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Revista M&T - Ed.155 - Março 2012
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Manutenção

Como cuidar do ar condicionado da cabine

A correta manutenção do sistema de ar condicionado preserva a saúde respiratória do operador e melhora sua produtividade

Com a crescente preocupação relacionada à ergonomia e ao conforto do operador, cuidados que se revertem em ganhos de produtividade e foram incorporados pela indústria de equipamentos de construção, há tempos o ar condicionado deixou de ser um item opcional de luxo, até para se tornar algo primordial em determinados tipos de máquinas fora de estrada. Sua utilização correta, todavia, ainda não foi completamente assimilada pela maioria dos operadores e gestores de frota no Brasil, que geralmente pecam na manutenção desse componente, comprometendo a sua longevidade.

Quando se fala de manutenção de ar condicionado, aliás, os principais procedimentos estão relacionados à limpeza do sistema, que pode ser dividida em dois aspectos: os problemas internos ao sistema (tubulação e mangueiras) e os externos a ele (fungos, bactérias e poeira). Começando pelo primeiro caso, é preciso verificar periodicamente se há restrições que impeçam a passagem do fluxo de ar do condensador. É comum, principalmente nas operações fora de estrada, a incidência de materiais estranhos, como insetos, sacos plásticos e outros tipos de sujeira. Caso encontrados, devem ser removidos imediatamente.

Vale lembrar que a presença de sujeira no condensador acarreta o aumento de pressão no interior do sistema, fragilizando diversos componentes como o compressor e as mangueiras. Na manutenção interna, os filtros de ar da cabine merecem atenção especial. A periodicidade da sua manutenção dependerá das condições ambientais em que a máquina opera. Em aplicações severas, os filtros de ar devem ser verificados após cada turno de trabalho (8 a 10 h). Ainda nessas condições de operação, eles costumam durar entre 40 e 50 h, o que permite prever que devem ser trocados semanalmente.

Os filtros de recirculação, por sua vez, devem ser verificados após cada semana de operação (40 a 50 h) e substituídos mensalmente. Nos intervalos entre turnos de trabalho, entretanto, é indicado que se verifique a existência de furos nos filtros. Para isso, inspecione o componente contra luz forte e verifique se há juntas danificadas ou peças de metal amassadas. Os especialistas em ar condicionado advertem que, no caso de operação com incidência extrema de poeira, os filtros frescos e os de reci


Com a crescente preocupação relacionada à ergonomia e ao conforto do operador, cuidados que se revertem em ganhos de produtividade e foram incorporados pela indústria de equipamentos de construção, há tempos o ar condicionado deixou de ser um item opcional de luxo, até para se tornar algo primordial em determinados tipos de máquinas fora de estrada. Sua utilização correta, todavia, ainda não foi completamente assimilada pela maioria dos operadores e gestores de frota no Brasil, que geralmente pecam na manutenção desse componente, comprometendo a sua longevidade.

Quando se fala de manutenção de ar condicionado, aliás, os principais procedimentos estão relacionados à limpeza do sistema, que pode ser dividida em dois aspectos: os problemas internos ao sistema (tubulação e mangueiras) e os externos a ele (fungos, bactérias e poeira). Começando pelo primeiro caso, é preciso verificar periodicamente se há restrições que impeçam a passagem do fluxo de ar do condensador. É comum, principalmente nas operações fora de estrada, a incidência de materiais estranhos, como insetos, sacos plásticos e outros tipos de sujeira. Caso encontrados, devem ser removidos imediatamente.

Vale lembrar que a presença de sujeira no condensador acarreta o aumento de pressão no interior do sistema, fragilizando diversos componentes como o compressor e as mangueiras. Na manutenção interna, os filtros de ar da cabine merecem atenção especial. A periodicidade da sua manutenção dependerá das condições ambientais em que a máquina opera. Em aplicações severas, os filtros de ar devem ser verificados após cada turno de trabalho (8 a 10 h). Ainda nessas condições de operação, eles costumam durar entre 40 e 50 h, o que permite prever que devem ser trocados semanalmente.

Os filtros de recirculação, por sua vez, devem ser verificados após cada semana de operação (40 a 50 h) e substituídos mensalmente. Nos intervalos entre turnos de trabalho, entretanto, é indicado que se verifique a existência de furos nos filtros. Para isso, inspecione o componente contra luz forte e verifique se há juntas danificadas ou peças de metal amassadas. Os especialistas em ar condicionado advertem que, no caso de operação com incidência extrema de poeira, os filtros frescos e os de recirculação devem ser inspecionados diariamente e limpos sempre que necessário.

