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Revista M&T - Ed.167 - Abril 2013
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Manutenção

Como garantir a produtividade em tratores de esteiras

Reconhecidamente robustos e resistentes, equipamentos não estão isentos de cuidados especiais EM componentes como a lâmina de corte

Nas obras realizadas em terrenos ainda inexplorados, os tratores de esteira geralmente são os equipamentos da linha de frente. Na vanguarda, eles atuam como a infantaria em um exército, posicionando-se como verdadeiros desbravadores na obra e abrindo espaço para os demais equipamentos. Simples, essa comparação explica a necessidade de robustez desses equipamentos, que requerem cuidados operacionais e de manutenção em diversos componentes para operar com a máxima produtividade. Nesta edição, a seção trata exclusivamente do elemento de corte: a lâmina e seus componentes.

Para começar, a estrutura da lâmina pode ser de diversos tipos, sendo as mais comuns a reta e a curva. A diferença básica entre as duas está no rolamento do material. Ou seja, enquanto a lâmina reta realiza o corte do terreno e expurga o material pelas laterais, a lâmina curva tem como característica rolar o material escavado, formando pilhas que poderão ser mais facilmente atacadas por equipamentos adequados, como carregadeiras ou escavadeiras. Essa explicação operacional mostra que a escolha por um ou outro tipo de lâmina está inteiramente sujeita à operação do trator de esteiras. No Brasil, segundo afirmam fabricantes do setor, as mais requisitadas são as do tipo curva.

Como no modelo curvo o material escavado tem maior contato com a chapa da lâmina do trator – afinal, o material rola por ela para formar as pilhas – a chapa de aço tende a sofrer um desgaste maior. Porém, tanto a lâmina reta quanto a curva estão igualmente sujeitas ao desgaste de suas ferramentas de penetração de corte, bordas, cantos e lâmina de corte.

TECNOLOGIAS

Mas já há tecnologias que protegem os componentes, como o bloco de desgaste de ferro branco. Oferecida por alguns fabricantes de equipamentos, trata-se de uma liga de alto teor de cromo que protege a chapa da lâmina, ampliando a sua vida útil em situações muito abrasivas. A liga é fixada a uma chapa de aço doce que, por sua vez, pode ser soldada à lâmina do trator. Como em qualquer tipo de soldagem, aplicam-se as práticas tradicionais de pre-aquecimento, ultrassonografia para reconhecimento de trincas etc. Geralmente, ela é mais econômi


Nas obras realizadas em terrenos ainda inexplorados, os tratores de esteira geralmente são os equipamentos da linha de frente. Na vanguarda, eles atuam como a infantaria em um exército, posicionando-se como verdadeiros desbravadores na obra e abrindo espaço para os demais equipamentos. Simples, essa comparação explica a necessidade de robustez desses equipamentos, que requerem cuidados operacionais e de manutenção em diversos componentes para operar com a máxima produtividade. Nesta edição, a seção trata exclusivamente do elemento de corte: a lâmina e seus componentes.

Para começar, a estrutura da lâmina pode ser de diversos tipos, sendo as mais comuns a reta e a curva. A diferença básica entre as duas está no rolamento do material. Ou seja, enquanto a lâmina reta realiza o corte do terreno e expurga o material pelas laterais, a lâmina curva tem como característica rolar o material escavado, formando pilhas que poderão ser mais facilmente atacadas por equipamentos adequados, como carregadeiras ou escavadeiras. Essa explicação operacional mostra que a escolha por um ou outro tipo de lâmina está inteiramente sujeita à operação do trator de esteiras. No Brasil, segundo afirmam fabricantes do setor, as mais requisitadas são as do tipo curva.

Como no modelo curvo o material escavado tem maior contato com a chapa da lâmina do trator – afinal, o material rola por ela para formar as pilhas – a chapa de aço tende a sofrer um desgaste maior. Porém, tanto a lâmina reta quanto a curva estão igualmente sujeitas ao desgaste de suas ferramentas de penetração de corte, bordas, cantos e lâmina de corte.

TECNOLOGIAS

Mas já há tecnologias que protegem os componentes, como o bloco de desgaste de ferro branco. Oferecida por alguns fabricantes de equipamentos, trata-se de uma liga de alto teor de cromo que protege a chapa da lâmina, ampliando a sua vida útil em situações muito abrasivas. A liga é fixada a uma chapa de aço doce que, por sua vez, pode ser soldada à lâmina do trator. Como em qualquer tipo de soldagem, aplicam-se as práticas tradicionais de pre-aquecimento, ultrassonografia para reconhecimento de trincas etc. Geralmente, ela é mais econômica do que a proteção por endurecimento de solda (quando toda a estrutura da chapa da lâmina é revestida).

