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Revista M&T - Ed.201 - Maio 2016
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Bauma 2016

A nata da indústria

Maior evento global do setor, 31ª edição da bauma atraiu 580 mil visitantes, que puderam conferir de perto as inovações apresentadas por quase 3.500 expositores
Por Marcelo Januário (Editor)

Em mais um marco histórico para o setor, a 31ª edição da bauma (International Trade Fair for Construction Machinery, Building Material and Mining Machines and Construction Vehicles and Equipment) quebrou todos os recordes da indústria de equipamentos para construção e mineração com a presença de 580 mil visitantes de 200 países, em um crescimento de 9% em relação à última edição.

Realizada em um espaço de 605 mil m² no Centro de Eventos Messe München, em Munique, a feira reuniu um total de 3.423 expositores (+8,6%) oriundos de 58 países – sendo seis do Brasil (leia Box na página 32). A internacionalização crescente do evento, inclusive, ficou patente nesta edição, com um expressivo aumento de 63% no número de empresas de fora da Alemanha, chegando a 2.160, no maior índice já registrado neste quesito. “Os visitantes sempre chegam prontos a investir, mas nesta edição o volume de encomendas foi maior do que o esperado”, comemorou Klaus Dittrich, chairman e CEO da Messe München.

Aliás, este aspecto catalisador do evento alemão não pode ser minimizado. “A bauma é a plataforma ideal para apresentação de novos desenvolvimentos inovadores, causando um grande impacto na indústria ao redor do mundo”, atestou Johann Sailer, chairman da VDMA (Association for Construction Machinery and Building Material Machines). “Novamente, o maior evento mundial da indústria de equipamentos imprime um ímpeto crucial para o crescimento futuro do nosso setor.”

HIGHLIGHTS

Como quem já foi sabe bem, uma bauma não é nada simples de abordar de forma extensiva, talvez até impossível, ainda mais em se tratando da maior edição de todos os tempos. Porém, alguns destaques são passíveis de registro, evidenciando como a tecnologia não cessa em sua evolução para prover maior produtividade aos usuários. Vamos a eles.

A divisão Road Construction Equipment da Atlas Copco, por exemplo, revelou uma nova linha de compactadores de médio porte. Os modelos CA2500 e CA3500 trazem sistema de otimização dos elementos excêntricos e são equipados com motores Stage IV Final. Já a Dynapac enfatizou a incorporação dos sistemas TruckAssist e SetAssist à linha de pavimentadoras SD2500/SD2550 e da ferramenta BPO Asphalt ao


Em mais um marco histórico para o setor, a 31ª edição da bauma (International Trade Fair for Construction Machinery, Building Material and Mining Machines and Construction Vehicles and Equipment) quebrou todos os recordes da indústria de equipamentos para construção e mineração com a presença de 580 mil visitantes de 200 países, em um crescimento de 9% em relação à última edição.

Realizada em um espaço de 605 mil m² no Centro de Eventos Messe München, em Munique, a feira reuniu um total de 3.423 expositores (+8,6%) oriundos de 58 países – sendo seis do Brasil (leia Box na página 32). A internacionalização crescente do evento, inclusive, ficou patente nesta edição, com um expressivo aumento de 63% no número de empresas de fora da Alemanha, chegando a 2.160, no maior índice já registrado neste quesito. “Os visitantes sempre chegam prontos a investir, mas nesta edição o volume de encomendas foi maior do que o esperado”, comemorou Klaus Dittrich, chairman e CEO da Messe München.

Aliás, este aspecto catalisador do evento alemão não pode ser minimizado. “A bauma é a plataforma ideal para apresentação de novos desenvolvimentos inovadores, causando um grande impacto na indústria ao redor do mundo”, atestou Johann Sailer, chairman da VDMA (Association for Construction Machinery and Building Material Machines). “Novamente, o maior evento mundial da indústria de equipamentos imprime um ímpeto crucial para o crescimento futuro do nosso setor.”

