do cliente, pois nestes momentos é que se comprova o significado da palavra ‘parceria’. E unimos a rede. Mudamos nossa estratégia mantendo o foco no varejo e em novos clientes. Com isso, a Scania conquistou 24% de novos clientes nos pesados e 40% nos semipesados. Contudo, para 2017 já conseguimos ver uma luz no fim do túnel, especialmente no segundo semestre. O cli


No dia 1° de junho de 2016, o executivo Roberto Barral tornou-se o novo diretor-geral das operações comerciais da Scania no Brasil. O executivo chegou para ocupar o posto de Mathias Carlbaum, que, após dois anos no país, assumiu no mesmo dia a vice-presidência das operações comerciais do grupo no mundo.

Formado em ciências econômicas pela Universidade de São Paulo (USP), Barral tem pós-graduação em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialização em controladoria pela mesma instituição. Sua ascensão coroa uma trajetória de dedicação. O executivo ingressou na Scania em 1995 e, desde então, acumulou sólida experiência nas áreas comercial e industrial da empresa.

Em 2006, assumiu a gerência financeira da Codema, uma das principais concessionárias da marca no Brasil, período em que aprimorou seus conhecimentos sobre as operações de transporte dos clientes. Quatro anos depois, foi nomeado CFO da Scania Ibérica e permaneceu na posição por cinco anos, até tornar-se diretor-geral do Consórcio Scania, em 1º de janeiro de 2016. Em março do ano passado, foi anunciado como novo diretor-geral da montadora no Brasil.

Agora líder das operações no país, o executivo deu uma pausa em sua apertada agenda para falar com exclusividade à M&T, revelando os desafios que tem pela frente em seu atual cargo. Acompanhe os principais trechos.

Como avalia o atual momento do mercado de caminhões no Brasil?

Continua sendo um período desafiador. Nestes três últimos anos, os volumes caíram a níveis muito abaixo do que a indústria imaginou. O mercado de veículos comerciais é exatamente um espelho da economia. E nosso país parou de crescer e entrou em profunda recessão. Assim, o reflexo é o mais fiel possível. Mas a Scania não ficou lamentando a queda de vendas. Arregaçamos as mangas e permanecemos ao lado do cliente, pois nestes momentos é que se comprova o significado da palavra ‘parceria’. E unimos a rede. Mudamos nossa estratégia mantendo o foco no varejo e em novos clientes. Com isso, a Scania conquistou 24% de novos clientes nos pesados e 40% nos semipesados. Contudo, para 2017 já conseguimos ver uma luz no fim do túnel, especialmente no segundo semestre. O cliente aos poucos vem retomando a confiança para voltar a investir. Assim, vamos continuar apresentando soluções para aumentar a rentabilidade e a disponibilidade das frotas.

Nesse período, quais medidas a empresa adotou para manter a operação no Brasil?

Desde o início do desaquecimento do mercado brasileiro, a Scania voltou sua produção para o mercado exterior. Atualmente, 70% do nosso volume são direcionados para cerca de 30 países, sobretudo na África, Ásia, Oriente Médio e América Latina.

Qual é a sua meta como diretor-geral no Brasil?

Desde que assumi, em junho de 2016, os principais focos da minha agenda têm sido na proximidade com o cliente, rentabilidade e sustentabilidade. Além disso, em 2017 a Scania comemora 60 anos de Brasil, em uma trajetória marcada pela parceria com os nossos clientes. Queremos vivenciar um ano especial com eles, com a nossa equipe e a nossa rede.

E como pretende atingir tais metas?

A parceria com o cliente, especialmente em um cenário econômico adverso, já se comprova no dia a dia com ações concretas de confiança mútua. Contamos com uma rede de concessionárias ampla e capaz de proporcionar os melhores serviços, disponibilidade e menor tempo parado na oficina. O compromisso da Scania é entregar rentabilidade. Sabemos que o nosso caminhão oferece o menor consumo de combustível, o melhor custo por quilômetro rodado e conforto superior, traduzindo-se em um produto Premium. Nosso esforço é constante para o desenvolvimento de produtos que evoluam sempre. Adotamos uma filosofia de trabalhar com melhoria contínua, ou seja, não precisamos esperar um lançamento para trazer uma nova tecnologia ao transportador.

Isso abrange metas sustentáveis?

Ser uma empresa sustentável envolve mais fatores do que somente cuidar do meio ambiente. Significa atuar nos pilares ambientais, sociais e econômicos de forma a minimizar os impactos causados pela sua atividade principal. É por isso que a Scania tem concentrado esforços em ações para reduzir a emissão de CO2, promover a mobilidade urbana e a segurança nas estradas. Queremos ser parceiros dos clientes nessa transição para um sistema de transporte mais sustentável.

A Scania sempre apostou em veículos movidos a álcool, uma matriz energética que já não recebe investimentos no país. Como a marca vê o posicionamento deste tipo de produto?

