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Revista M&T - Ed.211 - Abril 2017
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Sistemas Construtivos

Abrindo caminho nos canteiros

Soluções industrializadas avançam no país, mas ainda enfrentam dificuldades em relação aos sistemas convencionais por questões culturais, tributárias e de infraestrutura

Atualmente, os diversos sistemas industrializados utilizados pela construção civil já alcançaram um elevado grau de maturidade e conseguem obter uma convivência harmônica nas questões técnicas e institucionais. Essa, ao menos, é a opinião de diversos especialistas. “Hoje, todos os sistemas industrializados apontam para uma tendência de soluções mistas envolvendo drywall, estrutura metálica, pré-fabricado de concreto e madeira”, afirma Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). “É claro que, nos aspectos comerciais, cada um desses sistemas trilha seu próprio caminho, disputando mercado.”

Para balizar sua visão, Cover reitera as vantagens dos sistemas construtivos industrializados, que incluem pontos como a redução do tempo de execução das obras, manutenção da qualidade final da construção, atenuação e previsibilidade dos custos, menor geração de resíduos e redução do consumo de energia. “Já a principal barreira que impede o maior uso dos sistemas industrializados no Brasil é a falta de isonomia tributária com os sistemas convencionais”, aponta o dirigente.

TENDÊNCIAS

Além dessa barreira, para Luiz Antonio Martins Filho, gerente executivo da Associação Brasileira do Drywall, existem outras dificuldades para uma maior disseminação desses sistemas. “Temos questões culturais e dificuldades como a falta de infraestrutura adequada de transporte e logística, além de obstáculos legais, pois os modelos de contratação de obras públicas ainda são concebidos visando às características dos sistemas tradicionais”, pondera.

Apesar das dificuldades, os sistemas industrializados têm conseguido avanços significativos. “No caso do Steel Frame, apesar de já estar bastante disseminado no Brasil, ainda  há grande potencial de crescimento, pois representa apenas 15% do total das obras de múltiplos pavimentos, enquanto nos EUA já representa 50% e, no Japão, quase 70%”, afirma Eneida Jardim, integrante da Comissão Executiva do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA).

A tendência do uso combinado de vários sistemas também é apontada por Rosane Bevilaqua, representante da ABCEM (Associação Brasileira


Atualmente, os diversos sistemas industrializados utilizados pela construção civil já alcançaram um elevado grau de maturidade e conseguem obter uma convivência harmônica nas questões técnicas e institucionais. Essa, ao menos, é a opinião de diversos especialistas. “Hoje, todos os sistemas industrializados apontam para uma tendência de soluções mistas envolvendo drywall, estrutura metálica, pré-fabricado de concreto e madeira”, afirma Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). “É claro que, nos aspectos comerciais, cada um desses sistemas trilha seu próprio caminho, disputando mercado.”

Para balizar sua visão, Cover reitera as vantagens dos sistemas construtivos industrializados, que incluem pontos como a redução do tempo de execução das obras, manutenção da qualidade final da construção, atenuação e previsibilidade dos custos, menor geração de resíduos e redução do consumo de energia. “Já a principal barreira que impede o maior uso dos sistemas industrializados no Brasil é a falta de isonomia tributária com os sistemas convencionais”, aponta o dirigente.

TENDÊNCIAS

Além dessa barreira, para Luiz Antonio Martins Filho, gerente executivo da Associação Brasileira do Drywall, existem outras dificuldades para uma maior disseminação desses sistemas. “Temos questões culturais e dificuldades como a falta de infraestrutura adequada de transporte e logística, além de obstáculos legais, pois os modelos de contratação de obras públicas ainda são concebidos visando às características dos sistemas tradicionais”, pondera.

Apesar das dificuldades, os sistemas industrializados têm conseguido avanços significativos. “No caso do Steel Frame, apesar de já estar bastante disseminado no Brasil, ainda  há grande potencial de crescimento, pois representa apenas 15% do total das obras de múltiplos pavimentos, enquanto nos EUA já representa 50% e, no Japão, quase 70%”, afirma Eneida Jardim, integrante da Comissão Executiva do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA).

A tendência do uso combinado de vários sistemas também é apontada por Rosane Bevilaqua, representante da ABCEM (Associação Brasileira da Construção Metálica). “O uso misto de concreto com estruturas metálicas, por exemplo, representa uma série de vantagens, como dispensa do uso de fôrmas para pilares, aumento da precisão dimensional, redução do peso e do volume das estruturas e, ainda, diminuição de 20% a 40% no uso de aço estrutural”, comenta.

Na mesma linha, o engenheiro Carlos Franco, representante da Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), destaca as vantagens do uso de pré-fabricados de concreto. “Além da eficiência estrutural, o sistema possibilita flexibilidade arquitetônica, velocidade construtiva, uso racional de recursos e redução da geração de resíduos, além de maior resistência à propagação de fogo”, resume Franco, destacando obras nas quais o sistema tem sido utilizado com diferenciais de competitividade e atendimento aos prazos. “Em boa parte delas, o pré-fabricado foi utilizado de maneira harmoniosa com outros sistemas”, complementa.

Outro sistema que luta para avançar, o Woodframe propõe-se a ser uma tecnologia inovadora e sustentável. Para José Márcio Fernandes, diretor da Tecverde, “a grande vantagem do uso de madeira é a expressiva redução na necessidade de mão de obra”. “Enquanto uma construção convencional demanda 80 horas/homem por m2, esse sistema não passa de 7 horas/homem por m2”, ele garante. “E temos testes dos materiais que nos permite assegurar que a casa construída com o sistema tem uma vida útil de 50 anos.”

Brasil busca mudança de cultura em edificações

O setor brasileiro de construção não para em sua busca por inovação. Um exemplo disso é o modelo de gestão e avaliação ambiental de construções aplicado pela Fundação Vanzolini (SP) que, por meio do selo AQUA-HQE (Alta Qualidade Ambiental), vem promovendo uma mudança de cultura nas práticas de planejamento, gestão e construção de edificações no país. “Entre as qualidades desse processo está o respeito às características locais, como clima, legislação e contexto socioeconômico”, explica Manuel Carlos R. Martins, coordenador de certificação da Fundação Vanzolini. “Não se pode falar em mudança de cultura sem respeito às características brasileiras.”

O especialista refere-se à necessidade de promover uma integração de competências nas fases iniciais das obras, de modo a aperfeiçoar o controle ao longo do projeto. Para tanto, há um longo caminho de conscientização do mercado sobre a necessidade de uma prática mais sustentável. Prova disso é que os referenciais técnicos do AQUA-HQE atendem às Normas da ABNT, inclusive a 15.575 (de desempenho), à Norma de Acessibilidade NBR 9050 e às resoluções do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), entre outras. Para Martins, o fato de o empreendedor, por meio do processo de certificação, se predispor a planejar as etapas do projeto com antecedência, integrando as competências e o controle nas fases iniciais do processo construtivo, “demonstra forte mudança de postura e isso tem ocorrido com frequência no Brasil”.

 

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