HIGHLIGHTS

Como quem já foi sabe bem, uma bauma não é nada simples de abordar de forma extensiva, talvez até impossível, ainda mais em se tratando da maior edição de todos os tempos. Porém, alguns destaques são passíveis de registro, evidenciando como a tecnologia não cessa em sua evolução para prover maior produtividade aos usuários. Vamos a eles.

A divisão Road Construction Equipment da Atlas Copco, por exemplo, revelou uma nova linha de compactadores de médio porte. Os modelos CA2500 e CA3500 trazem sistema de otimização dos elementos excêntricos e são equipados com motores Stage IV Final. Já a Dynapac enfatizou a incorporação dos sistemas TruckAssist e SetAssist à linha de pavimentadoras SD2500/SD2550 e da ferramenta BPO Asphalt ao seu sistema de gerenciamento Dyn@Link. Além disso, a marca trabalhou a nova pavimentadora de vias urbanas SD1800, que tem capacidade de 350 t/h e cobre extensões de 0,7 a 4,7 m, mas também a introdução dos modelos dupla chapa CC4200 e CC6200 e do modelo de compactador de solo vibratório CA1400.

A divisão Mining and Rock Excavation centrou forças no sistema de monitoramento Certiq, a Portable Energy exibiu compressores das Séries 8 e XAT(V)S 186, além de divulgar a extensão das linhas de geradores QES, de bombas submersíveis elétricas WEDA e de torres de iluminação HiLight. A nova linha da Meyco de pulverizadores de concreto e a linha Serpent de sistemas de ventilação foram as novidades da divisão Underground Rock Excavation, enquanto a divisão Surface and Exploration Drilling exibiu o equipamento de perfuração compacto Welldrill 3062. A Rock Drilling Tools, por sua vez, introduziu o martelo DTH de recirculação reversa COP RC45 e a Powerbit, nova linha de brocas da Secoroc para perfuração de superfícies.

No estande de 3.216 m² a Case CE mostrou sua nova linha de escavadeiras sobre esteiras da Série D, representada pelo modelo CX290D. Voltada para manipulação de materiais, a máquina tem cabine de comando a 5 m de altura, possui capacidade de elevação em sentido longitudinal a 9 m de alcance no solo e é equipada com motor Tier 4 Final. A fabricante também exibiu a retroescavadeira 580ST, que oferece novas características do sistema de telemática SiteWatch, duas pás carregadeiras de pneus 721F, uma minicarregadeira de pneus SV280 e os dozers 1650M e 2050M.

No espaço interno de exibição de mais de 8.200 m², a Caterpillar e seu revendedor alemão Zeppelin Baumaschinen mostraram uma variedade de equipamentos e ferramentas de trabalho. Nesse rol, ganharam os holofotes as escavadeiras 336F LN XE e 352F L XE, que oferecem a tecnologia-padrão Cat Grade com Assist, que automatiza os movimentos da lança e da caçamba, e a escavadeira para demolição 340F UHD, que utiliza hidráulica de alta eficiência para melhorar as capacidades de escavação e levantamento em longas distâncias. Além destes produtos, foi dado destaque a modelos como as pás carregadeiras 966M XE e 299D2 XHP (que apresenta esteiras de aço), a pá carregadeira de rodas compacta 918M, o novo compactador vibratório de tambor CD54B, as novas pavimentadoras Stage IV AP300F, AP355F e AP555F e o manipulador telescópico TH3510D, de 3,5 tm e 10 m de alcance. Na área de mineração, a fabricante apresentou a nova escavadeira hidráulica 6015B, otimizada para carregar os caminhões Cat 773, 775 e 777 em quatro, cinco e sete passos, respectivamente.

Em sua terceira participação, a CDE montou um estande de 1.200 m² na feira onde exibiu peneiras individualmente e também integradas aos equipamentos. Os destaques da marca no evento incluíram o modelo vibratório R2500, a planta de lavagem modular M²500 E5X e o lavador portátil AggMax 253R.