O bloco de desgaste de ferro branco pode ser instalado em qualquer parte da chapa da lâmina que sofra desgaste abrasivo. Para identificar possíveis necessidades, após cada operação o mecânico ou operador responsável pela máquina deve avaliar a estrutura de corte do trator.

Outra tecnologia de proteção contra desgaste é a chapa fixada mecanicamente. Também oferecida por fabricantes de equipamentos e de ferramentas de penetração de solo, ela é fixada e removida mais facilmente do que outras proteções com a mesma finalidade. Essa solução consiste em uma chapa de aço, que age como elemento antidesgaste estrutural, de alta dureza e que pode ser instalada em qualquer superfície plana ou moderadamente curva, como as lâminas dos tratores.

Chapas de desgaste comuns e soldadas também são adotadas com o intuito de reparar pequenas áreas danificadas ou para recondicionar toda a superfície de armação da lâmina. Em situações extremamente abrasivas ou de impacto severo, elas podem ser soldadas como proteção até mesmo em tratores novos.

Um terceiro tipo de proteção disponível para as lâminas de tratores são as chapas de empuxo, que são específicas para operação de tratores que auxiliam a propulsão de scrapers. Essa operação é altamente agressiva ao material de desgaste, motivo pelo qual as chapas de empuxo são indicadas para proteger as propriedades do aço da lâmina do trator.

BORDAS E CANTOS

Apesar de haver tecnologias para proteção da lâmina disponíveis já há alguns anos, ainda há um grande número de usuários que recuperam as estruturas desgastadas dos tratores por meio de soldas aleatórias das chapas de aço. Mas é preciso cuidado, pois as consequências podem ser diversas, sendo que a principal é a superexposição das ferramentas de penetração de solo (FPS), presentes na borda e nos cantos da lâmina.

Basicamente, existem dois tipos de FPS para tratores de esteiras: bordas e cantos. As bordas, a despeito do nome, são as ferramentas de corte presentes na parte central da extremidade inferior da lâmina. Em tratores de porte médio, elas normalmente são instaladas em dois ou três segmentos.

Dependendo da aplicação, é possível optar por cantos mais resistentes. Por isso, os fabricantes de ferramentas de penetração de solo, ou mesmo de equipamentos da Linha Amarela, oferecem um amplo portfólio de tecnologias. Para trabalhos de alto impacto ou abrasão, todavia, há soluções mais específicas, como FPS cunhada a quente ou de aço forjado.

O primeiro tipo oferece resistência à abrasão, sendo característico em operações de penetração em argila, barro, lodo, areia e cascalho. Nesse caso, as bordas possuem angulação de 16 graus para melhorar o ataque ao solo. Alguns fabricantes, inclusive, oferecem esse componente em aço endurecido integralmente, para proporcionar maior resistência. Já nas aplicações de alto impacto, como trabalho em rocha explodida, lajes e seixo rolado, as ferramentas de penetração de solo em aço forjado são mais indicadas.

No caso das bordas, também há modelos específicos, com variações em sua espessura, principalmente. Alguns fabricantes oferecem bordas divididas em várias seções, facilitando o transporte, manuseio, armazenamento e instalação da FPS. No que tange à instalação, aliás, as bordas de seções múltiplas costumam exigir procedimento de troca mais simples, o que se estende para a prática do rodízio dos cantos da lâmina dos tratores.

A hora certa de se fazer o rodízio é perceptível a olho nu, ou seja, pode ser identificada visualmente pelo operador ou mecânico, que deverá avaliar sistematicamente o desgaste sofrido na FPS. Adicionalmente, ele também pode recorrer às projeções de desgaste listadas pelos próprios fabricantes. O importante é que, ao alcançar desgaste próximo ao total, as FPS dos cantos sejam invertidas. É preciso alertar que, após esse processo, os cantos não terão a mesma vida útil de quando eram novos e foram instalados pela primeira vez, pois sua espessura já foi comprometida e, por isso, o desgaste sofrido na operação será ainda mais acentuado.

Conheça alguns tipos de lâminas de tratores

 

 

 

 

 

 

 

 

 

São vários os tipos de lâminas existentes, pois cada fabricante de equipamentos oferece soluções próprias e, muitas vezes, exclusivas. A seguir, conheça seis tipos que representam boa parte dos modelos de lâminas já disponíveis no mercado brasileiro:

Escolha dos cantos de lâmina depende da finalidade

 

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