Procedimentos para a limpeza

A limpeza dos filtros deve ser realizada com ar comprimido, a uma pressão que não exceda 690 kPa a cerca de 3 mm de distância do bico de ar. Ela deve ser feita com o bico de ar a uma distância de cerca de 2 polegadas (5 cm) do filtro, para  evitar danos ao mesmo. Os filtros feitos de espuma também podem ser soprados com ar em baixa pressão ou lavados delicadamente, com uso de detergente suave. Nesse caso, use ar comprimido em baixa pressão para secá-los. O processo de lavagem, contudo, não é recomendado para os filtros de alta eficiência ou impregnados com carbono, situações em que a limpeza deve se restringir apenas ao uso de ar comprimido em baixa pressão.

Ainda sobre a limpeza interna do sistema, as bobinas merecem atenção à parte para que possam prover a passagem da massa de ar necessária. Há diferentes métodos de limpeza desse componente, dependendo do modelo de bobina utilizado. No caso das bobinas do condensador, que normalmente possuem uma estrutura mais robusta com aletas mais espessas e duráveis, projetadas para suportar as condições do ambiente, é possível utilizar lavadoras de baixa pressão. Mesmo assim, é prudente manter o bico da lavadora a uma distância segura da bobina, evitando danificá-la.

Já as bobinas do evaporador e do aquecedor estão dentro de uma área fechada, cujo intuito é de protegê-las das intempéries e detritos externos. Isso demonstra a sua fragilidade, o que permite presumir que jamais devam ser lavadas com pressão direta. Para realizar essa limpeza, utilize um bico de ar em baixa pressão, em processo semelhante ao utilizado na limpeza do filtro. A operação deve ser feita cuidadosamente, para eliminar todos os detritos presentes nas bobinas.

Vale ressaltar que a operação rotineira pode empenar as aletas das bobinas, o que acarretará o bloqueio do fluxo de ar, reduzindo o desempenho geral do sistema. Nesse caso, endireite as aletas com o uso de ferramentas adequadas, de acordo com indicação dos fabricantes. Comece de um lado da bobina e trabalhe em direção ao outro lado para evitar a repetição do processo na mesma aleta. É preciso tomar cuidado para não rachar ou rasgar as aletas durante o processo, o que pode comprometer o desempenho do sistema.

Carga do fluido refrigerante

Sempre que há a substituição ou reparo de um componente do ar condicionado, é necessário fazer a recuperação do gás refrigerante (carga de gás). Mesmo se não houve intrusão, mas o usuário observar uma perda de desempenho, fique atento ao nível do gás refrigerante, que pode estar abaixo do normal devido a vazamento no sistema. Ao contrário do que imaginam muitos usuários de ar condicionado, o refrigerante não necessita de recarga constante, a não ser em casos de vazamento ou manutenção no sistema.

Voltando à recuperação da carga de gás, devido a procedimentos de manutenção, um cuidado deve ser observado: se durante o processo, o compartimento do refrigerante ficou aberto por mais de meia hora, exposto ao ar e à umidade, é preciso instalar um secador em linha ou um acumulador de dissecante para dissipá-la. Isso porque a umidade se combinará com os metais do sistema de refrigerante, produzindo subprodutos altamente abrasivos, como óxidos, hidróxido de ferro e hidróxido de alumínio.

Além disso, a umidade no sistema pode levar ao congelamento da válvula ou do tubo de expansão. Se a umidade no sistema já foi condensada formando água é preciso removê-la com fervura (evaporação) e uma bomba a vácuo. É importante frisar que a carga de gás, quando realizada, requer a aplicação de um bom procedimento de vácuo no sistema. Para avaliar a qualidade desse procedimento, utilize o medidor de vácuo. Se ele estiver posicionado a mais de 3 polegadas da porta do sistema, puxe um vácuo e aguarde por dez minutos até o sistema equalizar. Isso assegurará a eficácia do medidor (veja os passos da medição de vácuo na página 72).

Vedação da cabine

A operação de equipamentos com ar condicionado requer que a cabine fique totalmente fechada enquanto o sistema estiver operando. Nas máquinas cujo ar condicionado não foi instalado como item de série, é preciso ficar atento à qualidade das vedações da cabine (teto, portas, vidros, assoalho etc.). Falhas nessa área acarretarão uma queda na pressão do sistema, exigindo um fluxo de ar fresco maior para manter a pressurização. Isso levará à redução de desempenho do ar condicionado e à diminuição nos intervalos de manutenção dos filtros.

Manter o nível de pressurização na cabine também é importante para a saúde do operador, pois as mudanças de pressão do ar podem acarretar problemas respiratórios. Além disso, a baixa pressão pode induzir à entrada de poeira na cabine e no sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado, levando-o a falhas prematuras.

 

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