Projetadas para uso em equipamentos agrícolas e de construção, as esteiras de borracha Trackman XP da Continental passam a ser construídas com o processo Maxxtuff, uma tecnologia que inclui diversas camadas com cordões de aço de alta densidade. A solução promete tração extrema até mesmo em capacidades acima de 500 hp, seja em solos elásticos como em condições extremas de operação, além de alta resistência à abrasão e vibrações reduzidas.

A aposta da Cummins foi a nova geração de motores que atendem aos padrões Stage V, que entram em vigor na Europa em três anos. Os modelos F3.8, B4.5, B6.7 e L9 variam de 75 a 321 kW e, de acordo com a companhia, permitem um acréscimo de 10% em força e 20% em torque, graças ao uso da tecnologia de pós-tratamento Single Module, que substitui a arquitetura EGR (Exhaust Gas Recirculation). Para aplicações pesadas, a empresa exibiu os motores X12 e X15, que também integram a linha Stage V e oferecem saída de 503 kW.

A Deutz levou à bauma seu novo motor de três cilindros TCD 2.2 de 22 a 56 kW, que expande a linha com menor potência de saída da marca. A fabricante também mostrou duas novas e inéditas versões a gás liquefeito (LPG) entre 26 e 54 kW, além do projeto compacto TCD 5.0, um propulsor diesel com quatro cilindros na faixa de 100 a 150 kW ainda em desenvolvimento e que chegará ao mercado somente em 2019.

A Dressta fez a estreia mundial de quatro novos modelos de equipamentos, incluindo os dozers compactos da Série S e os modelos TD-20 (para aterros) e TD-25 (para mineração). Equipado com motor diesel Cummins QSF3.8 Tier 4 Final de seis cilindros, o modelo hidrostático sobre esteiras TD-8S tem peso operacional de 10 ton e capacidade da lâmina de 1.84 m³, enquanto o modelo TD-9S apresenta 11 ton e 2,2 m3. O estande também abrigou o pipelayer SB-85M Extra, o maior da marca na categoria com 410 hp e capacidade de içamento de até 100 ton.

Em um espaço de 4.800 m², o Grupo Fayat demonstrou opções de todas as marcas que compõem seu portfólio. A Bomag, por exemplo, expôs o reciclador/estabilizador de solos RS 50, com rotor de fresado móvel e conceito de acionamento por engrenagens planetárias. Equipada com a tecnologia Flexmix, a máquina possui altura de transporte de 3,1 m, largura total de 2,55 m e comprimento de 9,5 m. Outro destaque foi o App para gestão de frotas Bomag Telematic, disponível para sistemas iOS e Android. A Marini levou usinas de asfalto como a Xpress 2500, uma planta móvel de produção média (200 t/h), e a Be Tower, equipamento transportável com capacidade de produção de até 160 t/h. Já a Breining-Secmair mostrou a solução GreenSwift para recuperação de calçamentos, enquanto a Marini-Ermont expôs a usina de asfalto RM 120 Allroad, que oferece produção de 50 a 120 t/h e reciclagem de agregados acima de 40%.

A Haulotte centrou forças em mastros verticais como a Star 6, além de novos modelos de manipuladores telescópicos como o HTL 5210, indicado para o segmento de 10 m com capacidade de içamento de 5,2 m. Além desses produtos, a marca mostrou equipamentos como Optimum 8, Star 8, Star 10 e a lança articulada telescópica HA20 RTJ, de 20 m. Outro destaque da marca francesa foi a divisão Haulotte Financial Services, que atua no financiamento dos produtos em todo o mundo.

A empresa italiana Indeco mostrou seus martelos demolidores hidráulicos como a Série HP, que incorpora a característica Fuel Saving (FS). Com esta tecnologia, os produtos empregam menor potência hidráulica e reduzem significativamente o número de rotações do motor da máquina portadora, resultando em uma economia de combustível de até 20%, garante a empresa, que mostrou ainda equipamentos multifuncionais da série IMP (Indeco Multi Processor), disjuntores fixos e giratórios e novas pinças da linha IMG para demolição, seleção, carga, manipulação e uso florestal.