Globalmente, a Scania acredita em uma matriz mista no uso de combustíveis. Por isso, disponibiliza em seu portfólio produtos aptos a trabalhar com diferentes matrizes energéticas. Uma das tecnologias disponíveis no Brasil é o propulsor movido a etanol. Já temos ônibus utilizando etanol desde 2011 e, no final de 2015, fizemos a primeira venda de caminhões, para a Clariant. Mas, de fato, o etanol depende de uma série de fatores para ser um combustível viável. Nos últimos tempos, não houve subsídios direcionados pelo governo e os produtores estão preferindo comercializar mais o açúcar e menos o combustível. O caminhão a etanol também necessita de um investimento de aquisição um pouco maior do que o diesel e, portanto, é uma solução para empresas comprometidas em diminuir os impactos ambientais de suas operações de transporte. Mas o produto continua em nosso portfólio.

Como superar esses desafios para aumentar as vendas de caminhões movidos a etanol no Brasil?

Nossos estudos provam que é uma opção 100% viável. A Clariant pode servir de exemplo concreto para outras empresas. Os três primeiros caminhões a etanol adquiridos por ela, chamados de Ecotrucks, trabalham 24 horas por dia. Após um ano de operação, os Ecotrucks – os primeiros da América Latina – confirmaram a promessa da Scania de reduzir em aproximadamente 90% as emissões de CO2, na comparação com os motores a diesel utilizados anteriormente. Apesar dos desafios, o produto prosseguirá no portfólio e vamos continuar apresentando esta solução, que faz parte de nossa gama, além do GNV e do biometano, que são novidades disponíveis para ônibus.

Os veículos comerciais atuais estão mais digitais, conectados, automatizados e com tendências de eletrificação. Na sua visão, quando esses aparatos tecnológicos dominarão as estradas brasileiras?

Infelizmente, é difícil predizer quando teremos infraestrutura interna em larga cobertura para a direção automatizada e a eletrificação, por exemplo. As rodovias e as cidades precisam estar preparadas para isso. E, hoje, ainda faltam aparatos básicos, como um asfalto eficiente. Contudo, o Brasil tem um enorme potencial e a Scania tem suas soluções para a demanda futura, mantendo-se pronta para o momento em que esta realidade chegar ao país. Sobre a conectividade, a Scania acabou de lançar seus Serviços Conectados no Brasil, utilizando a experiência de 200 mil veículos conectados no mundo para trazer o melhor ao transportador brasileiro. E estas tecnologias ainda irão evoluir muito por aqui.

Poderia antecipar alguma novidade para o mercado de construção civil?

Por enquanto, não podemos revelar nossos planos. Mas, teremos novidades de produto. Afinal, é um segmento que atualiza suas necessidades constantemente.

A propósito, qual é a inserção da marca sueca neste setor?

Sempre tivemos um olhar bem próximo a este setor. A cada ano, estamos acompanhando de perto as novas demandas e as necessidades. Esse cliente não precisa apenas de um caminhão robusto, mas deve ter um suporte e uma solução completa que torne sua operação rentável do início ao fim. Estamos avançando também na conscientização da importância dos serviços, especialmente dos programas de manutenção, que geram maior disponibilidade da frota. Em termos de produtos, nossa Linha Off-Road foi renovada e temos colhido muitos frutos, pois nossos modelos têm agora uma identidade 100% para este segmento. Um DNA verdadeiro, pois temos uma gama completa de caminhões de 250 a 480 cavalos e trações até 8x4.

Quais são as opções de financiamento que a marca pratica na construção?

Oferecemos soluções de financiamentos pelo Scania Banco e outros bancos parceiros, que contemplam Finame, CDC, Leasing e Leasing Operacional (Scania Banco), com taxas muito competitivas. Há, ainda, a opção pelo Consórcio Scania, com parcelamento do bem em até 100 meses, sem juros e sem entrada.

Qual a sua análise em relação a este nicho de mercado no Brasil?

Infelizmente, este segmento está praticamente parado no Brasil. Sempre teve uma grande participação nas vendas, e acredito que gradativamente voltará a ter nos próximos anos. Espero que não demore muito tempo, pois o Brasil precisa de obras para melhorar sua infraestrutura em diversos níveis, desde modais até mobilidade urbana.

Qual é a posição da marca para veículos “off-road” em nível global?

Mundialmente, a Scania tem uma grande participação no segmento e, como ocorre no Brasil, também trabalha na base da segmentação. Ou seja, analisando e atuando nos nichos. Cada país tem uma necessidade e características peculiares. Cabe à Scania desenvolver o melhor produto para cada mercado. Estamos sempre atentos para trazer novidades da oferta global. O cliente tem sempre à disposição o que há de melhor.

Qual é a previsão de vendas para o mercado interno neste ano?

Temos uma expectativa de crescimento de 10% a 15% no mercado doméstico acima de 16 toneladas, do qual participamos com linhas semipesadas e pesadas.

Em 2015, a Scania não participou da Fenatran. A marca pretende participar neste ano?

Sim, vamos comemorar nossos 60 anos na feira. Será uma oportunidade para mostrar aos clientes nossas mais recentes soluções em produtos e serviços.

SAIBA MAIS:

Scania: www.scania.com/br/pt/home

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