Já a Iveco destacou o modelo Eurocargo 4x4, nas versões de 11,5 e 15 ton, que apresentou ao público pela primeira vez. Vencedor do premio “Caminhão Internacional do Ano”, o veículo foi especialmente projetado para operações fora de estrada e traz motor Tector 7 Euro VI de 220 hp e 250 hp, respectivamente. A marca também mostrou os modelos Daily 4x4 Steel, de descarga trilateral, o Trakker 6x6, também de descarga trilateral, e o Astra HD9 8x6.

As novidades da JCB incluíram a retroescavadeira 3CX Compact e as carregadeiras de rodas 457 com cabines CommandPlus, que agregam estrutura ROPS, controles hidráulicos no assento, coluna ajustável de direção e tela LCD colorida. Lançada em setembro do ano passado, a retroescavadeira tem dimensões compactas de 1,9 x 2,7 m, é equipada com motor Kohler de quatro cilindros Tier IV Final (55 kW a 2200 rpm) e oferece raio de giro de 5,8 m.

Além de manipuladores telescópicos, a JLG exibiu a plataforma articulada 1500AJP, apresentada como a mais alta e com maior alcance do mundo. A vedete do estande tem altura de articulação de 18,3 m, alcance de trabalho de 23,5 m e capacidades de 270 kg (sem limitações) e 450 kg (com limitações). A fabricante também atualizou os mastros Toucan 8E e 10E, além de padronizar o sistema de proteção SkyGuard para todo portfólio de PTA’s, lançar um programa de secundários para a região EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e reestruturar a imagem das plataformas Power Towers, que passam a ter as cores laranja e creme e recebem nova nomenclatura.

A Kobelco não deixou por menos e mostrou a nova série Generation 10 de escavadeiras de esteiras. Com seis modelos, a linha tem como novidade o novo desenho do braço, que – segundo a empresa – permite ganho de 7% na produtividade, além de ciclos mais rápidos de escavação, com ganho de 10% em eficiência energética. Na linha compacta, as novidades foram três modelos de miniescavadeiras da linha Model 6, de 3 ton. A fabricante também trabalhou a linha SK210D de equipamentos para reciclagem, a escavadeira demolidora SK400D e a escavadeira híbrida SK210LCH-9, que chega ao mercado europeu no próximo ano. Na divisão de guindastes, foram destacados modelos da serie sobre esteiras CKE‐G, incluindo o CKE900G‐2 (de 90 ton de capacidade, que agora traz motor Tier 4 Final) e o CKE2500G (de 250 ton).

A Komatsu pôs em destaque a nova escavadeira hidráulica híbrida HB365LC-3, um equipamento de 36 ton que, segundo a empresa, oferece redução de 20% no consumo de combustível. O modelo possui motor SAA6D114E-6 de 202 kW, com 53 kW suplementares supridos pelo sistema híbrido. A marca também exibiu a nova escavadeira média PW98MR-10, com 48,5 kW a 1.950 rpm e peso operacional entre 9,8 ton e 10,4 ton. Equipada com motor SAA4D95LE-6 Stage IIIB com quatro válvulas por cilindro, a máquina obtém profundidade de 4,3 m e alcance máximo de escavação de 7,8 m. Outros destaques foram as carregadeiras de rodas WA380-8 (de 142 kW), WA500-8 (de 266 kW) e WA600-8 (de 395 kW) e as escavadeiras para demolição PC210LC-11 (23,1 ton), PC490LC-11 (48,8 ton) e PC360NLC-11 (36,2 ton).

Em um estande-monstro de 14.000 m², a Liebherr expôs as novas pás-carregadeiras sobre pneus de médio porte para aplicações de alta eficiência, que incluem os modelos L 526 (com carga de tombamento de 7.700 kg e caçamba de 2,1 m³) e L 546 (10.500 kg e 2,8 m³). A série inclui ainda o modelo L 538, que não esteve na bauma. Com padrão de emissão Tier IV, a nova série promete economia de combustível de até 25% em comparação às pás carregadeiras sobre pneus da mesma classe, diz a empresa, que apresentou ainda a escavadeira sobre esteiras R 922 e o caminhão para mineração T 264, com capacidade de carga útil de 221 tm. No setor de guindastes, o lançamento incluiu o protótipo do guindaste móvel de oito eixos LTM 1450-8.1, com 450 ton de carga máxima e lança telescópica de 85 m. Na linha de concreto, a novidade da marca foi a nova bomba Liebherr 50 M5 XXT, da classe de 50 m, com alcance de 49,1 m na vertical e 44,4 m na horizontal, além da nova geração de betoneiras 05, representada pelo modelo HTM 905, com 9 m³ de volume nominal. A empresa mostrou ainda três escavadeiras sobre pneus e seis escavadeiras hidráulicas da nova série de 14 toneladas e o novo manipulador de materiais LH 26 C Electro Industry (com peso operacional de 25 a 27,5 ton), acompanhados por simuladores, componentes e sistemas.

No estande com 2.588 m², a LiuGong apresentou seis novas escavadeiras da linha E Tier IV, que abrangem de 15 a 50 tons, incluindo os modelos 915EIV, 925EIV, 933EIV, 939EIV, 922EIIIB e 950EIIIA. Equipado com turbocompressor, o modelo 915E é equipado com motor Cummins QSB4.5, destaca a empresa, que também exibiu ao públicos seus guindastes AT, motoniveladoras, rolos compressores, minicarregadeiras, carregadeiras de rodas, empilhadeiras e pavimentadoras.

A Manitou promoveu a estreia do novo Buggy MT 420 H, um telehandler ultracompacto de 1,49 m x 3,67 m x 1,90 m. Com capacidade de elevação de máxima de 4,28 m para carga de 2 t, o modelo é equipado com quatro rodas motrizes. Outro modelo em destaque foi o telehandler MRT 2145, que completa a gama MRT Easy e oferece capacidade de elevação de 21 m e de carga de 4.5 t. A marca também mostrou os manipuladores telescópicos MRT 2150, 2550 Privilège e MT 625 HA, além de modelos para locação como o MT 1030 e o 1840 Easy e as empilhadeiras M70-2H e MH 25. Integrantes do mesmo grupo, a Gehl levou a carregadeira articulada 650/750, enquanto a Mustang exibiu o modelo 608/708, com pesos de 4 a 5 ton e ambos projetados para operação em condições severas.

Em um estande de 3.253 m² na área externa, a Manitowoc participou da bauma pela primeira vez como empresa independente, após a separação da Manitowoc Cranes e da Manitowoc Foodservice da The Manitowoc Company. A empresa exibiu a nova linha de gruas automontáveis Potain Hup e o guindaste todo terreno Grove GMK5150L, com capacidade de 150 t e lança de 60, além de dois novos guindastes para terrenos acidentados Grove (GRT8100 e o GRT880) e um modelo de torre giratória da nova linha de gruas urbanas MDT CCS, da Potain. A nova MDT 389 tem capacidade máxima de 16 t, sendo exibida juntamente com a grua de jib oscilante MR 418 (capacidade de 24 t) e a MDT 219, com versões de 8 t e 10 t de capacidade.

Além de atualizações como a pá carregadeira de rodas LG958L, a SDLG lançou a escavadeira E635F e a pá carregadeira L968F. A primeira pertence à categoria 3,6 ton e possui motor Yanmar 4TNV88 Tier III de alto torque e sensor de carga Rexroth. Seu chassi em forma de X é mais largo e provê maior estabilidade em terrenos acidentados. A outra novidade traz conversor de transmissão de eixo rígido VRT200 e transmissão de quatro velocidades sincronizadas, incluindo ainda núcleo hidráulico centralizado, o que facilita a manutenção, como garante a fabricante.

A SKF mostrou uma atualização dos rolamentos esféricos Explorer, que oferecem vida útil dobrada em relação à geração anterior, especialmente em condições de contaminação e baixa lubrificação. A atualização também está disponível em versão selada, que traz design mais compacto e, segundo a empresa, reduz a fricção em 50%, dobrando a velocidade de operação.

Ao lado de acessórios, a Skyjack revelou dois novos produtos, incluindo a tesoura elétrica SJIII 4740 DC e a lança articulada com jib rotatório SJ30 ARJE. Maior plataforma da marca na categoria, a primeira tem altura de trabalho de 13,8 m e capacidade de 350 kg, ao passo que a outra alcança 11 m e capacidade máxima de 227 kg. A empresa também exibiu modelos de mastros verticais, tesouras RT e plataformas articuladas e telescópicas.

A Tadano guardou para a bauma a première mundial do modelo ATF 600G-8, que traz o já aclamado Triple Boom System, um sistema que promete revolucionar o setor de elevação de cargas. Além deste equipamento, a empresa exibiu seu novo guindaste de três eixos ATF 60G-3, uma máquina com lança principal de 48,2 m e compatível com os limites para cargas de 10 a 12 t por eixo, e o guindaste telescópico sobre esteiras GTC-800, apresentado como o maior RT do mundo. Também foi anunciado o guindaste de oito eixos ATF 600G-8, que entra em operação em 2017.

A Terex exibiu uma amostra dos mais diversos segmentos que compõem o grupo. A área de PTA’s, o destaque foi para os modelos Z-60/37 DC (elétrico) e FE (híbrido). O modelo híbrido é equipado com motor de 24 cv Tier 4 Final Stage IIIB, com autonomia de um dia sem emissões e com uma só carga, ao passo que no modo híbrido pode funcionar até uma semana com um único abastecimento de diesel. O equipamento oferece altura de trabalho de 20,16 m e 11,15 m de alcance horizontal. Na divisão de construção, os destaques foram para as novas miniescavadeiras, além da retroescavadeira TLB830 e do dumper TA9SP, mas também foram divulgadas atualizações dos modelos de escavadeiras de rodas TLW110 e das carregadeiras de rodas TL120. Em guindastes, a maior novidade foi o retorno da marca Demag, que apresentou três máquinas de cinco eixos. A família é composta por 11 guindastes todo-terreno com capacidades de 100 a 1.200 ton e guindastes sobre esteira com lança treliçada com capacidades de 400 a 3.200 ton. Dentre outros destaques, foi mostrado o guindaste todo-terreno Demag AC 130-5, a unidade mais compacta da classe de capacidade de 130 ton, com comprimento total de 14,3 m e largura do veículo de 2,75 m. Das demais divisões, a Fuchs revelou seu novo manipulador de materiais de alta capacidade MHL390F, a Terex Minerals divulgou seus sistemas de processamento como o LJ5139 Supertrack Mobile Jaw Plant, a Finlay destacou o britador de impacto horizontal I-140, a Powerscreen fez o lançamento de sua nova peneira elétrica móvel Warrior 1400XE para serviços pesados, a Material Handling & Port Solutions focou em reach stackers como o Liftace 5-36, além da aquisição da CVS Ferrari Terminal Tractors, que completa o portfólio da marca no segmento.

Em dois estandes, um externo de 8.700 m² e um interno de 2.300 m², a Volvo CE mostrou as maiores máquinas já produzidas em suas fábricas, como o caminhão articulado A60H, de 60 ton, força máxima de 382 kW e torque de 495 Nm. Segundo a empresa, o modelo traz 40% a mais de produtividade do que a geração anterior. Foram lançados ainda produtos como as escavadeiras de rodas EW60E e EWR150E, as escavadeiras compactas EC35D, ECR35D e ECR40D, a carregadeira de rodas L50H e os rolos de compactação de cilindro simples (versões SD75B, SD115B e SD135B) e de cilindro duplo (DD25B), além da nova Série D de vibroacabadoras. A Volvo Trucks, por sua vez, mostrou a nova versão do sistema I- Shift, que permite ao veículo transportar um peso bruto total combinado (PBTC) de até 325 ton. A nova versão está disponível para motores de 13 e 16 l da marca, incluindo os modelos FM, FMX, FH e FH16.

Em uma área de 11.712 m², a Wirtgen pela primeira vez participou com a Benninghoven integrada ao portfólio. Apresentando nova identidade visual, a fabricante alemã exibiu duas máquinas totalmente novas para recuperação de vias. Com carregamento traseiro e montada sobre rodas, a W 120 Ri pertence à nova geração de fresadoras de pequeno porte, enquanto a W 150 CFi é da classe compacta e possui carregamento dianteiro. Outras estreias incluíram a pavimentadora de concreto SP 64i e a máquina de cura de textura TCM 180i, além de ferramentas de corte PKD para fresadoras a frio, os bits da Generation e o sistema de suporte de troca rápida HT22, específicos para reciclagem a frio e estabilização de solos. A Vögele mostrou máquinas da Série Super como a compacta 800-3i, a pavimentadora de esteiras Super 1600-3i e a pavimentadora sobre rodas Super 1603-3i. A Hamm, por sua vez, apresentou os novos compactadores tandem de direção articulada da série DV+, os compactadores compactos de cilindro único H5i e H7i, o compactador de pneus GRW 180i e o compactador monocilíndrico H25i VC, com tambor triturador. Com nove itens, a Kleemann mostrou sistemas móveis de trituração e peneiramento como o novo britador cônico Mobicone MCO 11 PRO, desenvolvido para processamento de rochas naturais. Em sua estreia na bauma como membro do Grupo Wirtgen, a Benninghoven apresentou a usina de asfalto móvel sobre rodas MBA 2000, com peneiramento quíntuplo de série.

Prêmio reconhece inovação

Honraria máxima da indústria da construção, o prêmio bauma Innovation Awards reconheceu seis empresas e centros de pesquisa em cinco categorias por suas contribuições tecnológicas ao setor de equipamentos nos últimos três anos. “A tecnologia está em contínua evolução, as máquinas estão cada vez mais silenciosas e menos poluentes”, comentou Juan Manuel Altstadt, diretor da Herrenknecht do Brasil e vice-presidente da Sobratema. “O europeu tem uma preocupação muito séria com isso.”

Durante a cerimônia de premiação, o ministro da economia da Bavária, Ilse Aigner, enfatizou que o prêmio – entregue pela 11ª vez na bauma – reflete não apenas a força inovadora dos equipamentos, como também oferece um vislumbre do futuro do setor. “Os homenageados mostram compreender o espírito de nossa época, trazendo inovações altamente práticas e, desse modo, contribuindo ativamente para o desenvolvimento econômico sustentável”, disse ele. Confira no quadro os vencedores:

Setor vive transformação profunda, aponta estudo

Desenvolvido em conjunto pela consultoria McKinsey e pelo CECE (Commitee for European Construction Equipment), o relatório “Reengineering construction equipment” (“A reengenharia dos equipamentos para construção”, em tradução livre) foi apresentado durante a bauma e traça perspectivas que devem nortear o setor em âmbito global nos próximos anos. O estudo indica fatores que estão mudando a forma como as fabricantes realizam seus negócios, incluindo a crescente competitividade em mercados emergentes, as regulamentações cada vez mais rígidas, o crescimento gradual da locação com o principal cliente em diversos segmentos, o aumento da importância do pós-venda e o avanço consistente das tecnologias híbridas, da telemática e do monitoramento remoto, além da emergência de soluções de big data e máquinas autônomas. “Em conjunto, estas tendências podem mudar o coração da indústria, sua estrutura e dinâmica”, escrevem os pesquisadores Erik Sjödin, Anna Granskog e Benny Guttman, que assinam o trabalho. “Isso inclui mudanças no produto oferecido, no papel das fabricantes e no próprio cenário de competição.”

Focado na indústria europeia, o relatório é baseado em uma extensa pesquisa realizada com 78 grupos OEM ativos na Europa, em uma amostra significativa do universo de 350 corporações que movimentam aproximadamente 40 bilhões de euros por ano e empregam diretamente 150 mil pessoas no continente. “Manter-se na vanguarda técnica é crucial para nós”, comentou Bernd Holz, presidente do CECE e diretor de vendas da Ammann Europe.

Projetando os próximos cinco anos, o relatório revela que as empresas estão otimistas, com expectativa de crescimento nas receitas de 5 a 6% e expansão de dois pontos percentuais nas margens até 2020. No entanto, também há desafios, pois – segundo o estudo – o tradicional foco em produção, escala e custo vem rapidamente sendo substituído pela necessidade de um conhecimento mais aprofundado de como os clientes criam valor e se posicionam em relação ao avanço tecnológico. “A mudança de foco da operação para a perspectiva do usuário representa um passo crucial para a perenidade da indústria de máquinas na Europa, exigindo escolhas estratégicas, ações concretas e mudanças efetivas no ambiente produtivo”, conclui o documento.

Empresas brasileiras marcam presença

Poucas, mas determinadas. Um reduzido grupo de seis empresas (0,17% do total) representou a indústria brasileira de equipamentos na bauma 2016, mostrando como a crise interna também afeta a ida das companhias nacionais ao evento, que em outras edições já contou até com pavilhão temático do país. Isso, no entanto, não ofuscou o brilho da participação dessas audazes fabricantes no maior evento do mundo da construção. A lista começa pela mineira CZM, que montou estande na concorrida área externa da feira, onde exibiu equipamentos da marca e divulgou as ações de sua unidade nos EUA (a empresa possui desde 2011 uma fábrica em Savannah onde produz perfuratrizes como a EK-125). Segundo o diretor comercial, Marcos Cló, na bauma foi possível perceber uma “migração cada vez maior para equipamentos de maior porte na área de fundação, principalmente estacas de deslocamento”. Quanto ao evento em si, o executivo não deixa dúvidas sobre sua importância para qualquer empresa que queira participar do mercado internacional. “Aqui recebemos visitas das maiores empresas globais, algumas inclusive que já são nossos clientes e gostam de saber que seu fornecedor é de primeira linha e marca presença neste evento.”

Essa também é a opinião de Eduardo Abelar, consultor de vendas da WCH, de Rio Claro (SP), que atua com equipamentos para pré-moldados de concreto. “A qualidade dos visitantes é um diferencial absoluto na bauma, que inclusive vai melhorando conforme passam os dias da feira”, afirma. “Também vemos muita novidade em relação à automatização da operação.”

Fabricante de peças sediada em Timbó (SC), a Metisa também deu seu recado em um estande interno na bauma. “Pela repercussão, é importante estar aqui para fazer contato com novos clientes e ampliar a exportação”, comenta Ademar Willrich, gerente de exportações da empresa. “Mas, além da evidente oportunidade de negócios, também é crucial para acompanhar a evolução tecnológica do setor.”

A mesma visão é compartilhada por Tiago Wolf, presidente da Wolf, empresa de Indaiatuba (SP) que atua com soluções hidráulicas para perfuração de rocha como a família sobre esteiras Fox, para quem a grande vantagem da bauma é o fato de possibilitar “contato com novos distribuidores e clientes de países distintos”. “A desvalorização do real acabou favorecendo a entrada de nossos produtos no mercado externo, que ganharam relevância na Europa”, garante.

Já para a MGTrac, de Ribeirão Pires (SP), que atua na área de peças de reposição, a bauma deve ser prioridade para as empresas brasileiras que atuam no setor. “Além de trazer inovações, o contato com outras empresas nos permite aprender mais e aplicar esses conhecimentos no nosso dia a dia no Brasil”, afirma Fernanda Caris, responsável pela área de exportação da MGTrac. “Por fim, mas não menos importante, a oportunidade de geração de novos negócios que a feira proporciona é incrível. A participação torna a empresa conhecida mundialmente. Realmente é um evento que vale a pena.”

Além dessas, a Unitec, empresa de São Paulo (SP) que atua na fabricação de materiais de fricção e sinterização, também participou da bauma 2016.

 

 

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